Enamorados escrita por Millsforever


Capítulo 42
Término?


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi pessoal! Mills desculpas pela demora s2! Tem sido bem difícil escrever a fic nesses últimos dias. Tenho estado muito sem tempo pra fazer isso e por isso demorei tanto. O capitulo ainda não estava pronto, mas devido a espera eu resolvi dividir ele. Assim ficou essa parte e tem a outra que ainda está em produção. Espero que não demore tanto quanto dessa vez. Mil perdões.

Enfim, vamos ao que interessa. Uma boa leitura pra vocês, divirtam-se e desculpem os erros.



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Número 22.

Emma e Ruby dormiam um sono sossegado. A morena tinha ficado na cama por insistência da amiga e Emma dormia no chão segurando seu travesseiro. O quarto já estava bem escuro, iluminado apenas pela luz de um poste da rua que dava para o quarto da loira.

Com a janela só um pouco fechada, uma leve brisa permeava o quarto e o deixa fresco sem ser frio demais. De repente barulhos insistentes começam a ser ouvidos, invadindo o sono de Emma. A loira desperta, confusa. Mais uma vez ela ouve o barulho de algo se chocando contra sua janela.

Emma se levanta e se aproxima. Quando abre um pouco mais sua cortina, tendo vista da área lá fora, ela sorri, ao ver o namorado catando algumas pedrinhas.

—Ei! – ela o chama num tom baixo.

Killian ergue seu rosto e se encanta ao ver Emma com uma carinha de sono.

—Acho bom não quebrar minha janela.

Ele faz um sinal a chamando pra descer e ela pede para ele esperar.

No andar de baixo os dois se encontram. A loira abre a porta e o moreno a abraça, num abraço longo e apertado. A loira se entrega respondendo na mesma intensidade. Ele a beija, a segurando pela cintura firmemente, Emma o puxa pra si um pouco mais como se quisesse que ambos ficassem juntos para sempre. Conectados. Depois de uns minutos os dois se separam, o ar começara a faltar.

A loira abre os olhos, sem folego.

—Eu devo me preocupar? – Emma

—Não, não deve eu só senti muita saudade de você. – Killian

—E eu de você.

—Então porque me ignorou o dia inteiro?

—Eu não te ignorei, como você bem sabe tinha duas criaturinhas aqui mais cedo confiscando meu celular.

—Como a ruiva tá?

—A ruiva agora voltou a ser morena e ela está muito bem. Assim como a minha sobrinha.

—Sua sobrinha? – ele pergunta sorrindo.

—Isso aí.

—Eu sempre admirei a amizade de vocês duas. Espero que nunca percam isso.

—Não vamos, eu tenho certeza. Ruby é minha irmã Killian e nada no mundo vai desfazer isso.

—Eu não duvido.

—Então... Você veio aqui só para atirar pedrinhas na minha janela?

—É claro que não, eu vim antes de tudo te ver de pijama e com a cara amassada.

A loira usava uma blusa regata branca lisa e soltinha e um calça xadrez comprida que cobria seus pés.

—Bem, essa parte está concluída. E você deu sorte, é o meu melhor pijama.

—Em segundo, eu queria dizer que te amo.

—Eu também te amo meu amor. – ela dá um selinho nele.

—Tá tudo bem mesmo Emma? – ele pergunta preocupado.

A loira hesita por um momento.

—Tudo sim.

—Sabe que pode conversa comigo sobre tudo não sabe?

—Kil, eu sei. E está realmente tudo bem. Não se preocupa.

Ele inclina a cabeça para o lado.

—Ei, eu tô bem. Confia em mim.

—Okay, se você diz eu acredito.

—Ótimo, agora eu preciso que você vá pra casa.

—Está me expulsando Emms?

—Tô tentando impedir que meus pais te peguem aqui durante o meu castigo. Tenho certeza que não quer problemas com a Dona Mary e o David.

—Nem de longe. Eu já vou indo. Te vejo amanhã?

—Sem dúvida.

Os dois se beijam novamente.

—Tenha uma boa madrugada Mrs. Swan

—O mesmo a você Mr. Jones. Te amo.

—Eu te amo.

Eles se olham uma última vez e ele se afasta da casa. A loira fecha a porta e sobe as escadas de fininho. Entra em seu quarto e vê a amiga esparramada sobre a cama. Ela desiste do seu colchão no chão.

—Ruby chega pra lá.

—Humm. – a garota murmura.

—Anda sua morena espaçosa. – a loira se deita na cama.

—Não se pode dormir mais nessa casa.  – Ruby a envolve com um dos braços apertando Emma come se fosse uma boneca.

—Boa noite Rubs. – ela fala beijando o nariz da amiga.

—Boa noite.

Casa de Número 19.

Já marcavam 1 da manhã e na cozinha da casa estavam Zelena e Jeff. No andar de cima Aurora dormia sob os cuidados de Kristoff e Robin. Os três jovens tinha chegado em casa, com muita dificuldade devido ao estado da ruivinha, ás 22h. Toda situação tinha pegado Jeff e Zelena de surpresa. De imediato Zelena fez menção de levar a filha para o hospital, mas a ruivinha se recusou, alegando que só queria descansar. Desde então Kristoff estava fazendo companhia pra ela. Velando seu sono.

—Eu só quero saber quem foi o desgraçado! – Jeff falou cheio de raiva andando de um lado para o outro na cozinha. – Eu juro por Deus que se eu descobrir quem foi eu mato com as próprias mãos.

—Ah, você não vai tirar esse prazer de mim. – Zelena

—Era pra eu ter ido buscá-la.  – Jeff

—A culpa não foi sua meu amor, só do psicopata que atacou a minha filha– Zelena

—Nós devíamos ir até a polícia. – Jeff

—Nós vamos, mas não agora. Segundo os meninos a Aurora finalmente conseguiu dormir e mesmo com o Kristoff e Robin lá em cima, não confio de sair de casa e deixá-la aqui.

—Você está certa. – Jeff – Já está bem tarde. Por que não vai descansar? Eu olho a Aurora.

—Eu não vou conseguir. Não pensando que nesse momento eu poderia estar sem a minha menina, por causa de um maluco filho da mãe qualquer. – ela disse com voz de choro.

—Ei, não fica assim Lena. Não chora meu amor. – ele a abraça. – A nossa filha já está em casa. O pior não aconteceu e vai ficar tudo bem. Vem, vamos lá pra cima, você e o bebê precisam descansar.

A ruiva concorda e os dois sobem as escadas.

—Vem, deita aqui. – ele a ajuda a se deitar na cama – Eu vou lá ver a Aurora e daqui a pouco eu volto. Tá bem?

—Tá okay, mas traz alguns biscoitos.

—Pode deixar.

Ele dá um selinho na ruiva e se retira.

No quarto ao lado, Kristoff estava sentado na cama de Aurora enquanto a ruivinha dormia, descansando a cabeça sobre as pernas do namorado. Sentado na cadeira da escrivaninha da amiga, Robin observava a cena.

—Você gosta mesmo dela, não é? – Robin

O garoto só afirma com a cabeça enquanto afaga os cabelos da ruiva.

—Gosto muito Robin, mais do que consigo admitir. E eu quase a perdi hoje. – ele fala secando o rosto.

—Não chore, por que eu não vou ai te abraçar.

—Eu sinto muito Robin.

—Kristoff não foi sua culpa, poderia ter acontecido com qualquer um. Só agradeça por termos chegado a tempo de ajuda-la.

—Não estou falando disso. Eu falo sobre o acidente. Você, Ruby, eu e Graham.

—Esquece isso. Já aconteceu e não gosto de tocar nesse assunto. Eu continuo não simpatizando com você e você sabe muito bem disso. Mas a Aurora ama você – Kristoff sorri olhando pra namorada – E você a ama também. Então eu só não quero ter que discutir com ela por causa disso outra vez. Por tanto, chega desse assunto.

—Como você preferir. Mas eu só quero que saiba que eu sinto muito e que se fosse possível, não faria nada do que fiz a vocês dois.

—Obrigado.

—Amigos? – ele pergunta sorrindo.

—Tenho que admitir, você tem senso de humor.

—Todo mundo diz isso.

Jeff entra no cômodo.

—Rapazes, já está ficando um pouco tarde e...

—Ah, não se preocupe eu já estava de saída. – Robin.

—Não, está maluco? Acabaram de socorrer a minha filha de um lunático. Não vão sair assim. Eu ia oferecer um quarto pra vocês ficarem. Só tem um disponível, então teriam que dormir juntos. Espero que não se importem.

—Obrigado professor, mas eu poderia passar a noite aqui no quarto da Aurora? – Kristoff

Jeff ergue um sobrancelha para o garoto.

—Ah, não é nada disso! É só que eu gostaria de ficar com ela, pra cuidar dela nada demais. Eu posso dormir no chão, não ligo nem um pouco. Mas somente se o senhor permitir, é claro.

Jefferson o encara por um tempo e depois olha pra Robin, o loiro levanta os ombros e o moreno concorda.

—Tudo bem, vou trazer algumas coisas pra cá. – Jeff

—Obrigado professor. – Kristoff

—Pode chamar de Jeff, mas não se esqueça: você dorme no chão.

—Sim senhor.

—Vem Robin, vou te levar até o quarto de hóspedes. Daqui a pouco eu estou de volta.

Os dois saem do quarto e Kristoff volta sua atenção para a namorada.

—Viu ruivinha, parece que eu vou ficar aqui com você essa noite. Não demora a melhorar viu? – ele fala e beija a testa da garota.

Do outro lado da cidade, alguém chegava em casa, entrando em silêncio pela porta dos fundos. No escuro caminhou até seu quarto fechando a porta em seguida.

—Ruivinha desgraçada. – acende a luz e encara o espelho em seu quarto – Vai me deixar com uma puta de uma cicatriz. Tomara que morra!

Ele encara a marca do ferimento mais uma vez, pensando em como esconde-lo.

—Bem, de qualquer forma vamos ter que dar um jeito nisso.

Ele se levanta e caminha até o banheiro, jogando a máscara no lixo.

No outro dia.

POV Killian.

Acordei disposto! Me tirei da cama em um salto só. Por algum motivo, estava me sentindo muito bem naquela manhã. Arrumei minha cama e caminhei até o banheiro que ficava no corredor. Era impressionante! Até onde eu sei minha mãe sempre trabalhou como professora, então ou ela ganhava muito bem ou essa história é mal contada. Os únicos quartos da casa que são suítes são o antigo quarto da Tia Zelena e o da minha mãe, mas tipo assim. Isso aqui é uma mansão! Eu realmente precisava perguntar ela sobre os empregos que ela já teve.

Fiz minha higiene matinal e quando estava voltando pro meu quarto dei de cara com a Regina.

—Bom dia mãe! – a abracei sorridente.

—Olha só, alguém acordou bem humorado. – ele disse beijando meu rosto – Bom dia meu amor. Dormiu bem?

—Muito bem e a senhora?

—Não tenho do que reclamar.

—É, pelo visto não mesmo. – falei com uma vontade imensa de rir

—O que quer dizer? – ele me questionou confusa.

—Nada não mãe, eu vou me trocar. Daqui a pouco estou descendo pra te ajudar.

—Okay, te espero lá embaixo. – ele disse descendo as escadas ainda em dúvida.

Ai, ai dona Regina! Aquela marca no pescoço só pode significar uma coisa, mas eu conheço minha mãe e além de extremamente reservada é hipertímida então preferi não a deixar com as bochechas vermelhas logo pela manhã. Eu tenho um dia inteiro.

Voltei ao meu quarto e comecei a me vestir. Uma calça preta, uma camisa branca lisa de manga e uma xadrez nos tons azul turquesa e branco. Coloquei meus tênis de cano alto, dei uma ajeitadinha no cabelo, apanhei minha mochila e desci.

Entrei na cozinha ouvindo o barulho dos pratos e vi minha mãe terminando de colocar café na cafeteira. Naquele momento me enchi de saudade. Sempre que chegava a cozinha encontrava ela e tia Zelena por aqui, as duas sempre discutindo por tudo como típicas irmãs. Além disso, atrasados ou não, Aurora e eu sempre chegávamos juntos a cozinha. Normalmente ela vinha com raiva de mim, pois sempre bagunçava o cabelo dela desde o momento em que nos víamos. Pois é, eu estava com saudades daquelas ruivas.

Joguei minha bolsa em cima da bancada e recebi aquele olhar de quem é viciada em organização e não gosta de nada fora do lugar da dona Regina. Retirei minha mochila de lá cuidadosamente e coloquei sobre o meu acento à mesa.

—Isso aí. Mesa e bancada não são lugar de mochila e derivados. – ela disse com o tom de voz de quando briga comigo.

—Mil desculpas senhorita Mills.

—Senhorita por pouco tempo. – Edu disse chegando até onde estávamos. – Bom dia meu amor. – ele disse beijando minha mãe.

Pigarreei um pouquinho, nada demais. Ele se separou dela e os dois me olharam rindo.

—Bom dia Killian. – ele falou bagunçando meu cabelo.

—Bom dia Edu!

Apesar de sempre ter imaginado a minha mãe com meu pai, eu realmente era feliz com o fato de a minha mãe estar com Eduardo. Talvez o relacionamento do August com a Regina só não tenha sido pra ser. Teria sim, sido incrível ter convivido com os dois como uma família, mas ela é tão feliz com ele. E isso, acima de qualquer coisa, me basta. E eu tenho certeza que seria suficiente pro papai também. Ele não falava muito dela comigo, mas nas poucas vezes em que me disse algo dava pra sentir que gostava muito dela. Ele sempre dizia que queria que a minha mãe fosse feliz, e que se ela pensava que a felicidade dela não estava ali naquele momento, ele nunca a impediria de ir atrás. Então... É, eu acho que todo mundo está bem.

—Ah, aliás tive notícias do Henry.

—Quando? – Edu.

—Está madrugada.

—Antes ou depois de você sair de casa? – Regina (acho que alguém leu o bilhete que eu deixei)

—Você leu? Eu cheguei e estava no mesmo lugar.

—Eu acordei e desci até a cozinha pra beber um pouco de água e vi seu recado, e só pra constar falar que está saindo, mas já volta, no meio da madrugada não me deixa nem um pouco mais calma.

—Eu tive que ir até a casa da Emma.

—Você teve?

—Sim, era importante.

—E não dava pra esperar até hoje de manhã?

—Definitivamente não, mãe. Mas isso já foi. Mas voltando ao Henry, ele me ligou e disse que estava indo pra Seattle com a Elle.

—Mas achei que o objetivo fosse não ficar por lá. – Edu.

—Parece que houve uma mudança de planos. – Regina.

—De toda forma, vou ligar pra ele despois que chegar no meu serviço. – ele olha o relógio de pulso – E inclusive, tenho que me adiantar. Daqui a pouco o David passa aqui. Ele ficou de me dar uma carona até eu arrumar uma substituta para a Katherine.

—Aé, você e o David trabalham juntos agora.

—Isso aí.

*Busina*

—Inclusive, está na minha hora.

—Mas você nem tomou café da manhã! – Regina

—Eu compro algo por lá. Vem cá – ele beija minha mãe demoradamente, e só por precaução eu viro o rosto. – Te amo.

—Eu também te amo. Se cuida!

—Vocês dois também.

Ele corre até a porta e sai.

—“Eu também te amo” – falo a imitando e ela me acerta com uma torrada.

—Au! Mas está muito boa. – digo mordendo um pedaço.

—Mas então, eu soube que alguém vai fazer aniversário essa semana. – ela disse tentando esconder o sorriso enquanto bebia um pouco de café.

—Ah não!

Eu não tinha problema nenhum em envelhecer. Não mesmo, muito pelo contrário. Apesar da soma das responsabilidades, crescer acaba dando mais independência e de alguma forma, significa que estamos um pouco mais sábios do que no ano anterior. Mas comemorar o meu aniversário...

Quando morava com meu pai ele me fazia comemorar todos os anos, mesmo eu sendo do contra. Ele dizia que o dia em que nasci é uma data especial, então merecia sim uma celebração. E eu nunca negaria nada a ele, mas naquela época lembrar que nasci, também me fazia recordar que a Regina não quis ficar comigo. E talvez seja esse o motivo de eu não gostar de celebrar. Afinal, dar uma festa no dia em que sua mãe te deixou? Mas o meu pai não via assim, então todos os anos ele me fazia vestir um chapéu horroroso de aniversário, me fazia soprar a vela de um cupcake de chocolate, fazer um desejo e logo depois ele aparecia com uma câmera fotográfica. Com certeza são as nossas melhores fotos.

—Eu estava pensando em fazer uma festa.

—Eu não gosto de festas de aniversário. Não do meu, pelo menos.

—Mas por que? É seu aniversário! É um dia feito para ser comemorado Killian.

—Sinto muito em te desapontar mãe. – falei mordendo uma panqueca.

—Filho... – ela me olhou com uma cara de cachorro que caiu da mudança, fazendo biquinho e tudo.

—Não tente usar as minhas artimanhas contra mim Regina Mills.

—Killian, mas vai ser seu primeiro aniversário comigo.

—E eu adoraria passar ele ao lado da senhora, vendo filmes, comendo porcarias. A gente podia até dar uma volta lá na praia.

—Por favor!

Ela pediu com os olhos brilhando e era como ver o meu reflexo chantagista. Revirei os olhos e notei seu sorriso.

—Tudo bem.

—Yes! – ela disse comemorando.

—Mas não quero nada grande mãe, por favor.

—Tudo bem, prometo que vai ser uma coisa pouca.

—Assim espero, mas e aí, você vai me dar uma carona?

—Só se for agora. Vamos!

Dei meu último gole no café e saímos.

Chagando a faculdade, minha mãe estacionou o carro em sua vaga e descemos do veículo. Como de praxe, ela se despediu de mim e foi para a sala dos professores. Eu permaneci do lado de fora do prédio esperando pela minha princesa e sua carruagem amarela de quatro rodas.

O ônibus não demorou a aparecer e logo que a porta se abriu vi Emma e Ruby saindo do ônibus. Caminhamos um em direção ao outro nos encontrando no meio do caminho.

—Bom dia Emms. – falei a abraçando enquanto afagava seus cabelos.

—Bom dia Kil! – ela disse com o rosto em meu pescoço.

Nos afastamos um pouco e nos beijamos... Por pouco tempo.

—Acho que estou enjoando.

—Saudades de um Robin, né minha filha? – Emma

—Falando nisso, cadê seu namorado rui... – e finalmente reparei que de ruiva a Ruby não tinha mais nada. – morena?

—Pois é, vai ser um longo processo de adaptação. – ela disse rindo.

—Sim, e aliás obrigada por isso aqui. – falei levantando o cabelo da Emma.

—Ah para, até você? – Emma

—Amor, estava um pouquinho desigual. – Killian

—Está sendo generoso. Mas voltando ao meu namorado, eu esperava que você me respondesse. Não falo com ele desde ontem, quando você ligou pra Emma. – Ruby

—Bem, eu e ele fomos pra minha casa ajudar o Henry com a viagem...

—Viagem? – Emma

—Ah é, não contei pra vocês.

Então antes de chegarmos à conclusão de que o Robin e a Aurora tinham sumido, passei por toda a história do Henry e da Elle primeiro.

—Okay, isso está começando a me preocupar. – Ruby – E o pior é que o Robin não me atende.

—Eu vou tentar ligar aqui. – Killian

—Pode desistir, eu e Ruby já tentamos. Não rolou. – Emma

*Sinal*

—Vem, vamos pra sala. Na melhor das hipóteses houve uma enorme coincidência e os três se atrasaram.

—E na pior?

Nós nos olhamos apreensivos e seguimos pra sala de aula preocupados.

Visão do Autor.

No hospital Zelena, Jefferson, Kristoff e Robin esperavam do lado de fora da sala enquanto Aurora era examinada.

—Ela devia ter vindo pra cá ontem. Onde eu estava com a cabeça? – Zelena

—Zelena por favor, tenta se acalmar. – Jefferson

—Para de falar isso, tem o efeito contrário. Olha a minha profissão! Com que senso eu deixei a minha filha toda lesionada em casa? – Zelena

—Vamos embora. – Jeff diz se levantando.

—O que? – a ruiva pergunta perplexa.

—Vem, eu vou te levar pra casa. Você está preocupada, tá nervosa e estressada, e melhor do eu você sabe que tem que evitar esse tipo de sensação durante a gravidez. – Jefferson

—Eu sei, mas eu não consigo. – Zelena

—Por que não vamos lá fora e ligamos para a faculdade, ham? Não falamos com o Gold, a esta hora as aulas já começaram e precisamos nos justificar. Vai ser rapidinho, só pra você respirar. – Jefferson

—E a nossa filha? – Zelena

—Os meninos vão ficar aqui e caso o doutor apareça antes de voltarmos, eles nos chamam. – Jefferson

—Tudo bem pra vocês? – Zelena

A ruiva olha para os dois jovens que concordam com a cabeça.

—Nós avisamos no caso de qualquer novidade. – Robin

—Certo, nós não demoramos. – Jefferson

Os dois caminham sentido ao lado de fora do prédio e Kristoff começa a andar de um lado pro outro.

—Você vai mesmo me fazer te consolar? – Robin

O menino parecia inerte as palavras de Robin, continuando a andar de um lado a outro do corredor.

—Okay. – Robin para Kristoff – Ela está bem!

—Como pode saber? Você não está lá com ela!

—É a Aurora, Kristoff! Nada derruba a minha amiga. Ela escolheu ir pra casa ao invés de vir para o hospital, e ela estava um bagaço ontem. Ela tá bem, confia.

—É, você pode estar certo. Mas só vou me tranquilizar quando alguém aparecer me dando boas notícias.

Robin vira o rapaz.

—Olá rapazes. – Dr. Whale.

—Whale! Como ele está? – Kristoff

—Onde estão os pais dela? – Whale

—Precisaram fazer uma ligação, coisa rápida. Já devem estar voltan... – Robin

—Doutor Whale! – Zelena diz ao se aproximar do grupo com Jefferson - Por favor, nos dê boas notícias.

O médico os encara.

Na faculdade.

Regina tinha acabado de dar sua aula para o segundo ano, o sinal do intervalo tinha soado e todos os alunos estavam liberados. A morena caminhava para sua sala quando recebe uma ligação.

Chamada On

*Gina?

*Finalmente Zelena! Em que buraco você se meteu? Tem horas que estou tentando te ligar e você sumiu! – ela dizia impaciente.

*Acalma esses ânimos ai, okay? Aconteceu um pequeno acidente com a sua sobrinha...

*O Que? Como assim? Ela está bem?

*Se você se acalmar eu vou poder te contar.

*Tá certo, desculpa. Pode falar,

A ruiva conta o acontecido a irmã explicando o sumiço repentino dela, Jeff e alguns alunos.

*Mas vai ficar tudo bem com a minha sobrinha?

*Vai sim, não se preocupa. Eu só quis ligar pra dar notícias mesmo. Você está bem?

*Melhor que a sua filha, eu tenho certeza.

*Idiota! – a ruiva ria do outro lado da linha. – Bem, eu preciso desligar okay?

*Okay, vai lá ficar com a Aurora. Depois da faculdade eu vou para aí.

*Vou estar te esperando. Beijo mana.

*Beijo Zel.

Chamada Off.

A morena solta um suspiro pesado.

—Santo Cristo!

Ela entra na sala dos professores apenas para guardar o material didático e logo a saí a procura do filho. Ela chega ao refeitório e não muito distante estava seu menino. Ela caminha até ele a passos largos.

Pov Emma.

O intervalo já tinha iniciado e depois de pegarmos nossas refeições, Killian, Ruby e eu nos sentamos em uma mesa qualquer. Entre implicâncias e conversas aleatórias tentávamos esquecer que dois integrantes oficiais do clube dos Desencantados e um possível agregado não tinham dado as caras na faculdade e nem sinal de vida.

Enquanto conversávamos notei que Regina se aproximava da mesa e chamei a atenção de Killian. Ele, que estava sentado em volta de mim enquanto eu estava sentada entre suas pernas apoiando minhas costas em seu peito, se levantou e foi de encontro com a Regina.

—Oi mãe.

—Oi meu amor, nós precisamos conversar. – preocupada

A coisa era séria. Mesmo Regina sendo uma pessoa muito séria no ambiente da faculdade, ela nunca deixava de cumprimentar quem quer que fosse, mas naquele momento parecia que Ruby e eu éramos meros fantasmas.

—Está tudo bem?

—Vem comigo. 

Nossa professora não deu nem opção pra contestar e saiu o puxando pela mão.

—Ih, já vi que é coisa séria.  – Ruby

—Tô curiosa. – Emma

—Não me diga Emma.

—O que eu posso fazer? – disse erguendo as mãos – É mais forte que eu.

—Será que tem a ver com o sumiço da Aurora, Kristoff e Robin? (Se preocupa)

—Não sei, mas acho que se fosse no mínimo relacionado ao Robin você seria avisada.

—Bem, eu espero que sim né... Aí meu pai.

Eu nunca gostava quando essa expressão saia dos lábios da Ruby. Nunca vinha acompanhada de boa coisa e agora não seria diferente. Me virei e dei de cara com o Graham se aproximando.

 _Emma! – ele diz me estendendo a mão.

—Ah, oi Graham. O que faz aqui? – permaneci séria, o encarando. Depois da última vez, sinceramente o que ele tava querendo aqui?

—Eu preciso conversar com você.

—Pode falar 

—Eu...

Ele ficou sem expressão por algum tempo e antes que eu pudesse olhar o que ele tinha visto, vi seus olhos mudarem pra um tom mais escuro. Eu não fazia a menor ideia do que acontecia com o Graham, mas às vezes ele parecia tão sombrio que chegava a me desconcentrar.

—Tem que ser em particular. – ele disse depressa, com um sorriso nos lábios.

—Não, não entro nessa de novo. O que você tiver que falar vai dizer aqui e agora. E depois chega.

—Emma, você não prefere... – Ruby disse, mas acabei a cortando. Só queria me livrar dele.

—Anda Graham, desembucha. – Emma

Eu olho pra ruiva ao meu lado e percebo que ela esconde o rosto, não entendendo o porquê acabo franzindo as sobrancelhas, mas Graham começa a falar e volto minha atenção para ele.

—Eu queria conversar com você sobre o que falamos hoje.

Flashback On

Era a segunda aula do primeiro ano em engenharia. Durante a troca de professores Graham se retirou da sala para ir até o banheiro e num impulso Emma o seguiu. A loira alcançou o braço de Graham, que se surpreendeu pela atitude de Emma ao ser puxado para um canto mais reservado e escondido dos corredores.

—Ora, ora. A que devo tamanha aproximação? – ele disse com sua mão indo em direção ao cabelo de Emma.

—Não abusa! – se afastando – Eu só quero conversar com você

—Pode falar. – sorrindo.

—Não se anima, vai ser coisa rápida.

—Então vamos direto ao ponto.

—Ótimo. Sobre o que aconteceu na minha casa...

—O nosso beijo.

—Não, o beijo que você roubou de mim. Eu não quero que comente sobre isso com ninguém Graham, especialmente com o Killian.

—Ué, mas vocês não são como carne e unha? Esse não era um relacionamento compreensivo e diferente do nosso? Que você aliás chamou de... Deixe me ver... Tóxico!

—É totalmente diferente.

—Ah é? Me diga como?

—Pra início de conversa o Killian não é você. – a expressão do rapaz muda – Você me agrediu, me tratou mal, me proibiu de ter amigos, de conversar com as pessoas, você foi baixo e leviano Graham. 

O moreno sente as palavras da loira mais do que gostaria

—Me desculpe por tudo isso Emma. Eu fui um lixo com você.

A loira nota a mudança no tom de voz de Graham e pela primeira vez tem a sensação de que ele foi sincero com ela.

—Isso não importa mais Graham. A única coisa que eu te peço é que não toque mais nesse assunto. E que aquela história de me beijar não se repita. Estamos entendidos?

Ele a encara.

—Tudo bem Emma. Estamos entendidos.

A loira se retira.

Flashback Off

—Eu queria te pedir desculpas por aquele incidente. – e lá vamos nós.

—Já conversamos sobre isso. Não precisa mais. – falei revirando os olhos.

—Não! Eu estou tentando melhorar e quando tenho a oportunidade eu te agarro daquele jeito e te beijo... Isso não está certo. – ele fala escondendo um sorriso e notei Ruby se contorcendo assistindo a cena.

—Emma, amiga! 

—Só um minuto Ruby. Graham por favor...

—Eu sei que me pediu pra não comentar, nem falar nada com Killian sobre, mas é que está me corroendo. E eu nunca neguei o que eu sinto por você Emma. Nunca! E quando você não atendeu o Killian dando preferência a mim eu... Eu só te beijei. E mesmo sendo um beijo muito bom eu tenho que pedir desculpas. Me perdoa. – ele pediu segurando a minha mão.

—Ai Emma! – okay, ela estava agoniada.

—Está tudo bem Graham. – me soltei dele – Já conversamos sobre isso e chega. Não quero mais ouvir esse assunto.

—Como preferir. – ele sorri – E aliás, olá Killian.

Sempre ouçam seus amigos.

—Killian...

Foi a única coisa que consegui dizer. Foi como congelar por dentro e perder a total cor por fora. Olhei para Graham, perplexa, estressada, ele não teria sido tão baixo a esse ponto. Eu só não queria olhar para o meu namorado agora.

Killian odiava mentiras, e eu sabia muito bem disso, mas... Eu só estava tentando evitar problemas e agora parece que eu arrumei um enorme pra mim. Tomei coragem. Me virei e encarei aquela expressão faiscante que tanto me cortava. O pior era olhar nos olhos dele e notar o que eu mais odiava, vê-lo triste.

—Bem, eu já vou indo. Até mais pessoal. – o Graham ainda estava lá?

—Eu acho que devo me retir... – Ruby

—Não Ruby. Eu preciso falar com você. (Sério) Parece que aconteceu alguma coisa com a Aurora, e o Robin e o Kristoff socorreram ela. Eles estão no hospital, por isso não apareceram.

—Mas eles estão bem? – Ruby

—Eu não sei, minha mãe não me disse muita coisa. – Killian

—Eu vou tentar falar com ele de novo. – a minha amiga diz se afastando com o celular na mão.

—Eu te acompanho. – ele disse virando as costas pra mim

—Eu também vou – Emma.

—Não! – ele disse em baixo tom – Você fica aqui e busca fazer companhia pro seu amigo Emma.

—Me deixa explicar antes de qualquer coisa.

—Explicar porque? Pelo que eu entendi você nem queria que eu soubesse.

—Meu amor eu...

—Não tô com tempo pra isso.

Ele vira as costas e se retira, enquanto eu fico encarando meus pés e o chão ao mesmo tempo com a cabeça entre meus braços. Tenho que parar de omitir as coisas!

—Ai Emma! Por que? – esbravejei comigo mesma.

Me sentei na mesa por um tempo e prestei bastante atenção no que estava acontecendo. Acima de qualquer coisa, aqueles três também eram meus amigos e apesar dos pesares o Killian, em hipótese nenhuma, decide o que eu faço, por tanto... Me levantei e marchei seguindo o caminho daqueles dois.

Visão do Autor.

Do outro lado do prédio, em frente a sala dos professores.

—Robin, por favor dá pra você me atender? Retorna assim que ouvir. – Ruby

—Nada ainda? – Killian

—Nada. Eu vou tentar ligar pro Kristoff.

—Tem o número dele?

—Bem pensado. E a resposta é não.

—Ótimo! – Killian diz se sentindo frustrado andando de um lado para o outro.

—Killian, em relação ao que aconteceu com a Emma.

—Eu não quero conversar sobre isso Ruby.

—Mas você precisa! Ela é sua namorada.

—Eu não sei mais.

—Como é que é? – surpresa.

—Não dá pra namorar alguém que beija outra pessoa.

—Você está se ouvindo? É a Emma, Killian. Acorda! Ela é louca por você.

—Então porque ela escondeu aquilo de mim, ham?

—Pra você não voar no Graham, talvez? Se meter em confusão? Você é todo esquentadinho e não é de hoje.

—Olha onde eu tô Ruby. Se isso tivesse acontecido ontem eu teria esganado o Graham ali mesmo. Mas eu tô tentando. Sei que sou encrenqueiro, especialmente quando o assunto é a Emma.

—Pois bem, só passou um dia Killian. Isso não é segurança de nada.

—Mas devia ser confiança!

—Okay, tudo bem. Eu entendo, também não gosto quando me enganam ou coisa semelhante, mas você precisa dar oportunidade de defesa pra ela. Você sabe muito bem disso.

—Eu sei sim, só não quero fazer isso hoje.

—Hoje?

—É, hoje.

—Mas Killian...

—Ruby, por favor!

—Tá, tudo bem.

—Obrigado.

Regina sai da sala.

—Mãe como vamos fazer pra ir até lá?

—Mas vocês não vão. Estão em aula ainda.

—Mas Srta. Mills. – Ruby

—Apesar dos pesares, todos estão bem. Sua prima está se recuperando e o seu namorado está ótimo Ruby. Então, por favor. Voltem para suas salas.

—Mas... – eles falam juntos

—Eu não vou repetir. Killian, você poderia pedir para a Emma me procurar antes do fim do intervalo?

—Não. – ele fala de supetão.

—Eu devo questionar?

Ele vira o rosto para o lado oposto. A morena olha pra Ruby e a garota faz um sinal de negativo. Regina suspira.

—Okay, Ruby você pode por favor avisar a Emma...

—Querendo falar comigo professora? – a loira fala surgindo ao lado de Ruby. Emma olha pra Killian, mas o menino a ignora. As duas morenas notam o clima tenso.

—Sim, Srta. Swan. Pode me acompanhar por favor? É um assunto particular e...

*Soa o sinal*

—Bem, eu pego seu número com o Killian depois. Tudo bem?

—Okay, vou esperar sua ligação.

—É, tomara que ela atenda. – Killian diz pra si, mas Emma escuta.

—Agora vão. Os três para sala.

Os jovens caminham pelo corredor.

—E aí? Vamos mesmo ficar sem saber o que está acontecendo? – Ruby.

—Não mesmo! Da pra sair pelos fundos. – Killian

—Nós vamos fugir da faculdade? – Emma

—Nós, eu não sei. Mas eu e a Ruby vamos. – Killian

—Não é sobre a gente Killian, é sobre nossos amigos. – Emma

—Achei que o Graham fosse seu amigo. – Killian

—Okay, tudo bem. Se está tão incomodado eu fico, se divirt... – Emma

—Chega! Calem a boca os dois! Você vai sim com a gente, eu não quero saber se vocês estão sofrendo. Nossos amigos estão em um hospital, sabe lá Deus por que motivo e tudo que a gente não precisa agora é uma DR de casal. Então se calem! Fui clara? – Ruby

Eles acenam com cabeça em sinal de positivo.

—Ótimo. Agora como vamos sair daqui? – Ruby

—Bem... O intervalo acabou agora, então nunca tem muitos alunos andando pelos corredores. Fiquei sabendo que o segurança costuma sair pra fumar por uns minutos. Normalmente o portão fica sem vigilância. – Killian

—Então vamos logo. – Emma

—Ora, ora ora. O que temos aqui? – Inspetor.

Quando Killian, Ruby e Emma estavam para dar o primeiro passa o inspetor surge atrás dos três. Eles se viram.

—Posso saber aonde vão?

—Estamos dando uma volta pela faculdade oras. – Killian

—Mas aqui, no corredor oeste? – Inspetor 

—É proibido? – Ruby

—Não, não é. Mas eu nunca vi nenhum de vocês por aqui, quem dirá os três juntos, o que me leva a pensar que estão aprontando algo.

—Pode ficar tranquilo, só viemos finalmente conhecer essa região. – Emma

—Acho que já viram o bastante. Se não perceberam o sinal já soou e perambular sem autorização no horário de aula acarreta advertência. – Inspetor

—Já estávamos voltando. – Killian

—Então vamos todos. – Inspetor

—O senhor primeiro. – Ruby

—A não, eu faço questão. Vão na fren...

O Inspetor é interrompido pelo barulho de vidro se estilhaçando. Ele sai sentido o som.

—Ah seus baderneiros! Olhem para essa bagunça! – ele grita um pouco distante.

Os três jovens completamente esquecidos se olham e saem correndo.

No Hospital.

—Não se preocupem, a filha de vocês está bem. Muito melhor do que era de se esperar.  – Whale

—O que quer dizer? – Jeff

—Ela levou uma pancada bem forte na cabeça e a região do abdômen foi fortemente traumatizada, e tudo que ela tem são alguns hematomas e dor de cabeça. A sua filha parece um mutante. – Whale

—Ela é uma garota bem forte. – Zelena

—Puxou ao pai. – Jeff

—Ah tá, com certeza. – a ruiva fala semicerrando os olhos pra o namorado. – Bem, nós já podemos vê-la?

—É claro, por aqui por favor. Aliás ela perguntou muito por um tal de Kristoff, acredito ser um dos dois jovens aí. – ele disse apontando para Robin e Kris.

—Sim, sou eu. Sou o namorado dela. – ele disse sorrindo.

—Certo. Vocês dois também podem entrar para vê-la.

O doutor os leva até o quarto onde Aurora estava descansando. Eles chegam e encontram a ruivinha deitada conversando com um dos enfermeiros.

—Mas você tem certeza? É uma cor tão apagada.

—É o padrão senhorita, não dá pra mudar. – ele comenta rindo.

—Bem, eu sinto muito por vocês então.

—Com licença. – Whale.  – Tem gente aqui querendo ver a paciente.

Whale dá espaço e os visitantes entram no quarto.

—Oi meu amor, como você está? – Zelena fala se aproximando da filha. Ela fica de uma lado do leito e Jeff de outro.

—Eu tô bem, ainda sentindo uma dor de cabeça infernal, mas bem. – Aurora

—Isso pode levar alguns dias pra passar ou pode te acompanhar a vida inteira. – Dr. Whale.

—Que ótimo! – ela fala irônica.

—Vai ficar tudo bem minha princesa, nada que um analgésico não resolva. – Jefferson

—Nossa, isso seria perfeito agora. – Aurora

—Eu vou providenciar. – Whale fala se retirando.

—Que susto você nos deu Aurora! – Zelena

—Que susto aquele cara me deu, pai amado. – Aurora

—O que aconteceu? Por que ele fez uma coisa daquelas? – Zelena

—Não me pergunte. Eu tava voltando pra casa, conversando com o Kris e do nada ele surgiu. Estava usando uma máscara de lobo cinza com os olhos vermelhos e a roupa era toda preta, pelo menos estava combinando. Ah ele também estava de botas, parecia mais um coturno preto fosco com detalhes em prata e...

—Alguém te ataca e você repara na roupas? – Jeff

—É mais forte do que eu, quase um dom.

—Ele te disse alguma coisa, um porquê? – Zelena

—Ele estava falando alguma coisa, mas não dava pra entender muito bem por causa da máscara, abafava muito as palavras. Eu só consegui ouvir ele dizer “ruivinha desgraçada”, porque eu estava bem perto dele.

—Maldito infeliz! Eu juro que mato se eu o encontrar. – Jeff

—Pai, está tudo bem, respira. – Aurora

—Não tem nada bem, alguém atentou contra a sua vida! Nós poderíamos ter te perdido a essa hora.

—Você está ficando vermelho e seus gritos estão piorando a minha dor de cabeça. – Aurora

—Me desculpa meu amor, não foi a intenção.

—Tá tudo bem, se acalma viu.

—Você está certa.

A ruiva desvia a atenção dos pais e olha para a porta do quarto.

—Mas e vocês dois? Achei que iriam vir aqui para me ver. – ela disse se referindo aos dois jovens pregados na porta.

Kristoff é o primeiro a entrar no quarto, tropeçando nas próprias pernas enquanto caminhava até a ruiva. Os dois se abraçam.

—Não aperta tanto. Tá doendo. – ela disse com uma careta.

—Desculpa – afrouxando o abraço – Eu fiquei tão preocupado com você. Tem certeza que está bem?

—Tenho sim, fica tranquilo. Só tem uma coisa me incomodando.

—O que é?

—Já viu como esse lugar é apagado? – ela pergunta com as sobrancelhas arqueadas e Kristoff acaba rindo. – É tudo branco! Até os uniformes são sem personalidade. 

—Você está ótima! – Kris.

—Você sabe que isso aqui é um hospital né, e não um circo? – Robin falou se sentando na cama ao lado de Aurora.

—Mas cara, um bege ficaria melhor.

—Bege é cor de sujeira 

—E branco, é de preguiçoso.

—Você não passa de uma chata.

—E você de um reclamão.

—Não sou eu que estou reclamando da cor do hospital. – Robin

—Não é a cor, é a personalidade. – Aurora

—E se eles não tiverem personalidade? – Robin

—Impossível! – Aurora

—Questionável. – Robin

—Vocês são sempre assim? – Kristoff

Os dois respondem simultaneamente 

—Ela desperta o pior de mim. – Robin 

—Ele desperta o pior de mim – Aurora 

Os dois se olham semicerrando os olhos e depois acabam rindo.

—Obrigada por terem me ajudado. – sincera – Não sei o que teria acontecido se vocês não tivessem me encontrado.

—Não precisa agradecer e também não fica pensando nisso. Já aconteceu e o que importa é que você está bem. – Robin 

—Isso aí, só pensa em melhorar o mais rápido possível. – Kristoff 

—Mas e você? – ela disse encarando Kristoff

—O que tem eu? – Kris

—Sério? Nem um selinho Kris? – Aurora

—Okay, eu vou saindo. – Robin 

—Robin! – Aurora fala rindo.

—Eu sei que não deveria ter saído na primeira vez, mas agora você está muito segura. Então eu vou dar uma volta ali fora. – Robin 

—É, eu concordo. Além do mais temos que ir à delegacia também. – Zelena  

—Até parece que eu não tenho que aturar vocês dois em casa. – Aurora

—Nós te amamos meu amor. – Jeff 

Os três saem do cômodo.

—Vê se eu posso com uma coi...

Kristoff não dá tempo da ruiva terminar de falar e toma os lábios da namorada de forma apaixonada. Os dois se beijam por uns minutos.

—Era disso que eu estava sentindo falta. – ela falou em meio a um suspiro.

—Eu devia ter te buscado ontem.

—Íamos apanhar os dois.

—Ei!

—Que foi? Você sabe que não é lá tão corajoso.

—Eu sei, mas por você eu faço qualquer coisa, sem nem pensar duas vezes Aurora. Quando ouvi seu grito do outro lado da linha eu só fiquei com tanto medo de alguém estar te machucando que não deu tempo nem pra pensar. Eu só saí de casa e corri até a você. Bem, antes eu quase agredi o Robin...

—Que?

—História pra depois, mas o que eu quero dizer é que se fosse preciso a minha vida seria sua na mesma hora.

A ruivinha se emociona.

—E a minha seria sua.

Eles dão um selinho.

—Você precisa de alguma coisa? 

—Preciso sim, que vá pra faculdade 

—Como?

—Você não poderia nem ter saído de casa ontem Kris. Sei que isso complica a sua situação.

—Eu também sei, mas eu me resolvo com o Henderson depois. Ele vai entender, eu tenho certeza. 

—Eu prefiro não arriscar. Vai pra casa toma um banho, põe uma roupa que não agrida os meus olhos e vai pra faculdade.

—De jeito nenhum. Eu vou ficar aqui com você, pelo menos hoje 

—Mas Kristoff isso é sério.

—E você também. Eu não vou sair daqui e você não vai me tirar. 

—Kris...

—Eu vou cuidar de você e pronto. – a ruiva sorri – Agora chega pra lá. Cabe nós dois aqui nessa cama.

Eles se ajeitam como podem e no fim os dois estão deitados na cama. Ele fazendo carinho nos cabelos dela e ela descansando, apoiada a ele.

Na Faculdade.

A Srta. Mills chega na sala do primeiro ano de engenharia civil carregando seu material. 

—Bom dia! 

*Bom dia. – ela recebe em uníssono de toda a classe.

De cara a morena nota a ausência de seu filho, primeiro por não tê-la ajudado com os materiais e em segundo ao olhar pra turma e não ver um garoto alto de cabelos pretos sorrindo pra ela.

—Certo, ele deve estar no banheiro – disse pra si mesma – Okay, silêncio por favor.

Ela inicia a chamada.

—Srta. Swan. – silêncio. 

—_Sr.Mills Booth. – silêncio. 

—Srta. Lucas. – silêncio.

“Eles não seriam tão audaciosos”.

Do lado de fora do hospital.

Killian, Emma e Ruby se aproximavam do edifício. Quando estavam a ponto de abrir a porta do prédio Emma para e segura o braço do namorado. 

—Vocês vão vir? – Ruby pergunta olhando para os amigos 

—Se ela soltar meu braço. – Killian 

—Daqui a pouco a gente entra Ruby, pode ir na frente. – Emma 

—Okay, não se matem. – Ruby 

—A gente vai fazer o possível. – Emma 

Ruby entra no prédio e Emma solta o braço de Killian.

—Tem como você ser rápida? Eu quero mesmo ver a minha prima. – frio.

—Se você conversar comigo de uma maneira normal, quem sabe.

—Como quer que eu faça isso Emma? Você me enganou!

—Eu não te enganei! Você já devia saber que não pode confiar nas coisas que o Graham fala.

—Ah, disso eu sei. Só que quando ele fala alguma coisa e você confirma, não são nas palavras dele que eu estou confiando Emma! 

—Eu preciso que você tente me entender 

—O que tem pra entender? O meu problema não é com o fato de vocês terem se beijado.

—A gente não se beijou Killian, ele me agarrou.

—E você correspondeu?

—É claro que não! Você está maluco? Tá pensando que eu sou quem?

—Então se ele te agarrou e você não queria nada daquilo, por que não me atendeu? Porque preferiu ficar com ele ao invés de me atender Emma?

—Eu não preferia ficar com ele, muito pelo contrário. Eu só queria me livrar dele. Ele simplesmente apareceu na minha casa para me pedir desculpas e eu aceitei. Mas não sabia que iria me beijar, ele me pegou de surpresa. Ele poderia ser o último garoto do mundo Killian, eu iria preferir ficar com uma mulher.

—Por que mentiu pra mim? – ele falou em um tom mais baixo.

—Como?

—Por que mentiu pra mim Emma? 

—Eu não queria que isso virasse uma confusão generalizada. Eu só estou tão cansada de ver você e aquele maluco brigando, te ver em confusões por minha causa Killian.

—Eu não sou fácil Emma, eu reconheço.

—Obrigada! 

—Mas você me fez te prometer que isso não aconteceria de novo. Então, porque não confiou em mim?

A loira ficou sem respostas.

—Quando eu fui na sua casa essa madrugada eu te perguntei mais de uma vez se tinha alguma coisa acontecendo e você disse que não todas as vezes. 

—Killian...

—Você me pediu pra confiar em você Emma, me pediu confiança! 

Ela põe as mãos nos bolsos.

—Eu não gosto de mentiras.

—Eu sei, e eu sinto muito por não ter te contado, mas eu só queria evitar toda uma situação desnecessária.

—Eu entendo.

—Entende? – ela questiona surpresa 

Ele concorda com a cabeça. A loira se aproxima, mas ele dá um passo para trás, se afastando.

 


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Notas finais do capítulo

Mwah!!!!!!!



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