Os 7 Pecados Capitais escrita por Talyssa


Capítulo 14
Falhas de execução


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente!
Vamos dar uma relaxada nesse capítulo? Digam sim! hehe
Por isso nada de muuuuuitas emoções, apenas as conclusões do que aconteceu no cap de ontem, mas com a escrita que vocês já conhecem ♥
Espero que gostem *-*



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No momento em que o gatilho da arma fosse acionado, deveria apenas fazer o famoso clic de tambor sem munição, mas a pistola era real e estava carregada. O Sr. Feitosa fez como tinham ensaiado, empurrou a Carmem com força para trás e a protegeu com o próprio corpo, claro que não esperava que a arma disparasse, por isso assustou-se ao sentir o braço com grande ardência, ao olhar para ele, viu que sangrava.

A bala que passou direto atingiu a um vaso de porcelana da Sra. Frufu e o quebrou em vários pedacinhos, sem esperar o resultado e muito confuso, o assaltante largou a arma, olhando-a fixamente tentava entender o que havia acontecido para que tivesse disparado.

Toni, mesmo com os pensamentos desordenados, pegou a arma do chão e a apontou para os assaltantes, não pensava em disparar, mas ainda iria querer entender muito bem o que havia saído dos planos. O homem atingido pelo vaso levantou confuso, mas saiu correndo do jeito que pôde com o comparsa.

A mãe de Carmem já estava em cima da filha, verificando se estava tudo bem, o pai ligava para o SAMU e logo após para a polícia. Toni largou a arma e correu para verificar seu “tio”. Poucos minutos depois vários ambulâncias e veículos policiais, além de carros da mídia, estavam na mansão tornando tudo uma bagunça muito maior, provavelmente se fosse na casa de outra pessoa qualquer não teria tido toda essa repercussão, mas era na casa do Sr. Frufu, um dos maiores empresários e filantropos do país, portanto, toda a tenção se encontrava ali.

O ferido foi colocado em uma maca, embora dissesse a todo momento que sentia-se bem e só precisava de um curativo, mas é claro que o genitor de Carmem não deixaria o homem que salvou sua filha de um tiro sem os cuidados necessários. Depois de muitos agradecimentos a ambulância partiu levando junto Toni, que havia se prontificado a acompanhar seu tio.

A notícia estava sendo transmitida em horário real para o jornal local, os repórteres destacados tentavam a todo momento entrevistar o capitão da polícia e a família, mas a última se mantinha quieta, claro.

Cada pessoa da turma recebeu a nota de maneira diferente, Mônica e Magá foram chamadas à sala por Seu Paulinho que assistia o jornal, imediatamente tentaram entrar em contato com a Carmem para saber se estava tudo bem com a amiga. Cascão ficou imaginando se não poderia dar uns golpes nos ladrões que aprendera com o seu herói, Cosmo Guerreiro. Cebola estava intrigado pelo porquê do sistema de segurança não estar em funcionamento durante a invasão. Já Denise deu um chilique porque não havia sido convidada para o jantar na casa da Carminha, acabara de perder uma grande oportunidade de divar nos noticiários.

Fora a turminha, todo o bairro do Limoeiro assistia apreensivo e ávido por informações sobre a amiga e sua família. Além deles, uma pessoa que conseguia rir mesmo diante a todo o caos, a Bruxa Viviane, claro. Tinha sido uma jogada de mestre trocar a arma falsa por uma verdadeira e carregada. Ela não sabia como, mas todas as vezes que qualquer pessoa da turma era altamente afetada por seu pecado, ela conseguia sentir e chegar à pessoa. Por exemplo, também havia sido culpada por apresentar sites sobre a mia para a Magá. Estava satisfeita com o desenrolar de seus planos.

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Casa da Magali, terça-feira

Magá podia imaginar as engrenagens da cabeça de Mônica trabalhando loucamente para dar uma resposta que explicasse o que achava do assunto, mas sem ofender a amiga. A gorduxinha achou melhor entender tudo e depois dar sua opinião.

– Você terminou com o Quim, mas... E a Cascuda?

Magali virou o rosto um pouco envergonhada, ainda se sentia culpada pelo fim do namoro do Cascão e aquele beijo só confirmava seus pensamentos.

– Depois que começamos a estudar na mesma universidade, o Cas e eu nos aproximamos mais, você sabe... Ontem estávamos indo para a facul e encontramos a Cascuda no caminho...

Magá contou toda a história da manhã do dia anterior para a amiga, que ouvia atentamente e se irritava muito quando ouvia os desaforos que a Cascuda tinha dito à comilona.

– Então, hoje quando você e o Cas se beijaram eram super solteiros?

– Ér, pode-se dizer que sim...

– Hum, menos mal. Magá, bom, você terminou com o Quim faz algum tempo, mas o Cas terminou o namoro ontem... Será que vocês não devem esperar um pouco? É só uma opinião, claro.

– Eu sei, amiga, mas não consegui resisti... Eu acho que queria esse beijo há algum tempo e não pude negar...

– Você tá gostando mesmo do Cascão, não é?

Magali apenas balançou a cabeça em concordância.

– Quem diria! Nunca imaginei os dois juntos, mas talvez fique fofo e poderemos sair em casais você o Cas, eu e o... – Mônica se interrompeu, lembrando que não, não poderiam sair em casais. Quanto tempo levaria para se acostumar com o fim do namoro?

– Tudo bem, amiga, esquece isso por enquanto. Eu não vou ficar com o Cas tão cedo e nem sei se vai acontecer de novo, ele provavelmente deve tá achando que trai o Quim, então...

– MAGALIII! MÔNICAAAAA! DESÇAM AQUI PRA VER O QUE TÁ ACONTECENDO NA CASA DA AMIGA DE VOCÊS! – gritou Seu Paulinho para as garotas.

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Hospital, terça-feira, 21h

Toni e seu “tio” foram levados ao melhor hospital das redondezas por ordem do Sr. Frufu. Ao chegar no pronto atendimento, seu Feitosa ficou imediatamente em observação, para analisarem se não teria sofrido coisas mais graves, ao constatarem que o tiro realmente pegara de raspão, o levaram para a sala de curativos e cuidaram do ferimento.

Quando os dois homens ficaram sozinhos, Toni se afastou observando a expressão do outro que estava na sala.

– Olha, eu juro que não sabia que aquele idiota tinha levado uma arma carregada, não tive nada a ver com...

– Silêncio, imbecil! Você teve culpa quando contratou dois animais para fazer o serviço. E se a bala não tivesse pegado de raspão? E se eu tivesse morrido me colocado na frente daquela garota?

– Mas não morreu. – falou Toni entre dentes – Eu vou fazer o carinha pagar pelo erro.

– Não, não vai. Quem vai fazer isso sou eu! E acho melhor o pai da garota me dá o emprego, que isso tudo não tenha sido em vão. Entendeu?

Nesse momento o pai de Carmem batia a porta, os dois sobressaltaram-se, ainda bem que falavam baixo. Disseram para que entrasse e viram que o homem tinha lágrimas nos olhos, foi aí que perceberam: tinham vencido a batalha, aquele trabalho já seria do Feitosa.

Oh meu Deus, homem! Como você está?

– Não precisa se preocupar, o tiro pegou de raspão, vou sobreviver. – disse o bandido rindo falsamente.

– Mas poderia ter acontecido algo grave! Eu agradeço muito, muito mesmo em meu nome e no de minha família. Aquele tiro poderia ter acertado Carmem, você nem a conhecia e... a emoção acabou acometendo o homem.

Feitosa e Toni reviraram os olhos, mas o mais velho se obrigou a responder:

– Sua filha é muito importante para o meu sobrinho e acho que teria feito por qualquer um. Ainda mais por ela, que me ajudou conseguindo uma entrevista com o senhor num momento que eu tanto preciso. Eu é que tenho que agradecer.

– Por favor, não me chame de senhor, pode usar ‘você’ mesmo. Quanto à qualquer despesa médica nem se preocupe! E quanto ao emprego, não precisa mais procurar. Eu me admirei de verdade com os seus conhecimentos em finanças, mas isso não seria suficiente para lhe dar um cargo de alto nível, porém, pouquíssimas pessoas se colocariam à frente de uma bala por outra, e essa outra pessoa foi minha filha, portanto, agora o senhor goza de minha inteira confiança, provou que é um bom homem, então ficaria honrado em ter-lhe como tesoureiro da minha ONG. Aceita?

Finalmente o convite, finalmente largaria a vida de pobreza, apesar dos pesares o plano do cabeça de vento do Toni dera certo. Já Toni pensava no prêmio, além de conseguir o dinheiro fácil da ONG, ficaria com Carmem, a garota lhe dera sua palavra.

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Whatsapp’s ON

Cascão e Cebola:

Cebola: Ei, cara, viu o que aconteceu na Carmem?

Cascão: Vi sim, irmão.

Cebola: Bizarro! Uma casa daquele tamanho não tem segurança, hein? Até eu projetava algo melhorzinho...

Cascão: E eu teria aplicado uns bons golpes nos assaltantes! Kkkkk

Cebola: Agora me diz, Cas, o que aconteceu quando eu deixei você e a Magá a sós? Hein?

Cascão: Cê, tá ficando meio tarde, sabe... Amanhã eu tenho aula.

Cebola: Nem tenta me enrolar, conta tudo.

Cascão: A gente assistiu um filme, foi isso.

Cebola: E?

Cascão: E foi divertido pra mim. A Magá dormiu.

Cebola: E?

Cascão: Ela dormiu e, eu juro que não sei como, ela me abraçou dormindo.

Cebola: Eeeeeeeeeeee?

Cascão: E nada, careca! Ela acordou.

Cebola: Foi só isso, Cascão?! Sério?

Cascão: ...

Cebola: Vei, desenrola logo e conta.

Cascão: Eu beijei a Magá e ela correspondeu...

Cebola: Caraca! Não acredito! Então foi por isso...

Cascão: Por isso o quê?

Cebola: Não bem por “isso”, mas sim por “Você”!

Cascão: Iiiiiiiih, tá pirando é, careca?

Cebola: Não, cara! É que eu falei com o Quim faz umas semanas e ele me disse que a Magá terminou com ele. Foi por você! Eu sabia! Eu sabia!

Cascão: Não acredito... A Magá e o Quim...?

Cebola: Acabou! Assim como você e a Cascuda. Estão livres, meu amigo, livres!


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Notas finais do capítulo

Como eu disse, sem tantas emoções! Mas aguardem o que está por vir *-*
Beijos



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