Infinito escrita por P4ndora


Capítulo 24
Capitulo 24


Notas iniciais do capítulo

Muitas de vocês quiseram um capítulo por semana, mas eu resolvi postar o mais rápido possível. Não sei se vou conseguir postar o próximo amanhã, mas vou tentar faz o máximo de esforço que eu conseguir.
Uma coisa que eu esqueci de dizer no capítulo passado é sobre a mãe da Skye e do Caspian. No filme ela nem é citada, e no livro só diz que ela morreu um pouco depois do pai de Caspian. Por isso eu resolvi criar uma mãe fictícia para eles: Brienne. Assim como a Skye para mim tem a aparência da Kaya Scodelario e o Ethan a do Jeremy Sumpter, a Brienne tem a aparência da Angelina Jolie. Ela se chama Brienne por causa de uma personagem de Game of Thrones (que no caso eu amo mais que tudo). Assim como o Caspian sente muita falta do seu pai, a Skye é mais ligada na mãe. Basicamente é isso, só queria que vocês soubessem mais sobre ela.
Enfim, leiam as notas finais, vai ter aviso.



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Skye colocou Ethan para trás de si, desembainhando sua espada e apontando para a serpente. A garota não fazia ideia do que estava fazendo, mas a simples hipótese de alguma coisa machucar Ethan parecia algo insuportável. Edmundo parou bem ao seu lado, também apontando sua espada para a serpente, que sibilava ameaçadoramente.

Todos os tripulantes se preparavam para o ataque da criatura, quando Eustáquio novamente surgiu das sombras, cuspindo fogo na serpente e fincando suas garras no focinho do animal.

A serpente se debateu, esbarrando várias vezes no navio. Por fim, a criatura conseguiu se livrar de Eustáquio, jogando-o em cima de uma enorme pedra. A serpente olhou ameaçadoramente para Eustáquio, que estava devastado.  Mas no momento em que atacaria o dragão, ele cuspiu fogo mais uma vez na serpente, fazendo com que ela se enfiasse dentro d’água.

— Xô criatura! – gritou Lorde Rupe, jogando sua espada na direção de Eustáquio.

— Não! – gritou Caspian – A espada!

A arma voou na direção de Eustáquio e se fincou na pele do dragão. Eustáquio rugiu de dor, levantando voo logo em seguida.

— Não, volte aqui! – pediu Lúcia.

— Estamos perdidos! – grunhiu Rupe correndo até o leme. – Da meia volta no barco.

— Por Aslam! – exclamou Skye irritada – Alguém segure esse homem.

Drinian deu um golpe rápido na nuca do Lorde, fazendo com que ele desmaiasse.

— Tripulação! Todos nas suas posições. Remos acelerados.

Skye continuava analisando o mar. Ela sabia que a serpente voltaria, e não demorou muito para que sua afirmação estivesse certa. A criatura se jogou em cima do navio, se enlaçando ao redor do convés.

Skye puxou Ethan pela a mão, na direção de sua cabine. Eles adentraram o quarto correndo e Skye disse:

— Fique aqui!

— O quê? – perguntou Ethan, indignado – Claro que não. Eu quero ajudar.

— Não, Ethan. Eu ficarei bem mais tranquila sabendo que você está seguro.

— Eu quero ajudar.

— Você é teimoso feito uma mula. – reclamou a garota, empurrando Ethan com o máximo de força que tinha.

Ethan caiu no chão, e Skye aproveitou a deixa para sair correndo da cabine, trancando a porta em seguida.  A garota correu na direção do convés. Caspian comandava o leme.

— Cadê o Edmundo? – perguntou Skye aos berros, enquanto subia as escadas da popa.

— Está tentando levar o bicho para a proa.

— Ele o quê? – perguntou Skye, virando-se na direção da proa.

A serpente parecia furiosa. Ela estava bem na frente do castelo da proa, onde estava Edmundo. Em questão de segundos, a criatura avançou na cabeça do dragão da proa, arrancando-o fora.

— Não! – gritaram Skye e Lúcia.

Edmundo então reapareceu em cima do que restara da cabeça do dragão. Lúcia mirou uma flecha no olho da serpente, acertando em cheio. O animal ficou ensandecido, e Edmundo escapou por um triz de ser atingido por uma mordida da criatura, que estava esmagada entre o navio e uma enorme pedra. O garoto se jogou da proa, caindo de costas no convés.

Skye desceu as escadas correndo, e se ajoelhou ao lado de Edmundo, sacudindo o garoto inconsciente. Após muitas sacudidas, finalmente Edmundo abriu os olhos.

— Aí. – gemeu.

— Seu idiota. – sussurrou Skye.

Abrindo um enorme sorriso agradecido, a garota colou seus lábios nos de Edmundo. Tudo ficou em câmera lenta. A serpente não existia. E foi como se todo o mal que existia naquele lugar havia se transformado em algo bom. Mas assim que os dois abriram os olhos, novamente foram atingidos com a tensão do momento em que viviam.

— Venha. – disse Skye ajudando Edmundo ficar de pé.

Ao se levantarem, os dois se depararam com a serpente bem à frente. Ela sibilava para os dois, e de repente a pele de sua barriga se abriu, deixando a mostra centenas de tentáculos.

— Mas que porcaria de medo é esse, Edmundo? – perguntou Skye, boquiaberta.

— Saiam daí!

Caspian se jogou em cima dos dois no momento em que a serpente avançou no mesmo lugar onde os dois estavam.

Os três caíram de costas no convés, a poucos centímetros da criatura. Caspian puxou um facão que estava jogado no convés, e cortou um dos horríveis tentáculos da serpente, momentos antes do animal se erguer novamente. O tentáculo se transformou em névoa e desapareceu. Skye e Caspian se entreolharam.

— Dá pra matar. – sussurrou Caspian.

A serpente avançou no mastro, mordendo a vela e puxando-a com toda a força.

— Temos que nos aproximar. – disse Edmundo, levantando-se.

— Espera, o que? – perguntou Skye, segurando um dos braços de Edmundo,

— Confia em mim.

— Eu confio em você, só não confio nela. – disse Skye, apontando para a serpente e se recusando a soltar o braço de Edmundo.

— Fique aqui e ajude Caspian. – pediu Edmundo, tirando a mão de Skye de seu braço e voltando a correr – Eu vou atraí-la.

— Edmundo, espera!

Mas o garoto já havia se pendurado numa corda, que dava acesso às escadas da vigia. Não adiantava mais os esforços de Skye. Ele não podia mais escutar sua voz lá em cima.

— Preparar arpões! – ordenou Caspian.

O entusiasmo de Skye para ajudar em algo voltou com uma força tremenda. Ela puxou um dos arpões que estavam presos na balaustrada do convés.

A garota se colocou ao lado de Caspian, esperando a ordem do irmão. Todos apontaram seus arpões para a serpente.

— Prontos? – perguntou Caspian.

— Sim senhor!

— Já! – ordenou.

Os arpões voaram na direção da serpente. O bicho se contorceu e rugiu. Skye segurava sua corda com o máximo de força que podia.

— Puxem a cabeça para baixo!

Duas mãos ajudaram Skye, puxando o resto da corda que sobrara. Ao virar-se para ver quem era, ela se deparou com Ethan.

— Como foi que você conseguiu sair? – perguntou com dificuldade.

— Lúcia me libertou.

— Droga. – xingou Skye, rindo.

Não era uma boa hora para rir, mas Skye não conseguiu evitar. Quanto mais puxava a corda, mais seu sorriso se abria.

Enquanto isso, na vigia, Edmundo estava frente a frente com a serpente. Mas uma voz lhe chamou, fazendo com que o mundo ao seu redor parasse e que sua mente esquecesse tudo.

— Edmundo. – chamou Jadis, aparecendo bem ao seu lado, como uma névoa – O que está tentando provar Edmundo? Que você é homem? Eu faço de você um homem. Faço de você meu Rei. É só pegar minha mão.

Jadis estendeu sua mão fantasmagórica para Edmundo.

— É só se render.

Mas seus olhos escaparam dos da Feiticeira, e ele olhou para o convés. Lá embaixo, uma garota sorria enquanto puxava uma corda. O sorriso que significava tudo para Edmundo. O sorriso que fez tudo voltar ao normal. E de repente sua espada começou a brilhar. Um brilho azul, assim como o da filha de Ramandu.

— Mate-o agora! – gritou Caspian do convés.

Edmundo virou-se para a serpente e gritou:

— Estou aqui.

A serpente sibilou e avançou com a boca aberta em Edmundo. Mas antes que algo acontecesse ao garoto, Edmundo atravessou a espada na cabeça da serpente.

O vulto que antes era Jadis gritou, e em seguida desapareceu. Vários raios surgiram do nevoeiro e atingiram a serpente. A criatura caiu novamente no mar. Estava morta.

As cordas que estavam presas nos arpões, foram puxadas junto com a serpente. Skye e Ethan soltaram rapidamente a corda, mas acabaram caindo no chão do convés.

— O feitiço está sumindo! – exclamou a voz de Lúcia – Vejam!

Skye se levantou rapidamente. O nevoeiro que antes rodeava o Peregrino da Alvorada estava desaparecendo. A luz do sol iluminou o navio, e a poucos metros de onde estavam, havia dezenas de barquinhos.

— Narnianos! – gritou Caspian.

Todos os marinheiros aplaudiam. O mesmo sentimento de alívio tomou de conta de todos que ali estavam. Skye sentiu uma mão no seu ombro.

— Você está bem? – perguntou Edmundo.

Skye não pensou duas vezes, antes de enlaçar seus braços ao redor do pescoço de Edmundo.

— Idiota.

— Eu sei. – sussurrou Edmundo.

— Mamãe!

— Elaine!

Skye soltou Edmundo para ver o que havia acontecido. Gael e Rhince haviam se jogado no mar. Eles nadaram até o barquinho mais próximo, onde uma mulher gritava os seus nomes. Era a mãe de Gael.

Só então Skye percebeu o quanto sentia falta de sua mãe.

Caspian passou um dos braços pelos ombros da irmã, enquanto os dois observavam a cena.

— Vamos trazê-los a bordo! Esvaziem o convés.

— Conseguimos! – exclamou Lúcia – Eu sabia.

— Eu te disse que ia ficar tudo bem. – sussurrou Ethan para Skye.

— Mas não fomos só nós. – disse Edmundo.

— Ta falando do...

— Oi... Pessoal... Eu to aqui na água...

A voz de Eustáquio vinha de algum lugar no mar. Skye procurou ao seu redor e não demorou muito para avistar Eustáquio nadando na direção do navio, mas agora na sua forma humana.

— Ei Skye. Oi Lúcia!

— Eustáquio? – perguntou Lúcia impressionada.

— Eu voltei a ser menino. Eu sou um menino!

— Eustáquio, suas asas foram aparadas! – exclamou Ripchip pulando no mar e cantando – Onde o céu e o mar se juntam. Doces ondas lá espumam.

O rato bebeu um pouco da água do mar e exclamou:

— É doce! É doce mesmo! Olhem!

Ripchip apontou para alguma coisa um pouco distante. O mar se estendia por mais alguns metros e depois era substituído por uma imensidão de branco.

— O país de Aslam! – exclamou Caspian – Devemos estar perto...

— Bom – começou Edmundo –, se chegamos até aqui...

— Por que não vamos até lá? – completou Skye.


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Notas finais do capítulo

O final ta chegando, e meu coração ta doendo, porque hoje eu escrevi o epilogo e chorei uns cinco baldes.
Esse foi o penúltimo capítulo. O próximo a sair será o último e depois o epilogo (que eu não considero um capítulo, me juguem). O esquema será o mesmo que em Incompletos: assim que o último capítulo sair, o epilogo sairá junto.
Eu não sei se tô preparada.
As próximas notas finais vão ser basicamente um discurso de agradecimento a cada leitora, por isso eu queria deixar tudo logo bem claro nessas notas finais.
~TIA P4NDA COMO VAI PROCEDER A PRÓXIMA TEMPORADA?~
Como eu disse para uma leitora, nós iremos chamar de "mini-temporada", pois será uma shortfic. Provavelmente terá entre um e cinco capítulos, porque eu quero dar um desfecho para cada personagem (não só pro Eddie e pra Skye).
~ONDE SE PASSARÁ A MINI-TEMPORADA?~
No epílogo vocês vão saber sz.
O que vocês acharam do penúltimo capítulo? E o que acham que vai acontecer? Me contem suas teorias porque eu realmente quero saber t u d o.
Muito obrigado por tudo amores.
Bjks da Tia P4nda