Enamorados escrita por Millsforever


Capítulo 40
Eu os Declaro...


Notas iniciais do capítulo

Demorou, mas eu voltei! E com um capítulo enorme. Já peço desculpas ai galera! Mas assim... Tá proporcional a demora. Espero que gostem. Boa leitura, desculpem os erros.

OBS: Aceito comentários ;)



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Na cozinha.

—Ei, estava tudo bem lá? Ouvi umas vozes alteradas. – Zelena

—Agora está, eram os meus pais. E desculpem por isso. – Elle

—Que isso, todo mundo tem uma família problemática. Olha pra gente! Estamos aqui comendo, como se não tivesse uma casa inteira pra arrumar antes do Tiamat1 chegar. – Zelena

Todos na mesa riem.

—Ai é sério, ainda bem que eles só retornam na segunda. – Henry.

—Real, não seria bacana dar de cara com a mamãe e o Edu agora. – Killian

—Eu ainda não conheço esse lado da professora Mills. – Ruby

—E deseje nunca conhecer. – Emma

—Enfim, acho que a gente podia iniciar essa arrumação logo né? – Jeff.

—Mas antes o Henry e a Elle tomam café da manhã. – Aurora

—Seria uma boa sabe. – Elle.

—Claro, sentem aí. – Zelena

—Ainda é domingo, temos umas boas horas até a segunda. – Robin

—Eles nunca vão descobrir o que aconteceu aqui. – Killian

—Bem, eu acho que vocês estão seriamente enganados. – Eduardo.

—E estupidamente encrencados. – Regina.

Os dois adentram a cozinha.

Pov Regina.

Desde que decidimos voltar mais cedo para casa devido ao ocorrido em Montreal, Edu e eu tentávamos avisar os meninos, mas surpreendentemente para uma geração que adora o telefone eles nunca atendiam. Confesso que eu estava ficando meio preocupada, mas depois de chegar em casa e ver que a minha residência tinha sido virada de cabeça para baixo, não foi difícil entender por que ninguém aceitou as chamadas.

—Isso só pode ser brincadeira. – falei começando a me estressar.

—Olha essa bagunça, e estamos só no jardim! Que diabos houve aqui? – Edu perguntou tão nervoso quanto eu.

—Eu não sei, mas vou descobrir isso agora!

Entramos em casa e eu senti minha visão ficar turva, tudo estava em absoluta desordem. Confetes, copos, lixo, lençóis, tinha até vomito... A minha casa estava um caos e as risadas vindo da cozinha me levaram a achar que os meliantes estavam ali. Edu e eu caminhamos, sobre passos inaudíveis, e pegamos o final da conversa.

—Eles nunca vão descobrir o que aconteceu aqui. – Killian

—Bem, eu acho que vocês estão seriamente enganados. – Eduardo.

—E estupidamente encrencados. – falei possessa. – MAS QUE MERDA ACONTECEU NESTA CASA? – gritei histérica e senti Edu segurar minha mão. Regina furiosa não era a minha melhor versão e o Eduardo sabia bem disso.

Os olhos de cada um na mesa cresceu e eu vi minha irmã engolir, seja lá o que, em seco.

—Mãe, antes de...

—Calado Killian! Eu não quero ouvir uma mínima palavra, muito pelo contrário. Quem vai falar aqui sou eu! Eu pedi uma coisa muito, muito simples, sem bagunças e sem pessoas dormindo nessa casa além da Emma. Então eu chego e além dela, eu vejo Robin, Ruby e quem eu presumo ser a Elle. Acertei? – pergunto me dirigindo a jovem que estava bem espantada. Ela só confirmou com a cabeça. – Ótimo! E agora eu quero ouvir, o que foi que vocês me prometeram? – falei encarando Killian e Henry. – Vamos!

—Que ia ficar tudo bem, que não teria problema. – Henry.

—Que podia confiar na gente. – Killian

—E então que chego aqui e minha casa está em cacos. Eu acho que alguém não cumpriu com a promessa.

—Regina... – Henry.

—Silêncio. Eu quero essa casa limpa nas próximas horas, ninguém sai daqui antes disso estar impecável, da forma que eu deixei. Me entenderam?

—Sim! – todos responderam.

—E quanto a vocês dois, - Killian e Henry – eu não poderia estar mais decepcionada. Passaram de todos os limites! Mentiram na nossa cara e iriam fazer isso de novo se nós não tivéssemos chegado antes. Isso é vergonhoso.

—Nós sabemos. – Killian

—Que bom pra vocês.

—Qual é o castigo? – Killian

—Nenhum. Isso não importa agora, não vai mudar o que fizeram.

Olhei para os garotos na minha frente e dava pra sentir o remorso, mas eles tinham ido longe demais. Mentira, em especial, foi um coisa que nunca tolerei e quando ela vinha acompanhada com a quebra do meu vaso ornamental... Não tinha volta!

 _Zelena e Jeff, podem nos acompanhar? – falei.

—A gente vai voltar vivo? – Zelena

—Edu... – falei ignorando a ruiva.

—Eu vou logo depois. Não demoro.

—Okay.

Saí rumo ao escritório e Jeferson e minha irmã me seguiram. Edu ficou na cozinha com as crianças.

Visão do Autor.

—O que vocês fizeram aqui? Tem noção do tamanho desse problema? – Edu.

—Mas tá tudo bem. A casa está realmente uma bagunça, e vamos arrumar, esse era o plano. – Killian

—Esse era o plano? É isso? Olha pra isso aqui. Olha a casa inteira! Tem coisas quebradas no chão, tem salgadinho no teto, confete por tudo quanto é lado! Esse é o problema! Desobedeceram tudo que a gente pediu, e nem foi tanta coisa. Eu sei, vocês são jovens, querem experiências, mas uma coisa é vive-las outra é por uma casa abaixo.

—Não foi culpa deles. Nós ajudamos em tudo. – Ruby

—É verdade tio Edu, tem mão nossa em tudo quando é lugar. – Aurora

—Concordamos com tudo isso aqui. – Robin

—Pra ser sincera, a ideia foi minha. – Emma

 _Eu não tenho dúvida de que compactuaram. Ah, isso ninguém tem! Mas não importa, por que esses dois aqui deviam ter dito não. A responsabilidade da casa estava nas mãos de vocês. Isso não se faz! Isso é fim de confiança. Acham mesmo que vamos acreditar em algo que disserem para nós agora? Ham?

—Eu pressuponho que não. – Henry

—Ah você pressupõe? Você pressupõe, Henry? – Edu disse segurando a orelha do filho.

—Aí pai! Isso machuca.

—Eu não ligo! – ele fala e solta o garoto. – Bando de irresponsáveis. Essa situação é inacreditável. Andem, limpem isso aí! – o moreno fala e saí do cômodo.

Os sete adolescentes ficam na cozinha, um encarando o outro.

—Agora eu entendi o que disseram sobre a professora. – Robin

—Bem-vindo ao clube. – Ruby.

—A gente está ferrado. – Killian

—Eu nunca vi o meu pai tão zangando daquele jeito, Killian. – Henry

—Bem, eu nunca vi minha mãe gritar. Tô tão surpreso quanto você. – Killian

—Eu acho que ninguém aqui quer um segundo round. Vamos começar essa faxina. – Emma.

—Henry, os vômitos são todos seus. – Aurora

—Literalmente. – Killian – Ei, Elle. Não precisa ajudar viu.

—Isso não foi culpa sua, só acabou estando aqui na hora errada. – Henry

—Eu não ligo, antes isso do que aquilo que me espera em casa.

—Nesse caso... Mãos à obra. – Henry

No escritório.

Edu abre a porta e entra na sala. Regina estava sentada atrás de sua mesa com Zelena e Jeff em pé, a um metro e meio de distância da morena.

—Vamos a isso então. – Jefferson.

—Como puderam? – Regina – Prometeram para nós que tomariam conta deles e de tudo aqui.

—Olha, em minha defesa, quando chegamos aqui colocaram Dancing Queen pra tocar. Você me conhece mana, sabe como eu fico. – Zelena

—Isso não justifica Zelena! Não tente colocar a culpa em cima do ABBA. – Regina

—E você Jeff? Onde estava? – Edu.

—Eu até tentei impedir, mas a Zelena me arrastou junto. Tava mais difícil tomar conta dela do que das crianças. – Jeff

—Isso só pode ser uma brincadeira. – Regina

—Eu sei que tá tudo uma bagunça, mas eles estão bem. – Zelena

—É, só queriam se divertir. Tiveram uma semana de provas e outra vem aí. Foi um pouco além? Foi, mas às vezes a gente perde o controle. – Jeff.

—Já vi que não dá pra conversar com vocês. – Regina

—Qual é gente? Eles são adolescentes, fazem besteira é normal! Acontece. Aconteceu com a gente. É uma fase essencial. – Jefferson

—É pra isso que esse período serve, para se conhecer, aprender com os erros. Nós fizemos tudo isso aí e não foram poucas vezes. – Zelena

—É, de fato nós fizemos. Mas nunca colocamos a casa de ninguém abaixo. – Regina

—Ei, ei ei, na verdade ninguém nunca descobriu – Zelena

—E isso teria acontecido se não tivessem voltado antes. – Jeff

—É mesmo, falando nisso, por que retornaram mais cedo? Aconteceu alguma coisa por lá? – Zel

Os dois se olham.

—Falem de uma vez! – Jeff

—Não foi nada demais. – Regina

—Saímos pra dar uma volta de madrugada e bem, fomos abordados por um ladrão. – Edu

—E aí? – Jeff

—Ele apontou uma arma pra gente, eu voei nele, ele baleou a Regina... – Edu

—Minha irmã você está bem? Por isso esse curativo? – a ruiva perguntou indo até a irmã mais nova.

—Sim, eu tô ótima, foi só de raspão. Não fica preocupada, lembra do bebê. – ela disse encostando na barriga da irmã.

—Tem certeza? – Zelena

—Tenho sim. Mas não é sobre isso que a gente estava falando. – Regina

—Pois é, apesar dos pesares a gente errou. Reconhecemos. – Zelena

—Nos desculpem, por tudo. – Jeff – Acho que como babás, nós reprovamos gloriosamente.

—Eu que o diga. – Eduardo.

—Mas já que resolvemos isso e bem, vocês não nos odeiam – a ruiva falou beijando a cabeça da irmã – Como foi a viagem?

—Foi muito boa para falar a verdade. – Regina

—Tirando o ladrão e... – Edu

Eles ouvem uma sirene do lado de fora da casa. Edu olha pela janela.

—Mas só faltava essa. – Eduardo

Na cozinha.

—Eu não acredito. – Henry

—Eu disse que ela voltaria com a polícia, não disse. – Elle

—Quem são eles? – Aurora

—Meus pais. Querem que eu vá pra casa e termine com o Henry.

—Vocês estão juntos? – Killian.

—Tava na hora né! – Emma

—Mas por que ela quer que vocês terminem? – Robin

—Eles acham que eu não sou bom o bastante pra Elle.

—Como é que é? – Ruby

—Pois é. – Henry

—Um verdadeiro absurdo. – Elle diz sorrindo para o garoto. – Vem, vamos lá fora.

Os dois saem e todos acompanham, inclusive os adultos.

—Ali está ela, policial. Refém desses delinquentes. – Joyli

Elle cobriu o rosto com a mão.

—Pera, está me dizendo que a sua filha é refém dos Mills? – Henderson.

—Exato! – Joyli

—Oi Henderson. – Killian

—Olá Killian.

—Então já conhece toda a corja? – Joyli

—Sim, conheço toda a família e sei que não sequestram adolescentes para o tráfico. – Henderson

—Mãe! Falou mesmo algo assim? – Elle

—Falei, e posso até dizer de novo. – Joyli

—Então diga! Se acha que vai levantar alegações falsas contra a minha família e ficar empune está enganada. – Regina

—E quem é você pra me dizer algo, ham? – Joyli

—A dona desta casa e a mulher que vai aí arrancar seus cabelos se continuar difamando meus filhos. – Regina

—Seus filhos são uns delinquentes que estão desvirtuando a minha doce Elle. – Joyli

—Me poupe! – Regina

—Mãe, eu já te disse e vê se entende. Eu quero estar aqui! Okay? Pai e você, vê toda essa cena e fica aí, parado? – Elle

—Você diz como se fosse possível controlar a sua mãe. - Stteve

—Você podia pelo menos dizer que não concorda com ela. – Elle

—Mas eu concordo! Você mudou Elle, e muito, e tudo isso desde que conheceu esse moleque. - Stteve

—Calma aí! Cuidado com a forma como se dirige ao meu filho. – Edu

—Peça ao seu filho que se afasta da minha filha então. E aí estamos resolvidos. - Stteve

—Eu não vou me afastar! Eu gosto do Henry, não dá pra entender? – Elle

—Entender que você gosta desse bastardinho? Não, não dá. – Joyli

—Já chega! – Regina dá um passo na direção da mulher, mas Eduardo a segura.

—Okay, okay. Basta!  Elle, por favor. Eu sei que não foi sequestrada, sei que está aqui por vontade própria, mas lá é sua casa e isso aqui está virando uma verdadeira bagunça. – Henderson

—Tudo bem, eu vou. – Elle

—Elle... – Henry.

—Tá tudo bem. Não se preocupa.

—Me liga qualquer coisa.

—Pode deixar. – a garota o beija. – Até!

—Até.

Elle se afasta com os pais.

—Parece que os problemas de vocês sempre caem nas minhas mãos. – Henderson

—Às vezes eu acho que você é o único policial daqui Henderson. – Killian

—Eu tenho essa impressão também. – ele diz rindo – Bem, já fiz minha parte. Boa tarde para vocês!

Henderson também se afasta e todos voltam para dentro da casa.

—Que casal de lunáticos. – Regina – Não dá pra crer que existem pessoas assim.

—Não mesmo. Depois vai me contar essa história direito Henry. – Eduardo

—Pode deixar pai. – Henry

Killian olha pra mãe e Regina desvia o olhar.

—Bem, voltem pra arrumação. – ela diz e dá as costas.

Entre faxinas e conversar aleatórias, boa parte da tarde se passou e os sete integrantes finalmente acabaram com toda a desordem.

—É isso, fim. – Killian

—Glória! Eu não quero passar por isso de novo, uma festa só está de bom tamanho. – Emma

—Assino embaixo. – Henry.

—Agora que esse castigo acabou, vamos nos retirando. Estamos literalmente off nas próximas 24 horas. Né Locksley? – Ruby

—Com certeza! – ele disse encostando a cabeça no ombro da namorada.

—Que ótima ideia, pretendo adotar. – Aurora

—Nossa, eu concordo. Só preciso mimar essa garota aqui – ele disse abraçando Emma – e depois estou oficialmente em estado de hibernação.

—Bem, eu espero que vocês já tenham garantido a nota na prova de cálculo de amanhã, aí vai estar tranquilo.

—Aí merda! – Robin.

—Ai eu não acredito! Outra noite regada a café. – Aurora

—Pelo amor de Deus. – Killian

—Eu não estou psicologicamente preparada. – Ruby

—Ainda bem que não faço isso. – Henry

—Sortudo! – Killian

—Vamos ruiva? – Robin.

—Vamos, só espero que sua mãe não leve isso em consideração amanhã. – Ruby.

—Não se preocupa, ela é bem profissional. – Killian

—Tô confiando nisso Killian. Tchau pra vocês. Até amanhã! – Ruby

—Até! – todos responderam.

—Eu vou pegar a deixa e ir também. – Aurora. – Até mais pessoal. Bye, bye.

—Tchau!

—Acho que eu deveria ir também. – Emma

—Primeiro, você ainda não pode ir. Te prometi um dia regado a carinho lembra? Boa parte do dia já passou, mas ainda temos a tarde. E segundo, seus pais já voltaram? – Killian

—Caramba, só me dei conta agora que não falo com eles desde sábado à tarde. Mas também, nem sei onde está meu celular.

—Eu vou perguntar a minha mãe.

—Tem certeza?

—Vai ser morto. – Henry

Killian dá um pescotapa no irmão.

—Uma hora vou ter que encarar né. – Killian

—Certo. Te espero aqui. – Emma

—Covarde.

—A mãe é sua e não minha.

—Justo. Eu vou lá.

Ele dá um selinho na loira e sobe as escadas.

No andar de cima.

Killian chega ao quarto da mãe e bate na porta, receoso.

—Pode entrar. – Regina

—É... Licença. – ele diz entrando no quarto da morena, vendo ela e Edu já de roupas trocadas sentados na cama, enquanto Regina limpava o local onde a bala tinha pegado antes de fazer um novo curativo. – Atrapalho?

—Não Killian, de jeito nenhum. Estávamos só conversando. – Eduardo.

—Okay... Hum, o que aconteceu com o seu braço? – ele pergunta olhando o machucado de Regina.

—Nada de mais, só um arranhão. – ela respondeu seca.

—Então por que todo esse cuidado?

—Pode infeccionar.

—Arranhões não infeccionam.

A morena o encara, e ele a encara de volta.

—Não precisa se...

—Uma bala acertou ela de raspão. – Edu.

—Uma o que? Mãe, você está bem? – ele disse praticamente se materializando do lado de Regina.

—Eu estou ótima. – Regina

—Onde você estava? Não deveria ter cuidado dela? Prometeu isso pra mim! – Killian disse olhando para Eduardo.

—E eu cuidei. – Edu.

—Não é o que parece.

—Killian! Tá tudo bem, não precisa se preocupar. O Edu fez o que pôde, evitou o pior dos casos. – Regina.

—Tem certeza que você está bem? – ele disse segurando a mão da mãe.

—Tenho sim.

Ele continuou a olhando não acreditando nas palavras dela.

—Absoluta Killian, pode acreditar. – ela disse compreendendo o olhar do filho.

—Eu ia dar uma volta com a Emma, mas se quiser eu fico aqui com você mãe.

—Pode ir, diferente de você quando eu digo que está tudo bem você pode confiar.

—Por mais quanto tempo a senhora vai me tratar assim?

—O quanto eu achar necessário.

—Me desculpa!

—A Emma deve estar te esperando. – ela disse ignorando o garoto.

—Okay, eu sei ser paciente.

—Sendo um Mills... Eu acho que não.

—Justo. Mas... E os pais da Emma? Por que não voltaram?

—Decidiram ficar lá até o fim da viagem.

—Então, estão de volta amanhã?

—Sim, pela tarde.

—Tudo bem. Eu vou indo, okay? – ele diz e beija a bochecha de Regina. A morena permanece parada.

—É sério? – ele pergunta incrédulo por ela não retribuir o gesto. – Mãe!

Ela o encara por cinco segundos, olhando aqueles olhos azuis profundos. A cara amarrada da morena começa a se desfazer e um mini sorriso surge no canto do rosto de Killian. Ela beija o rosto do seu menino, incapaz de negar o carinho habitual entre eles.

—Eu te amo mãe. – ele diz a abraçando.

—Eu também te amo, mas na próxima vez não tem volta.

—Não vai ter próxima vez.

—Acho bom.

—Até mais pessoal.

—Até!

Ele sai do quarto e Eduardo volta sua atenção para Regina.

—Sua manteiga derretida! – ele fala se jogando em cima da morena.

—Calado! – ela responde sorrindo à provocação.

Elle’s House.

O carro ocupa uma das vagas na garagem e a jovem Elle sai do veículo ignorando o chamado dos pais. De certo modo já estava acostumada, sempre que fugia aos padrões exigidos pela família uma torrente de reclamações caiam sobre a garota. Boa parte de sua vida havia sido definida e não por escolha própria. E, mesmo nunca estando de acordo ou satisfeita com a situação Elle achou que poderia lidar com isso. Boa parte das boas coisas que tinha na vida era graças a família, disso não podia se queixar, mas de mesmo modo o que havia de ruim também era graças a eles.

O namoro com Peter era uma exemplo. Os dois eram amigos de longa data e, de certo modo, Elle sabia que Peter sentia mais por ela do que admitia, mas não tinha certeza de que tal aproximação seria possível. E, a jovem não poderia estar mais certa. Pena que os pais não enxergavam o mesmo.

—Certo, agora que está tudo bem vamos acertar essa bagunça. – Joyli disse pegando o celular.

—O que você está fazendo?

—Ligando para o Peter, vamos consertar esse circo que você armou.

—Desliga isso mãe! Não tem nada para ser consertado. Tá tudo bem.

—Não está tudo bem Elle! Não mesmo. Chega dessa sua palhaçada, dessa brincadeira.

—Você é impossível. Por que é tão difícil aceitar que eu gosto do Henry, que eu quero ficar com ele e não com o seu protótipo de príncipe ideal?

—Por que você só pode estar fantasiando coisas! Eu não te criei para isso. Nós te demos a melhor estrutura, o maior luxo, o melhor de tudo...

—E por isso tenho que abrir mão do meu direito de escolha, da minha liberdade?

—Ah por favor! Não é nada demais.

—Você é inacreditável. Eu não aceito isso.

—Mas vai aceitar.

—Não, eu não vou. Não mais. Chega! Isso acaba agora.

—Elle não se atreva...

—O que vai fazer? Me abandonar? Me expulsar? Me mandar pra longe?

Joyli fica em silêncio.

—Você não seria capaz.

—Sabe bem que eu seria sim. A escolha é sua.

—Pai... Você está ouvindo isso?

Stteve permanecia quieto, observando toda a situação.

—Dá pra abrir a boca pelo menos uma vez? Para de se rebaixar à ela!

—Ele não está se rebaixando.

—Como é que é?

—Já ligamos para o seu avô Elle. Daqui em diante é uma escolha sua.

—Tá de sacanagem!

—Pronto, as gírias.

—Isso é brincadeira não é? Como assim! Você sabe como é aquele lugar, fica a milhares de quilômetros daqui, literalmente do outro lado do país. Como você está de acordo com isso?

—Quero o melhor para você Elle, sempre! - Stteve

—O melhor? Você está se ouvindo? Acha que sua atitude condiz com o que acabou de dizer?

—Você pediu por direto de escolha, está tendo agora e...

—Nem tente! Acha que isso é direto de escolha? Sair da minha casa ou uma vida subjugada a vocês dois?

—Tome sua decisão com sabedoria. – Stteve disse e se retirou.

—Se sair dessa sala com esse pensamento pode me esquecer. Esse laço vai acabar aqui.

Stteve a encara, quieto como sempre, apenas observando.

—Eu sei que é difícil para você entender. – Stteve

—Não, não é difícil! É fácil notar que vocês preferem o dinheiro do que pessoas de verdade, com caráter, dignidade, honra. Isso é fácil de compreender. O difícil é tentar fazer vocês enxergarem isso. Olharem além do próprio umbigo. Isso sim é complicado.

—Elle... – Stteve.

—Eu já entendi. Você está com ela, como sempre. Nem se dê ao trabalho. Estou indo fazer minha malas.

—Como... O que disse? – Joyli.

—Eu vou pra casa do vovô, não vou? Pois bem, vou fazer as malas. – Elle

—Mas Elle...

—É a minha escolha! – ela disse e subiu para seu quarto.

Na Praia.

A vista era incrível. O mar, já mais calmo, azulava num tom cada vez mais escuro, das bordas ao horizonte. Sob a linha onde o céu toca a terra, o céu noturno começava a surgir, regado de estrelas. No último ponto onde a vista alcança, uma mistura de cores vibrantes se encontravam. O laranja encostando o amarelo num contraste marcante com o azul royal que começava a cobri todo o firmamento celeste.

Sentados na areia da praia estavam Killian e Emma. A loira recostava suas costas no peito do namorado e assim os dois assistiam os último minutos daquele show.

—Foi aqui. – Emma murmurou.

—Como?

—Foi nessa mesma vista que a gente conversou pela primeira vez.

—Verdade. Eu tava aqui, tranquilo, e você quase me matou do coração.

—A minha beleza costuma fazer esse tipo de coisa. – ela disse convencida.

—Pelo amor de Deus, não tem espaço suficiente pro seu ego aqui.

—Eu aprendi com o melhor, só pra você ficar sabendo.

—Não sei do que tá falando. – ele disse fingindo não entender.

—Com certeza não. – ela falou rindo da cara do namorado.

—Mas eu agradeço, por ter falado comigo. Graças a isso, olha onde estamos.

—Acho que eu sabia que era a coisa certa. Dava pra sentir.

—Dava pra sentir que você ia namora o garoto mais bonito de Storybrooke?

—Pronto, eu não posso te dar esse tipo de deixa.

—Não mesmo!

Ele derruba Emma na areia e a olha, encantado. A loira sempre era linda a seus olhos, mas naquele momento tinha algo a mais. Ele não sabia se era a paisagem, se era o fato de ter a “conhecido” ali ou algo que ia além dos dois.  Killian só sentiu algo diferente. Talvez teve só certeza de aquilo era certo, mais que certo.

—É Emms, dá pra sentir.

A loira o olhou confusa. Ele se sentou e ajudou Emma a fazer o mesmo.

—O que está fazendo Kil?

 Killian olhou ao redor e se levantou, deu alguns passos sentido ao mar e retornou com um pedaço de alga.

—Você vai me explicar ou é pra adivinhar?

—Você disse que quando me viu aqui na praia aquele dia, disse que sentiu que era a coisa certa. – ele falou enrolando a alga no formato de um círculo - Pois bem, eu sinto o mesmo. Hoje mais do que nunca.

—Killian...

—Emma eu sei que é só uma alga, mas um dia eu espero que seja de verdade. Eu acho que eu nunca tive ideia sobre algo na minha vida, mas eu percebi que você é a única coisa que eu quero, com toda a certeza, que esteja comigo. Eu sei que o nosso relacionamento já teve seus momentos caóticos e isso, infelizmente, não impede que outros momentos semelhantes apareçam, mas Emms você é a única coisa da qual eu quero ter certeza na vida. A única pessoa que eu vejo em todos os meus sonhos, em todos os planos. Você está sempre comigo, sempre. Nessa vida incerta, você é a minha constante. Juntos ou não, você é.

—Eu... Eu não sei o que te dizer Killian.

—Só diz sim.

—Então pede.

—Emma Swan, minha Emms. Você aceita esse gesto simbólico? Me aceita na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, por todos os dias das nossas vidas, até que a morte nos separe?

—Sim, mil vezes sim!

Ele se inclina para beijar a loira.

—Ei, ei ei!

—A claro, sua vez.

—Killian Jones Mills Both, meu Kil. Você me aceita na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, por todos os dias das nossas vidas, até que a morte nos separe?

—Sem a menor dúvida.

—Isso também inclui as futuras camisas manchadas.

—Você deveria ter dito antes de eu ter aceitado Emma!

—Seu ridículo.

Ele gargalha.

—Não iria mudar em nada a minha resposta. Muito pelo contrário, compraria mais camisetas pra você fazer sua arte. Afinal, quando a gente sabe, a gente sabe.

—Eu sei.

—Eu também. Posso beijar a noiva?

—Com o maior prazer.

Segunda-feira, Casa dos Mills.

No quarto de Regina a morena despertava devagar. O processo de se espreguiçar tinha ficado um pouco dolorido por causa do machucado no braço, mas ainda assim, depois do abraço habitual que recebia de Eduardo... E aí a morena se deu conta.

—Edu? – Regina tateou a cama, ainda de olhos fechados, procurando pelo namorado. – Edu?

—Isso tudo é saudade? – ele disse saindo do banheiro e indo até a morena.

Ele se aproxima de Regina e a beija.

—É a primeira vez que acordo e você já está de pé.

—Bem, é meu primeiro dia na filial de Augusta, quero chegar mais cedo pra conhecer o ritmo da empresa.

—Justo. Nesse caso, você vai ter tempo pra tomar café da manhã comigo ou não?

—Se a gente conseguir deixar pronto dentro de 20 minutos.

—Okay, fazemos esse esforço.

—É claro que sim. – ele disse se debruçando sobre Regina enquanto segurava sua cintura.

—Acha que conseguimos preparar tudo em 15 minutos?

—Não sei, mas quero pagar pra ver. – ele a derruba sobre o colchão.

5 minutos depois...

Regina e Eduardo desciam as escadas.

—Eu gosto da sua pontualidade. – Regina.

Eles compartilham um sorriso travesso.

Os dois terminam de descer os degraus e entram na cozinha.

—Ovos mexidos? – Regina perguntou abrindo a geladeira.

—Já estou com a frigideira. – Edu.

—Excelen... Eu não acredito.

—Que foi?

Regina apontou com a cabeça pra um maço de folhas caído no chão na sala de estar, acompanhado por um braço bem relaxado.

—Vai lá, eu termino aqui. – Edu.

A morena entrou na sala dando de cara com o filho dormindo sentado no sofá. As folhas, da matéria de cálculo, espalhadas pela mesa de centro, nas pernas de Killian e outras ainda presas em sua mão.

—É, parece que alguém se esforçou bastante pra estudar. Filho? – ela disse o balançando – Filho, acorda!

De uma forma muito similar à de Regina, Killian começou a se espreguiçar e a morena notou que apesar da semelhança física ser do pai os trejeitos eram todos dela. Ela sorriu feliz. Killian abriu os olhos.

—Bom dia mãe. – ele disse sonolento.

—Bom dia meu amor. Espero que esteja pronto pra prova de hoje já que, aparentemente, você estudou tanto.

—Aí meu Deus, meu ônibus. Já estou atrasado! Pelo gancho do capitão, quantas folhas! – ele disse finalmente despertando.

—Killian se acalma, você não está atrasado.

—Sério? – ele questiona olhando o relógio na mesinha de centro.

—Seríssimo, mas acho bom ir se arrumar. Onde está sua namorada?

—Muito provavelmente no meu quarto.

—Mas eu deixei o quarto de hóspedes a disposição. – Regina disse arqueando a sobrancelha.

—Ah... Então, ela costuma ser bem teimosa e... – ele falou coçando a nuca.

—Você não tem nem vergonha de me difamar assim né, projeto de Pinóquio. – Emma disse descendo as escadas.

—Olha ela aí. Bom dia Emms! – ele falou sorrindo.

—Emms né? Nem vem!

—Eu tava brincando.

—Sei. Bom dia Regina.

—Bom dia Srta. Swan.

—Quanta formalidade mãe.

—É a força do hábito. Não demore a se arrumar, daqui a pouco o café está pronto.

—Certo, vou subir, chamar a Aurora e... Caramba, é o primeiro dia que acordo que ela e a tia Zelena não estão aqui.

—Eu te entendo, um dia e já sinto falta daquela verdinha.

—Ela não deixou a cidade mãe.

—É bem parecido.

—Dramática!

—Você sabe que quem corrige a prova sou eu, não sabe?

—Saindo pela esquerda. – ele disse saltando do sofá.

—Foi o que eu pensei. Vem Swan, o café já deve estar quase pronto.

No andar de cima.

Killian ia para seu quarto quando passa em frente a porta de Henry. O moreno decide entrar.

—Toc, toc!

—Tá aberta!

—Ei, bom dia.

—Bom dia Killian. – ele fala terminando de colocar a gravata.

—Nossa! Por que tá tão arrumado? Tem algum evento importante?

—Vou na casa dos pais da Elle.

—Henry...

—Eu sei, eu sei. Eles são insuportáveis, mas eu gosto da Elle. Tenho que dar um jeito de eles aceitarem isso.

—Então está se arrumando para guerra?

—Basicamente. Algum conselho?

—Seja você mesmo.

—A julgar pelo histórico do Stteve e da Joily, eu não sei se isso ajuda.

—Você é uma das melhores pessoas que conheço Henry, eu vejo isso e tenho certeza que a Elle vê também. E ela é quem importa.

—Valeu Killian.

—E claro, se a polícia aparecer de novo... – Killian disse rindo.

—Sai daqui!

—Boa sorte.

—Obrigado, de verdade.

Os dois se abraçam.

—Acho que estou me apaixonando. – Killian.

—Eu já vou indo.

—Ah para, eu sou melhor que Elle, você sabe.

—Tchau Killian. – ele diz rindo.

Casa de Número 19.

— “Ai meu Deus comer pão sem casca é frescura!” – Aurora dizia imitando a mãe.

—Parece que o jogo virou não é mesmo? – Jeff

No balcão da cozinha Aurora e Jefferson observavam Zelena comendo pão.

—Não é culpa minha se o meu filho mal nasceu e já é tão frufru quanto vocês. Claramente um problema no DNA desse aí. – ela disse maneando a cabeça sentido Jeff.

—Ele puxou o papai. – Jeff disse se aproximando de Zelena.

—Entenda de uma vez por todas, é ELA! – Aurora

—Não são sete da manhã, então por favor, me poupem dessa discussão. – Zelena

—Okay, okay. Vamos deixar esse menininho lindo em paz. – ele disse alisando o ventre de Zelena.

—Já vi que vai ser um pai babão. – Aurora

—Eu já sou um pai babão, apaixonado na minha princesa. – Aurora sorri. – Vem cá.

A ruivinha se aproxima dos pais.

—Eu amo você. Não se esqueça disso. O fato de o seu irmão ou irmã está chegando não significa que isso vai mudar, okay?

—Eu sei pai. Sei que ela vai ter mais necessidades e a mamãe também. Eu entendo, além do mais que você vai poder vivenciar o que não pôde comigo. Está tudo bem. E sim, eu amo vocês.

—Você cresceu depressa minha filha. – Zelena.

—Fontes afirmam que sim! – Aurora

—Vem cá. – Zelena

A ruivinha abraça a mãe e Jeff abraça as duas, enchendo-as de beijos.

—Eu adoraria ficar aqui pelo resto do dia, mas pra informação geral da nação eu tenho uma prova e sinto que sua irmã está prestes a acabar com a minha vida. – Aurora

—Nesse caso eu espero que tenha estudado. Seu namoro está em jogo. – Zelena

—Ei! Ninguém me disse isso não. – Aurora

—Já fica implícito. – Jeff – E vale para todas as notas, incluindo a minha.

—Mas pai...

—Sem mais. Vamos, daqui a pouco a gente se atrasa. E até onde eu sei, tem alguém que está com a corda no pescoço. – Jeff

—Três atrasos Aurora. Três! – Zelena

—Eu já pedi desculpas mãe. – Aurora.

Na faculdade.

Já em sala de aula, Robin, Ruby, Emma e Killian conversavam.

—Então vocês estão casados? – Robin

—Não estamos casados, foi um gesto simbólico pra um possível futuro. – Emma

—Um futuro muito desejado. – Killian

—Eu achei fofo. – Ruby

—Desde que eu seja o padrinho vocês têm a minha benção.

Emma e Killian se olham.

—Vão ser nossa primeira opção. – Killian

—Mas e o meu bebê? – Emma

—Vamos descobrir hoje à tarde. – Robin

—Eu não sou de ficar ansiosa, mas dessa vez eu não estou me reconhecendo. Já fui no banheiro umas quatro vezes e não sei se é enjoo ou ansiedade. – Ruby.

—Eu adoraria estar junto, mas a Regina fez questão de avisar meus pais do ocorrido e bem, eles nem chegaram e eu já estou de castigo.

—Aff Emma, é sério? Disse que ia estar comigo.

—Eu sei, eu sei. E eu sinto muito, de verdade mesmo Ruby. Mas está convidada a ficar lá em casa.

A ruiva a encara ainda magoada.

—Eu faço chocolate quente.

—Está calor Emma.

A loira a olha.

—Okay, faço seu bolo de chocolate de três camadas.

—Agora sim você falou a minha língua. – a ruiva a abraça.

—Então hoje eu estou sem você? – Robin.

—Infelizmente sim, mas eu prometo que na terça eu volto. – Ruby

—Vai ter que se cuidar viu? Se alimentar direito, tomar suas vitaminas, beber bastante água. – Robin

—Eu vou me cuidar e a Emma se compromete a me vigiar, certo Emma? – Ruby

—Com certeza. Fica tranquilo Robin. – Emma

—Acho que tem que se preocupar mais em ficar sozinho com a Granny. – Killian

Os quatro gargalham.

—Deus me ajude. – Robin

—Bom dia alunos! – Belle. – Todos em seus lugares por favor.

Todos obedecem ao pedido.

—Bem, antes de dar início a aula, que inclui a entrega das provas, eu gostaria que todos dessem as boas-vindas aos colegas de vocês. Kristoff e Graham, por favor entrem.

Pov Killian.

A sala caiu em um completo silêncio. Eu sabia que este momento estava próximo, mais do que gostaria, mas parece que o resto da turma não. Foi ele colocar os pés na sala que as pessoas se encolheram. O problema não era o Kristoff, era ele.

—Obrigado Belle. – os dois disseram em uníssono.

—Por favor, para seus assentos.

Ele estar ali não me incomodava, ele era um idiota, disso ninguém tinha dúvida. Mas ele não me incomodava, só que a forma como seus olhos recaíram sobre Emma, como se ela fosse um pedaço de carne, como se conseguisse a despir com o olhar... Isso me pegou. Ele a encarou durante pouco mais de seis passos, o suficiente para alcançar a minha carteira. O sorriso cínico...

—Olá Killian. – ele sussurrou quase inaudível. – Estou de volta ao jogo lesado. E vou levar tudo que é meu. Tudo!

Ele me encarou e eu soube que não tinha a ver comigo. Era Emma, e sempre seria. Esse psicopata. Me levantei e meus punhos se fecharam.

—Se... Afasta... Dela. – sussurrei no mesmo tom.

—Só... Quando... Ela... Estiver... Na... Minha... Cama.

Explodi. Nada mexia mais comigo do que Emma, e em todos os sentidos. O empurrei contra uma das carteiras, me esquecendo completamente que estávamos em uma sala de aula. Ele nem sequer revidou, mas nem dei atenção. Apliquei uma rasteira e ele caiu, imóvel, se fingindo de coitadinho, e só quando a Belle me expulsou da sala notei o jogo desse idiota.

—Por favor Sr. Both se retire.

—Mas... Belle, ele.

—Não me faça chamar o inspetor.

A olhei um última vez e voltei minha atenção para Graham.

—Já vai tarde, Killian. – ele disse para que somente eu ouvisse.

—Seu merda.

—Vamos, para fora agora Sr. Both.

Saí da sala com Belle como escolta e pra piorar dei de cara com a minha mãe.

Visão do Autor.

Voltando do banheiro, indo rumo a sala dos professores, Regina da de frente com Belle levando seu filho para fora da sala de aula. Ela já sentia a dor de cabeça.

—Mas o que é isso? – Regina

—Recomendo que eduque melhor seu filho Srta. Mills. – Belle

—Como é que é? – Regina

—Já estamos fartos dessas brigas. – Belle

—Por que não se preocupa com o seu enteado, ham? – Regina

—Bem, não foi ele o causador da confusão. – Belle

—Não dessa vez. – Regina.

—Eu tenho mais o que fazer. – Belle disse voltando pra sala.

Killian nem precisou esperar muito e lá estava ela, aquela dor aguda na orelha quando Regina Mills a aperta sem dó.

—Você vem comigo.

—Tá doendo mãe.

—Calado!

Na enfermaria.

Regina entra na sala com Killian.

—Ei, ei, o que é isso? – Zelena diz terminado de fazer um curativo em um aluno.

—Desculpa mana.

—Sem problemas, só espera eu terminar isso aqui.

—Dá pra ser logo? Mais alguns segundos e ela vai arrancar a minha orelha.

—Pronto, terminei. Só toma cuidado da próxima vez Charlie, um pouco mais fundo e ficaria sem o dedo.

—Pode deixar, valeu Zelena. - Charlie

—Por nada.

O garoto sai da sala.

—Me deixem só pegar a pipoca aqui e vocês podem continuar.

—Não é uma boa hora pra brincadeiras Zelena. – Regina diz soltando Killian

—Mas já estressada?

—Seu sobrinho me deixa assim. – ela diz e dá um pescotapa em Killian.

—Ai mãe!

—Você não deveria estar em aula? – Zelena

—Eu fui expulso, e antes de você maltratar a outra orelha me deixa explicar. – ele pede olhando para Regina.

—Tem a minha atenção. – Regina

—Tudo bem, como vocês bem sabem o Graham voltou pra faculdade...

—Me deixa adivinhar, você, logicamente, não gosta dele, ele te provocou e você surtou. – Regina

—Falando assim soa bem mais idiota. – Killian

—Infantil. – Zelena disse abrindo um pacote de bolacha.

—Ei, você não pode me julgar. Até onde eu sei a linhagem de encrenqueiros dos Mills passa por você tia.

—É um título que eu levo com orgulho. – Zelena

—Não coloca lenha na fogueira Zelena. – Regina

—Olha mãe...

—Nem tente se justificar. Não interessa o que o Graham tenha dito ou feito. Você tem que ter controle sobre si mesmo, essa rixa já passou de todos os limites e se você continuar dando corda só vai piorar.

—Mas eu não dou corda. Ele simplesmente existe pra me infernizar e roubar a Emma de mim.

—Meu filho pare de tratar a Emma como se ela fosse um tipo de objeto pelo qual você tem a posse. A Emma é uma mulher e não importa se o Graham queira viver com ela pelo resto da vida, é uma escolha dela ficar com quem bem entender. Então ao invés de dar ideia para o que esse idiota fala, faça a Emma se apaixonar por você todos os dias.  Agir igual a um bruto sempre que algo assim acontecer é perda de tempo. Se concentre em quem realmente importa.

—Falou e disse mana. – Zelena ergue e mãe as duas trocam um high-five.

—Obrigado meninas.

—De nada, espero que te ajude a ver as coisas com mais clareza. – Zelena

—Ela fala como se o conselho fosse dela. – Regina

—Quem te ensinou anãzinha? – Zelena

—Com certeza não foi você. – Regina

—Mas que afronta. É só eu sair de casa que você põe as asas para fora.

—Agora que você tocou no assunto, como você está se sentindo sabendo que a gente se separou?

—Nós não somos casadas Regina.

—Você entendeu.

—Eu tô muito bem.

—Então você abandona a sua irmã e fica calma assim? Okay, então. – Regina diz indo em direção a porta.

—Eu não te abandonei! Eu só precisava ter a minha própria casa.

—A minha casa é a sua casa Zelena.

—Você sabe que não mana. E além do mais não dava pra mim e o Jeff vivermos separados pra sempre.

A morena emburra a cara. Zelena caminha até a irmã e a braça.

—Eu sempre soube que você seria a irmã mais nova carente.

—Me erra Zelena! Eu só sinto sua falta.

—Ficamos só um dia sob tetos separados, já que eu dormi na sua casa no fim de semana.

—Mas passamos boa parte das nossas vidas morando juntas.

—Eu sei, e eu confesso que vou sentir falta, mas é necessário.

—Eu entendo, mas ainda não gosto.

—Eu nunca gostei das suas pirraças quando era mais nova, mas você emburrada continua sendo muito fofa irmã, e não rola os olhos.

—Um pouco tarde para falar isso.

—Eu amo você. – Zelena

—Eu sei. – Regina

—Anda logo Regina. – Zelena

—Eu também te amo. – Regina

—Killian? – Zelena

—Já estou aqui. – Killian

Os três se abraçam.

Minutos mais tarde...

Ariel fazia o caminho de volta para a sala de aula quando encontra Killian.

—Olha só se não é o brigão de plantão.

Killian se vira encontrando Ariel.

—Ei Ariel. – ele diz desconcertado.

—A última vez que te vi tão nervoso quando me chamaram de chata. Deixa eu ver, isso foi lá no jardim de infância.

—Já perdeu muita coisa então.

—Você está bem?

—Tô sim, eu só agi sem pensar.

—Bem, pelo menos fechou a prova da Belle.

—Sério?

—Dei uma espiada na mesa dela antes de sair.

—Ótimo, menos uma coisa pra eu me preocupar. Mas e então, me diga. Você e o Eric?

—Tava demorando.

—Quem dormiu na minha casa com ele não fui eu.

—Não tem nada.

—Achei que você odiasse ele, ou coisa do tipo.

—Eu não o odeio, eu tinha uma certa antipatia.

—Você tinha? Então...

—Então nada, a gente ficou junto por que eu estava levemente bêbada.

—E o que aconteceu que você saiu de lá correndo? Se assustou quando viu ele do seu lado?

—Não foi isso, quem fez a merda foi eu. Talvez eu tenha dito que foi um erro.

—Isso não é legal.

—Eu sei, e como eu sei.

—Mas você sente alguma coisa por ele?

—Não. Bem eu acho que não. Eu não sei.

—Acho melhor resolver isso logo.

—Seus conselhos estão ótimos.

—Pois é, sempre me disseram que é um dom. – ele disse ajeitando o cabelo.

—Você me cansa.

—É reciproco pequena sereia.

Soa o sinal.

—Acho que eu já sou bem vindo na sala.

—Lembra de pensar da próxima vez viu.

Os dois abrem a porta e se encontram com Belle.

—Ham, professora, me desculpe pelo ocorrido.

—Espero que não se repita Killian.

—Eu também.

Ela deixa a sala e Killian e Ariel entram. A loira passa pelo amigo o cumprimentando e se encaminha pra sua carteira. Killian suspense o olhar até Emma. A loira o encarava com o rosto preocupado. Ele se aproxima.

—Ei, você tá bem? O que aconteceu mais cedo? – ela pergunta segurando a mão de Killian.

—Não importa.

—Tem certeza?

—Absoluta, a única coisa que importa é você. Só você Emms.

—Disso eu sei, mas...

—Eu vou voltar a prestar atenção na aula. – ele disse se levantando.

—Ei!

Os dois acabam rindo. Antes de voltar a fila ao lado, Killian abraça a loira, beijando a bochecha da mesma em seguida.

Do outro lado da sala alguém queimava de raiva.

Elle’s House.

Henry chega em frente à casa da namorada, esperando alguns segundos antes de tocar a campainha. Digamos que ele estava juntando uma certa coragem. Ele aperta o dispositivo e poucos segundos depois o mordomo abre a porta. Henry se apresenta e pede para conversar com os pais de Elle.

—Claro, pode entrar...

—Não será necessário. – Joyli diz chegando a porta da casa – Nos dê licença Raffi.

O mordomo sai e deixa os dois a sós.

—É muita cara de pau sua vir até a minha casa.

—Antes de começar com os seus típicos insultos eu gostaria de dizer que estou disposto a me esforçar para provar o que realmente sou para vocês. Começamos com o pé esquerdo, eu confesso, mas o que sinto pela sua filha é verdadeiro. Amo a Elle e sei que ela sente o mesmo por mim. E sei que como mãe você deseja o melhor para ela, mas nem sempre vemos a realidade. A Elle não era feliz com o Peter e ela não quer essa vida de impressões que você se esforça tanto para dar a ela. A Elle quer viver, verdadeiramente. E você e o Stteve, mais do que qualquer outra pessoa, deveriam apoiá-la.

—Quer me ensinar a como conviver com a minha filha?

—Mas é lógico que não! Eu só quero que a deixem viver.

—Jovens, vocês e esses seus sonhos de liberdade. Isso não existe! É ilusão. Imagem vendida pela mídia. Baboseiras! A Elle é sonhadora, eu sei que é. E achou você, outro como ela. Com sonhos. Vocês não sabem que o mundo foi feito para esmaga-los. Mas vão descobrir. Por isso estou preparando-a. Já dando a ela a vida futura. Sem chance para erros.

—Ela não quer isso! Como pode saber de algo que não aconteceu? Virou vidente? Se isso aconteceu com você não significa que tem que projetar isso na sua filha! Foram seus problemas, não os dela.

—Você é muito petulante mesmo. Saia da minha casa!!

—Não saio sem falar com a Elle.

—Ela não está aqui bastardinho. Não está aqui agora e não estará aqui amanhã.

—O que quer dizer?

—Que você não verá mais a minha filha.

De volta faculdade...

Intervalo.

Embaixo de uma árvore qualquer.

—Parece que alguém sentiu mesmo a minha falta.

—Você não faz ideia.

Aurora e Kristoff estavam sentados embaixo daquela que já tinha se tornado a macieira do casal. O garoto a envolvia com as pernas enquanto Aurora usava o peitoral do loiro como apoio.

—Quer fazer alguma coisa hoje à tarde?

—Durante ou depois do serviço comunitário?

—Ah é, tem isso. Tinha até me esquecido que nossos encontros se restringem a faculdade.

—Ah não ser que...

—Nem vem, você mal começou e já está querendo burlar o sistema. Vai fazer isso direito.

—Okay, okay dona Aurora.

—Não me envelheça, por favor.

—Desculpa. – ele disse rindo. -  Mas e então. O que vai fazer quando for de tarde e você sentir a minha falta?

—Ah, talvez ir até o meu quarto, trancar a minha porta, deitar na minha cama e...

—Nem pense em fazer isso, não sem mim. – ele disse com a voz um pouco mais rouca.

—Eu não posso prometer nada. – ela falou sorrindo notando a súbita mudança que causara em Kristoff.

—Seu castigo será terrível.

—E quem disse que você vai ficar sabendo?

O rapaz engoliu em seco.

—Ninguém mandou você aprontar.

—Não me tortura assim, eu já me arrependo o suficiente. – ele disse apertando a ruiva contra si com um pouco mais de força.

—Eu estou vendo o quanto você está sofrendo. – ela falou em um tom irônico sentindo a excitação do namorado.

—Eu aceito uma ajudinha. – ele disse com o rosto no pescoço da ruiva.

—Graham.

—O que?

—Assunto broxante, vamos lá. Graham.

—Não era esse tipo de ajuda que eu queria, mas pelo menos funcionou.

—Fico feliz em ajudar. – ela diz rindo da cara do namorado.

—Mas agora que mencionou ele, eu ainda não tive a oportunidade de conversar com ele.

—E me diz, pra que você quer isso?

—Eu sei que ele tem as suas questões, mas ainda assim ele é meu amigo.

—Ai Kris...

—Eu sei, eu sei. Mas eu também errei e bem, estou tentando.

—Nem se compara a ele. É totalmente diferente. Você foi basicamente influenciado, justamente por conta dessa amizade. Ele fez por vontade.

—Mas eu poderia ter dito não. A culpa também foi minha. E agora ele está mais sozinho do que nunca, acho que não custa nada ir falar com ele.

—Se é o que você quer, não sou eu quem vai impedir. Falando nele.

Os dois olham um pouco a frente.

—Eu vou lá.

—Não demora e toma cuidado.

—Pode deixar. – ele beija a ruiva e sai.

Um pouco mais a frente.

—Hey, Graham! – Kristoff chama se aproximando do amigo.

—Ah, oi Kristoff. Demorou mais do que achei que fosse demorar. – ele disse com as mãos para trás.

—Eu tinha umas coisas pra fazer antes.

—Como dar atenção aquele projeto de namorada?

—Já vi que continua o mesmo. Licença.

—Ei! Espera aí. Foi mal. Força do hábito. Mas em fim o que quer?

—Eu não sei, conversar talvez. Até outro dia éramos amigos e apesar do que aconteceu eu gostaria que isso não mudasse.

O jovem o encara.

—Mas é claro.

—Sabe, eu sei que agora vai ser extremamente difícil, mas as coisas vão melhorando. Pelo menos eu estou contando com isso. É tudo uma questão de pedir desculpas, sabe?

—Pedir desculpas?

—Sim, às pessoas que prejudicamos. Ruby, Robin, Killian, Emma...

—Ah claro, pedir desculpas.

—Olha, eu sei que existe toda uma questão entre vocês, mas já é passado né? Tá na hora de seguir em frente.

—Sim, eu concordo com você. E é o que eu quero fazer sabe. Deixar tudo no seu devido lugar. Como realmente deve ser.

—Exato. Eu só queria que soubesse que estou aqui, sempre que precisar. Como antes. Amigos?

—Sem dúvidas. Como antes.

Kristoff abraça o amigo.

—Bem, eu tenho que ir. Mas se precisar de mim você sabe onde me encontra.

—É pode deixar.

—Até mais Graham.

—Até.

O moreno observa Kristoff se afastando, seguindo em direção a Aurora.

—Idiota.

Do outro lado da faculdade.

Ariel se aproximava da quadra, mais precisamente do local onde ficavam as piscinas.

—Muita gente diz que é difícil te encontrar por aí. Acho que eles só não sabem onde procurar.

A loira se aproxima de Eric.

—Oi Eric.

O garoto se distraia com a bola de polo aquático, ignorando Ariel completamente.

—Então, eu tentei falar com você nesses últimos dias, mas acho que seu celular quebrou ou coisa do tipo.

Ele continuava na mesma.

—Okay. – a garota acerta a bola e a arremessa na piscina.

—Qual o seu problema?

—Qual o meu problema? Qual é o seu problema! Eu tô tentando falar com você.

—Você poderia ter falando comigo de manhã, lá na casa do Killian.

—Você saiu correndo seu idiota.

—Digamos que acordar do seu lado falando um monte de asneira não é a melhor forma de bom dia.

—Não tivesse dormido comigo então.

—Como se tivesse outra opção.

—Pra começar, você poderia não ter me levado pra um quarto.

—Você pediu a minha ajuda sua maluca. E diferente de você eu me importo com como você vai ficar.

—Cê jura? Por que eu vim aqui falar com você e tudo que conseguiu ser até agora foi um babaca.

—O que você quer Ariel?

—Conversar. Da pra ser?

Ele a encara.

—Sinceramente? Se for dizer coisa semelhante ao que me disse da última vez vo...

—Me desculpa. – ela pediu sincera.

—Que?

—Me desculpa. Eu falei coisas que não devia de um modo que não devia ter dito naquela manhã.

—Você foi bem rude.

—Você não tem muita moral pra falar sobre isso.

—Okay, essa aí eu reconheço.

—Obrigada.

—Mas... Por que acordou tão surtada aquela manhã? E não vem dizer que fez coisas inconscientemente por que eu sei, e você também sabe que não foi assim.

—Eu não acordei surtada. Só foi muito estranho. Até a festa a gente mal se falava sem ser no meio de uma discussão e do nada estávamos lá, nós dois bebendo e acabando juntos.

—Mas foi divertido.

—E eu concordo, mas não deixa de ser confuso.

—Pra mim não tem nada de confuso, você claramente sempre esteve afim de mim e viu a oportunidade perfeita pra viver esse sonho.

—Ai meu Deus. É por isso que nós dois juntos nunca iria dar certo. Não tem espaço pra três num relacionamento.

—Três?

—Sim, eu você e o seu ego.

—Então você chegou a cogitar ficar comigo? – ele perguntou convencido.

—Eu não falei isso.

—Não se preocupa, eu aceito.

—Eric... – ela disse rolando os olhos.

—Fica tranquila, eu sou fácil de lidar.

—Tô pensando que quem quer ficar comigo é você.

—Depois o egocêntrico sou eu. Para de pensar em si mesma por um momento Ariel.

—Você é inacreditável. – ela disse rindo do garoto.

—Está vendo, a gente não briga o tempo todo. – Eric

—É que eu sou bem paciente. – Ariel

—Como uma mãe dando a luz. – Eric

—Cala a boca! Você é insuportável.

—É algo do qual eu me orgulho.

Ariel o encara com deboche.

—Sério, eu preciso ir. Tô com medo de isso ser contagiante. – a loira diz se levantando.

Eric a acompanha.

—Então... Estamos bem? – Ariel 

—Eu acredito que sim.

Eric estende a mão para a garota.

—Sem gracinhas, Eric.

—Eu prometo, palavra de escoteiro.

Ariel aperta a mão do rapaz e é puxada pros braços do mesmo em seguida. Eric a beija e pouco depois de ceder a situação, Ariel o empurra.

—Palavra de escoteiro?

—Eu não cheguei a me formar.

—Mas é claro que não.

De volta a cantina.

—Gente, do outro lado. Eu já falei mais de uma vez! – Emma

—Aí meu Deus, faltam 10 minutos não dá tempo pra tudo isso. – Killian

—Era só ter estudado em casa. – Emma

—E quem disse que a gente não tentou? – Ruby

—Era pra ser assim? – Killian perguntou se referindo a uma questão.

—Killian você é mesmo filho da professora dessa matéria? – Emma

—Não precisa humilhar. – Killian

—Vocês estão ferrados. – Emma

—Obrigada pela sinceridade. – Robin.

—Eu desisto, é isso. – Killian

—Qual é gente? – Emma

—Eu tô com o Killian. – Ruby

—Eu também, deu. – Robin

A loira se senta, frustrada.

—Okay, parece que é isso. – Emma

—Vai estar disponível pra recuperação? – Ruby

—Se for um aulão vou precisar de um reforço. – Emma

—Oie pessoal. – Aurora

—Olha só quem finalmente apareceu... E acompanhada. – Robin.

—Oi gente. – Kris

*Olá

*E aí!

*Oi Kristoff

A ruiva encara o amigo.

—Oi. – Robin

Aurora sorri para Robin.

—E então... Já abriram o clube de oração? - Aurora

—Realmente, só um milagre agora. – Killian

—É a matéria da Srta. Mills? – Kris

—Isso mesmo. – Emma

—Hum. – Kris

—Como assim “hum”? Não devia estar tremendo ou algo do tipo. – Ruby.

—Ah não, eu gosto da matéria. Geralmente me saio bem. – Kris

—E só me conta isso agora? – Aurora.

—Eu não gosto de me gabar. – Kris

—Sei... – Aurora

—Okay, vamos precisar de uma aulão pra recuperação e eu não consigo dar conta sozinha. Tá disponível? – Emma

—Eu tenho serviço comunitário, não sei se vai dar. – Kris

—Achei que estava tentando se redimir. – Robin

—Robin! – Aurora

—Que foi? – Robin

—Esperto da sua parte, por essa eu não esperava. – Kristoff disse irônico.

—Como que é? – Robin

—Fala mais Hood. – Aurora falou rindo.

—Eu topo sim, mas só posso ajudar a noite. – Kris

—Tá fechado. – Ruby

—Sem problemas. – Killian

—O começo de uma bela amizade. – Aurora

—Não força. – Robin

—Sem graça! – Aurora.

Discretamente a ruivinha agradece ao amigo.

Uma hora e meia depois, a turma do primeiro ano em Engenharia se encontra na aula de cálculo. Como a experiente professora que era a Srta. Mills, sobre seus Manolo Blahnik, caminhava ao longo da sala. Doutora em sua área, Regina adorava o que fazia e para a morena a melhor parte consistia em assistir seus alunos suando frio. Aqueles que não se dedicavam a matéria ou achavam que todo o temor que a palavra “cálculo” trazia era besteira, eram seus rostos favoritos. O sorriso de canto permaneceu sustentado nos lábios de Regina ao longo de toda a aula.

—Okay, um minuto. Larguem as canetas. – ela disse antes de começar a recolher prova por prova. – Espero que tenham se saído bem e para aqueles que isso não foi possível a recuperação será marcada. Muito provavelmente para o fim dessa semana.

*O que? – um coral reverberou na sala de aula.

Soa o sinal.

—Até mais! – ela diz e saí da sala.

—Um raio no meu coração doeria menos. – Robin

—É... Parece que vamos nos aproximar do Kristoff. – Killian

—Ô céus! – Robin

—Aguenta amigo, vai ser necessário. Você prometeu a Aurora.

—Eu sei, mas é difícil.

—Eu entendo, mas entre ele e aquele idiota... O Kris é o de menos.

—Kris? Que intimidade é essa?

Killian ri com amigo.

—Já estou me habituando.

—Eu vou manter o Kristoff.

—Bom dia primeiro ano! – Jeff diz entrando na sala. – Em seus lugares por favor. Só a caneta sobre a mesa.

*Mas...

—É isso mesmo. Prova surpresa.

*Mas não é possível!

*Qual é professor?

*Acabamos de sair da prova da Mills.

—Eu sinto muito, mas não deveria ser uma surpresa que haveria uma prova na semana de provas. Andem logo. Se ajeitem.

Entre uma olhada e outra, dois alunos foram postos para fora. Os poucos preparados se saiam bem, mas não se podia dizer o mesmo do resto da turma. As mãos nos cabelos, o lápis oscilando entre os dedos, as cabeças baixas tocando a mesa... Jeff conhecia bem todas aquelas expressões, aliás ele tinha sido um bom usuário daqueles trejeitos durante a adolescência. Basicamente significavam desespero. Mas o que mais o preocupava era a filha estar no meio disso.

Aurora parecia mais desconcentrada que o normal, o que não era típico da garota, não para aquela matéria. A ruivinha nunca se esforçava muito na matéria do pai, parecia que tinha nascido com a aptidão de Jeff, e isso causava orgulho no mesmo. Mas naquele dia... Ele suspeitou de algo errado. O foco dela parecia distante.

Entre um tempo e outro a aula se foi. As provas foram recolhidas e os alunos liberados.

—Ei! – Jeff chama a filha. – Aconteceu alguma coisa?

—Como assim?

—Notei você um pouco distraída durante o teste. Está tudo bem?

—Está sim. Eu só estava um pouco cansada.

—Tem certeza absoluta que não tem nada a mais?

A ruiva fica em silêncio por um tempo. Tempo suficiente para Jeferson saber que Aurora escondia algo.

—Tá bem, eu vou buscar sua mãe e vamos pra casa. Lá nós conversamos. Okay?

—Tá certo. Eu vou me despedir do Kristoff e encontro vocês na enfermaria.

—Vou ficar te esperando.

Ele beija a testa da filha e sai.

******************************************

Na sorveteria.

Henry entra no estabelecimento e procura Elle pelo olhar. O garoto não demora muito para encontrá-la e logo se senta ao dela em uma das mesas.

—Okay, que história é essa de que você vai sair do país?

—Eu não vou sair do país.

—Tem certeza? Por que seus pais me disseram outra coisa.

—Tenho, eu vou continuar nos Estados Unidos, mas só que do outro lado. – ela disse de cabeça baixa.

—Como? Que que está acontecendo Elle?

A garota conta toda a história para Henry e ele não poderia ter ficado mais abalado.

—E você escolheu ir? – ele perguntou confuso.

—O que queria que eu fizesse? Ficassem aqui e voltasse a namorar o Peter?

—É claro que não! Deus me livre. Mas é que... E quanto a gente?

—Não consegui achar solução para tudo. – ela comentou triste

—Então... Isso significa que...

—Sim e antes de qualquer coisa eu preciso que você saiba que eu não queria isso Henry, que tudo se acabasse. Eu...

—Elle tá tudo bem. – ele falou segurando a mão da garota sobre a mesa.

Ela negava com a cabeça.

—Eu não posso continuar vivendo assim. Não com eles me fazendo de marionete.

—Eu te entendo. Nunca passei por isso, mas dá pra ver que é um saco. E seus pais... São um terror.

—Eu sei, ele são complicados pra não dizer coisa pior. – ela comentou rindo.

—Quando você vai?

—Hoje à tarde.

—Mas tão rápido!

—Bem, quando querem se livrar de algo Stteve e Joyli são bem eficientes.

—Você sabe que poderia morar na minha casa, não sabe? – ele perguntou com esperança

—Não é um assunto da sua família Henry.

—Mas...

—Eu não aceitaria. Em um único dia eu já causei problema demais. A vida de vocês viraria um inferno.

—Elle... Eu não sei o que te dizer.

—Não é sua culpa Henry.

—Tudo seria bem diferente agora se a gente não tivesse se conhecido.

—Sim, e é por isso que não é sua culpa. Eu ainda estaria com aquele idiota numa vida de mentiras e fingimento. Você me trouxe o real e eu sou extremamente feliz por isso. Você me trouxe amor.

—E também o seu relacionamento mais curto. – ele disse sorrindo

—É, realmente. Se contar o namoro oficial umas 15h horas até agora.

—Se contar o não oficial vai pra que? 1 semana?

—Não importa. Foram os dias mais felizes Henry e só isso conta.

—Eu concordo.

—Tá afim de andar? Se vai ser meu último dia aqui quero que seja com alguém que eu gosto.

—Eu não poderia recusar.

Os dois se levantam e caminham rumo a porta do estabelecimento.

—Eu te amo Elle.

—E eu te amo Henry.

Casa de Número 22 (Emma’s House)

A loira estava senta no sofá, seus pais, que tinham literalmente acabado de pôr os pés em casa, estavam encarando-a.  Mary com a mão na cintura denunciava o quanto a atitude da filha tinha a incomodado e a contração das sobrancelhas de David nunca eram um bom presságio.

—Certo... – ela começou.

—Silêncio Emma! – Mary

—Mas eu mal comecei. – Emma

—Não queremos ouvir suas desculpas. Você só precisa saber que está encrencada e de castigo. – David

—Mas...

—Você foi irresponsável e bem infantil. Dar uma festa enquanto viajávamos a trabalho? – Mary

—Não era bem a trabalho. – Emma

—Quieta Emma, ou a coisa vai ficar pior. – Mary

—Nos prometeu que se comportaria e fez o total oposto. – David

—Por isso vai ir de casa para a faculdade e de lá de volta para casa. Todos os dias. Sem encontros com Killian, sem encontro com os amigos... Nada! – Mary

—Mãe!

—Acho que já festejou por tempo demais. – Mary

—Eu reconheço que errei, mas gente? É sério? Precisa de tudo isso?

—Sim, por uma semana. – Mary

—Eu posso pelo menos recebe-los aqui?

—Assim não seria castigo. – David

—A Ruby finalmente vai descobrir o sexo do bebê eu já não vou poder ir, e é a minha sobrinha.

—Vocês não são irmãs.  – Mary

—Não é o sangue que determina quem escolhemos para ser a nossa família. Por favor? – Emma

Os dois se olham.

—Okay, ela pode. Mas só pra isso e mais nada. – Mary

—Tá certo, e o Killian...

—Não abusa.

—Mas ele também é família e...

Os dois a encaram.

—Tá okay, tá okay.

Casa dos Mills Hat.

Aurora, Zelena e Jefferson adentram a casa. A ruivinha se encaminha para a cozinha faminta.

—É, a fome é coisa de família. – ele diz antes de receber um beliscão de Zelena.

Ele beija a ruiva, que simplesmente não consegue mais se separar do amado. O desejo espontâneo e repentino começava a queimar dentro de Zelena a fazendo esquecer de qualquer moralidade. Jefferson aparentemente também não estava ligando para isso.

—Se não for pedir muito eu adoraria que você tirasse a mão da bunda da minha mãe.

Os dois se separam ofegantes, parecendo retornar a realidade.

—Eu não acho que tenho que lembrar vocês de que não moram nessa casa sozinhos. – disse Aurora cortando alguns legumes.

—Eu peço desculpas, mas foi ela que me atacou.

—Não me culpe. Se essa gravidez for semelhante à sua mocinha, eu vou estar incontrolável, e você – ela disse encarando marido com desejo – Vai ter que dá conta.

Jeff engoliu em seco.

—Eu quero paredes a prova de som. – Aurora

—Certo... Certo. Eu vou providenciar. – Jeff disse um pouco rouco fazendo a filha o encarar espantada e Zelena rir da cara de Aurora.

—Bem, mas eu soube que tinha um assunto pra gente conversar. – Zelena

—Ah sim, Aurora... – Jeff

—Eu gostaria de comer primeiro. – Aurora

—Não enrola que eu te conheço. – Zelena

A ruiva a encarou.

—O que está acontecendo? – Zelena

—Não é nada demais mãe é só que... Eu não quero mais fazer a faculdade.

Passados um minuto em silêncio Aurora toma afrente.

—Okay, eu acho que o choque foi grande, eu vou voltar pros legumes aqui.

—Não, calma. Por que não quer mais fazer isso? – Jeff

—Tem que ter um motivo?

—Lógico, não se abandona algo por nada. – Zelena

—Eu só acho que não é pra mim. Não são todas as faculdade é só o curso de Engenharia. Eu errei na escolha. Sinto que fui mal nas últimas provas, a sua inclusive foi um fracasso – ela disse olhando para o pai – e você sabe que eu sempre me saio bem na sua matéria. Eu não consigo focar. E não, não tem nada a ver com o Kris ou qualquer outra coisa, eu só acho que não estou fazendo a coisa certa.

—Filha, se você não se sente bem não somos nós que vamos te obrigar a fazer isso. – Jeff

—Quem tá vivendo a faculdade é você e não nós, então não cabe a gente julgar. – Zelena

—Obrigada.

—Mas o que vai fazer? Já tem alguma ideia? – Zelena

—Bem, eu quero terminar o primeiro ano, só pra ter certeza. E a partir daí vou decidir se continuo ou vou fazer outra coisa. Eu só tenho que pensar melhor.

—Bem, quando decidir estaremos aqui. – Jeff – É só chamar. Okay?

—Okay. – ela disse feliz.

—Ei, mas lembre-se bem. Não é por que tem a possibilidade de sair da faculdade no fim do ano que vai deixar suas matérias e notas a desejar, está me ouvindo? Pode abandonar o curso, não tem problema, mas enquanto estiver estudando vai levar a sério. – Zelena

—Sim senhora.

—Ótimo. Agora me dá essa maçã aí. – Zelena

—Se comer agora não vai almoçar depois. – Jeff

—Eu estou comendo por dois, querido. Como até você se vacilar. – Zelena

—Eu não iria reclamar. – Jeff

—Me poupem! – Aurora

No Hospital.

Em uma sala reservada Ruby estava deitada sobre a maca com Robin ao seu lado. Os dois não poderiam estar mais ansiosos, o loiro chegava suar.

—Certo, vamos lá papai e mamãe? Todos prontos?

Os dois balançam a cabeça concordando.

—Okay, eu vou passar esse gel aqui, você vai sentir um friozinho, mas não demora passa.

—Sem problemas, eu só quero conhecer o meu garotinho. – disse a ruiva já emocionada.

Robin se abaixou, ficando face a face com o rosto da namorada. A morena o olhou com os olhos úmidos e toda aquela cena contagiou Robin de certo modo que os olhos do loiro se encheram de água, e quando um som constante, rítmico, invadiu o ambiente Ruby apertou seus olhos com força deixando uma única lágrima escapar.  Robin beijou a testa da namorada encostando suas testas antes de ambos olharem a filmagem no monitor.

—O bebê de vocês é bem forte, o batimento do coração é bem preciso e firme. Aparentemente esbanja saúde.

Os dois se olham contentes.

—E aí estão prontos para saber o sexo?

—Por favor, eu tenho uma aposta pra ganhar. – Ruby

—Quais foram os chutes?

—Ela ficou com menino e eu menina. – Robin

—Bem...

Casa de número 22.

Pov Emma.

O dia estava cheio, afinal quantas coisas mais se podia fazer dentro de casa não é mesmo. Pois é, absolutamente nada. Meus estudos estavam incrivelmente em dia e eu não era desorganizada então no pouco tempo que fiquei a sujeira foi mínima.

Eu não tinha o que fazer! Não podia nem contar as novidades para Killian, já que ele estava no trabalho. E pensando bem, já estava na hora de eu começar a fazer algo também. Seria um bom ocupa tempo, e sinceramente, eu estava precisando.

Decido subir até meu quarto e organizar meu guarda roupa. Quer dizer, a gaveta que estava desorganizada.  Não tinham se passado dez minutos e lá estava eu, entediada de novo. Felizmente alguém bateu à porta e pelo som insistente não tinha ninguém pra atender.

Sai do quarto e desci as escadas, me encaminhei até a entrada da casa e quando abri a porta a cara de desgosto foi inevitável.

—Graham?

—Oi Emma.

—O que faz aqui?

—Eu queria conversar com você.

—Não temos nada para conversar.

—É a que você se engana.

Podia ser só loucura minha, mas a forma como ele me olhou, me fez recordar o dia da festa em que eu tive a impressão de vê-lo do lado de fora. Independentemente do sono que eu estava sentido naquele dia, a sensação era a mesma. De medo e apreensão.

—Pensando bem, nós temos sim o que conversar. O que foi aquilo na sala?

—Como? – a típica cara de desentendido.

—Killian! O que aconteceu entre vocês?

—Sempre preocupada com ele não é Emma?

—Me responde!

—Bem, eu só o cumprimentei e ele surtou. Acho que não gosta muito de mim.

—Eu sei que não foi isso, e é obvio que não gosta Graham. Ele tem excelentes motivos, todos nós temos.

—Onde fica o perdão nessa história?

—Bem longe de você.

—Tudo bem, eu entendo e é por isso que estou aqui. Não quero seu perdão Emma só quero que me desculpe. Por tudo que aconteceu. Eu não fui um bom namorado, nem um bom amigo. Eu prejudiquei você, te agredi, fui um completo idiota.

—Que bom que você assume.

Meu celular começa a tocar. Era Killian. Encaro a tela e encaro Graham. Desligo o celular. Não era uma boa hora.

—Não vai atender? – ele me perguntou com um sorriso presunçoso.

—De que te importa?

—Bem, preferiu falar comigo do que com ele...

—Não se precipite.

—Foi o que deu a entender.

—Foi o que você quis acreditar. Enfim, era só isso?

—É, era sim. Eu só queria que entendesse que estou arrependido. E que quero me redimir, assim como Kristoff. Quero ser aceito, quero poder me aproximar de você sem ser julgado.

—Você e o Kristoff são bem diferentes, e estão bem distantes em comparação. E quanto a se aproximar... Não vamos passar de colegas de classe Graham.

—Se você acha.

—Eu tenho total certeza. Por favor, eu tenho coisas pra fazer em casa. – disse pedindo que fosse embora.

—Okay, eu já vou. – ele se vira, mas se volta para mim pouco depois

—Só mais uma coisa.

—Seja breve, por...

Eu mal pude terminar o que ia dizer quando senti Graham me agarrar. Surpresa era como eu estava. O choque foi tanto que demorei a empurra-lo, mas quando o nojo sobressaiu a toda situação eu nunca senti tanta vontade de escovar os meus dentes. Não sei de onde veio a força, mas o empurrei com tudo ao ponto de ele tropeçar em si mesmo e cair.

­_Você ficou maluco?! – falei furiosa.

—Me desculpa Emma. Eu só... Eu não sei o que passou na minha cabeça. Me perdoa.

—Por favor, vai embora.

—Desculpe Emma, me desculpa.

Fechei a porta em sequência, entrando em casa. A sensação estranha ainda permanecia na boca. Killian não podia saber disso.

—Filha, quem estava aí?

—Ninguém mãe.

—Tem certeza? Ouvi sua voz, parecia que estava conversando.

—Era comigo mesmo.

—Okay. Não julgo.

Mamãe voltou sua atenção para o que estava fazendo enquanto eu ia atrás de um bom sabão.


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Notas finais do capítulo

É isso! Mills Beijos, mwah!

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