Os 7 Pecados Capitais escrita por Talyssa


Capítulo 16
"Mania de você"


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi galera *-*
Não postei ontem por causa do tempo, estava suuuuuper atarefada, desculpa, tá? ><
Enfim, título do capítulo é o nome de uma música que eu e meu boy gostamos, dos compositores Rita Lee e Roberto de Carvalho, vou deixar o link nas notas finais, caso queiram ouvir/conhecer.
Espero que gostem do capítulo, obrigada por todo o carinho que vocês deixam nas suas mensagens, muitos beijos ♥



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Carmem desceu a escada correndo o mais rápido que podia, saiu gritando por sua mãe que veio ofegante a seu encontro.

– Mãe, é a Dê... Ela desmaiou lá no quarto!

– Ai meu Deus, ambulâncias não param de vir pra essa casa? ROOOOOOOOOSA! Liga pro 192 que tem gente passando mal aqui. – gritou para a empregada da casa e subiu para o quarto acompanhando a filha para ver o estado da moça.

Cerca de vinte minutos depois a ambulância já entrava na casa, Denise, para o desespero de todos, ainda encontrava-se desacordada. Os socorristas a puseram na maca e a levaram, como sempre, para o melhor e mais próximo local de atendimento da região por ordem de um Frufu, não podia ser diferente. A mãe de Carmem já havia ligado para a de Denise, que achou melhor ir direto para o hospital.

Carminha já tinha trocado de roupa para ir com a amiga, mas foi barrada pela mãe dizendo que ela deveria descansar depois de todo o ocorrido do dia anterior, após muitos protestos, a garota foi convencida a ficar, fazendo a mãe prometer que ligaria dando notícias assim que as tivesse.

Passados poucos minutos que todos saíram da casa, alguém bateu à porta do quarto de Carmem, achando que era Rosa, a empregada, a garota mandou que entrasse.

– Ah, é você! O que quer aqui?

– O que aconteceu? Mais um assalto e feridos de bala?

– Deixa de ser otário, Toni! Foi a Dê que passou mal e teve que ser levada às pressas pro hospital.

– Aaaah, que bela amiga você, hein! Nem pra acompanhar a garota...

Carmem levantou-se da cama e já foi logo apontando o dedo para o rosto do amigo e gritando.

– EU TENTEI, TÁ?! MAS MINHA MÃE NÃO DEIXOU PELOS OCORRIDOS DE ONTEM! LEMBRA? LEMBRA QUANDO A PORCARIA DA ARMA QUE NÃO DEVIA DISPARAR DISPAROU?!

Toni foi colocando a mão na boca da menina a fazendo se calar.

– Tá maluca? Fala baixou que alguém pode ouvir e aí vai ferrar tudo! – disse sussurrando e após isso liberando a menina que o olhava com uma expressão assustada.

– Você não disse o que veio fazer aqui. – falou Carmem dando as costas para o garoto.

– Quer dizer que não lembra? Me deixe refrescar sua memória. – Toni limpou a garganta e recomeçou. – Ontem seu pai ofereceu o emprego pro meu “titio querido e herói da noite”, isso significa que o plano deu certo, ou seja, só falta sua parte do pagamento. – finalizou com um sorriso no rosto.

– Tá achando que eu sou burra? Me erra, garoto! Eu não vi a cor do dinheiro ainda.

É claro que Toni já esperava esse contra tempo, então resolveu usar suas armas.

– Eu aceito pagamento antecipado, loira. Ah não ser...

– Ah não ser o que?

– Ah não ser que você queira que aquela foto maravilhosa do outro dia vá parar na internet, onde todos verão a vagaba que você é. – falou com a maior tranquilidade. – Que feio, dona Carmem, pousando pra fotos desse tipo? – Toni usava um tom de falsa ironia que deixou a menina com as bochechas vermelhas de raiva.

Eles continuaram se encarando, até que ela percebeu que não tinha outra saída, então acabou se rendendo, afinal, o menino tinha um caráter horrível, mas o exterior não era de se jogar fora. Além disso, quem faz sexo com o interior da pessoa? Era só sexo, melhor aproveitar do que ser forçada. Denise foi esquecida durante o resto do dia.

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Denise acordava no hospital depois de algumas horas, a princípio esteve realmente desmaiada, depois os médicos disseram que estava apenas dormindo, mas era melhor que ficasse em observação, pois ninguém sabia o que tinha causado o desmaio.

Após verificarem todos os sintomas que a garota vinha sentindo, fizeram-lhe uma série de perguntas ao acordar sobre tudo o que tinha acontecido durante a semana, se não havia batido a cabeça, ou comido algo diferente, bebido o que não devia, enfim, coisas anormais; tendo respostas negativas e comuns para tudo isso, resolveram que fariam alguns exames para saber se estava tudo normal.

Quando a enfermeira foi colher seu sangue, Dê virou o rosto para o lado determinada a não ver a agulha que lhe colocavam, depois do que pareceram longos minutos viu a moça concluindo a ação e saindo da sala.

Sua mãe e a de Carmem entraram logo em seguida.

– Cadê minha maquiagem? Essa mulher deve ter tirado todo o meu sangue e devo estar a lá Molúsculo, o filme de vampiros! O que aconteceu?

– Você desmaiou na casa de sua amiga, filhinha. – disse sua mãe passando as mãos em suas maria-chiquinhas.

– Huuuum... Sabem se alguém disse “Xeenti, a Denise está dexmaiada!”? Sempre quis ouvir...

As duas mulheres da sala riram, certamente a Dê estava se recuperando rápido. Foi liberada logo em seguida, o resultado dos exames iriam sair dentro de uma semana e que todos deveriam ficar despreocupados, não devia ser nada grave.

– Onde está a Carmem? – perguntou mexendo no celular.

– Ah filha, pedi que ela ficasse em casa para descansar, ainda tá muito abatida por ontem. – respondeu a mãe da amiga, logo virando para contar os detalhes para a outra mulher.

– Hum... Entendo. – disse Denise lendo a mensagem que haviam lhe enviado há algumas horas.

“Oi, amiga. Manda notícias quando estiver bem. Só passando pra avisar que eu tô com o Toni, se eu sumir, avise que ele foi a última pessoa que me viu kkkkk. Beijos, te amo.”

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O resto da semana passou rápido e na sexta-feira Magali passou o dia todo tentando convencer Mônica a se encontrar no barzinho com a turma, era a noite do karaokê e eles nunca perdiam. Mô ainda estava muito para baixo com o fim de namoro caótico que teve e super confusa, pois a amiga tinha passado a semana inteira bombardeando com aquele assunto de teoria da conspiração para separar o casal.

Magá prometeu que não diria uma só palavra sobre o assunto e também que o Cebola tinha avisado que não poderia ir porque tinha que terminar um trabalho muito importante da faculdade que, provavelmente, levaria o final de semana inteiro.

Depois de toda a insistência Mô acabou cedendo e dizendo que iria, afinal, de nada ia adiantar ficar em casa sofrendo e evitando lugares em que o ex poderia estar. Tomou um banho demorado, queria estar bem relaxada no bar com os amigos, escolheu um vestidinho preto simples, rodado e com florezinhas brancas, calçou sua sapatilha e ficou esperando a amiga para irem juntas.

Geralmente, era o Quim e o Cebola que as levavam para todos os lugares de carro, mas um saiu para estudar culinária fora do país, e mesmo que voltasse já não era mais namorado da amiga, e o outro já não era mais seu namorado, então, adeus carona! Quando Magá chegou, elas acabaram resolvendo pegar um táxi.

O bar estava lotado, como sempre se encontrava nas sextas, mas elas não demoraram a localizar seus amigos numa mesa um pouco afastada do palco, porém bem próxima ao local das bebidas. Mônica passou seus olhos por Xaveco, DC, Isa, Cascão, Marina, Franja, Titi e Aninha, suspirou aliviada por não encontrar o Cebola ali. Magali, percebendo isso, sussurrou no seu ouvido “Ele ainda é nosso amigo. Uma hora vocês irão se encontrar.”, mas também estava mais tranquila por não ver a Cascuda naquele meio.

Elas cumprimentaram a todos e puxaram duas cadeiras, assim que Magá ia sentar entre Mônica e Isa, Cascão a puxou para o seu lado e passou o braço sobre seus ombros, a menina que não esperava, o olhou um pouco assustada, ele, por outro lado, sustentou o olhar como se a tivesse desafiando a perguntar alguma coisa. Quando Magali suspirou e desistiu daquela discussão silenciosa, Cascão relaxou na cadeira e continuou rindo conversando com os amigos, que fingiram não ter percebido nada.

Não demorou muito para Mônica perceber que a melhor coisa fora decidir encontrar com a turma, a distração fazia muito bem para ela, ver todos se divertindo e conseguir sorrir era uma ótima forma de começar a curar uma dor de cotovelo. Ninguém na mesa perguntou sobre o Cebola ou Cascuda, então ela logo viu que todos já sabiam sobre o fim dos namoros.

Como era início de noite, todos os presentes no bar ainda estavam sóbrios, portanto ninguém queria se aventurar a cantar. E se ninguém queria se aventurar a cantar, isso queria dizer que uma pessoa queria.

– Canta essa comigo? – disse DC estendendo a mão na direção de Mônica. A menina pensou um pouco, não queria passar vergonha, mas a insistência do olhar do amigo acabou convencendo-a. Ela e Do Contra já tinham namorado há poucos anos, mas acabaram vendo que o namoro não daria tão certo quanto tinham imaginado, Cebola ainda morria de ciúmes dele, mas a Mô era firme em suas decisões e já havia decidido há muito tempo sobre a importância daquela amizade em sua vida. Ao contrário do que todo mundo pensava (Novidade!), DC não queria mais a dentucinha como sua namorada, a via como uma grande amiga, e vendo como estava triste mesmo por trás dos sorrisos daquela noite, tinha decidido pagar um mico para ver se a animava.

Eles foram juntos ao palco sobre os olhares curiosos da turma e das outras pessoas presentes no bar, poucos corajosos mostravam a voz antes da meia-noite. Para piorar, a situação daquele dia era diferente, os participantes não escolhiam sua música, ela era sorteada e quem não soubesse que improvisasse! Mônica torcia para sair uma canção conhecida até que:

– Mania de Você, Rita Lee! – anunciou um homem no microfone.

Era coincidência de mais aquilo, não podia ser verdade que tinha caído exatamente aquela música... A música deles!

Flashback on

Cebola mostrava a nova aquisição para a amada em primeira mão, finalmente tinha conseguido guardar dinheiro para comprar o violão que a tanto tempo babava na vitrine da loja de instrumentos do shopping. Ele estava todo empolgado, trocando os r’s por l’s e tentando fazer a namorada entender as mil vantagens desse novo em relação ao anterior.

– Ah, Cebola, você sabe que eu não entendo disso, toca logo pra mim que é! – disse impaciente, adorava ouvir o namorado tocar violão e cantar para ela.

– E o que a senhorita deseja ouvir?

– Sei lá, toca uma boa aí.

Cebola já sabia qual música ela queria, era a de sempre, a menina tinha cismado com aquela canção e não a tirava da cabeça. Então ele começou.

– Meu bem, você me dá água na boca

Vestindo fantasias, tirando a rooooooupa

Molhada de suor de tanto a gente se beijar, de tanto imaginar loucuuuuuras

Mônica entrou:

– A gente faz amor por telepatia

No chão...

– Só se for por telepatia mesmo, né amor! – Cebola parara de tocar e ficou segurando o riso. Mônica acertou o travesseiro nele, acusando-o de atrapalhar sua música. Eles ficaram rindo e brincando um com o outro por um tempo e o riso se transformou em silêncio, que logo se transformou em beijo.

Flashback off

– Mô? Tá bem? – disse o DC abanando as mãos na frente do rosto da amiga. – Você já perdeu sua parte da música duas vezes... – falou coçando a nuca.

– Ai DC, me desculpa, eu viajei agora. Pode começar de novo, eu tô pronta.

A música recomeçou e Do Contra iniciou a primeira estrofe, quando chegou em sua parte, Mônica já estava com a voz embargada pelo choro que ameaçava vir sem ser convidado e ao olhar para frente viu Cebola parado a olhando no palco.


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Notas finais do capítulo

Como prometido, segue a baixo o link com a música e letra "Mania de Você", interpretada por Rita Lee.
https://www.youtube.com/watch?v=c6J0qE2uro0
Beijinhos pra vocês



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