Os 7 Pecados Capitais escrita por Talyssa


Capítulo 17
Contando para os amigos


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente!
Trazendo aqui um capítulo novinho pra vocês, espero que gostem, de coração ♥
Obrigada por acompanharem a estória, fico feliz por ter vocês aqui *O*



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O rapaz responsável pelas músicas já tinha ficado irritado com a interrupção e expulsou os dois do palco, afinal, era a terceira vez que a música não dava prosseguimento.

– Vem, Mô, vamos lá com o pessoal. – disse DC segurando a amiga pelas mãos e a conduzindo de volta para a mesa deles, tudo isso sem tirar os olhos do Cebola.

Mônica sentou-se à mesa e estava muito envergonhada e receosa, o que faria se o Cê se juntasse a eles? Ainda não estava preparada para ficar no mesmo ambiente que o rapaz. Magali a olhou sem entender e já ia perguntar o que tinha acontecido quando virou-se e deu de cara com o Cinco Fios que vinha se aproximando da mesa da turma.

O silêncio caiu sobre a mesa e ninguém sabia muito bem o que fazer ou o que falar.

– Eu pensei que você tivesse dito que não viria hoje, Cebola... – disse Magá muito sem graça olhando do menino para a amiga.

– Na v-veldade eu consegui acabar o trabalho mais lápido do que tinha imaginado, então... Er... Então eu pensei que podelia me juntar a vocês. – falou um pouco enrolado o Cebolinha.

– Caramba, Cê! Que bom que você chegou, agora pode ficar acompanhando os meninos, porque a gente já tava indo. – disse já se levantando Aninha e pegando sua bolsa. – Vamos, meninas?

A princípio elas não entenderam muito bem, mas logo se deram conta do plano da amiga para tirar Mônica do lugar. Marina e Aninha se despediram do Franja e Titi com beijos e puxaram as demais porta a fora. Cebola ficou parado olhando para os amigos que estavam na mesa.

– Senta aí, Careca! – Cascão falou puxando uma cadeira para o amigo sentar.

– Eu não queria acabar com a noite de ninguém, foi mals ai, galera – falou com a cabeça baixa o garoto.

– Mas conseguiu acabar com mais do que uma noite de alguém. – soltou Do Contra esperando que o Troca-letras se alterasse, mas esse só olhou para o menino que o estava encarando e concordou.

DC não esperava que o menino concordasse, na verdade, esperava uma discussão, mas viu sofrimento refletido nos olhos daquele que um dia já tinha considerado um adversário. Pensou em algo para dizer, mas exatamente na hora que abriria a boca sua namorada Ramona chegou ao bar.

– Oi, meninos! Er, eu achei que as meninas também estariam aqui, desculpa se me intrometi na noite de vocês... – disse Ramona sem graça e muito envergonhada. – Amor, você disse que eu poderia vir, lembra? – dirigiu a última parte somente ao DC.

– As meninas tiveram que sair de última hora, mas relaxa, senta com a gente que tá sem bronca. – já puxava uma cadeira ao seu lado para a menina sentar.

Os garotos cumprimentaram a colega com um aceno de cabeça e voltaram a se concentrar no Cebola, ainda queriam saber o que tinha levado ao fim do namoro com a Mô, provavelmente, as meninas faziam o mesmo interrogatório seja lá onde estivessem.

Aos poucos, o menino foi se abrindo com os colegas e acabou contando o porquê do fim do namoro, mas omitiu o nome da Denise, ele sabia muito bem pela confusão que tinha passado, por isso, acreditava que ela passara pelo mesmo, portanto, não queria coloca-la em maus lençóis sabendo que não tinha culpa.

– Como assim confusão? Você disse que confundiu outra pessoa com a Mônica? Foi mal, Cebola, mas essa história é muito esquisita. – falou coçando a cabeça o Titi.

Ramona queria muito dar sua opinião, mas ainda não ficava muito a vontade perto da turma. O fato é que pela descrição da cena que o Cebola fez, lembrava a magia que sua mãe, Viviane, tentou por tantas vezes lhe ensinar, o feitiço confusus, que fazia com que as pessoas criassem fantasias em suas cabeças achando que eram sonhos ou, em casos mais sérios, acreditando que a ilusão era realmente verdade por um determinado tempo. Preferiu ficar calada para, quem sabe, colher mais informações.

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Mônica agradeceu Aninha muitas vezes por tê-la tirado daquela, elas acabaram decidindo ir para outro barzinho, no Bairro da Laranjeira, lá estava bem mais tranquilo e as meninas pegaram uma mesa do lado de fora onde a música não era tão alta e ainda podiam pegar o vento fresco da noite.

Isa pegou o celular para verificar suas mensagens e visualizou um whatsapp enviado pela Denise.

WHATSAPP ON

Denise: Oi, mona! Obrigada pelo convite, mas não tô bem para sair ainda.

Isa: Aconteceu alguma coisa?

Denise: Aloka! Realiza, garota! Tá tudo explicado no meu blog, minha experiência de quase morte. Será que a falsiane não me acompanha?

Isa: Desculpa, Dê. Eu ainda não tinha visto. De qualquer forma, melhoras aí, beijos.

Denise: Bye.

WHATSAPP OFF

– Hei gente, acabei de receber uma mensagem da Dê explicando o porquê não pode vir se encontrar com a gente.

Foi só ouvir o nome ‘Denise’ que Mônica quebrou o copo de cerveja que havia em sua mão. Inicialmente queria colocar toda a culpa pela traição no Cebola, mas viu que não conseguia, pois, mesmo não sendo a melhor amiga de todo o universo, posto da Magá, ela a considerava uma pessoa muito importante, então simplesmente não entendia o porquê da Dê fazer aquilo com ela.

As meninas a olharam assustada e Mô logo tentou explicar que estava pensando em Cebola, por isso surtou um pouco com a raiva que chegou retardada. Magali encarou a amiga e elas se comunicaram pelo olhar, Mônica não queria expor Denise perante as meninas, mesmo ela tendo feito o que fez ainda pensava muito no que a Comilona havia dito em relação a teoria da conspiração para afastar o casal.

Refeitas do susto, Isa falou sobre o que Denise disse e então elas foram direto ao blog, o último post tinha justamente o título “Experiência de quase morte”, realmente a garota exagerava um pouco. Mesmo assim, as garotas não deixaram de ficar preocupadas, Carmem havia sido citada, então ligaram para a garota que confirmou tudo e no final questionou o porquê de não ter sido chamada para o encontro. Marina, que falava com ela ao telefone, desconversou e acabou passando o endereço do bar onde estavam apenas para ouvir que a menina estava muito ocupada e ainda se refazendo da péssima experiência com os assaltantes da terça.

Magali, Mônica e Isa saíram do bar quase às três da manhã e resolveram pegar um táxi, Titi e Franja passaram para buscar Aninha e Marina, Cascão havia passado um whatsapp para a Magá, perguntando se ela queria que ele fosse busca-la de alguma forma, mas a menina avisou que iria dormir na casa da Mô.

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Eram quase cinco da manhã de sábado quando Sujão, Sr. Feitosa, acabou o serviço e voltou para a casa. Tinha sido extremamente difícil encontrar o idiota que Toni havia contratado para se passar por bandido, o garoto pedira clemência inúmeras vezes, mas não era de seu feitio perdoar erros, afinal, poderia ter morrido.

O menino devia ter por volta de 15 ou 16 anos de idade, tinham contratado um menor de idade, pois caso fosse pego pela polícia não iria demorar muito tempo preso; Toni não sabia onde ele havia se escondido, ou não queria dizer, mas isso não importava, Sujão tinha os melhores contatos para descobrir tudo sobre qualquer um do bairro e as informações o levaram à casa abandonada onde o menor se abrigava.

Entrara na casa suja e vazia por volta das uma da manhã, silencioso, para não espantar sua presa, nem precisava de tanto cuidado, o rapaz dormia profundamente envolto em montes de trapos que serviam para esquentá-lo. Acordou com um pontapé nas costelas e uivou com a dor de sentir uma delas quebrando-se; olhou aturdido para ver quem o havia acertado e encontrou seu carrasco.

O menino sofrera muito aquela madrugada antes de Feitosa acabar com seu sofrimento na base de tiros, implorara pela vida, pedira mil desculpas, mas não teve jeito, após ser torturado, acabou morto e sozinho. Não tinha família ou amigos que se preocupariam com ele, conhecia apenas Toni e esse Sujão tinha certeza que não criaria caso, afinal, estava naquela até o pescoço.

Decidiu fazer tudo naquela semana que entraria mesmo, conheceria a ONG e suas finanças nos dois primeiros dias e assim que conseguisse, iria passando partes do dinheiro para sua conta particular em outro país. Se esconderia por algum tempo em São Paulo mesmo, tinha coisas a resolver, assuntos para tratar e algumas pessoas para eliminar, então fugiria do país e aproveitaria o seu dinheiro bem longe daquelas duas crianças idiotas.

Já tinha em mente o que fazer à Carmem e Toni também, os dois, “tio” e “sobrinho”, haviam combinado uma pequena reunião no hotel do homem para discutir sobre como dividiriam o dinheiro, era aí que se arrependeriam para o resto da vida pelo negócio fechado.


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Notas finais do capítulo

Beijos, pessoinhas do meu coração



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