Enamorados escrita por Millsforever


Capítulo 29
Pequena Sereia.


Notas iniciais do capítulo

Olha quem voltou!!! Eu! Por onde eu começo... Perdão, Sorry, me desculpem a demora galera eu vacilei (de novo), mas pra compensar eu fiz um cap grande pra felicidade de vcs!
Como já é de costume vamos aos agradecimentos:
Helô e Ninysantos! Girls eu amo os comentários de vocês já falei isso, mas tenho que repetir pq é necessário. Obrigado migas Mills beijos pra vcs!!!!
Pessoal na nota final tem um link de uma foto de certo personagem da fic, se tiverem interesse vão lá ver quando terminarem de ler o cap. #Temgentenovanopedaço.

Bjos a todos, desculpem os erros e boa leitura.



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—O que? O Jefferson é meu pai? –disse a ruivinha enquanto descia a escada.

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—Filha eu não sabia que estava ai.

—Era a única maneira de eu saber por que a senhora estava chorando. Mãe responde minha pergunta.

—Regina...

—Eu estou indo. Aurora... Sua mãe já passou por muita coisa hoje. - disse Regina enquanto beijava a cabeça da sobrinha.

A morena sobe as escadas e entra em seu quarto dando de cara com Eduardo, Henry e Killian.

—O que tá acontecendo? Porque a Zelena tá desse jeito? - Killian.

—Nem queria saber filho.

Na sala.

—Então?

—Aurora me desculpa eu não queria ter escondido isso de você.

—É verdade? O Jeff é meu pai! - disse a menina enquanto se sentava na escada. -  -  Porque mentiu pra mim?

—Eu estava com medo filha. Medo de te perder.

—Poderia ter contado tudo isso pra mim desde o início eu poderia entender. Preferiu mentir pra mim, me enganar dizendo que eu era fruto de uma inseminação! Você era minha melhor amiga.

—Eu ainda sou filha.

A ruivinha balançava a cabeça negativamente.

—Mãe você tem idéia de tudo que eu perdi? Eu poderia ter convivido com o meu pai, poderia ter me divertido com ele eu poderia me conhecer por inteira. Me fez perder tudo isso. - ela falou chorando.

—Filha desculpa, mas eu não consegui pensar direito quando eu vi seu pai com outra, eu só pensei em sumir, eu queria destruir o Jefferson naquele momento.

—E por causa dos seus problemas eu fui punida, eu paguei por algo que eu não tinha nada a ver. Não pensou em mim, pensou apenas no seu orgulho ferido. Não parou pra pensar em como eu e o Jeff íamos nos sentir.

—Aurora você nunca reclamou de nada, nunca se manifestou...

—Por que a senhora me fez acreditar que eu era fruto de uma inseminação. Não percebe? Se eu soubesse a verdade tudo seria diferente.

—Eu te perderia pro seu pai.

—Como pode falar isso? Você é minha mãe nunca te abandonaria, por que eu confiaria em você.

—Filha... - ela falou indo abraçar Aurora.

—Coisa que, infelizmente, eu não consigo fazer agora. -  a ruivinha se afastou.

—Como assim acabou de me dizer que...

—Você mentiu pra mim. Olhos nos meus olhos mentiu. Me provou de né conhecer. Não dá pra ignorar isso.

—Filha me perdoa.

—Eu quero ficar sozinha - disse Aurora enquanto corria pro seu quarto.

Zelena se sentou no pé da escada e chorou. Para ela aquele dia era um grande pesadelo. 

Primeiro Jefferson e agora sua filha, seu mundo estava de cabeça para baixo. Escutando o choro alto da irmã Regina desceu até o pé da escada se sentou do lado da irmã.

—Zel não fica assim.

—Como quer que eu fique Gina? Eu perdi a pessoa mais importante da minha vida. Imagina como eu estou.

—Calma mana eu conheço a minha sobrinha, vocês vão se acertar.

—Eu espero.

No dia seguinte.

Segunda - feira 6h05min.

Pov Aurora.

Sinceramente eu não sabia o que eu tinha feito de tão ruim pra minha vida ta acabando desse jeito.

Primeiro eu descubro que o Kristoff era cúmplice de um assassino, agora eu descubro que a minha mãe, a única pessoa que eu tinha total confiança, me enganou a vida inteira. A única parte boa disso até agora é saber que eu tenho um pai que, ultimamente, tem sido como uma luz no meio da escuridão.

Depois de uma noite mal dormida tudo que eu desejava era que o meu dia fosse melhor do que os anteriores.

Assim que acordei fui até o banheiro e escovei meus dentes aproveitei e penteei meu cabelo de uma vez. Quando voltei ao meu quarto fui logo na direção do meu guarda-roupas. Não era por que a minha vida estava meio que desandando que eu iria andar igual a um trapo. Peguei uma calça jeans clara, uma blusa de manga, na cor branca, um pouco soltinha, calcei meu salto plataforma preto, coloquei um cordão com o pingente de um bichinho, apanhei minha mochila e desci pra tomar café.

Quando cheguei à cozinha cumprimentei a todos e fui logo sentado à mesa. Infelizmente o único lugar disponível era de frente pra minha mãe, não que fosse ruim, mas toda vez que eu a olhava lembrava de que tinha mentido pra mim.

O café seguiu em um silêncio um tanto quanto estranho pra todos na casa.

Visão do Autor.

Assim que o ônibus da faculdade chegou os alunos saíram e as notícias começaram a se espalhar. Assim que Robin chegou na faculdade foi atrás de Killian e dos outros pra entregar uma notícia um tanto quanto agradável.

—Bom dia pra todos! - disse Robin contente.

—Bom dia! - eles responderam em coro (Ruby, Emma, Killian e Aurora).

—Meu amor por que está tão feliz? -perguntou Ruby dando um beijo em Robin.

—Por que eu simplesmente recebi uma ótima notícia ontem meu amor.

—O que aconteceu? - Killian.

—Estão prontos? O Graham e o Kristoff estão presos.

—O quê? - Aurora

—Isso é sério? - Emma.

—É sim, parece que o Kristoff se entregou por que queria recuperar a namorada de volta, então quis fazer o certo. - disse Robin olhando pra Aurora.

—Ele se entregou? - Aurora.

—Sim. Seja lá o que você fez, eu te agradeço imensamente.

—Pelo menos fez algo certo - falou a ruivinha um pouco perdida. - Bem, eu vou pra sala de aula tenho que fazer algumas coisas antes de tocar o sinal.

—O que ela tem? - Emma.

—A minha prima esta passando por muita coisa esses dias. Ontem ela e a minha tia discutiram, por que a Aurora descobriu que o pai dela é o Jefferson.

—Perai, o Jeff? Jeff o professor? H Emma.

—É ele mesmo. Ele e a minha tia foram namorados quando eram mais jovens, e parece que ela engravidou dele, eles terminaram e ele nunca soube da existência dela, até agora pelo menos.

—Coitada da Aurora, primeiro o doido do namorado, agora isso. - Ruby.

—A história da sua família daria uma novela fácil, fácil. - Robin.

—Nem me fale.

Na sala de aula.

Aurora estava olhando um de seus cadernos quando Jefferson apareceu.

—Licença. - ele disse entrado na sala.

—Ahm... Oi Jefferson.

—Oi estava, te procurando. Precisamos conversar.

—É, to sabendo.

—Pela sua cara suponho que já saiba do que se trata.

—Sim, eu sei.

—Sua mãe te contou?

—Eu meio que ouvi alguma coisa.

—Entendo... 

Os dois se olham em um silêncio constrangedor.

—Sabe, pela primeira vez eu não sei como conversar com você.

—Eu sei como é, estou da mesma forma. É um pouco estranho né? - ela falou rindo o fazendo rir.

—Com certeza, não é todo dia que se descobre que você tem uma filha.

—Ou que tem um pai. - ela falou franzindo as sobrancelhas.

—Pergunta.

—Que? 

—A parada das sobrancelhas. Você franziu elas, tá querendo me perguntar algo.

—Com tantas característica pra você me passar, me dá uma mania que me entrega!

—Acontece né! - ele diz rindo - Mas e então?

—Jeff, você, de verdade, nunca soube que eu existia?

Ele negou com a cabeça.

—Nem passava pela minha cabeça que a Zelena estava grávida.

—E se você soubesse? Soubesse que a minha mãe estava grávida de mim e queria ir embora?

—Primeiro, se eu soubesse não a deixaria ir embora, tentaria impedir de qualquer maneira, mas se ela fosse eu iria atrás. Não se abandona um filho.

A ruiva sorriu.

—Aurora...

—Sim.

—Eu posso...

Ela nem esperou ele terminar e se pos a andar em direção ao moreno, o abraçando em seguida.

—Nunca esperei tanto por algo na minha vida. - Jefferson - Me desculpa por não ter insistido com a Zelena naquela noite. Se eu tivesse persistido mais ou até amarrado ela no pé na cama - risos - eu poderia ter te conhecido desde o seu nascimento, as coisas poderiam ser diferentes e não teríamos perdido tanto tempo.

Eles se separam

—Ta tudo bem, a culpa não foi sua. O que importa é que agora podemos recompensar o tempo que perdemos.

—Você está certa. Poderíamos começar te ajudando.

—Como assim?

—Sei que ainda está sofrendo pelo Kristoff.

—Eu prefiro não comentar.

—Amor não se cura facilmente.

—E você me ignora completamente. - ela falou se sentando.

—Fiquei sabendo que ele foi preso.

— Eu também.

—E parece que ele fez isso por certa pessoa.

A ruivinha corou.

—Não preciso nem perguntar pra saber que gosta dele. 

—Pois é.

—Olha, eu estou meio que odiando o fato dele deixar minha filha sofrendo, mas eu sei que esse sofrimento só vai passar quando vocês se acertarem.

—Como assim se acertarem? Está pensando que...

—Talvez. Eu não posso saber se vão voltar ou não, mas também digo em conversarem e se entenderem. Se você quiser eu posso te levar até a delegacia. Não é um lugar muito adequado pra uma moça, mas... Então, topa?

—Eu adoraria, mas e aminha mãe?

—Ela é sua responsável, mas olha que alegria eu também! - a ruiva riu -  Tecnicamente não precisa de permissão se vai com o seu pai.

—Porém...

—Porém eu conheço muito bem a dona Zelena, ela vai ficar doida sem saber a onde está, não vai custar nada comunicar.

—Está certo então.

O sinal toca.

—Eu tenho que ir. Eu passo aqui depois da aula.

—Ok.

—Tchau Au... Quer dizer filha. - ele disse dando um beijo na testa de Aurora.

—Tchau... Pai.

Ele sai da sala e os outros alunos entram.

Na enfermaria.

—Vamos Zelena se concentra! Você tem essa estante inteira pra organizar. -disse a ruiva si mesma. - Lixo, lixo, isso presta, lixo de novo. Que caixa é essa?

Zelena se estica pra pegar a caixa na última prateleira e acidentalmente ela cai no chão.

—Porcaria! Tinha que ser logo vidro? Tanta coisa pra botar dentro de uma caixa e eles me enche ela de frascos e ainda vazios! Agora a merda já ta feita né. Deixa eu ver se eu arrumo uma vassoura por ai.

A ruiva sai da enfermaria e poucos minutos depois encontra uma vassoura. Quando estava voltando pra sua sala Zelena sente um mal estar e se apóia na parede. Jefferson que vinha pelo corredor vê a cena e preocupado se aproxima.

—Zelena? Você está bem?

—Poderia estar melhor. Oi Jefferson.

—Oi. Pra que essa vassoura? Com certeza não é pra sair voando.

—Eu derrubei uma caixa na enfermaria e estava cheia de vidro. O resto você pode deduzir.

—Já deduzi, agora já vou indo.

—Jefferson...

—Eu tenho que ir Zelena.

—Precisamos conversar.

—Já conversamos.

—Olha, essa fala é minha.

—Os papeis foram invertidos quando você...

A ruiva se apóia na parede novamente.

—Zelena?

—Quando eu escondi a gravidez de você. Eu já te pedi desculpas Jefferson.

—Um simples pedido de desculpas não vai apagar os anos que perdi com ela.

—O que quer que eu faça? Um outdoor! - ela falou encostando a cabeça na parede.

—Zelena você está bem? Ta ficando pálida.

—Eu to ótima.

—Não tá não. Vem comigo.

—Pensei que estivesse com raiva de mim.

—Não estou com raiva, estou decepcionado só isso.  Vem comigo.

—Não, eu to bem aqui

—Não vou insistir. - ele falou seguindo em frente.

—Espera, eu vou contigo.

Jefferson se aproxima de Zelena e a segura pela cintura enquanto a leva até a sua sala (enfermaria). Chegando lá ele coloca a ruiva sentada em uma cadeira, pega um copo d’ água e a serve.

—Bebe, vai melhorar. O que você tem?

—Não sei, deve ser só mal estar... Matinal. - disse a ruiva um pouco melhor.

—Você nunca teve isso quando estávamos juntos. - ele falou pegando a vassoura e juntando os cacos.

—Eu sei, mas tem uma primeira vez pra tudo. Pode deixar isso ai que eu arrumo. - ela falou se levantando.

—Relaxa, ou você acha que eu também não sei juntar vidros?

—Não começa, você sabe que eu odeio quando faz isso. - ela falou o encarando

—E eu odeio quando mentem pra mim. - falou o moreno a encarando.

De repente Ruby aparece na enfermaria.

—Zelena preci... Ahm... Atrapalho? -disse Ruby com uma das sobrancelhas arqueadas.

—Não... De jeito nenhum! - falou Zelena desviando o olhar de Jefferson. - O que deseja? 

—Estão precisando de você na aula de carpintaria. Um aluno se machucou.

—Eu já estou indo, obrigada.

—Denada. - ela falou saindo da sala.

—Eu preciso ir.

—Antes, deixa eu te avisar logo.

—O que?

—Eu conversei com a Aurora.

—Como foi?

—Ocorreu tudo bem, ela ficou feliz de saber que tem um pai sabe.

—Você vai continuar com es...

—Até já temos um programa pra fazer.

—O que? - ela perguntou sorrindo.

—Vou levar ela pra ver o Kristoff.

O sorriso da ruiva se desfaz.

—E isso lá é programa pra uma moça?

—Ei! Eu vou estar com ela ta bom? Eu queria que soubesse e que nós vamos...

—Não, você não vai levar a minha filha pra ver um delinquente!

—Não é sua filha, é nossa! E eu tenho tanto direito sobre ela quanto você.

—Eu cuidei dela por todos esses anos.

—Eu não vou nem te responder, por que você já sabe a minha resposta. Zelena, a Aurora está sofrendo, primeiro ele, agora nós... Somos os pais dela e sabemos que não existe uma forma de destruir o sofrimento, mas da pra amenizar. Eu odeio aquele garoto tanto quanto você, mas amo ainda mais a minha filha e vou fazer de tudo pra ver ela feliz, com ou sem a sua ajuda. - falou o moreno indo em direção a porta.

—Jefferson... - ele para - Eu concordo com você. É a nossa filha e se não tiver outra maneira de ajudar...

—Não tem.

—Vamos fazer do jeito que der.

—Assim que acabar a aula eu vou levar ela até lá.

—Ok.

—Tchau Zelena.

—Tchau Jeff.

As aulas na faculdade de Storybrooke passaram rapidamente. Os alunos estavam na última aula quando o sinal ecoou avisando que todos estavam dispensados.

Aurora estava quase saindo da sala quando Killian a chamou.

—Aurora!

—Oi.

—Você não vem com agente? Pro ônibus?

—Hoje não, o Jefferson vai me levar pra ver o Kristoff.

—O que? Ele tá louco?

—Não, apesar de que às vezes ele deixa a desejar.

—Aurora não to brincando.

—Killian eu sei, mas eu não vou ver o Kristoff sozinha, ele vai estar lá.

—Mas...

—Vai ficar tudo bem.

—Ainda não concordo com a ideia.

—Ainda bem que você não é meu país então, só meu primo que se recusa a assumir o amor pela família.

—Não é isso...

—Relaxa, não vamos entrar nesse assunto... Agora. Eu só gosto de te lembrar o quão babaca que você é por não aceitar a família que tem.

O moreno sentiu os olhos arderem e Aurora conseguiu ver o quão úmidos estavam.

—Eu vou indo. Boa sorte lá na delegacia.

Ele falou e saiu andando.

—Killian...

O garoto já estava longe 

—Mas que merda.

Quando a ruiva ia virar as costas e seguir pela outra direção ouviu alguém a gritar por seu nome

—Aurora, espera!

A ruiva olha pra trás e vê seu pai correndo todo desajeitado trazendo um monte de papeis nas mãos.

—O que é isso?

—Eu saí as pressas da sala de aula pensando que você já tinha ido. Não deu pra arrumar bem os materiais. - ele falou enfiando as folhas dentro de sua bolsa. _Está pronta?

—Estou.

—Agora só falta avisar a outra ruiva que nós estamos indo.

—Ela deve estar na sala dos professores agora.

—Vamos lá então.

Na sala dos professores.

Escutam-se risadas no corredor.

—Oi Zelena.

—Oi Jefferson. Oi filha.

—Oi.

Jefferson percebe a frieza de Aurora com a mãe.

—É... Só viemos pra avisar que estamos indo ver...

—É eu sei. Cuida dela tá.

—Pode deixar. Tchau Zelena.

—Tchau Jefferson, tchau filha.

A ruivinha sai da sala sem se despedir.

—Será que tem como piorar? -pergunta Zelena a si mesma.

—Mana eu sinto muito.

—Ta tudo bem ou vai ficar. Quando a gente imagina que uma mentira vai destruir a nossa vida?

—Bem, não foi uma mentirinha qualquer né Zel?

—É, e essa maldita mentira custou tudo que mais importa na minha vida.

—As coisas vão se ajeitar Zelena vai ficar tudo bem e daqui a pouco vocês duas vão estar juntas de novo.

—Eu queria ter um pouco do seu otimismo.

—Você confia na filha que tem? –pergunto Regina enquanto segurava a mão da irmã

—Confio, oras.

—Você a ama?

—Mais que raio de per..

—Me responde.

—É claro que amo! É minha filha, amo ela mais que a minha própria vida.

—E eu tenho certeza que ela te ama da mesma forma. Eu tenho certeza que essa birra vai acabar logo. Eu conheço a minha sobrinha e sei que ela ama a mãe que tem.

—Obrigado Gina.

As duas se abraçam.

—Vai ficar tudo bem.

No Granny’s.

—Killian eu preciso sair. Você pode olhar o Granny’s pra mim?

—É claro vovó.

—Obrigado Killian.

—Por nada.

Assim que a sineta da loja tocou Ruby saiu de onde estava escondida.

—Ela já foi?

—Ruby o que você está fazendo aqui em baixo?

—Trabalhando, olhando o movimento... São muitas as opções.

—Sua vó falou pra você ficar lá em cima.

—Eu sei, mas ela não está aqui então tá tranquilo, tá favorável. - falou a ruiva fazendo o passinho.

—Você deveria estar descansando. Você esta grávida Ruby.

—Estou grávida, não inválida.

—Ruby...

—Killian, tem gente te chamando.

—To indo mandona.

Em uma das mesas.

—O que vai querer?

—Eu quero um... Killian?

—Sou eu, o que... Ariel?

—Killian!

A moça se levanta e o abraça. Ruby observa tudo.

—Ariel! Quanto tempo! Por onde andou?

—Por outras cidades. Eu fiquei sabendo o que aconteceu com seu pai, eu sinto muito.

—Obrigado, mas tá tudo bem. Senti sua falta nesses anos.

—Até parece.

—To falando sério, você sabe que é importante pra mim.

—Você também.

—Mas fala ai, cadê aquele cabelo vermelho?

—Aquele que você vivia chamando de bola de fogo?

—Esse mesmo.

—Ele se foi e deu lugar a fios mais claros.

—Combinou com você.

—Sério?

—Sério, sério.

—Você foi o primeiro que gostou do meu cabelo loiro. Meu pai e meu tio acham que eu “matei” meu cabelo quando mudei a cor dele.

—Exagerados, você está linda.

—Obrigada. - ela falou corada.

—Ah não acredito que voltou! - ele falou a abraçando novamente.

Ruby pigarreia.

—Pode deixar que eu a atendo Killian.

—Mas...

—Aquela mesa está te esperando.

—Ariel, a gente se vê?

—É claro.

Killian sai em direção à outra mesa.

—Então o que vai querer? - perguntou Ruby, séria.

Na delegacia.

—Aurora Mills! - chama um oficial.

—Sou eu.

—Venha comigo vou te levar até a sala de visitas.

Aurora e Jefferson se levantam.

—É só a moça.

—Mas eu sou o pai dela.

—Só ela vai.

—Mas...

—Olha meu amigo ou ela vai ou não vai ninguém. Então?

—Pai eu vou ficar bem.

—Do que me chamou?

—De pai. Já tinha falado antes.

—Antes foi meio que uma obrigação agora foi... Espontâneo. - ele sorri - Eu vou ficar aqui te esperando.

—Ta certo. Até mais.

—Até.

O oficial encaminha Aurora até a sala de visitas.

—Espere aqui.

O oficial sai e minutos depois o carcereiro traz Kristoff.

—Vocês tem 5 minutos.

O carcereiro tira as algemas de Kristoff ele finalmente se vira e vê o rosto da ruiva.

—Aurora!

Ele corre pra abraçá-la, mas a ruiva hesita.

—Oi Kristoff.

—De todas as pessoas, você era a última que eu imaginava que viria me visitar, porém seria a visita que me deixaria mais feliz.

—Fico feliz em saber. Como você está?

—Já estive melhor, a cadeia não é lá um hotel 5 estrelas, esta bem longe de ser isso. E você? Como vai?

—Estou bem pra não dizer mal.

—Já arrumou... Alguém? - ele não queria perguntar, mas precisava saber.

—É claro que não. Por pior que seja ainda gosto de...

—De mim. Era isso que ia dizer? -perguntou o loiro feliz.

—Sim. Por que você se entregou? Todo mundo está falando que foi por mim e...

—Eles estão certos. Fiz por você, por que eu te amo. Mesmo que nós nunca voltemos a ficar juntos eu sei que fiz a coisa certa, eu sei que te escutei.

A ruiva sorri.

—Você veio até aqui sozinha?

—Não meu pai veio comigo.

—Como assim? Seu pai?

—É uma longa história, mas o importante é que eu tenho um pai e ele é o Jefferson.

—Jefferson? Aquele bob...

A ruivinha o encara, séria.

—Aquele bom professor?

—É, esse mesmo.

—Tudo isso acontecendo e eu aqui dentro.

—Se arrepende de ter se entregado?

—Às vezes até bate um arrependimento, mas... Não, estou fazendo o que é certo. Mesmo que os meus pais estão sofrendo com tudo isso sei que devo pagar pelo que eu fiz.

—E como esta o seu “amigo”? - ela falou com zombaria.

—Esta como sempre foi. Revoltado com tudo. Ainda não acredito que o diretor Gold o deixou aqui.

—Sinceramente? Foi merecido.

—Eu concordo, pra nós dois.

—Kristoff eu sei que não é da minha conta, mas esta bem claro que ainda me preocupo contigo.

—Você não faz idéia de como eu fico feliz com isso.

—Você sabe quando vai sair daqui? Que pena vai cumprir? Essas coisas.

—Olha, minha família contratou um advogado e ele conversou comigo. Como não aconteceu nada de grave com o Robin e a Ruby eu não serei condenado a muitos anos de prisão, porém é claro eu vou ter que pagar pelo que eu fiz de alguma forma. O advogado está tentando convencer os policias e todo esse pessoal da lei a me deixar cumprir a minha pena prestando serviços a cidade, essas coisas. E também tem a questão da faculdade.

—Bem, é melhor do que ficar preso né?

—Com certeza. Sem contar que eu poderia te visitar. Quem sabe até recomeçar o que tínhamos.

—Kristoff... O que você fez não vai se apagar tão fácil.

—Eu sei Aurora. E sei que não importa quantas vezes eu te peça perdão isso nunca vai ser perdoado totalmente. Eu poderia ter matado o seu primo, os seus amigos. Mas sei que você não veio aqui pra saber se fiz isso por você, veio aqui por que se preocupa por que gosta de mim.

—Não vou mentir, eu gosto de você Kristoff, mas as coisas não são assim.

—Olha...

—O tempo de vocês acabou. Senhorita. - disse o oficial.

—Eu estou indo.

—Aurora espera. Já te falei isso uma vez e vou tornar a repetir pra que guarde com você e jamais se esqueça.

Ele se aproximou e sussurrou em seu ouvido.

—Eu te amo.

A ruiva estremeceu.

—Tchau Kristoff.

—Tchau Aurora.

 O oficial leva Aurora até seu pai e os dois vão embora.

Dentro do carro de Jefferson.

—E ai? Como foi?

—Foi tudo bem.

—Está melhor?

—Em relação ao que estava antes? Pode-se dizer que sim.

—Que bom que te ajudei.

—Obrigado.

—Só fiz a minha obrigação. Filha, eu quero tratar de outro assunto com você.

—Se for essas conversas de relações sexu...

—Não, isso nem passou pela minha cabeça! - falou Jefferson com rapidez.

Aurora acabou rindo do constrangimento do pai.

—O que você quer falar?

—Sobre você e sua mãe.

A ruiva muda sua expressão.

—Não quero falar disso.

—Mas nós vamos. Por que não está conversando com ela?

—Sério que me fez essa pergunta? Não é obvio? Ela me escondeu de você por anos.

—Tá, e só por isso não quer falar com ela?

—Só por isso? Pelo amor de Deus!

—Aurora, ela errou tudo bem. Todos nós erramos. Mas ela é a sua mãe. Eu sei que esse foi um erro absurdamente enorme, mas mesmo assim não pode simplesmente ignora - lá ela é sua família, tudo que você tem.

—Eu também tenho você, minha tia, meu primo...

—Tem a todos nós, mas ela é sua mãe. A mulher que te carregou durante nove meses, que sofreu as dores do parto e das contrações, a mulher que passou noites em claro por que você, sua pestinha, não a deixava dormir.

—Como pode saber de tudo isso se não estava com ela?

—Você é quase uma adulta e ainda dá trabalho, imagina quando era mais nova. O fato é que deve muito a ela, tudo que tem foi ela que te deu. Imagina se toda vez que você aprontar ou esconder algo da sua mãe ela parar de falar com você? Isso iria te machucar. Imagina o que ela esta sentindo.

—Mas...

—Filha eu sei que o que ela fez te magoou e me magoou também, mas se põe no lugar dela.

—Eu sei que isso não é certo, mas você também fez isso. Na noite em que eu descobri que você era meu pai minha mãe chegou em casa aos prantos. Chorando mais do que uma criança quando alguém pega seu doce.

—É, eu também a magoei...

—Portanto não pode falar de mim.

—Aurora, presta atenção. Nós não temos o direito de magoar ninguém ok? Eu magoei a Zelena, porém somos como um caso, um namoro. Você é filha é parte dela. O que você acha que vai doer mais? Eu a magoar ou você a magoar?

—Com certeza eu. - ela falou triste.

—Conversa com a sua mãe. Ela errou como qualquer um, mas ao contrario de muitos fez isso achando que seria o melhor pra você.

—Eu sei que o que eu fiz foi errado e eu vou conversar com ela e sei que vamos acabar nos acertando.

—Que bom.

—Mas eu quero que você faça o mesmo.

—O que?

—Você ficou falando comigo até agora sobre desculpar minha mãe, por que você não faz o mesmo?

—Filha...

—Eu só acho que você deveria dar o exemplo. -  ela falou sorrindo.

—Ta certo. Você é igualzinha a ela.

—Filho de peixe, peixinho é.

—Vou conversar com ela e nos acertar.

—Não vai ser muito difícil né? 

—Como assim?

—Ah por favor. Você e a mamãe são como impossíveis. É como colocar fogo na pólvora. Não vai demorar muito pra vocês estarem naquela enfermaria de novo.

—Como é que é? - ele perguntou assustado.

—Sabe, as vezes eu gosto de ir até a sala da minha mãe pra visitar ela. Já tive algumas surpresas.

—Eu preferiria não ter perguntado.

—E eu que as paredes fossem a prova de som 

No Granny’s.

O movimento na lanchonete estava a mil por hora, gente entrando e saindo a todo momento. Como Killian não estava conseguindo dar conta de tudo sozinho Ruby o ajudou a atender os pedidos.

—Caramba! Parece que a comida da casa de todo mundo acabou e todos vieram pra cá.

—Bom pra nós né! -  Ruby.

—Ruby cê ta bem?

—To ótima. Estão me chamando ali.

—Espera. Fica um pouco aqui você está muito afobada.

—Eu só tô um pouco cansada. - ela falou se escorando no balcão.

—Ruby você está bem de verdade? Se ta ficando pálida.

—Eu to super... Bem. Killian para de ficar girando.

—Mas eu to parado.

—Não tá não.

—To sim.

—Para com isso ago...

Antes de Ruby terminar de falar ela sentiu seu corpo todo enfraquecer desmaiando logo em seguida.

—Ruby? Ruby fala comigo.

Killian observa sangue escorrendo na perna da ruiva.

—Meu Deus a Ruby ta perdendo bebê. Alguém chama a ambulância!

No hospital.

Uma maca passa levando Ruby pra uma sala reservada. Robin, Granny e Emma chegam no exato momento.

Robin e Granny correm atrás da maca, mas os seguranças intervêm.

—Me deixa passar! - grita Robin.

—Você não pode. - fala um dos seguranças.

—Mas eu posso, sou a avó dela e acho bom você sair do meu caminho.

—Senhora, ninguém pode passar daqui sem permissão.

—É a minha namorada que esta lá dentro com o meu filho. Eles estão em perigo então eu acho bom você sair da minha frente se não...

—Se não o que trombadinha?

—Me chamou de que?

—T-R-O-M-B-A-D-I-N-H-A!

—Granny me dá licença?

—À vontade.

 Robin pula em cima do segurança que tenta se defender.

—Você vai me deixar passar! - ele falava enquanto dava um soco no segurança.

—Vai Robin acerta ele! - gritava Granny.

—Vovó não bota lenha na fogueira. - Emma.

—Robin larga ele! -  disseKillian enquanto tentava tirar o amigo de cima do guarda.

Depois de muita luta Killian consegue.

—Robin senta ai!

Robin fez menção de se levantar, mas Killian o segura.

—Killian me deixa dar umas pancadas nesse cara.

—Hood... Se controla! Bater nesse cara não vai fazer você ir ver a Ruby.

—Quer apostar?

—Essas são as regras do hospital. Você só está fazendo bagunça.

—É a minha namorada que esta lá dentro. Não percebe? Ela pode perder o meu filho e vai ser culpa minha. - disse o loiro chorando.

—Robin se acalma vai ficar tudo bem.

—A culpa não é sua Robin é minha. Eu não deveria ter saído do Granny’s.

—E eu não deveria ter deixado a Ruby me ajudando.

—Pessoal a culpa não é de ninguém isso acontece. - disse Emma - E agora não adianta procurar um culpado, já está feito. Tudo que se pode fazer é esperar e rezar pra que a nossa ruiva fique bem.

Os quatro ficam esperando apreensivos no hospital.

Na casa dos Mills.

Regina, Eduardo, Zelena e Henry estavam espalhados na sala enquanto assistiam a um filme no Telecine Action. Eduardo estava sentado em uma ponta do sofá, Zelena na outra, Regina e Henry estavam no chão enrolados numa coberta. De meia em meia hora eles se implicavam.

—Eduardo eu vou te agradecer imensamente se você para de empurrar a minha cabeça com seu pé fedido. - Regina.

—O meu pé nem fede.

—Qual é pai? Ta querendo enganar a quem?

—Bate ai Henry. - disse Regina levantando a mão pro enteado.

—Regina... - começou Zelena

—Zel eles estão bem.

—Mas é que eles estão demorando muito.

—Ta tudo bem, mana.

—Mas...

—Zelena fica quieta eu estou tentando ouvir. -  falou Eduardo atirandk uma almofada na ruiva.

—Olha você pega essa almofada e enfia no...

A campainha toca.

—Eu atendo.

Zelena se levanta e caminha até a porta.

—Vai mal criada.

A ruiva vira e faz língua pra Edu antes de abrir a porta.

—Oi Zelena, eu vim entregar esse pacote. - falou Jefferson se referindo a filha.

—Falo ô pombo correio. Oi mãe. -disse Aurora entrando em casa.

—Oi filha. Obrigado Jefferson.

— Por que está me agradecendo?

—Por ajudar a nossa filha.

—É a minha obrigação.

—Quer entrar?

—Eu até gostaria, mas tenho muita coisa pra organizar.

—Só um pouco, não vai te custar nada.

—Zelena...

Jefferson olha pra Aurora e se lembra da conversa que tiveram.

—Ok eu fico, mas não posso demorar.

—Que filme é esse? - perguntou Aurora enquanto se sentava no sofá.

—Batman VS Superman. - Henry

—Já assisti, no final... - Aurora 

—Não conta! -gritaram os presentes.

—Mas é só...

—Não! - falaram Jefferson e Zelena que se sentaram lado a lado.

No hospital.

Enquanto Granny e Emma andavam de um lado pro outro Robin ligava para seus pais pra contar as “novidades”.

—Emma se continuar assim vai fazer um buraco no chão. - Killian.

A loira continuou.

—Emma? Emms se ta me ouvindo?

—Ahm... O que?

Killian se levanta e abraça a namorada.

—Love, vai ficar tudo bem. Não precisa se preocupar.

Eles se separam.

—Não tem como eu não ficar preocupada. É a minha amiga que esta lá e o meu sobrinho.

—Sobrinho?

—Sim, sobrinho. Ruby é minha irmã, independentemente de sangue ou qualquer coisa do tipo. Amo ela Killian, é minha melhor amiga desde... Sei lá, sempre. Não posso perde-lá. Nem ela nem o bebê. Sou a tia Emma, e ninguém vai dizer o contrário.

O moreno olha para loira de forma carinhosa.

—Emms olha pra mim. Vai dar tudo certo. O Dr. Whale é o melhor médico de Storybrooke e aquela ruiva teimosa é muito forte. Os dois vão ficar bem e daqui a pouco a Ruby vai estar do nosso lado falando um bando de abobrinhas.

—Kil eu espero muito que isso realmente aconteça do fundo do meu coração. Só que sempre tem os pensamentos ruins...

—Esquece eles e foca em mim. Love vai ficar tudo bem.

Ela o abraça e o beija.

—Obrigado.

Eles escutam passos pelos corredores e em seguida Dr. Whale aparece.

—Whale por tudo que a de mais sagrado na minha vida, me diz que eles estão bem.

—Robin se acalma, a Ruby e o bebê estão muito bem.

Robin solta todo ar que prendia.

—Porém a Ruby tem uma gravidez de risco. O sangramento que ela teve foi devido ao esforço que ela fez e se ela tivesse chegado ao hospital um pouco mais tarde ela teria perdido o bebê.

Robin se preocupa.

—Mas fica calmo, ela só precisa repousar, evitar esforços físicos e evitar se mexer de mais.

—Nós podemos vê lá? – Robin.

—Podem sim.

Os quatro se direcionam pro quarto a onde Ruby estava.

—Obrigado enfermeira.

—De nada.

—Ruby!

—Robin!

Os dois se abraçam.

—Você está bem? E o nosso filho? Como ele está? O Whale falou que tava tudo bem, mas...

—Robin respira. Ta tudo bem. - ela falou sorrindo.

—Ruby? - falou Granny com a cara fechada.

—Oi vó?

—Oi vó né? Eu não posso sair um minuto que você apronta!

—É da minha natureza. - ela falou rindo.

—Sei. Vem cá!

As duas se abraçam.

 _Você está realmente bem né?

—Estou sim vó.

—Miga!

—Emma.

—Fiquei tão preocupada contigo! Como você faz um troço desses? Quase que eu venho para aqui por sua causa!

—Desculpa.

—Não faz isso de novo tá? Obedeça ao médico dessa vez.

—Farei o possível.

—E o impossível também. - disse Killian indo abraçar a amiga

—Killian eu tenho que te agradecer.

—Agradeça cuidando dessa criança.

—Vou cuidar. Obrigada.

—Que isso Ruby, fiz o que qualquer um teria feito.

—De qualquer maneira obrigado Killian, salvou a vida dos meus amores. Se você esperasse um pouco mais pra ligar nós teríamos... Em fim. - Robin.

—Gente acho que já podemos ir pra casa. - Granny.

—Eu só tenho que assinar uma folha na recepção e podemos ir. – Ruby

Os cinco saem do quarto, passam na recepção e vão para suas casas.

Já de noite.

No Granny’s, em um dos quartos.

—Robin não precisa ficar aqui. - falou Ruby se sentando na cama.

—Eu estou te incomodado?

—Não, você não é incomodo algum.

—Pois bem ruiva, eu vou ficar aqui e me certificar que você não apronte.

—Agora vai ser o meu babá?

—Se for preciso.

—Robin não precisa se preocupar...

—Ruby você ouviu o que me pediu? Não tem como eu não me preocupar! Sou seu namorado, pai do nosso filho. O que esta me pedindo é impossível! Hoje eu poderia ter perdido ele ou ela e se fosse um caso pior poderia ter perdido até você. Não quero correr esse risco de novo.

—Você não pode ficar me seguindo 24 horas.

—Talvez se...

—Robin eu te amo, mas nós já conversamos. Eu não vou sair daqui e deixar a minha vó sozinha.

—Não é necessário que você vá pra lá, eu posso morar aqui, ou em um quarto do Granny’s tanto faz eu só...

—Deixaria a casa dos seus pais por mim? - perguntou Ruby emocionada.

—Por vocês. São minha família agora. Eu faço qualquer coisa por vocês dois. - ele falou alisando a barriga da ruiva.

—Eu tive muita sorte

—Eu tive mais. Te amo, ruiva.

—Eu te amo, loiro.

Na casa dos Mills.

—Filminho em família e ninguém avisa. - disse Killian assim que chegou em casa. - Oi pessoal!

Todos responderam em coro: _Oi!

—A onde o senhor estava? - perguntou Regina.

—Se tivesse um troféu pra mãe mais coruja a tia Regina ganhava! - falou Aurora.

—Concordo. Eu estava no hospital. -disse o moreno se sentando do lado da mãe.

—Por quê? Aconteceu alguma coisa? Você está bem? - falou a morena revistando o filho.

—Eu estou ótimo. Eu estava no hospital por que a Ruby passou mal e desmaiou lá no Granny’s. Ela estava me ajudando quando isso aconteceu.

—Ela esta bem? - Regina.

—E o bebê dela? - Zelena.

—Ta todo mundo bem. Ela já voltou pra casa e o Robin esta lá com ela.

—Parece que todo mundo hoje está passando mal. Primeiro a Zelena, agora a Ruby...

—Como assim primeiro a minha irmã?

—Mãe, a senhora está bem?

—Estou ótima.

—Por que não me contou mana?

—Só foi um mal estar e o Jefferson me ajudou.

—Só te ajudou? - Eduardo

—Foi só isso mesmo ou... - Regina.

—Não. - Jefferson. - Eu só ajudei a Zelena.

—É, ele só meu ajudou, não aconteceu nada demais.

—A esperança é a ultima que morre. –disse Killian.

—Eu acho que já deu a minha hora. - Jefferson.

—Pai, fica mais.

—Não posso, tenho que passar algumas coisas pro meu diário de classe.

—Nesse caso, até amanhã. - ela disse abraçando Jefferson.

—Até amanhã filha.

—Eu te levo até a porta. – Zelena.

Do lado de fora.

—Obrigado por me ajudar lá na faculdade e por ajudar a nossa filha.

—Não tem nada que me agradecer.

—De qualquer forma.

—Zelena se cuida tá. Eu sei que nós não temos nada, mas isso não diminui a minha preocupação com você.

—Pode deixar. Até amanhã Jefferson.

—Até.

Quando a ruiva volta pra dentro de casa sua irmã a chama até a cozinha.

—Que foi?

—Zelena você esta realmente bem?

—Estou. Por quê?

—Mana esse mal estar não é normal.

—Lógico que é, e  pra qualquer um.

—Menos pra você Zelena. Seu sistema imunológico é como a muralha da China, impenetrável.

—Isso é exagero.

—Não é não! Você nunca pegou uma gripezinha sequer.

—Mentira, teve uma vez em que... Que...

—Não teve vez nenhuma Zelena. Você deveria ir ao médico.

—Que isso Gina, foi só um mal estar, nada com que se preocupar.

—Ainda acho que deveria ir ao médico.

—Não tem necessidade.

—Mesmo assim promete que vai?

—Prometo que eu vou... Algum dia.

Mais tarde, naquela mesma noite.

22h00.

Aurora tinha acabado de escovar os dentes e estava indo a caminho de seu quarto quando observou discretamente sua mãe olhando um álbum que não via há muito tempo.

—Licença?

—Pode entra filha. Senta aqui.

A ruiva se senta do lado da mãe.

—Que fotos são essas?

—É de quando você era pequenininha.

—Ah eu me lembro dessa foto. Foi quando eu fiz minha primeira peça na escola.

—Você estava linda naquele palco.

—E essa aqui! Foi quando eu derrubei meu bolo de aniversário!

—Eu me lembro disso. Voou bolo pra tudo quanto é lado.

—E eu ainda comi o bolo que caiu no chão.

—Quando você era mais nova era um pestinha de primeira. Não mudou muita coisa.

—Hahaha!

 Aurora fica vendo Zelena olhando as fotos e se recorda do que seu pai disse.

—Mãe...

—Sim.

—Me desculpa por ter te tratado daquele jeito. Mas é que eu fiquei chateada com a senhora. Poxa você me escondeu que eu tinha um pai não é como esconder um doce que é só devolver e ta tudo bem.

—Filha não precisa me pedir desculpas sou eu quem te devo isso. Não deveria ter escondido isso de você nem do seu pai. É como você disse eu escondi parte de você, te privei de ter uma família mesmo que separada. Me desculpa?

A ruiva afirmou com a cabeça.

—Me desculpa também?

—Só se você me der um abraço.

—Não precisa pedir duas vezes.

As duas se abraçam.

—Você se parece com ele sabia?

—Sério?

—Sim, não fisicamente, mas as manias, frescuras, trejeitos... São iguais. Quando você coloca a não na nuca e começa a puxar o cabelo, principalmente quando está estudando, é como olhar para o Jeff da faculdade. E aquela palhaçada com a casca de pão! 

—Ei! Não é palhaçada. Não é gostoso 

—Frescura.

—Ta, agora para de falar mal das minha manias e conta mais.

Aurora e Zelena passam o resto da noite olhando as fotos, relembrando os bons momentos que elas registraram e recordando/conhecendo histórias.

No dia seguinte.

Terça – feira, 06h00.

Pov Ariel.

Assim que acordei, olhei pela janela do meu quarto e vi a imensidão do mar azul com um lindo sol como plano de fundo. Sorri automaticamente enquanto relembrava os momentos em que Killian tentava me ensinar a nadar. Eu estava imensamente feliz com a minha volta a Storybrooke, principalmente pelo fato do meu melhor amigo estar aqui e por saber que nós iríamos estudar na mesma escola.

Depois das minhas breves lembranças me toquei que não poderia ir pra aula de pijama e com mau hálito. Fui até o banheiro e escovei meus dentes com calma depois voltei até o meu quarto e comecei a me vestir.

Botei uma calça jeans preta, uma blusa branca um pouco soltinha e vesti uma camiseta de manga longa, xadrez, nas cores vermelho, branco e preto e a dobrei até um pouco abaixo dos cotovelos. Coloquei meu gorro cinza, um cordãozinho dourado e umas pulseiras. Calcei minha bota preta de cano baixo, apanhei minha mochila e desci até a cozinha.

Na faculdade.

Quando botei meus pés na faculdade eu simplesmente me encantei com o lugar. Era lindo! Tinha um jardim perfeito, um lago, bibliotecas... Resumindo: Tudo.

Logo que cheguei fui até a secretaria da facul. Lá peguei meus horários, número de armário e algumas informações básicas. Depois de ter organizado algumas coisas na faculdade só faltava eu encontrar o Killian. Estava louca pra ver a cara de surpresa dele ao me ver aqui.

Eu andei por algum tempinho e não demorou muito pra mim o encontrar. Ele estava em uma rodinha, provavelmente com seus amigos. Eu o chamei de longe.

—Capitão!

Todos que estavam na beira estranharam, mas aquele que pertencia esse apelido me cumprimentou alegremente.

—Pequena Sereia!

Andei de forma apressada até ele sobe os olhares que diziam:

“_Eles tomaram remédio hoje?” ou então “_O que esses loucos estão fazendo?”

—Bom dia pequena. -  ele falou me abraçando.

—Bom dia.

—O que você está fazendo aqui?

—Vou estudar aqui.

—Sério? Que máximo! Vamos poder passar mais tempo juntos.

—Boto fé. - falei imitando ele quando era mais novo.

—Não começa.

Ficaríamos ali conversando se uma garota não tivesse pigarreado.

—É... Ariel esses aqui são os meus amigos. Ruby, Robin e Emma que é a minha...

—Namorada, muito prazer. - falou a tal Emma 

Pov Emma.

Quem é essa garota? Como assim alguém que eu nem sequer conheço vem gritando o meu namorado corredor a fora e ainda por cima o chamando de capitão?E esse abraço? Que intimidade é essa? Quando eu percebi que a conversa iria longe eu fiz questão de atrapalhar um pouquinho. Pigarreie e é claro me apresentei mostrando qual era o meu lugar naquela história.

—É... Ariel esses aqui são os meus amigos. Ruby, Robin e Emma que é a minha...

—Namorada, muito prazer. –falei com convicção.

—Prazer.

—Pessoal essa aqui é a Ariel, minha amiga de infância.

—Não uma amiga qualquer não é? –ela falou se atirando em cima dele #raiva.

—É claro que não. - ele falou correspondendo ao abraço.

Eles se abraçaram de novo! #muitaraiva. Essa garota perdeu a noção o perigo! Quando ela se agarrou a ele eu já estava com uma vontade imensa de esfregar a cara dela no chão, mas como eu não me rebaixo a esse nível eu simplesmente entrei no meio dos dois e os separei.

—Com licença, garota...

—É Ariel. - ela disse

—Que seja... Eu e o meu NAMORADO - quis deixar isso bem claro - temos que ir andando.

—Mas Emms...

—Temos que ir Kil.

—Enfim... Nos vemos na sala de aula.

—Com certeza.

—Foi um prazer conhecer vocês. -  ela disse.

—Queria poder dizer o mesmo. - falei na cara.

—Ahm... Ok... Até logo Capitão!

—Até logo Pequena Sereia!

Assim que ela sumiu do meu campo de vista me soltei do Killian e comecei a andar com muita pressa pra área verde da faculdade.

—Emma! Espera.

Não respondi nada e continuei andando.

###########################

—O que deu nela?

—Realmente não sabe? - Ruby.

—Uma dica: Pequena Sereia. - Robin.

—Entendi. - falou o moreno antes de ir atrás de Emma.

Na área verde.

—Quem aquela garota pensa que é pra ficar toda, toda com o Killian? Ele é outro que está todo bobo por causa daquela... Daquela... Que ódio! - falou a loira.

Emma deu um soco na árvore a sua frente, mas se arrependeu logo em seguida assim que sentiu a dor.

—Isso deve ter doido. 

—Quem é você?

—Desculpe, eu sou Eric.

—Prazer Eric eu sou...

—Emma. Eu sei.

—Como?

—Estudamos na mesma sala.

—Oh, eu nunca percebi você.

—Isso é normal, não sou muito de aparecer devido a isso acho que metade da faculdade não me conhece.

Os dois riem.

—Isso tudo é raiva? - ele falou apontando pra mão da loira que sangrava.

—Raiva, ódio... Um pouco de tudo.

—Me deixa dar um jeito nisso.

—Não precisa.

—Você vai andar por ai com a mão sangrando? Abre a sua mão.

A loira obedece. Eric pega um pequeno estojo de primeiros socorros na sua mochila e começa a limpar o machucado de Emma.

—Você é o primeiro garoto que eu conheço que tem na mochila um kit de primeiros socorros.

—Minha mãe é meio paranóica. Prontinho.

—Obrigado.

—Por nada.

Um pouco afastado Killian observava a cena.

“Quem é aquele garoto?” - pensa

—Emma! - ele a chama.

—Deixa eu ir acho que vocês dois vão querer conversar.

—Obrigado de novo Eric.

Ele só acena com a cabeça e vai em bora.

—Quem era?

—Um novo amigo.

—Se machucou?

—Isso aqui? Que nada, é uma nova moda! Você soca uma árvore enquanto pensa na raiva que sente do seu namorado e da BFF dele e depois só enfaixa e vai pra rua! - ela falou estressada.

—Emms não precisa ficar com ciúmes da...

—Eu com ciúmes? Imagina! Essa palavra não existe no meu dicionário.

—Imagina se existisse. Love não precisava ficar assim. A Ariel é só minha amiga...

—Não ela mais que uma simples amiga. É a sua amiga de infância, é a pequena sereia. - ela falou com deboche.

Ele só a observava.

—Quem dera se ela fosse um desenho animado e eu uma marreta daquelas bem grandes, eu ia matar ela.

—Você fica muito bonitinha quando está com ciúmes. Fica toda vermelha de raiva. - ele falou a abraçando.

—Pode ir parando com isso. Eu ainda estou brava com você. Por que você não vai abraçar a sua amiguinha?

—Por que não é ela que eu amo. Eu e a Ariel somos só amigos agora nós dois somos mais que isso. Não precisa ficar com raiva dela e nem de mim. Eu só estou tratando ela como sempre a tratei. Com carinho de amigos, de irmãos. Você e eu somos diferentes eu te trato com carinho, com amor, como jamais vou tratar outra pessoa porque eu não vou amar mais ninguém.

—Eu acho bom. - ela falou ficando de frente pra ele.

—Eu te amo Emma.

—Eu também te amo.

Os dois se beijam. O sinal toca.

—Vamos amor? - ele falou.

—Vamos.

Os dois se dão as mãos e se dirigem até a sala de aula.


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Notas finais do capítulo

Gente o link da foto do Gil McKinney, o nosso Eric.

http://unapix.com/uploads/pages/biographies/Gil%20McKinney.jpg

Até mais povo bunitu!!!! Bjoss.