Enamorados escrita por Millsforever


Capítulo 41
Lobo Mau.


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal!!!! Antes de qualquer coisa quero me desculpar pela demora. Passei todos os padrões possíveis de atraso, inclusive os meus. Essas últimas semana foram e estão sendo bem corridas pra mim por causa do EAD e derivados. Tá tudo uma loucura e acabo ficando sem tempo pra digitar. Novamente, peço desculpas e agora a compreensão de vocês também!
Enfim, vamos ao que interessa... Desejo a todos vocês uma boa leitura, divirtam-se e não se esqueçam de COMENTAR. Por favorzinho gente. Da uma moral.

Boa leitura!!!!!



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Fechei a porta em sequência, entrando em casa. A sensação estranha ainda permanecia na boca. Killian não podia saber disso.

—Filha, quem estava aí?

—Ninguém mãe.

—Tem certeza? Ouvi sua voz, parecia que estava conversando.

—Era comigo mesmo.

—Okay. Não julgo.

Mamãe voltou sua atenção para o que estava fazendo enquanto eu ia atrás de um bom sabão.

Algum tempo depois, a campanha soa novamente e Emma, que estava escovando os dentes, caminha até a porta 

—Por favor, de novo não. – ela diz antes de girar a maçaneta.

—Eu não sei o que quis dizer, mas eu espero que não seja por conta da minha presença. – Ruby fala séria.

A loira respira aliviada 

—Mas é claro que não! Pelo amor de Deus, entra aí. Temos que conversar 

—Ih, já via que a coisa é séria.

—Cê nem imagina. Vamos lá pra cima?

—Claro, deixa eu só ir lá na cozinha...

—Tá sentindo o cheiro né? – Emma perguntou sorrindo com a cara boba da amiga.

—Eu disse que era pra você fazer, mas colocar a tia Mary na jogada... Muito esperta da sua parte. – ela disse enquanto as duas chegavam na cozinha.

—Querendo ou não eu sei que ela faz um bolo melhor que o meu. Né mãe?

—Existem boatos por ai. – Mary fala sorrindo – Olá Ruby! Como vai, meu anjo?

—Muito bem! Vou ficar ainda melhor depois que a minha menininha provar esse bolo aí. Tá cheirando bem pra caramba.

—A minha mãe arrasa e...

A loira trava e olha pra amiga. Ruby a encara com uma colher de calda de chocolate na boca.

—Ah meu Deus, ah meu Deus! É uma menina!!!!

A loira dica eufórica e Ruby fica feliz olhando os pulinhos de Emma.

—Olha só, parece até que ela é o pai.

—Meus parabéns Ruby. Eu tô tão feliz! Vou ter uma garotinha. – a loira diz abraçando a amiga.

—Meus parabéns Ruby. Que Deus abençoe essa princesa que você está gerando. – Mary.

—Obrigada tia Mary. É Emma?

—Sim? - A loira ainda continuava abraçada a Ruby.

—Eu preciso respirar. 

—Me desculpa, mas é que eu tô tão feliz Ruby. Feliz por você e pelo Robin, feliz por mim.

—Eu imagino. Sei que é uma coisa muito prematura, mas ouvir os batimentos dela, ver aquelas imagens, sentir os chutezinhos e imaginar que daqui um tempo eu vou poder tê-la em meus braços... Faz valer a pena. É tão irreal e tão maravilhoso ao mesmo tempo. – a ruiva fala um pouco emocionada.

—Apesar de todo o trabalho Ruby, filhos são uma benção. – Mary fala beijando o rosto de Emma.

—Sim, são uma benção e fazem pessoas ganharem apostas. – Emma.

—Nisso aí eu fiquei decepcionada.  – Ruby 

As duas dão risadas.

—Vem, vamos colocar suas coisas lá em cima. – a loira diz puxando a amiga.

—Mas... 

—Ainda não está pronto Ruby, e tenho certeza que a Lily pode esperar.

—Quem?

—Lily, sua filha 

—Não vai nomear meus filhos Swan.

Mary se diverte ouvindo a discussão das duas.

—Mas eu sou a tia dela e...

—Não.

—Ruby eu...

—Nem tente. – ela diz entrando no quarto de Emma.

—Lily é um nome bonito.

—Que bom que você gosta. Pode colocar na sua filha.

—Mas Ruby...

—Esquece Emma.

Elle's House.

Os dois jovens chegam em frente a mansão. Os dois se encaram e sentem um peso no coração. Os olhos de Elle começam a se umedecer e Henry a abraça.

—Eu não queria Henry. 

—Eu também não Elle. Fica aqui comigo, você sabe que pode ficar lá. Meus pais não iriam ligar, muito pelo contrário pelo que vi da Regina seria um privilégio tirar sua mãe do sério.

A jovem esboça um pequeno sorriso.

—Eu não posso fazer isso com a sua família. Não é justo 

—Não é justo você ter que ir embora daqui. Fica Elle! – ele diz segurando as mãos de Elle.

—Mas... 

—A gente continua separado, eu não ligo, desde que você fique onde quer estar.

—Eu quero estar ao seu lado Henry. E se ficar aqui não inclui isso, eu também não quero.

Ele se dá por vencido.

—Quanto tempo vai ficar por lá?

—Não sei, pelo meus pais acho que até a minha morte. – ela diz rindo 

—Não tem graça.

—Nada nessa situação tem, mas eu prefiro rir que chorar mais.

—Está com os olhinhos inchados.

—A três minutos atrás poderiam dizer que, tirando a cor do cabelo, nós éramos gêmeos.

—Eu não tava tão mal. – ele falou envergonhado.

—Imagina! Eu tenho que entrar, tenho algumas coisas pra arrumar ainda.

—Você quer ajuda? 

A loirinha espreita o interior da casa por um momento.

—Vem, mas sobe em silêncio. Se suspeitarem que você está aqui tem chance de virar decoração de parede.

—Eu vou fazer o meu melhor.

Os dois entram no casarão e sobem as escadas na ponta dos pés. No meio do caminho encontram Raffi, o mordomo. Ele encara os dois por um momento e os ignora como se nunca tivessem estado ali.

No quarto da Elle.

Os dois entram e Elle tranca a porta.

—Ei, aquele moço que nos viu?

—Fica tranquilo, é o Raffi. Ele não vai entregar a gente 

—Tem certeza? Não tô afim de ser empalhado.

—Pode acreditar, ele é de confiança.

—Okay. – Henry começa a observar o quarto da futura ex namorada e volta sua atenção para uma foto dos dois, um pouco escondida, fixada em um quadro metálico. Ele a pega 

—Como tem essa foto? É do dia do seu aniversário.

—Tinha um fotógrafo lá e ele que tirou. Guardei ela desde então, deixei um pouco escondida no mural não queria ninguém me questionando por que eu tinha uma foto do DJ no meu quarto.

—Por que?

—Eu sou bem ruim mentido, não poderia dizer que era só um amigo.

Henry sorri para a moça 

—Consegue me arrumar uma dessa? – segurando a foto.

—Infelizmente não, mas...

O celular de Henry vibra. Ele pega o aparelho e sorri olhando a foto que Elle havia lhe enviado.

—É da festa de sábado.

Na imagem Elle estava com os headphones de Henry enquanto se divertia mexendo na aparelhagem. Ao lado dela Henry sorria mostrando a língua enquanto uma de suas mãos descansa na cintura da garota. 

O garoto observa a imagem por uns minutos e algumas lágrimas saem de seus olhos 

—Seu molenga! – ela diz o abraçando.

—Vai, a última e depois eu juro que te ajudo. 

Ele segura o celular na tela frontal, sorrindo enquanto Elle o beija no rosto. Ambos abraçados.

—Não esquece de mandar pra mim. – ela pede 

—Pode deixar.

No Granny's.

Killian põe o celular no bolso.

—Tá certo então, de volta ao trabalho.

Quando ele se vira Robin chega.

—Ei! Como foi lá? – ele fala cumprimentando o amigo.

—Foi incrível Killian. Eu já tinha ouvido os batimentos e tudo mais, mas toda vez é como se fosse a primeira. Eu nem consigo acreditar.

—Eu fico feliz por vocês dois. Vão ser ótimos pais, tenho certeza.

—Tomara.

—E a Ruby? Como tá?

—Tá com a Emma agora.

—Ah é, virou a noite das garotas. Deve ser por isso que a Emma não me atendeu.

—Problemas?

—Não só queria dizer um oi, mas em fim. E o meu afilhado?

—Sinto em te desapontar. – Robin comentou sorrindo 

—Meu Deus, parabéns de novo Robin! – os dois se abraçam – A Granny vai surtar. Tenho quase certeza que é uma menina pela insistência dela.

—Ah eu não duvido.

—Te desejo boa sorte pra quando ela for começar a namorar. 

—Acho que vou começar a desenvolver pressão alta.

O moreno ri.

—Seus pais já sabem?

—Ainda não. Ruby e eu queremos avisar a eles e a Granny juntos. Estamos querendo reunir os três.

—Ah meu amigo, a hipertensão vai chegar bem antes da sua filha namorar.

Os dois gargalham.

Na casa de número 19.

Zelena e Jeff discutiam calorosamente.

—Você pode, por favor, ir pra lá? – Zelena

—Não mesmo. – Jefferson

—Jefferson me deixa. Eu consigo fazer isso sozinha.

—Eu tenho certeza, mas na sua condição eu prefiro não arriscar.

—Que condição? Eu só estou grávida!

—Pode ser perigoso Zelena.

A ruiva rola os olhos.

—São apenas roupas. 

—Então pega uma por vez.

—Se for assim eu vou terminar isso daqui um mês.

—Deixa que eu faço.

—As suas roupas ainda estão dentro das caixas!

—_Eu não tive tempo.

—E como pode querer guardar as minhas então? – ela o questiona com as mãos na cintura 

—Eu adoro quando fica nervosinha assim. – a segurando pela cintura.

—Você me deixa nervosa.

—Eu só estou tentando te ajudar 

—Mas tá me estressando. Eu sei que fica preocupado e eu entendo que não posso pegar peso, mas são só algumas roupas. Pode ficar tranquilo, eu sei o que eu estou fazendo.

—Eu também gostaria de saber. – ele diz “triste” enquanto se senta na cama.

—Olha só, jogo emocional com uma grávida não vale.

Ele sorri para ruiva.

—Mas agora é sério Zelena. Eu não sei o que fazer.

—Como assim? – ela olha para o moreno

—Eu não sei o que fazer! Não sei como te ajudar, o que fazer pra te deixar bem... Você parece ter tudo sobre controle e eu só estou perdido.

—Meu amor, você precisa relaxar Okay? – ela fala de frente para ele enquanto alisa o cabelo de Jeff - Você ainda é inexperiente, mas acredite você vai saber muito bem quando me ajudar, vou estar praticamente esmurrando você nessa hora. Eu sei que é tudo muito novo, eu te afastei da gestação da Aurora e você nunca passou por isso, mas quando eu digo que está tudo bem é por que realmente está.  E quanto a me deixar bem, você tem que lembrar que eu sou só a Zelena. Eu engravidei, não virei um alien. Você me conhece melhor que ninguém Jeff. Não tem mistério.

—Okay, eu vou tentar não fazer você ter esse bebê antes da hora.

—Isso seria muito bom.

—Me desculpe por te deixar estressada.

—Eu sei que não faz de propósito.

—Não mesmo, a última coisa que eu quero é deixar a grávida mais linda desse mundo infeliz.

Os dois se beijam.

—Sabe uma coisa que iria me deixar muito, mais muito feliz?

—Deitar nessa cama comigo? – ele ergue as sobrancelhas.

—Isso também. – ela dá um selinho em Jeff – Mas por agora, aquela calda de chocolate com morango lá da Granny.

—Isso é desejo?

—É sim, e você já tem sua primeira missão.

—Daqui a pouco eu volto tá bem? Não apronta!

—Pode deixar.

Ele sai do quarto e esbarra na filha.

—Ei, pra onde vai tão apressado?

—Sua mãe tá com desejo. Daqui a pouco tô de volta. – ele beija a cabeça da filha e saí.

—Ih vocês tão educando essa criança muito mal. – ela entra no quarto dos pais – Ela mal nasceu e já tá sendo mimada.

—Nesse caso vocês vão ser bem parecidas. Só que com a diferença de que quem ia buscar as coisas para mim era a sua tia. – ela olha pra filha e repara que a ruivinha trocou de roupa – vai sair?

—Vou sim, Emma me chamou pra ir à casa dela. A Ruby está lá, tipo uma noite das garotas.

—Achei que a Emma estava de castigo ou algo do tipo.

—Aparentemente os pais dela não sabem que eu vou estar lá.

—E como pretende entrar?

—Colocando aqueles dias de escalada pra jogo, não deve ser tão difícil subir por uma janela, certo?

—Manda elas prepararem uma cama elástica bem embaixo.

—Eu vou ter cuidado, não se preocupa.

—Eu espero que sim, não tô a fim de levar ninguém ao hospital.

—Eu prometo, vai ficar tudo bem.

—Por que não se encontram na faculdade amanhã?

—Por que lá não dá pra ter uma noite das garotas. – a ruivinha se aproxima e beija o rosto da mãe. – Tô indo. A senhora vai ficar bem até o papai voltar não vai?

—Vou sim, pode ir. E por favor, não volte tarde.

—Pode deixar.

No centro da cidade, Kristoff e Graham retiravam o lixo que se encontrava espalhado por algumas áreas. O moreno frequentemente se pegava pesando no beijo que havia dado na loira.

—Eu vou te ter de volta Emma. Não tenho a menor dúvida. Ela vai...

—Ei, tá falando sozinho agora? – Kristoff

—Como? – Graham se vira o encarando.

—Você aí, conversando com o vento. Está lembrando aqueles dias de delírio...

Graham avança sobre Kristoff e o imprensa em uma cerca.

—Nunca mais fale sobre isso! Tá me ouvindo? Não se atreva a tocar nesse assunto!

—Calma aí Graham eu só...

—Você nada, é algo que eu não admito! Se eu ouvir comentar mais uma vez você...

—Sai de cima do meu namorado seu imbecil! – Aurora grita de longe quando vê a cena.

Graham solta o loiro.

—O que deu em você Graham? Hoje pela manhã conversamos e disse que éramos amigos de novo. Amigos não fazem esse tipo de coisa.

—Então o que será que isso significa, ein? – ele pergunta ainda a centímetros de Kristoff

—O que tá acontecendo com você?

—Kris! – Aurora os alcança. – O que você tava fazendo seu idiota? – ela pergunta dando um soco em Graham. – Se se aproximar do meu namorado mais uma vez eu arranco a sua cara.

O moreno a encara em silêncio, com ódio.

—Aurora vem comigo. – Kris

—Não, esse maluco estava te atacando e...

—Por favor!

A ruiva o olha e os dois se afastam. Graham volta as suas funções.

—O que está fazendo aqui?

—Eu vim te ver e vi você apanhando.

—Eu não estava apanhando.

—Batendo também não. Você está bem? – ela perguntou esfregando os braços do loiro

—Eu tô sim, fica calma okay?

—Não se aproxima dele Kris. O Graham é perigoso.

—Ele deve tá confuso Aurora. Ele não teve bons dias naquele lugar.

—Ninguém mandou ele pra lá. Foi por consequência própria. E você se diz tão amigo dele, mas ele acabou de te atacar! Como pode defender ele?

—Eu... Eu não sei. É só que, eu não gostaria de estar sozinho numa situação dessa. Ele perdeu a namorada, não tem amizade com o pai, fala muito pouco com a mãe e não tem amigos além de mim. Eu só quero ajudar.

—E ele parece não querer a sua ajuda. Para de se colocar em risco!

—Você confia em mim?

—Você sabe que sim.

—Então me deixa fazer isso.

Ela o encara, receosa. Ele a encara de volta com as mãos na cintura. Ela aperta os olhos e ele cruza os braços em frente ao peito. Ele faz um biquinho.

—Ai eu odeio esse biquinho estúpido.

Ele a abraça sorrindo.

—Toma cuidado, por favor.

—Pode deixar.

Ele a afasta o suficiente para poderem se beijar. Um espaço quase mínimo. Segundos depois eles se separam.

—Você está suado.

—E você tá muito, muito, muito cheirosa. – ele diz encostando o nariz no pescoço da ruiva. A pele de Aurora se arrepia. – Eu quero muito ficar sozinho com você, aquela festa não foi suficiente.

—Faço das suas, minhas palavras. Mas antes que isso vire uma coisa indecente eu tenho que ir. As meninas estão me esperando.

—Meninas?

—É, noite das garotas. – ela diz mostrando uma garrafa de vinho sem álcool.

—Já sei que a Ruby vai estar junto.

—Por que?

—Você não tomaria vinho sem álcool nem se quisesse.

—Está me chamado de alcoólatra?

—Tô te chamando de pé de cana (aquela pessoa que gosta de beber um pouquinho sabe)

—Sem graça.

—Você vai ficar por lá?

—Não, volto para casa de noite.

—Toma cuidado, Storybrooke é meio pacata, mas é bom não duvidar.

—Não se preocupe, eu sei me cuidar.

—Se quiser eu te levo em casa.

—Achei que não pudesse sair assim.

—E não posso, mas eu dou um jeito.

—Não mesmo, vai fazer isso direito.

—Tá Okay, mas me avisa quando chegar em casa.

—Pode deixar. Agora me deixa ir.

Os dois se beijam mais um vez.

—Até amanhã Kris.

—Até amanhã ruivinha.

Na casa dos Mills.

Regina andava impaciente de um lado para outro com o celular na mão quando a porta se abre. Finalmente!

Edu fecha a porta e se vira para a namorada.

—A julgar pela sua cara eu fiz algo de errado. – ele falou colocando a bolsa sobre a mesa.

—Por que demorou tanto?

—Mas só demorou uma hora e meia. Acho que alguém tá um pouco ansiosa.

—Eu não estou ansiosa.

—Então porque está andando de um lado pro outro desde que eu cheguei?

—Eu só estava preocupada. – ela diz se aproximando.

—Não precisa, eu tô bem, estou inteiro e bem pertinho de você. – ele envolve a cintura de Regina enquanto a morena acaricia seu rosto.

—Isso é bom.

—É ótimo. – ele fala e toma os lábios de Regina num beijo calmo, sem desespero ou pressa. A morena deixa ser levada e passa seus braços pelo pescoço do amado. Edu a suspende pelas cochas e Regina envolve a cintura de Eduardo com as pernas.

—Eu tô com fome. – ela murmura em meio ao beijo.

—Vamos fazer um lanche. – ele responde na mesma situação enquanto caminhava com a morena em seu colo sentido à cozinha. Os dois entram no cômodo e ele coloca Regina sobre a bancada. Eles separam as bocas. Ela o observa.

—Você fica muito bem assim, de terno e gravata.

—Você também fica bem assim, comigo entre suas pernas.

—Seu devasso! – ela diz em meio a um sorriso – vai, faz meu lanche que eu quero comer.

—Seu desejo é uma ordem minha rainha. – ele dá mais um selinho na morena e se vira na direção oposta para pegar os pães.

—E aí, como foi seu primeiro dia em Augusta?

—Ah, não muito diferente de lá em Boston. A filial é um pouco menor, - ele coloca as fatias de peito de peru - mas ainda assim dá pra se perder bem fácil lá dentro. Eu conheci a minha sala e tem um vista linda, você precisa ver. Quer queijo? – a morena nega com a cabeça – Você é estranha.

—Continua contando. – ela retruca.

—Bem, não tem muito o que dizer. É uma empresa de tecnologia, o clima de lá é bem bacana, mas não tem muito o que dizer já que foi meu primeiro dia. – ele entrega um sanduiche para morena – Eu espero que amanhã, quando o David chegar, ele me ajude com umas coisinhas. Tem uns pontos diferentes da empresa de Boston, mesmo sendo a mesma rede. E digamos que a minha parceira de trabalho me assusta um pouco.

—Sua parceira? – ela pergunta desconfiada.

—Eu conheço esse olhar viu Regina Mills.

—Que olhar? – ela fala fingida.

—O olhar que você dirigia a Julia Michels toda vez que ela se aproximava de mim na faculdade. E já vou dizendo que não tem nada ver.

—Se a tal parceira for uma oferecida tem a ver sim.

—Então nem se preocupe, ela mal falou comigo. Muito pelo contrário, mas seca que ela só um cacto morto. E em segundo lugar ela podia estar pintada de ouro que não haveria a mínima chance de eu ficar com ela. Você sabe que só tenho olhos para você, sempre tive.

—É, mas na faculdade ficava se agarrando com a Julia Michels – fala com voz infantil.

—E você namorava o August.

—Exatamente, eu namorava! Você e aquela lá ficavam só se esfregando pelos corredores. Dava vontade de arrancar os olhos.

—Isso se chama ciúmes Gina.

—Isso se chama atentado violento ao pudor, meu bem. Sério, o que via nela?

—Ah a Julia era bonita, inteligente e muito gente boa. Mas você sabe que eu não gostava dela, sabe por que eu ficava com ela.

—Na verdade não. Pra ser sincera por um bom tempo eu achei que vocês dois fossem ficar juntos. Mas olhando agora e sabendo o que eu sei não é tão difícil de imaginar.

—Eu tentava esquecer você pelo menos, não era legal usar ela, mas ela era a fim de mim e eu queria esquecer você. Então, de certo modo, todo mundo ia sair ganhando.

—E funcionou?

—Pra mim não.

—Nem por um minuto?

—Nem meio segundo. E o pior é que nem dava pra fingir que era você.

—Mas você nunca tinha me beijado.

—Mas eu sabia que se acontecesse seria algo único. Eu sempre fui perdidamente apaixonado por você Regina.

—Não devia ter escondido isso de mim.

—Bem, na mesma medida em que fui apaixonado, fui covarde, então... Os vetores se anulam.

—E ainda dizem que física e amor não caminham lado a lado. – os dois sorriem.

—Mas acho que não era pra ser, não naquela época.

—Olhando assim não teríamos os meninos.

—Pois é, e eu não vejo a minha vida sem o Henry.

—E nem eu vejo a minha sem o Killian. Só que agora eu também não vejo a minha vida sem você.

—Está falando por que gosta de mim ou por que não consegue mais viver sem comer o meu sanduíche?

—É pelo sanduíche. – ela falou mordendo o último pedaço.

—Suspeitei desde o princípio. – ele levantou para beija-la e a morena se deitou sobre a bancada. Ali se iniciou uma guerra de carícias.

Casa de número 22.

A ruiva saia do banheiro sendo amparada por Emma.

—Tem certeza que está bem?

—Tenho sim, não foi nada demais. – Ruby diz se sentando na cama de Emma

—Eu falei que comer tanto bolo ia te fazer mal.

—Mas é que tá tão bom, acho que tem espaço pra mais um pedacinho.

—Tem espaço pra suas vitaminas. Chega de bolo, prometi ao Robin que ia cuidar de você. Toma, bebe aí. – a loira entrega as vitaminas e um copo com a água a ruiva.

—Valeu. – a ruiva sente um chute. – Ei, calma aí. Suas vitaminas já estão chegando.

—É a mocinha da titia Emma.

—É, a sua mocinha tá muito agitada. Parece que tá me fazendo de bola.

—Ela sempre é assim?

—Às vezes, normalmente o Robin conversa com ela. Muito provavelmente está sentindo falta. – ela fala alisando o ventre.

—Isso é tão fofo!

—É sim, mas hoje ela vai ter que aprender a lidar com isso. – outro chute – De preferência sem descontar em mim.

—Ah minha mocinha fica calma, só vou roubar a sua mãe do seu papai por um dia. Está bem meu amor? A tia Emma vai te mimar tanto quando você chegar meu anjo!

—Não vai estragar a minha filha Emma.

—Quero ver me impedir.

*Help!

As duas se viram sentido o barulho.

—Alguém joga a corda, por favor.

—Aurora! – ela falam em uníssono.

As duas caminham até a janela do quarto da loira e encontram Aurora tentando entrar no cômodo.

—Ai finalmente, dá uma mãozinha aí.

As duas puxam a ruiva da janela.

—O que eu perdi?

—A seção de enjoos.

—Que bom, se não iam ser duas pessoas enjoando. Pra nós. – ela diz mostrando a garrafa de vinho. – É sem álcool Ruby.

—Eu agradeço. – ela fala tomando a garrafa das mãos de Aurora. – Mas e aí? Você queria me contar uma coisa quando eu cheguei e até a gora nada. – Ruby fala para Emma enquanto vira a garrafa.

—Certo, estão prontas?

—Já vi que a coisa tá feia. – Aurora fala dividindo a garrafa com Ruby.

—O Graham me beijou.

A ruivinha cospe o liquido.

—Puta que pariu! Desculpa pela bagunça, mas O que? – Aurora

—Como assim? Você ficou com o Graham? – Ruby

—Não pira, é claro que eu não fiquei com ele! Acha que eu sou maluca? – Emma

—Toma, depois dessa você está precisando mais do que a gente. – Aurora entrega a garrafa para Emma. – O que aconteceu Emma?

Granny’s Dinner.

—Saúde! – Em uma mesa do Granny’s Robin e Killian brindavam com latinha de refrigerante.

—Então, o que aconteceu mais cedo lá na escola? Depois que você voltou pra sala a gente não conversou sobre o assunto.

—Tá falando do babaca do Graham?

—E de quem mais seria? É a única pessoa que causa nossos problemas.

—Bem, foi o Graham sendo o Graham de sempre. Ele insinuo algo sobre a Emma e...

—Você explodiu.

—Exatamente, o pior foi ele ficar se fazendo de coitadinho.

—Ele voltou pra causar mais confusão Killian e com certeza você é o foco principal.

—Ainda não sei, eu posso fazer parte de algum plano doente dele, mas ele quer a Emma. A forma como ele olhou pra ela quando entrou na sala... Robin chega dar nojo. É obsessivo e repugnante.

—São ótimas palavras para descrevê-lo, obsessivo e repugnante. O que vai fazer?

—Nada.

—Como?

—É nada, não tem como fazer algo. Ele está na dele, só me provocando como sempre. Mas eu prometi a Emma que não faria nenhum coisa estúpida de novo e eu prefiro seguir o conselho da minha mãe. Apesar de tudo tem que ser uma escolha da Emma ficar com ele então de que adianta socar a cara dele?

—Bem, não se preocupe. A Emma não escolheria ele nem sob tortura.

—Eu amo ela Robin, de verdade mesmo. Não sei o que eu faria se um dia ela escolhesse não ser mais a minha Emms.

—Eu sei Killian, mas não precisa magoar meus sentimentos. – Robin diz num tom brincalhão

—Ah me poupa Hood! – Killian devolve na mesma medida.

—Mas brincadeiras à parte, eu compartilho o sentimento. Só que no meu caso é a Ruby. Ela é tudo na minha vida, hoje mais do que nunca.

—As garotas da nossa vida. – Killian

—As garotas da nossa vida. – Robin

Quando termina de beber seu refrigerante Killian olha através de Robin e enxerga seu irmão passando ao fundo. O moreno o chama.

—Henry! – o garoto ergue os olhos e caminha até Killian.

—Oi Killian, oi Robin.

—Oi Henry!

—Senta aqui com a gente. – Robin

—Eu não tô muito no clima.

—Está tudo bem? – Killian

—A Elle vai embora. – Henry

A notícia pega os jovens de surpresa.

—Como assim vai embora? Eu achei que você tivesse ido se acertar com a família dela. – Killian

—E eu fui, mas não é como se isso fosse possível. A Elle se recusou a terminar nossa namoro e voltar com o Peter. Então os pais dela resolveram a mandar para morar com o avo, do outro lado do pais. – Henry

—Mas isso é um absurdo! Não se faz uma coisa dessas. – Robin

—Não haviam muitas opções. Era a melhor coisa a se fazer, a Elle tava infeliz aqui. Não era justo ela ficar presa a esse lugar por minha causa. – Henry

—Cara, eu sinto muito Henry. – Robin

—É, eu também.

—E pra onde ela vai? – Killian

—Vai pro estado de Washington, e a julgar pela hora deve estar saindo de Storybrooke.

—E por que você está aqui? – Robin

—Como?

—O Robin está certo, o que você ainda está fazendo aqui Henry? – Killian

—Eu...

—Você ama a Elle não ama? – Killian

—Claro.

—Enfrentou aquela megera da Joyli por ela não foi? – Killian

—Sim.

—Pode soar bobo, mas... – Killian

—É, eu acredito que ela é meu amor verdadeiro. – Henry

—Então devia estar indo atrás dela. A gente só sente que algo é verdadeiro uma vez na vida. – Killian

—E você está deixando ir embora. – Robin

O garoto fica estático.

—Henry! – os garotos o chamam.

—Eu preciso do meu passaporte. – ele fala e sai correndo para a mansão. Robin e Killian se olham. O loiro tira uma nota do bolso, põe sobre a mesa e os dois correm atrás de Henry.

Na casa de número de 108.

Regina e Eduardo estavam na sala, aconchegados, vendo um filme quando a porta é escancarada de uma forma bruta. Os dois saltam do sofá assustados. Henry sobe as escadas com pressa.

—Mas o que foi isso? – Regina

—Ele tá indo atrás do amor. Não é bonito? – Killian.

—É uma verdadeira corrida contra o tempo. – Robin

—Vocês vão explicar? – Eduardo

Henry retorna sala com uma bolsa nas costas.

—Não dá tempo pra isso. Pai, preciso da Katherine. – Henry

—Que? Como assim? – Eduardo

—Por favor! – henry

—Okay, se acalmem todos. O que está havendo? – Regina

—A Elle está indo embora para o outro lado do país por minha causa. A Joyli e o Stteve não querem que ela fique comigo e ela se recusa a ficar aqui se não puder viver a vida dela em paz. Ela está indo embora por que me ama, mas a Elle é o amor da minha vida e eu não posso deixar ela ir e ficar aqui observando. Por isso preciso da Katherine, tenho que chegar ao aeroporto. Vou atrás dela em qualquer lugar. – Henry

—Okay, você está um pouco alterado e... – Eduardo

—Não pai, eu não tô alterado. – Henry

—Mas filho você não pode atravessar o país e largar tudo para trás por causa de uma garota.

—Você teria feito o mesmo pela Regina se tivesse coragem na época.

Edu olha para a morena e depois para seu filho.

—Henry é muito arriscado.

—Eu sei disso, e tô disposto a correr o risco. Eu vou com ou sem a sua ajuda pai. Não vou deixar ela ir embora.

O moreno pensa um pouco e concorda com a aventura do filho.

—Fica aqui, eu já volto. Você vai precisar mais do que a Katherine.

—Obrigado pai.

Ele sobe as escadas até o quarto de Regina com a morena o seguindo.

—O que você vai fazer?

—Eu sei que o Henry tem dinheiro guardado, mas não dá pra confiar que é suficiente. – ele fala assinando um cheque.

—Eduardo tem noção do que está fazendo? Ele é só um menino.

—Ele já é um homem e está indo atrás do quer. Não posso impedir isso.

—Você pode não ver mais seu filho.

—Eu sei, e acredite é o que mais me preocupa. Mas é como ele disse, eu teria feito o mesmo se eu fosse ele e fosse você no lugar da Elle. Por que eu sei que você é meu amor verdadeiro. Só existe um em toda a vida, não dá pra abrir mão.

—Edu...

—Confia nele okay? Vai ter que confiar. – ele segura na mão de Regina e os dois voltam pro andar de baixo.

Eles retornam a sala.

—Pegou seus documentos? Passaporte, mudas de roupas, cuecas limpas, escova... – Eduardo

—Está tudo aqui pai.

—Certo, toma. – ele entrega o cheque - Não use atoa, sei que conhecer o mundo sempre foi seu sonho então não sei quando vou te ver de novo. Aqui está a chave da Katherine, toma conta dela.

—Pode deixar, obrigado pai. – ele abraça Edu

—Não tem de que.

Henry se direciona a Regina.

—Eu sei que tem pouco tempo, mas você sabe que pra mim você é minha mãe.

—E você é meu filho.

—Tá tudo bem eu ir? Quer dizer, você apoia a minha decisão?

—Não dá pra dizer que eu estou radiante já que posso passar um bom tempo sem te tiver, mas é claro que sim. Seu pai está certo, você já é um homem e se acha que é isso que tem fazer, é o que tem que fazer.

—Obrigada, eu te amo. – os dois se abraçam.

—Eu também te amo. Se cuida!

—Vocês também. Toma conta do meu pai.

—Pode deixar. – ela dá um beijo na testa de Henry.

—Eu preciso ir.  Valeu Robin. – Henry

—De nada cara, boa sorte! – Robin

—E quanto a você, promete pra mim que vai cuidar desses dois? – ele pergunta olhando para Killian

—É claro que sim, não há dúvidas. Alguém tem que ser o responsável da história... Irmão.

Os dois compartilham um sorriso e depois se abraçam.

—Vou estar na torcida, me avisa quando encontrar com ela.

—Eu te mantenho informado. Da um beijo na Zelena, na Aurora, na Emma e na Ruby por mim.

—Pode deixar. Agora vai lá ou vai perder o voo.

—Tchau pessoal, até mais! – ele diz saindo da casa.

—Tchau! – ele respondem num coro.

Casa n°22.

—Okay, isso só foi muito estranho. – Ruby.

No quarto de Emma as três garotas conversavam. A garrafa de vinho já tinha acabado.

—Estranho porque o Graham veio te pedir desculpas e bem asqueroso porque ele te beijou. – Aurora

—Da vontade de escovar os dentes só de falar. – Ruby 

—Foi o que eu fiz logo em seguida. – Emma – Eu não sei o que eu faço.

—Bebe cloro? – Aurora 

As três riem.

—Você tem que contar pro Killian. – Aurora 

—De jeito nenhum. – Emma 

—Como assim? – Ruby 

—Contar essas coisas pro Killian nunca dão um bom resultado, vocês conhecem o meu brigão. – Emma 

—Pode até ser, mas deixar ele descobrir por si só também não é boa coisa. – Ruby – Você se lembra da situação no início do ano.

—Que situação? – Aurora

—Bem, a Emma terminou com o Graham e aí ele agrediu ela. – Ruby 

—Ele só vai ladeira abaixo, pelo amor. – Aurora 

—Sim e eu não comentei com o Killian. Éramos só amigos na época e eu não queria que ele se machucasse. O Graham costuma lutar muito bem e o Killian é explosivo. 

—O Graham pode ser bom de briga, mas quem saiu com nariz quebrado na última confusão não foi seu namorado. - Aurora

—Eu prefiro não arriscar, e já aconteceram confusões de mais. Por isso que todo mundo vai ficar quietinho, viu Ruby? – Emma 

—Quanto a nós não se preocupe. Mas e o seu peguete Graham? Acha mesmo que ele vai ficar calado? – Ruby 

—Não chama ele assim, dá calafrio. – Emma 

—É uma boa pergunta. Tá claro que ele ainda gosta de você, talvez de um jeito meio dissimulado, mas gosta. – Aurora 

—Ele não vai contar. Eu vou dar um jeito de conversar com ele. – Emma 

—Isso não vai prestar. – Ruby 

—Para de agorar ruiva. – Emma 

—Eu nem disse nada! – Aurora 

—Ah é, a Ruby tá praticamente morena não dá pra chamar de ruiva mais. – Emma 

—Falando nisso tem tesoura aqui? Boa parte do meu cabelo natural voltou... – Ruby fala olhando as pontas do cabelo.

—E aliás é lindo castanho. – Aurora 

—Obrigada, - ela fala sorrindo pra ruiva – Tô querendo terminar de arrancar o vermelho.

—Senta aí, eu vou buscar a tesoura. – Emma 

—Traz uma pra você também. – Aurora 

—Mas eu já ajeitei o meu cabelo depois do desastre da festa. – Emma 

—Chama isso de ajeitar? Tá todo desigual Emma! – Aurora 

—Tá bom, mas você corta não confio mais nessa ex ruiva aí. – Emma 

—Não foi minha culpa se você moveu a cabeça quando eu fui cortar – Ruby 

—Está bom, me engana que eu gosto. 

A loira se retira do quarto indo atrás da tesoura. O celular de Emma que havia ficado no quarto começa a tocar.

—É o Killian. – Aurora

—É a terceira vez que ele liga só hoje. Me dá aí que eu vou atender. – Ruby.

Chamada on

*Finalmente Emms, tô tentando falar com você a um tempão. Aconteceu alguma coisa?

*Aconteceu sim.

*Ruby?

*E eu!

*Oi Aurora! Tá tudo bem com a Emma?

*Ela tá ótima. – Ruby 

*Porque ela não me atende? Eu deixei ela chateada?

*Primo tá tudo ótimo, só que hoje é a noite das garotas! Não existem meninos, então deixa a Emma sossegada. Amanhã vocês conversam.

*Tudo bem então. Manda um beijo pra ela por mim.

*Pode deixar. Agora passa o celular pro pai da minha filha.

*Não mesmo. Noite das garotas, sem meninos – ele fala rindo 

*Não brinca comigo Killian 

*Boa noite Ruby!

*Durma bem meu amor! – Robin grita do outro lado.

*Robin!

Chamada of.

—Cretino, desligou o celular. – Ruby 

—O que vocês estão aprontando? – Emma 

—Atendendo seu namorado. – Ruby 

—Ele ligou? – Emma 

—Mandou um beijo. Foi a terceira vez que ele te ligou, parece que tá sentindo. – Ruby 

—Não fala uma coisa dessas. – Emma 

—Chega desse assunto. Me dá essa tesoura aqui. – Aurora 

Residência dos Mills.

Eduardo falava ao celular com a irmã.

Chamada on.

*Você é um irresponsável.

*Elsa!

*Não tem essa de Elsa. Ele é só um garoto Eduardo. Não sabe nada sobre a vida e vai rodar o país em uma moto atrás de uma garota. Com o seu consentimento.

*Henry já tem 20 anos Elsa. Já é praticamente um adulto, já trabalha e sabe cuidar de si mesmo. Ele achou que era o certo a se fazer. 

*Tá trabalhando com achismo agora?

*Elsa, por favor. (Com a mão na testa) 

*Se não queria a minha opinião então porque me avisou?

*Pra te manter informada. Afinal ele pode muito bem aparecer por aí com a Elle e eu não queria que você se surpreendesse ou sei lá.

*Eu ainda não concordo.

*Não é uma decisão sua.

*Afinal eu só a tia não é? (Estressada)

*Eu não quis dizer isso.

*Ah é mesmo? Mas na hora de criar ele eu fui muito útil senhor Eduardo de Alcântara Barreto!

*Não fica assim Elsa, é uma decisão do Henry não cabe a mim ou a você e...

A loira desliga o celular.

Chamada of 

—Acho que perdi uma irmã. – Eduardo 

—A Elsa também é rancorosa? – Killian 

—Calma, vocês são irmãos e isso não foi nada. Amanhã você conversa melhor com ela. – Regina 

—Assim espero. – Eduardo.

—Bem, eu acho que já está na minha hora. – Robin diz se levantando.

—Eu te acompanho até a porta. – Killian 

—Boa noite Srta. Mills, boa noite Eduardo.

—Boa noite Robin. – os dois responderam.

Casa de número 19.

—Então ela já não deveria estar de volta?

—Eu acho que não.

—Mas já são 20h30 Zelena!

—Até a Cinderella teve mais tempo, por favor fica calmo.

—Okay ela só está com as amigas. Deve tá tudo bem. 

—Exatamente.

—E se ela estiver com aquele pervertido do Kristoff?

—Depois a cínica sou eu. Não era você que gostava dele até outro dia?

—Eu nunca disse isso, mas eu apoio as decisões dela e.. 

—Pois bem, ela falou que não ia demorar e ela não vai. São só oito horas.

—Você está certa. Mas eu sou só vou mandar uma mensagem e...

A ruiva ri do namorado.

—Que foi? – ele pergunta segurando o celular 

—Seu desesperado! Vem cá. – ele se senta no chão ao lado da ruiva. – Ela tá bem. Nossa filha sabe se cuidar.

—E o nosso meninão vai ser forte e esperto igual a irmã. – ele diz alisando o ventre da ruiva. 

—Me diz uma coisa. Tem preferência quanto ao sexo do bebê?

—É claro que não. Independentemente do que vier vai ser amando igual. Eu só gosto de implicar com a Aurora.

—Que bom, não ia ser legal ter que te consolar por ser uma menina no lugar de um menino.

—Não se preocupa com isso. Eu não me importo nem um pouco. Tá ouvindo meu amor? – ele encosta o rosto na barriga de Zelena – O seu papai vai te amar muito independente de qualquer coisa. Na verdade eu já amo, e desde o dia em que eu descobri que você estava aí dentro dessa mulher maravilhosa que é a sua mãe, eu comecei a sonhar com o dia em que ia te conhecer. Ouvir sua voz, ver você e poder te pegar no colo. – ele se emociona – Eu te amo muito meu amor, todos nós aqui. Não demora a nascer viu? Mas não nasce tão cedo também, pode ser perigoso.

—Você consegue criar e acabar com o clima no mesmo momento. – a ruiva fala secando uma lágrima.

—É um dom.

—Eu amo você. – ela fala beijando-o

—Eu também te amo.

No Aeroporto.

Henry salta de sua moto e entra no salão às pressas. O garoto varre o local com o olhar e não encontra Elle. Ele começa a se desesperar.

*Última chamada para o voo 368 com destino a Seattle, Washington. Portão de embarque número 2.

—Ela ainda está aqui. 

Ele começa a correr novamente sentido ao portão número 2, esbarrando em pessoas sem nem se importar. Ele só queria encontrá-la.

—Por favor, uma passagem para o voo 368 Seattle, Washington.

—Sinto muito, mas não há vagas.

—Tem que haver alguma. É uma emergência.

—Meu jovem sinto muito, mas não existem vagas naquele voou. 

—Ela tá indo embora! Eu não posso deixa-la.

—Eu sinto... 

—Por favor.

—São as ordens, eu sou só a funcionária. Me desculpe, mas não posso ajudar.

—Tudo bem. – ele fala cabisbaixo - Eu entendo. Pode me informar quando é o próximo voo e...

*Atenção por instabilidades climáticas os voos 245, 501 e 368 foram adiados em 1h.

—Acho que você deu sorte 

—Sorte é pouco. – ele falou sorrindo.

Henry se encaminhou para o portão de desembarque, sorrindo, nervoso. Ele olhava atento para a saída e quando reconheceu aqueles cabelos loiros quase para um platinado, sentiu seu coração bater um pouco mais rápido. Um pouco distante ele viu Elle andando, sem pressa, enquanto falava ao celular.

—Não vô, está tudo bem. O voo só atrasou um pouco. Parece que o clima no aeroporto daí não está nos seus melhores dias e...

A loira suspende seu olhar dando de cara com Henry.

—E... Eu tenho que desligar.

A garota se aproxima.

—Mas...

—Oi. Eu não podia te deixar partir Elle. Eu vim atrás de você por que onde você for eu vou. A menos que você não queira, caso contrá.. 

—Para de falar. – ele manda completamente extasiada. 

—Como?

Elle o puxa pela gola da camisa e o beija, fazendo Henry derrubar suas coisa no chão. O garoto a suspende no ar enquanto a abraça.

—Para ser mais clichê faltou só a chuva. – ela disse com as bocas a milímetros de distância da de Henry.

—Eu vou com você. Pra onde você for Elle. É só me dizer.

—Eu ainda tenho uma passagem pra Seattle e eu sempre quis conhecer o Space Needle.

—Infelizmente não existe a chance de irmos no mesmo voo.

—Bem a minha passagem é de primeira classe, a gente pode trocar pra duas de classe econômica e a julgar pelo transtorno eu tenho certeza que usando os nomes certos eles arrumam uma vaga pra você. O que me diz?

—Minhas malas já estão prontas.

Os dois sorriem cúmplices e apaixonados.

No meio da rua.

Aurora conversava com Kristoff pelo celular enquanto ia para casa 

—E como foi com as meninas?

—Tudo ótimo, tô voltando com a garrafa de vinho vazia.

—Já vi que a fofoca rendeu.

—Nada de fofoca, serviço de informação pública.

—Essa é nova. – ele falou rindo do outro lado da linha. 

—E como foi seu primeiro dia de serviço comunitário?

—Bem, depois que a gente se viu não demorou muito pro serviço acabar. Parece que amanhã vamos ter que limpar umas paredes. 

—Tô esperando o dia em que você vai pro parque de cães, lá tem um aroma vê agradável.

—Você gosta de ver meu sofrimento não é?

—Espero que ganhe insalubridade.

—Pelo menos uma máscara de gás eu vou querer. 

—Acho que não custa ped...

*Ahhhhhh

—Vai a merda Robin, eu ia te dar um soco caramba. – ela fala com a mão no peito.

—Ninguém mandou estar tão distraída. – Robin diz caminhando ao lado da ruiva

—Eu estou conversando com o meu namorado.

—Nesse caso, eu vou te dar a sua devida privacidade. – ele beija a bochecha da amiga e sai.

—Seu maluco. – ela volta sua atenção para o celular. – Desculpa Kris, o Robin me deu um puta susto agora.

—Você tá legal?

—Tô sim eu só...

A ruivinha sente uma mão em sua cintura.

—Robin por favor você...

Do outro lado da linha Kristoff ouve o grito de Aurora.

—Aurora? – ele a chama desesperado. – Ruiva? Mãe, pai eu preciso sair. – ele diz desligando o celular e calcando os tênis.

—Você sabe que nessa primeira semana a recomendação é outra meu filho

—É uma emergência. Não dá pra explicar agora.

Ele sai da casa sem dar mais respostas.

Minutos depois Kristoff chega ao Granny's Dinner e encontra Robin entrando pelos fundos. O loiro corre até Robin e o segura pela camiseta.

—Onde ela está? O que fez com ela?

—O que você pensa que está fazendo? – Robin perguntou se soltando das mãos de Kristoff.

—Onde está a Aurora? O que você fez?

—Eu sei que eu prometi a ruiva que iria tentar, mas se encostar as suas mãos em mim mais uma vez...

—Fala logo, onde ela está?

—O que aconteceu?

—A Aurora estava comigo no celular e você chegou e...

—E ela se assustou, eu sei. Quando ela me disse que estava falando com você eu saí. Preferir não interferir e fui embora. Estou chegando agora. E aí você vem e me ataca?

—Você não voltou a falar com ela depois?

—Não.

Robin nota a cara preocupada de Kristoff 

—O que aconteceu?

O garoto não responde.

—Kristoff fala!

—Ela gritou ao telefone. Alguém atacou ela Robin.

—E o que estamos fazendo aqui? 

—Onde ela estava?

—Vamos eu te levo.

Os dois saem porta a fora.

No meio da rua.

—Me solta seu boçal!

—Você é bem intrometida não é? Vai aprender como isso é bom.

—O que? Me larga! 

Um homem mascarado segurava Aurora com força pelos braços.

—Vai aprender a não se meter onde não é chamada.

—O que você tá dizendo eu...

O cara a acerta um soco no rosto de Aurora. A ruivinha cai no chão, machucada. O homem acerta chutes e mais chutes no abdômen da garota que geme de dor.

—Quem é... Você? – ela disse ainda no chão contida 

—Alguém que você vai lembrar pra sempre vadia. – ele a acerta novamente e se levanta, pronto para ir embora. A ruiva se senta com dificuldade.

—Agora eu sei quem você é.

Mesmo com a cabeça baixa Aurora vê o homem parar e voltar em sua direção. Ele se agacha ao lado da ruiva e a segura pelos cabelos, erguendo seu rosto.

—Repete.

—Eu sei quem você é.

—Diga, mas tenha muito cuidado.

—Um babaca de merda. 

A ruiva alcança a garrafa de vinho e acerta com tudo na testa do rapaz. Ela vê o vidro rasgar a máscara de lobo e o sangue vermelho vivo escorrer em seguida. Indicando que ela o havia ferido.

—Sua ruivinha desgraçada. – ele acerta a cabeça de Aurora no chão com força. Ela grita sentido a dor imediata. – Como eu esperei pra fazer isso com você. – ele a acerta de novo, com a mão espalmada.

*Aurora!!!! – Robin e Kristoff vinham a chamando pela rua.

O homem escuta os gritos e corre para as sombras, sumindo do local.

A ruivinha reúne suas forças e chama por socorro numa voz chorosa. Robin e Kristoff correm pra perto e a encontram.

—Aurora, meu amor. 

Kristoff a ajuda a se sentar e a garota o abraça, chorando desesperada.

—Ai meu Deus. – Robin fala com as mãos na cabeça – O que aconteceu ruiva?

—Aurora fala comigo. – Kris – Tá tudo bem?

—Me leva pra casa 

—Você tá toda machucada, precisa ir pra um hospital.

—Por favor Kris... Me leva embora.

—Tudo bem.

Robin e Kristoff ajudam a ruiva a ficar de pé e ambos a amparam até em casa.

Algumas horas mais tarde.

Número 108.

Killian estava em sua cama, rolando de um lado pro outro inquieto. Não tinha pregado os olhos desde o momento em que dera boa noite a sua mãe e Eduardo. Ele sabia muito bem o que o estava incomodando. Ele se levanta e caminha até a cozinha com o celular em mãos em busca de água. Killian se serve e caminha até a sala de estar, sentando no sofá enquanto encarava a porta insistentemente. O celular do moreno começa a vibra e o nome Henry aparece na tela.

Chamada on

*Killian?

*Ei, Henry! Tudo bem? (sussurrando)

*Tudo ótimo, não tenho muito tempo. O avião já vai decolar.

*Então deu certo?

* Sim, Elle e eu estamos indo pra Seattle. Amanhã (olha o relógio de pulso) ... Que dizer, hoje mais tarde eu te ligo novamente e conversamos melhor.

*Tudo bem, manda um beijo pra Elle. Se cuida Henry.

*Você também Killian. Até mais!

*Até!

Chamada off.

—Okay, vamos lá.

Killian vai até o escritório de sua mãe e pega um pedaço de papel e uma caneta, escrevendo um pequeno recado em seguida.  Ele coloca o papel em cima da mesa de centro na sala de estar e saí da casa.

Número 22.

Emma e Ruby dormiam um sono sossegado. A morena tinha ficado na cama por insistência da amiga e Emma dormia no chão segurando seu travesseiro. O quarto já estava bem escuro, iluminado apenas pela luz de um poste da rua que dava para o quarto da loira.

Com a janela só um pouco fechada, uma leve brisa permeava o quarto e o deixa fresco sem ser frio demais. De repente barulhos insistentes começam a ser ouvidos, invadindo o sono de Emma. A loira desperta, confusa. Mais uma vez ela ouve o barulho de algo se chocando contra sua janela.

Emma se levanta e se aproxima. Quando abre um pouco mais sua cortina, tendo vista da área lá fora, ela sorri, ao ver o namorado catando algumas pedrinhas.

—Ei! – ela o chama num tom baixo.

Killian ergue seu rosto e se encanta ao ver Emma com uma carinha de sono.

—Acho bom não quebrar minha janela.

Ele faz um sinal a chamando pra descer e ela pede para ele esperar.

No andar de baixo os dois se encontram. A loira abre a porta e o moreno a abraça, num abraço longo e apertado. A loira se entrega respondendo na mesma intensidade. Ele a beija, a segurando pela cintura firmemente, Emma o puxa pra si um pouco mais como se quisesse que ambos ficassem juntos para sempre. Conectados. Depois de uns minutos os dois se separam, o ar começara a faltar.

A loira abre os olhos, sem folego.

—Eu devo me preocupar? – Emma

—Não, não deve eu só senti muita saudade de você. – Killian

—E eu de você.

—Então porque me ignorou o dia inteiro?

—Eu não te ignorei, como você bem sabe tinha duas criaturinhas aqui mais cedo confiscando meu celular.

—Como a ruiva tá?

—A ruiva agora voltou a ser morena e ela está muito bem. Assim como a minha sobrinha.

—Sua sobrinha? – ele pergunta sorrindo.

—Isso aí.

—Eu sempre admirei a amizade de vocês duas. Espero que nunca percam isso.

—Não vamos, eu tenho certeza. Ruby é minha irmã Killian e nada no mundo vai desfazer isso.

—Eu não duvido.

—Então... Você veio aqui só para atirar pedrinhas na minha janela?

—É claro que não, eu vim antes de tudo te ver de pijama e com a cara amassada.

A loira usava uma blusa regata branca lisa e soltinha e um calça xadrez comprida que cobria seus pés.

—Bem, essa parte está concluída. E você deu sorte, é o meu melhor pijama.

—Em segundo, eu queria dizer que te amo.

—Eu também te amo meu amor. – ela dá um selinho nele.

—Tá tudo bem mesmo Emma? – ele pergunta preocupado.

A loira hesita por um momento.

—Tudo sim.

—Sabe que pode conversa comigo sobre tudo não sabe?

—Kil, eu sei. E está realmente tudo bem. Não se preocupa.

Ele inclina a cabeça para o lado.

—Ei, eu tô bem. Confia em mim.

—Okay, se você diz eu acredito.

—Ótimo, agora eu preciso que você vá pra casa.

—Está me expulsando Emms?

—Tô tentando impedir que meus pais te peguem aqui durante o meu castigo. Tenho certeza que não quer problemas com a Dona Mary e o David.

—Nem de longe. Eu já vou indo. Te vejo amanhã?

—Sem dúvida.

Os dois se beijam novamente.

—Tenha uma boa madrugada Mrs. Swan

—O mesmo a você Mr. Jones. Te amo.

—Eu te amo.

Eles se olham uma última vez e ele se afasta da casa. A loira fecha a porta e sobe as escadas de fininho. Entra em seu quarto e vê a amiga esparramada sobre a cama. Ela desiste do seu colchão no chão.

—Ruby chega pra lá.

—Humm. – a garota murmura.

—Anda sua morena espaçosa. – a loira se deita na cama.

—Não se pode dormir mais nessa casa.  – Ruby a envolve com um dos braços apertando Emma come se fosse uma boneca.

—Boa noite Rubs. – ela fala beijando o nariz da amiga.

—Boa noite.


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Notas finais do capítulo

Comenta aí, por favor!!!!! Beijinhos de luz no core.
Mwah!!!!!



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