Os 7 Pecados Capitais escrita por Talyssa


Capítulo 18
Voto de confiança


Notas iniciais do capítulo

Antes de ler o capítulo, lembrem-se que os comentários, visualizações e favoritos de vocês são muito importantes para mim e para divulgação da estória, por isso, obrigada ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/657544/chapter/18

Hotel, segunda-feira, 08h00min.

Na segunda-feira, Toni e Carmem chegaram cedo no hotel onde teriam a reunião com Feitosa, na recepção pediram para entrar em contato com o homem e não demoraram a ser recebidos.

O quarto onde foram discutir os planos da divisão do dinheiro era muito confortável e organizado, Feitosa os conduziu até uma pequena sala, separada do lugar de dormir, ali tinha um sofá, uma mesa de centro e uma pequena estante com algumas decorações simples. A reunião começou com os dois mais jovens muito nervosos, o anfitrião ofereceu bebidas, assim que Carmem ia aceitar, Toni negou por ela; conhecia muito bem o homem com quem fechara negócio e ele definitivamente não era confiável.

– Não acha que eu tentaria envenenar vocês, certo, Toni? – perguntou com um sorriso irônico no rosto.

– O melhor remédio será sempre a prevenção. Mas vamos aos negócios que é o que interessa. Você dará sua sugestão e nós faremos a contraproposta.

– Tudo bem, tudo bem, se vocês não querem bater papo com o titio e salvador dessa donzela em perigo, eu aceito. Bem, proponho que a divisão fique em 50% pra mim e 25% para cada um de vocês. – disse olhando de um para outro, sempre com aquele sorriso sarcástico, já sabia que era claro que não iriam aceitar, mas precisava instiga-los a falar.

Are you kidding me? Por acaso temos cara de idiotas? O pai é meu, a ONG é minha e você ainda quer sair levando a melhor? – disse Carmem ficando vermelha e irritada.

– Olha só cara, distribui pelo menos 40%, 30% e 30%, afinal, eu que fiz todo o plano, tive a ideia do assalto e tudo mais, além disso, ainda vou ter que pagar os dois caras que passaram por bandidos! – tentou amenizar a situação Toni, mas ainda estava com medo de Feitosa, o conhecia muito bem para saber que não levava desaforos para casa.

– Então fique feliz, pois não serão mais dois pra você pagar, cuidei do idiota que atirou em mim ontem, então esqueça-o. – comentou o homem friamente dando de ombros. Carmem e Toni entreolharam-se e a garota ficou imediatamente mais paciente, não queria ter o mesmo fim do idiota que quase fez o plano ir por água abaixo. – Mas para vocês verem que eu não sou tão mal, aceito a divisão proposta. Assim que conseguir desviar dinheiro suficiente da ONG, a divisão será feita.

– Você não pensa em nos passar pra trás, não é?

– Eu até poderia se quisesse, mas vocês me ofereceram uma grande oportunidade e eu sei agradecer a quem me ajuda.

Depois disso não tinham muito o que conversar, com a situação definida só tinham que esperar o novo tesoureiro desviar o dinheiro para curtirem o fruto dos seus esforços. Despediram-se e cada um seguiu para sua casa.

–-------------------------------*------------------------------*------------------------------

Casa da Marina, segunda-feira, 19h30min.

Durante a noite daquele mesmo dia, as meninas se reuniram na casa da Marina para discutirem os preparativos do aniversário de Magá que se aproximava. Magá e Mônica chegaram juntas, seguidas por Isa, Aninha e Carmem. Logo estava uma barulheira só na casa de garotas tagarelando sem parar.

A mãe de Marina ia entrando na sala com seu pai para se despedirem das meninas, pois, tinham um jantar importante para ir.

– Bom, meninas, fiquem a vontade, daqui a pouco alguém traz uns lanchinhos pra vocês.

– Obrigada, tia Alice. Mas não dá pra mandar esse lanchinho agora, não? – perguntou babando Magá.

Todos riram e o lanche não demorou a chegar, o susto maior foi que ele também não demorou nadinha para acabar. Quando as garotas se deram conta do cheiro dos salgadinhos e refrigerante, Magali tinha acabado tudo tão rápido que ninguém teve a oportunidade de provar nada. Marina saiu para a cozinha para providenciar mais, se não todas ficariam com fome.

– Poxa, Magá, deixa um pouco pra gente na próxima vez! – disse Mônica rindo. – Ainda não entendo o porquê de você não engordar, é muito injusto.

Magali deu um sorriso amarelo, pois acabou lembrando do que fazia para conseguir comer tanto e manter a forma, imediatamente sentiu a culpa lhe alcançar na boca do estômago, sabia o que precisava fazer. Pediu licença e foi ao banheiro.

– Será que ela ficou chateada com o que eu disse? – perguntou Mô às demais meninas, mas elas estavam tão envolvidas nos preparativos da festa que nem responderam.

Marina voltou com mais comidas da cozinha e elas esperaram Magá antes de tomar as decisões, afinal, o aniversário era dela. Quando a menina voltou do banheiro estava meio verde e ajeitando a roupa e o cabelo.

– Aconteceu alguma coisa, Magá? Você tá bem? – disse Aninha indo amparar a amiga.

– Claro, não se preocupa, ami. Eu acho que comi de mais e acabei passando um pouco mal.

– De novo, Magá? – questionou Mônica olhando a amiga desconfiada. – É a segunda vez essa semana, só que eu sei, claro. – caminhou em volta da Magali analisando a amiga.

– Ai, Mô, relaxa, meu estômago só deve estar um pouquinho mal, logo passa. – desconversou a garota.

As meninas acabaram dando de ombros para a situação, com exceção de Mônica que continuou desconfiada que a amiga não estava lhe contando toda a verdade. Mas no fim não podia fazer nada, acabou resolvendo que quando estivessem a sós pressionaria um pouco mais a Magá.

Marina trouxe umas revistas e artigos da internet com temas de festas e tudo mais, porém, como a festa seria na casa de praia do Xaveco, seria bem legal fazer um luau, com direito a fogueira, voz e violão e tudo mais, o principal a festa já tinha, embora no momento um pouco quebrada, Magali confiava que até seu aniversário os amigos estariam convivendo melhor.

Decidiram que todos ajudariam nos comes e bebes, as meninas ficariam a cargo das comidas, que em sua maioria eram frutas, saladas, gelatina, pudim e uma infinidade de salgadinhos. Já os rapazes deveriam levar as bebidas, sucos, refrigerantes, cervejas, drinks e coquetéis. Do violão o Cebola seria o encarregado, da voz todo o resto da turma. Carmem disse que também faria uma playlist com MPB’s, reggaes e alguns poucos pops.

Daí elas partiram para a decoração e, finalmente, o mais empolgante de toda a festa, as roupas que iriam vestir, nessa hora cada uma tentava falar mais alto do que a outra, surgiam mil ideias a todo o instante e acusações de imitações, mas no fim elas se entenderam e a festa estava mais do que definida. Acabaram com uma guerra de travesseiros na sala mesmo, rindo e se divertindo muito, ninguém diria que as garotas tinham 18 anos e até mais do que isso, sempre que se encontravam num lugar mais particular voltavam a idade dos sete e a bagunça estava armada. Mônica jogou um travesseiro em Isa que escapou se abaixando, mas a almofada continuou sua viagem e parou na cara de outra pessoa que entrava na sala.

– Ainda aqui, meninas? Não é querendo expulsá-las, mas já não está tarde para irem pra casa? – perguntou seu Maurício com o rosto vermelho da travesseirada, sua esposa ria escondendo a boca com as mãos.

– Nossa, pai! A gente nem viu a hora passar... – respondeu sem fôlego Marina.

– É tio, hãm... Já tâmo indo, até a próxima. Fui! – as garotas saíram o mais rápido que podiam, deixando Marina para arrumar toda a bagunça.

– EEEEI, ESPEREM! – gritou Marina percebendo a jogada. – Ah droga! Vou ter que arrumar tudo isso sozinha. – disse com um suspiro.

– Boa noite, filhinha, deixe tudo como estava. – a mãe deu lhe um beijo no rosto e foi para o quarto com seu pai rindo.

–------------------------------*---------------------------------*----------------------------

Casa do DC, segunda-feira, 19h30min.

Ramona estava mais uma vez na casa do namorado, sua mãe não aceitava de jeito nenhum que estivesse começando a se relacionar com a turma que tanto não gostava. A menina não entendia o porquê da cisma da mãe com eles, mas havia decidido não se importar e impor sua vontade pelo menos uma vez, afinal, não era mais nenhuma criança.

Para variar, estava sendo obrigada a assistir “O Palhaço e a Panqueca”, amava seu namorado, mas aguentar seis horas e meia de um filme que se quer entendia era muito complicado.

Ela era uma garota tímida, mas conseguia encontrar na autenticidade e sinceridade de Do Contra um conforto, pois, não adiantava que ficasse calada perto dele, se algo a incomodasse o menino sempre sabia, então ela acabava sendo quase obrigada a se abrir para ele.

– Como é possível que a única coisa que você não se dá conta é que detesto esse filme? – disse puxando o controle da mão do namorado e dando uma pausa no dvd.

– A questão aqui é: Como é possível você não gostar desse filme?! – perguntou aturdido Do Contra olhando para a namorada como se ela fosse de outro mundo. – Esse filme explic...

– Não começa DC, até já sei todinho o seu discurso de defesa, não quero ouvir, obrigada.

Do Contra se sentiu contrariado, mas para contrariar preferiu afirmar que não ligava. Ramona pediu desculpas, porém, lhe afirmou que não tinha condições de aguentar as quatro horas restantes, além disso, se fosse assim sairia muito tarde da casa do garoto.

– Mas isso não pode ser tão ruim, não é? Você pode dormir aqui se quiser. – disse fingindo que não se importava com a resposta, mas torcendo intimamente que ela dissesse que ia ficar.

– Eu queria, amor... Juro. Mas minha mãe vem aqui em dois segundos, caso eu me atrase pra chegar em casa, e ainda te transforma em sapo!

– Eu nem queria mesmo.

Ramona riu e puxou o menino para um beijo, ele podia contrariar qualquer coisa, menos a vontade de curtir a namorada. Passado um longo tempo de pegação, a campainha tocou, era o cara da pizza que tinham pedido.

– Argh! Aspargo, espinafre e abóbora. Ainda bem que é só na sua metade!

– Aposto que é melhor do que a sua cheia desses clichês de mussarela e calabresa.

Ramona revirou os olhos e começou a comer sua pizza, de repente lembrou do assunto que queria abordar com o namorado, mas os beijos a tinham feito esquecer.

– DC, eu queria falar sobre o Cebola... – o menino engasgou com seu pedaço de pizza e cuspiu todo o seu refrigerante. Demorou cerca de cinco minutos para voltar ao normal e deixar a namorada continuar. – Calma, amor, é sobre o que ele disse naquele dia no bar!

– Aff! Você ainda acha que alguém conseguiu acreditar naquela mentira mais deslavada?

– ...

– Não me diz que... Ramona! O Cebola sempre foi ótimo pra planos infalíveis e mentiras, tenho certeza que essa é só mais uma dele pra justificar a besteira que fez.

– Você não entende... Eu conheço aqueles sintomas que ele descreveu, sabe? E...

– VOCÊ TÁ QUERENDO DIZER QUE ME TRAIU TAMBÉM ESTANDO “CONFUSA”? – DC falou alterado, usando os dedos para colocar a palavra estre aspas.

– N-não, a-amor... É q-que... – ele nunca havia gritado com ela, então acabou assustando-se.

– Desculpa, linda, desculpa... Eu não devia ter falado assim. Mas esse Careca ainda me deixa louco às vezes, sabe? – quando viu a cara da namorada logo percebeu que tinha entendido errado. – Mas calma, não é porque gosto da Mô ou coisa assim, mas é que ela é uma grande amiga e não queria mesmo ver o Cebola continuando a pisar na bola desse jeito.

– Certo, DC, mas deixa eu falar, okay? – disse respirando fundo e continuou. – Bom, eu conheço aqueles sintomas porque realmente já passei por aquilo, mas não pira não, foi minha mãe que estava demonstrando feitiçaria avançada pra mim, esse é um dos feitiços.

– Você tá me dizendo que sua mãe pode ter algo a ver com isso?

– Na verdade, não posso afirmar nada, a única coisa que tenho certeza é que ela pode fazer isso com maestria, foi exatamente com esse feitiço que ela me confundiu e me fez confessar sobre você.

– Ramona, isso é muito sério! Sua mãe não gosta de ninguém da turma, definitivamente! Meus pais contam até hoje uma lenda de anos atrás onde ela aparece naquela festa histórica e fazia sei lá o quê, ninguém lembra muito bem.

– Você acha que ela pode ter um dedo nisso?

– Não sei... Mas talvez a gente deva dar um voto de confiança pro Cebola. Vai que ele tá dizendo a verdade?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Será que o Cebola merece um voto de confiança?
E essa fic? Merece o voto de confiança de vocês para que continuem lendo? haha
Beijinhos, galera



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Os 7 Pecados Capitais" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.