Os 7 Pecados Capitais escrita por Talyssa


Capítulo 11
Revelações


Notas iniciais do capítulo

Está na hora da estória começar de verdade! Bora lá? ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/657544/chapter/11

Magali espiou pelo olho mágico da porta e se deparou com Denise tocando a campainha sem parar e olhando para todas as direções, “Essa foi rápida!”, pensou. Assim que abriu a porta a outra passou em disparada sem nem ser convidada para entrar – Porque você demorou tanto para abrir a porta? Eu odeio ficar esperando! – disse sentando-se no sofá e bebendo num só gole o refri do Cascão. – Eu acho que você está com medo é de apanhar, isso sim. A Mônica saiu daqui faz pouco tempo, acredito que não vá voltar tão cedo, então não se preocupe... Ainda! – respondeu Magali sentando-se e fazendo gestos pros meninos sentarem-se novamente.

Foi nessa hora que Denise percebeu que o Cebola também estava na sala e começou a ficar vermelha. Magali aproveitou o silêncio e começou a pôr seu plano em prática. – Bom, pelo o que o Cebola nos contou, vocês naturalmente não tiveram tempo para conversar sobre o que aconteceu hoje mais cedo. Sendo assim, acho bom você explicar direitinho e sua história bater muito bem com a dele. – O primeiro impulso de Denise foi mentir, afinal, iam achar que estava maluca se dissesse que acreditou ter sido abduzida, mas não tinha mais nada em mente para falar além disso, não tinha tido tempo de pensar numa desculpa plausível.

– Olha só, gatz, eu fui na casa do Cebolácio aqui, porque ele queria falar sobre sexo e...

– O QUÊ?! – disseram Cascão e Magali em uníssono e viraram-se para o cinco fios. Cebola deu um tapa na testa, se dependesse de Denise estaria ferrado.

– Alôou, Voz do Brasil – disse acenando para chamar a atenção do seu público de volta – Como eu ia dizendo, ele queria falar sobre sexo, MAS NÃO SEXO COMIGO, e sim com a Mô. Ela tá fazendo a linha virgem santa e nosso amigo aqui não consegue se controlar, o que eu percebi de maneira muito pessoal...

– Dá licença, galota. Se você continuar falando assim, eles vão achar que eu tenho culpa e... – Magali o interrompeu – Cê, eu quero ouvir da boca dela, então shiu!

Denise limpou a garganta e continuou a narrar a cena do seu ponto de vista – Certo, a gente tava conversando numa boa e aí do nada eu senti um troço estranho pelo corpo e a criatura aqui era um deus grego de tirar o fôlego – disse abanando-se – Fala sério, vocês sabem que eu jamé ficaria com o Cebola, por favor! – EEEEEEI! – começou Cê sentindo-se ofendido, mas se interrompeu assim que viu a cara de repreensão da Magá. – Aff, assim eu não vou conseguir terminar! Como eu ia dizendo, na hora eu acabei achando que estava sendo abduzida e que era apenas uma visão de brinde que tinham me dado, o tiozinho aqui super correspondeu, então eu meti a caraney! Daí, do nada, a Mônica entrou no quarto, tinham levado o meu deus grego loiro, forte e deixado o troca-letras no lugar. Depois disso, eu não me lembro de muita coisa, só de ter muito medo de levar uns tabefes. Fim.

A cara do Cascão era impagável, olhava a Dê como se ela tivesse ficado maluquinha, talvez a Mônica, na verdade, tenha batido sim na cabeça dela... E forte! Magali olhava com uma expressão séria, dando a impressão que estava querendo ver além da Denise.

Cebola e a Dê olhavam pros dois esperando a sentença...

– Eles dizem a verdade! – entregou Magali.

– Espera aí, Magá, você tá querendo dizer que caiu no papo furado desses dois? Que eles são inocentes? – Cascão não conseguia acreditar que a amiga estava sendo tão boba.

– Sim e não. Sim, eu acreditei na história. Mas não, não acho que sejam inocentes, seja lá o que tenha acontecido, não acredito que os dois estivessem com boas intenções quando rolou tudo. Olha só, Cas, já aconteceu tanta coisa nesses gibis... Gêmeos malignos, possessões, bruxarias, espíritos ruins, alienígenas... – enumerou as situações estranhas que tinham se envolvido, parece que tudo acontecia sempre com eles. Cascão considerou o que a amiga tinha dito, depois de tudo o que aconteceu as situações mais estranhas já lhes pareciam normal, mais uma dessa e... Não, espera! Já estava começando a acreditar naquela história maluca. Deu-se por vencido, se a Magá conseguia ver um pouco de verdade naquilo, ele confiaria no julgamento dela, era difícil falhar.

Cebola viu os amigos acreditando nele e suspirou mais aliviado, agora só faltava a Mônica. Só?! Não! Essa seria a parte mais difícil, mas prometeu pelo amor que sentia por ela, não teria outra garota que não fosse a Mô, não deixaria que a luxúria lhe tomasse mais uma vez, se não fosse com a Mônica nunca mais seria com ninguém. Ele seguiria em frente apenas se ela lhe desse o seu perdão, do contrário só teria tomado uma mulher em sua vida, mas a tomou acreditando que era sua amada. Percebeu que todas as vontades de seu corpo não eram iguais as de horas atrás, agora cada célula estava concentrada em ter a garota de volta; com a perda do maior desejo, sempre fora ela, foi que começou a superar o maior defeito.

–--------------------------------------*--------------------------------------------*----------------------------------------------

Casa da Carmem, segunda-feira.

Toni esperava sentado na sala de visitas, tinha certeza que a Carminha estava lhe dando uma lição por tê-la feito esperar. Demorou cerca de quinze minutos e a menina apareceu com o nariz empinado e parando em sua frente jogou os cabelos loiríssimos para trás e prostrou as mãos na cintura, cerrando os olhos azuis.

– Olha, eu só me atrasei uns vinte minutos, okay? Nem vem com cena! Senta logo aí que eu não tenho todo o tempo do mundo. – disse o garoto parecendo entediado e querendo fugir da chatice da patricinha.

– Certo, Toni. Escuta, como eu te falei, o Sr. Rodriguez vai se afastar da empresa, essa é a nossa oportunidade de colocar alguém da nossa confiança dentro da ONG. Você já tem alguém em mente, não é?

– Tenho mesmo. Falei com ele ontem mesmo, temos que dar um jeito de falar com seu pai e indica-lo.

– Toni, meu pai não vai querer colocar qualquer pessoa na oganização, ainda mais no cargo de tesoureiro que vai mexer com todo o dinheiro! Esse cara tem que provar o valor dele.

– Bom, eu já desconfiava disso, então tomei a liberdade de acrescentar uma pequena coisinha no nosso plano. – falou com uma expressão de falsa modéstia. – Carmem, o que é a coisa que seu pai mais preza na vida?

A menina nem titubeou na resposta – Sou eu, é claro! – disse dando de ombros.

– Exatamente! Então, o que ele não daria à pessoa que salvasse sua filhinha das garras de cruéis assaltantes?

Fora uma bela sacada, Carmem começou a entender onde o garoto queria chegar, ele deu os demais detalhes do plano e ela percebeu que seria arriscado, mas no fim, pelo dinheiro, valeria a pena.

–---------------------------------------*-----------------------------------------------*------------------------------------------------------

Casa da Magali, 20h15min, segunda-feira.

Os meninos já tinham deixado à casa da Magá fazia algumas horas, eles tinham ficado um pouco mais discutindo como conseguiriam ajudar a Mônica e o Cebola; Denise só topou porque isso iria beneficiá-la, não ter a Mô a caçando pelo resto da vida tinha lá suas vantagens, com toda certeza não queria seu lindo rosto quebrado.

Depois que todos se foram, Magá pegou a louça suja e levou para a pia, sua mãe já estava lhe preparando mais um lanche, apenas coisas saudáveis. Não era que a comilona não gostasse, mas com os amigos fora, agora se sentia tão só que preferia a companhia de seu pote de sorvete e foi isso que fez.

Subiu com o sorvete para seu quarto e se jogou na cama, quando percebeu já tinha acabado todo o pote de dois litros, mais alguns salgadinhos e umas barras de chocolate. Respirou fundo e foi para o banheiro, já sabia qual seria o ritual da noite. Olhou-se no espelho e contemplou sua face odiando-se pelo que faria.

Magali pegou sua escova de dente e a colocou no fundo da garganta provocando a si mesma náuseas, finalmente conseguiu o que queria, todo o sorvete, chocolate, refri e salgadinhos daquela tarde estavam descendo ralo a baixo. Ela já vinha fazendo isso há algum tempo, quando era criança, a comida parece que não a engordava, talvez porque fizesse muito mais coisa, mas à medida que ia ganhando mais idade, seu metabolismo ficava mais lento e ela começara a sentir-se mal com o próprio corpo.

Seria muito melhor para a sua saúde se fizesse uma dieta balanceada e reduzisse as guloseimas durante o dia-a-dia, mas simplesmente não conseguia abandonar os velhos hábitos, queria comer muito e a toda hora, ter um namorado padeiro a vida toda também não ajudou. Foi aí que tomou uma das piores decisões, não conseguia deixar de comer exageradamente, pois, comer lhe proporcionava extremo prazer, porém, também não queria ficar acima do peso; as amigas sempre lhe perguntavam como ela fazia para comer daquele jeito e continuar magra, todos queriam o segredo, entretanto, Magá jamais colocaria qualquer pessoa nesse mundo que lhe parecia não ter volta, a bulimia era uma amiga infiel que ela havia trazido para o seu meio e agora não conseguia se livrar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Os planos começam a tomar forma, as consequências dos pecados já vem chegando para alguns... Daqui pra frente as coisas só tendem a... Melhorar? Será?
Beijos, fofos



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Os 7 Pecados Capitais" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.