Infinito escrita por P4ndora


Capítulo 23
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

Sim eu sei.
Tô postando um capítulo em cima do outro.
Me desculpem de verdade mas eu não tô conseguindo evitar.
A partir desse capítulo começa a contagem regressiva para o fim de Infinito.
Hoje eu escrevi todos os capítulo finais. Só falta o famigerado epilogo.
Sério tô chorando até agora só de pensar no fim.
Enfim, nada de spoilers por agora (a menos que vocês queiram).
Espero que vocês gostem.



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— Não importa o que aconteça aqui. Cada alma de pé diante de mim mereceu seu lugar na tripulação do Peregrino da Alvorada. Juntos chegamos até aqui, juntos enfrentamos perigos, juntos vamos enfrentar outra vez. Então agora não é hora de cair na tentação do medo. Sejam fortes, não se rendam. Nosso mundo, nossa vida em Nárnia depende disso. Pensem nas almas perdidas que viemos salvar. Pensem em Aslam. Pensem em Nárnia.

Skye desembainhou sua espada, logo após o fim do discurso do irmão.

— Por Nárnia! – gritou ela, com a espada erguida.

— Por Nárnia! – gritaram os outros tripulantes.

O clima parecia ter descontraído um pouco, e apesar de ainda se sentir enjoada e nervosa, Skye também se sentia menos tensa. Mas isso só durou até o momento em que entraram no nevoeiro.

[...]

— Bela espada!

Skye tentava ao máximo esconder o nervosismo. A escuridão era a única coisa que havia ao redor do Peregrino, e a única fonte de luz eram as lanternas do barco, que pouco serviam para algo. Não se via mais o límpido céu da manhã. Não se via mais o brilho do sol. Apenas o negrume da Ilha Negra. Para tentar disfarça o que sentia, Skye se aproximou de Edmundo.

— Caspian deixou que eu usasse-a. – disse Edmundo, mostrando para Skye a espada que um dia havia pertencido a Pedro.

— Tenho certeza que seu irmão iria querer isso.

— Eu sei.

O silêncio novamente tomou conta do navio. E junto com ele, o nevoeiro. Era uma espécie de manto fino esverdeado.  Vários deles circundavam os tripulantes, como se analisassem cada um deles. 

Skye viu um se aproximar. Vagarosamente, o fino manto foi crescendo, tomando a forma de uma mulher linda. Uma mulher muito parecida com Skye. Era Brienne.

— M-mãe?

— Como eu posso ter gerado algo como você? – perguntou a mulher para Skye, com uma voz penetrante – Nem agir como uma rainha você sabe.

Skye ficou boquiaberta com a visão. As palavras de sua mãe atingiram seu coração com uma força que ela nunca acharia que fosse capaz de existir. O vulto de Brienne desapareceu, deixando Skye cada vez mais assustada.

— Skye? – chamou a voz de Ethan.

O garoto tinha um semblante assustado, e Skye sabia que ele também havia visto algo.

Ela olhou na direção de Edmundo, para saber se ele também havia visto alguma coisa. O garoto estava olhando para um dos mantos do nevoeiro.

— Não! – gritou ele, como se o manto havia dito algo.

— Edmundo? – perguntou Lúcia, aproximando-se do irmão – Tudo bem com você?

— Tudo. – respondeu o garoto, olhando de Lúcia para Skye.

Edmundo percebeu que Skye estava pálida, mas antes que pudesse perguntar o que havia lhe causado aquilo, todos no navio puderam escutar um uivo humano.

— Voltem! – gritou uma voz de algum lugar fora do navio – Se afastem!

— Quem está ai? – perguntou Edmundo, se apoiando na balaustrada do navio, tentando ver algo além da escuridão.

— Não temos medo de você!  - gritou Caspian.

— Nem eu de vocês. – respondeu a voz.

Skye apurou seus olhos. Apesar de toda a escuridão, ela conseguiu discernir algo bem ao lado do barco.

— Edmundo, ilumine naquela direção – apontou Skye.

Edmundo apanhou sua lanterna, apontando a luz para o lugar que Skye lhe mostrara. Lá, havia uma grande pedra, mas não era isso que importava. No exato lugar onde a luz da lanterna batia, havia um homem esquelético, com o rosto coberto pela barba grisalha. Suas vestes estavam esfarrapadas e imundas.

— Vão embora! – bradou o velho.

— Não vamos embora. – disse Caspian.

— Não vão me derrotar! – rosnou o homem, levantando uma espada extremamente familiar para Skye.

— A espada! – sussurrou Skye.

— Caspian! – exclamou Edmundo – Caspian, a espada dele.

— Lorde Rupe!

O homem andou para o outro lado da pedra, como se quisesse esconder a espada.

— Você não manda em mim! – gritou o homem.

— Não ataquem! – ordenou Caspian para os arqueiros, que apontavam suas bestas para o Lorde – Vamos trazê-lo a bordo, rápido.

— Ajudem! – ordenou Drinian.

Quando os tripulantes já se preparavam para jogar as cordas na direção do homem, Eustáquio surgiu no meio da escuridão, pegando o Lorde com suas garras. O homem se debateu feito louco, e a situação não mudou nenhum pouco no momento em que Eustáquio soltou o homem no convés.

Lorde Rupe se levantou brandindo a espada, tentando afastar os marinheiros que queriam lhe ajudar.

— Se acalme milorde. – pediu Caspian.

— Longe demônios. – bradou Lorde Rupe.

— Não milorde. Não viemos ferir o senhor. Eu sou seu rei, Caspian.

— Caspian. – sussurrou Rupe, virando-se devagar para Caspian – Milorde. O senhor não devia ter vindo, não há como sair daqui. Rápido. Deem meia volta antes que seja tarde demais.

— Já temos a espada, vamos. – disse Edmundo.

— Dê meia volta Drinian.

— Sim senhor, majestade.

— Não pensem. – ordenou o Lorde – Não deixem que saibam de seus medos, ou vão se transformar.

Skye se sentiu mais enjoada do que jamais se sentira. Mas antes que pudesse pensar em algo, Edmundo sussurrou:

— Essa não!

— Edmundo, em que foi que você pensou afinal? – perguntou Lúcia cautelosa.

— Me desculpa. – pediu Edmundo, correndo até o outro lado da balaustrada, analisando o mar.

Skye jurou ver algo se mexer, e de alguma forma ela já sabia no que o garoto havia pensado.

— Edmundo. – começou Skye – Eu juro que se eu morrer, eu mato você.

Neste mesmo momento, algo bateu no navio, fazendo com que todos caíssem. Um dos marinheiros ajudou Skye a se levantar.

— Vejam! – gritou Caspian, apontando para algo na água – O que é aquilo?

— Tarde demais. – rosnou Lorde Rupe – Tarde demais. Está embaixo do barco!

Skye tirou os olhos do mar, olhando para trás.

Ao lado do navio, havia uma gigantesca serpente marinha. Mas isso era o menor de seus temores. Ethan estava bem ao lado da balaustrada mais próxima da serpente. Ele ajudava Gael a se levantar.

— Ethan! – gritou Skye.

Só então Ethan percebeu a presença da criatura, colocando Gael para trás de si.

Skye nunca imaginou que um dia podia sentir tanto medo de perder alguém que não fosse Caspian ou Edmundo. Mas Ethan era tão importante para ela quanto os dois. E Skye não hesitou a correr em sua direção. Ela precisava protegê-lo.


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Notas finais do capítulo

Gente eu realmente tô me mordendo pra não dar spoiler, porque qualquer coisa que eu disser vai ser um spoiler estratosférico.
Ai santo Aslam dai-me forças.
E nesse capítulo temos mais um perola aka "Eu juro que se eu morrer, eu mato você".
Desculpem não consegui me segurar.
Tive uma ideia aqui: vocês querem que eu libere um capítulo por semana ou um a cada dia?
Dependendo da respostas de vocês, amanhã eu já posso liberar o próximo e assim por diante.
Enfim o que acharam? Me contem suas teorias pro final.
Bjks da tia P4nda.