POV Annabeth

No caminho até a sala da diretora tudo que eu coseguia pensar era em como eu estava ferrada, além de ter fugido da escola eu dormi com um garoto eram duas coisas que eram quase imperdoáveis no internato.

Chegando a sala da Diretora Parks pude vê-la sentada em sua grande mesa, sua expressão era difícil decifrar parecia triste e preocupada ao mesmo tempo, o que não me acalmou nem um pouco.

— Annabeth! Por favor, sente-se – disse ela com um tom de voz doce de mais.

Sentei-me.

— Diretora eu... – mas ela me interrompeu.

— Não querida, você não fez nada – disse ela – Eu só preciso conversar com você.

— Sobre?

Ela respirou fundo.

— É o seu pai...

Levantei-me em um salto.

— O que houve com ele?

Ela suspirou.

— Ei querida está tudo bem... Foi só um acidente de carro, a pista estava escorregadia por conta do gelo, mas ele está bem – disse ela.

********

Horas depois eu já estava em Nova York no hospital onde meu pai estava internado. Graças aos Deuses a batida não foi tão grave assim, mas o deixou com alguns ferimentos e eu não iria ficar quieta enquanto não o visse, então a escola fez questão de me colocar no primeiro avião para Nova York.

Eu estava sentada em uma poltrona e ao meu lado na cama meu pai estava dormindo profundamente a enfermeira disse que ele não acordaria tão cedo por conta dos remédios, mas eu queria estar ali quando ele acordasse.

Até que alguém abre a porta do quarto, era Malcom.

Roupa da Annabeth: http://www.polyvore.com/only_exception_annabeth/set?id=199446921

— Trouxe café – disse ele segurando dois cafés do Starbucks.

Sorri.

Malcom estava na cidade fazia um tempo, era um recesso da faculdade ou algo assim.

— Pode falar eu sou o melhor irmão do mundo – disse ele.

Revirei os olhos.

— Não se sinta – respondi.

— Ah! Trouxe outra surpresa, os achei te procurando pelo o hospital – disse ele – Anda gente entra!

E então Percy e Thalia entram no quarto, o que me deixou muito surpresa.

— Ai meus Deuses! O que vocês estão fazendo aqui? – pergunto e levanto-me para abraça-los.

— Também estamos felizes em te ver – respondeu Percy com seu tom irônico de sempre.

Cruzei os braços.

— Eu disse pra vocês antes de vir que voltaria logo – murmurei.

— Eu sei eu sei, mas fizemos um drama para a diretora, dizendo que você precisava de nós nesse momento e blá blá blá, então ela nos deixou vir – explicou Thalia.

Roupa da Thalia: http://www.polyvore.com/only_exception_thalia/set?id=199456729

— A Bianca não quis vir? – perguntei.

Percy suspirou.

— Ela queria vir só que o professor de física passou um trabalho enorme pra quem ficou de recuperação – disse ele.

— Ai Deuses você não ficou? Isso sim é um milagre – falei.

— Sou um garoto dedicado – disse ele.

Thalia cruzou os braços.

— Ele só não ficou porque o professor tem uma queda pela a mãe dele ou coisa assim – disse ela.

— Por alguma razão estranha minha mãe atrai professores, meu padrasto Paul é professor – disse ele.

Thalia olhou para o meu pai com preocupação.

— Ele está bem?

E antes que eu pudesse responder, meu pai abre os olhos e diz:

— Estou sim.

Sorri o abracei com muita força.

— Querida não me mate – gemeu ele.

Afastei-me.

— Desculpa pai.

— Pensamos que não iria acordar por agora – disse Malcom.

Ele suspirou.

— Eu também, mas vocês conversam demais então eu acabei acordando – disse ele – Annabeth você devia ir com a Thalia e o seu namorado pra casa descasar.

Corei.

Pude ouvir Thalia e Malcom dando risadinhas atrás de mim.

— Pai ele não é meu namorado e eu estou bem, quero ficar aqui com você – falei.

Meu pai me encarou sério.

— Annabeth vá pra casa – disse ele.

Suspirei.

Conclui que não valeria de nada discutir com ele então aceitei.

— Tudo bem pai – disse eu indo até ele e dando-lhe um beijo em sua bochecha.

Logo em seguida Thalia foi até ele e lhe deu um abraço de urso.

Ele gemeu.

— Essas garotas vão me matar com esses abraços – disse ele.

Sorri.

Peguei minha bolsa e abri a porta e pude ouvir Percy dizendo.

— Fique bem senhor Chase.

— Cuide bem da minha filha Jackson – respondeu ele fazendo eu e o Percy corar.

********

Não demorou muito e nós já estávamos em minha casa. Assim que entrei na sala de estar me joguei no sofá.

— Como você é dramática, não faz tanto tempo assim que viemos aqui – disse Thalia deitando no outro sofá.

— Eu sei, mas sinto muito falta mesmo assim – murmurei – Estou pensando seriamente em fazer a faculdade aqui em Nova York, eu amo esse lugar.

Percy se sentou ao meu lado.

— É melhor decidir logo, temos um mês para confirmarmos a universidade – disse ele.

Thalia o encarou.

— Não sabia que iria fazer faculdade – disse ela.

— Minha mãe enlouqueceria se eu não fizesse – respondeu Percy.

Até que ouso um ruído estranho e agudo vindo da direção onde Thalia estava.

Fiz uma careta.

— Thalia já conversamos sobre soltar gases mal cheirosos na presença de garotos – murmurei.

Percy começou a rir ao meu lado.

— Seus idiotas! É só a minha barriga roncando, estou com fome – disse ela tentado não demonstrar que estava envergonhada.

Suspirei.

— Podíamos pedir umas pizzas – sugeri - Tenho que comer antes de voltar ao hospital.

******

Percy ficou na sala pedindo as pizzas e eu fui tomar um banho e Thalia me seguiu. Meu quarto estava do jeito que eu o deixara da ultima vez, a colcha da cama era de um tom rosa e em cima dela estavam alguns livros jogados. Assim que entramos no quarto Thalia me olhou de cima a abaixo.

Sorri.

— O que foi?

Ela se jogou em minha cama.

— Percy me contou sobre ontem à noite – disse ela.

Corei.

— O que ele falou? – perguntei indo sentar-me na cama.

Ela sorriu.

— Nada demais. Ele disse que vocês se beijaram e tal, mas não sabe se está tudo bem entre vocês – respondeu ela.

Suspirei.

— Então ele disse que a gente só se beijou? – perguntei o que foi um grande erro, pois Thalia arregalou os olhos azuis e deu pequeno grito.

— Vocês transaram?!

Corei.

— Não, claro que não... Quer dizer... Quase...

Então contei a ela o que tinha acontecido.

— Ou ele é gay e eu tenho quase certeza de que não é... Ou ele realmente gosta de você, o que nos leva a aquela história com a Rachel, se ele gosta tanto de você assim por que ele faria aquilo? – murmurou ela.

Encarei-a.

— Você tem razão Grace, eu fui uma idiota e como sempre meu orgulho foi maior que todo o resto – disse eu.

Ela me puxou para um abraço e eu abracei.

— Acho que alguém está apaixonada – cantarolou ela – Eca! Essa foi à coisa mais melosa que eu já disse.

Sorri.

— E você e o Luke? – perguntei.

Ela estendeu a mão e em um dos dedos dela possuía um anel brilhante.

Arregalei os olhos.

— Ai Deuses! Então vocês estão sérios assim? – perguntei.

Ela corou.

— Acho que sim, você sabe que a nossa relação é estranha – disse ela.

Assenti.

— Agora vai logo tomar banho – pediu ela.

*******

Alguns minutos depois Thalia, Percy e eu atacávamos três pizzas enormes como lobos. Logo Malcom chegou, mas já havíamos detonado as três pizzas então pedimos mais duas.

Roupa da Annabeth: http://www.polyvore.com/only_exception_annabeth/set?id=199472829

— Minha mãe disse que se você voltar naquele hospital hoje quem será internada é você – disse Malcom enquanto esperávamos as pizzas.

Fiz uma careta.

— Mas ele está melhor? – perguntei.

Malcom assentiu.

— Acho que amanhã ele já volta pra casa – disse ele.

Ficamos todos em silêncio por um momento.

Thalia suspirou.

— Podíamos jogar alguma coisa – sugeriu ela.

— Tipo? – perguntou Percy.

Pensei por um momento.

— Que tal Eu nunca?  - sugeri.

Malcom fez uma careta.

— Sou o único que nunca brincou disso? – perguntou.

Thalia o encarou horrorizada.

— Como assim? Garoto o que você faz na faculdade?

Sorri.

— Estudo é claro – respondeu ele.

Ela revirou os olhos.

— É assim, alguém diz uma coisa que nunca fez na vida e se você já fez você bebe – expliquei.

Thalia sorriu.

— Tem bebida aqui? – perguntou ela.

— Acho que sim – respondi, olhei para Percy – Percy pega a vodka lá na cozinha.

Ele me encarou.

— Por que eu?

Revirei os olhos.

— Seja um cavalheiro Cabeça de Alga – pedi.

Percy se levantou e foi até a cozinha buscar a bebida, minutos depois todos nós estávamos com um copo de vodka na mão.

— Tudo bem, quem começa? – perguntei.

— Eu começo! – disse Malcom sorrindo.

Ele pensou por um momento e disse:

— Eu nunca na minha vida transei em um piano.

Revirei os olhos.

E para a minha surpresa Thalia e Percy tomaram a bebida em seus devidos copos.

— Por que você tinha que começar falando de sexo?! – perguntei.

— Annabeth não seja estraga prazeres! – respondeu Malcom.

Olhei para Percy de braços cruzados.

— Por que alguém transaria em um piano?

Percy deu de ombros.

— Até que é legal é meio desconfortável também, mas...

— Você acaba pegando o jeito – completou Thalia.

— Um dia eu ainda vou fazer isso – disse Malcom.

Eu os encarei horrorizada.

— Ei Sabidinha não os olhe assim, nós dois podemos fazer isso um dia – disse Percy com um olhar malicioso.

Corei.

Thalia e Malcom riram da minha cara.

— Percy isso nunca vai acontecer – falei.

— Nunca diga nunca – disse ele.

Revirei os olhos.

— Tudo bem, quem é o próximo? – perguntei.

Thalia levantou a mão.

— Eu nunca na minha vida fui infiel em um relacionamento – disse ela.

Dessa vez eu tive que beber, teve um cara que eu namorei eu nem mesmo lembro o nome dele, era Tod ou algo assim eu nem mesmo sabia o porquê eu estava com ele e acabei traindo. Ah! Também teve o cretino do Connor, mas aquilo nem foi um namoro foi apenas um período de loucura.

Percy também bebeu (é claro por conta da Rachel) e para a minha surpresa meu irmão também bebeu.

— Pensei que você não fazia essas coisas, quem foi? – perguntei a ele.

Ele suspirou.

— A Bianca – disse ele sem me olhar nos olhos.

Thalia e Percy se levantaram.

— Como assim você traiu ela? – nós três perguntamos ao mesmo tempo.

Ele nos olhou envergonhado é claro.

— Olhem eu gosto dela, mesmo com a distância e tal... Teve uma festa lá em Londres e eu acabei beijando uma garota – confessou ele – Mas eu me arrependo muito.

— Se estivesse arrependido de verdade já teria contado pra ela – disse Percy.

O encarei.

— Você contou pra Rachel que traiu ela? – perguntei.

— Isso não vem ao caso, eu disse que sentia algo por você e não por ela – disse ele e depois percebeu o que disse e corou.

Tentei esconder o sorriso e voltei para o meu irmão.

— Malcom a Bianca fica no internato doida esperando uma mensagem sua e você faz isso com ela? Eu acho bom você contar pra ela logo ou alguém pode fazer isso primeiro – murmurei.

E antes que ele pudesse responder alguma coisa Thalia diz:

— Gente eu acho que essa bebida não me fez muito bem.

— Mas você só tomou um copo – disse Percy.

— É, mas... – ela não terminou de dizer e saiu correndo em direção ao banheiro do andar de baixo.

Nós fomos atrás dela e a encontramos abaixada com a cabeça dentro da privada vomitando.

— Eca! – sussurrou Malcom.

********

Thalia passou quinze minutos vomitando o que me deixou muito preocupada, mas ela disse que devia ser a comida do avião então eu decidi não discutir. Malcom então foi deixa-la em casa e Percy e eu ficamos sozinhos em minha casa. Nós estávamos vendo The Big Bang Theory na sala.

Até que o celular dele começa a tocar e ele logo atende.

— Tudo bem, eu já estou indo – disse ele e depois desliga.

Ele me encara.

— Eu tenho que ir minha mãe parecia preocupada ela disse que tem uma coisa importante pra me dizer – murmurou ele.

  Suspirei.

— Tudo bem – respondi.

— Você quer ir comigo?

Arregalei os olhos.

— Conhecer a sua mãe?

Ele sorriu.

— Ela é legal, você podia dormir lá se quiser...

— Tudo bem, eu vou.

Ele sorriu e se levantou.

— Então vamos!

O encarei.

— O que? Eu não vou com essa roupa! – falei.

Ele revirou os olhos.

— Anda logo – disse ele.

Ergui as sobrancelhas.

— Não me apresse, por favor, obrigada.

********

Logo eu estava prestes a conhecer a mãe de Percy, nós estávamos parados em frente à porta da frente.

Roupa da Annabeth: http://www.polyvore.com/annabeth/set?id=199858667

— Vamos Sabidinha eu já disse que ela é legal – murmurou Percy antes de abrir a porta.

Assim que entramos pude sentir um cheiro maravilhoso de biscoitos.

Percy respirou fundo.

— Acho que a conversa é mesmo séria, ela fez até biscoitos – disse ele.

Eu o segui até a cozinha e quando chegamos havia uma mulher tirando uma travessa de biscoitos azuis ( isso mesmo, azuis ) ela possuía cabelos logos e castanhos e pele clara, havia também um homem de uns trinta anos com cabelos meio grisalhos sentado a mesa que ficava no meio da cozinha.

Eles sorriram assim que nos viram, o sorriso da mulher era tão doce quanto o de minha mãe quando está de bom humor.

— Percy querido que bom que você chegou! – disse ela deixando os biscoitos na mesa e vindo dar um beijo na bochecha de Percy.

Ela se virou pra mim e sorriu.

— Você deve ser a Annabeth não é? Percy falou muito sobre você – disse ela.

Dei uma rápida olhada para Percy como quem diz: “Você já falou sobre mim?”.

— É um prazer conhecê-la Sra. Jackson – murmurei.

— Por favor, me chame de Sally – disse ela.

O homem se levantou e sorriu para mim.

— Annabeth esse o Paul o meu padrasto – disse Percy e depois se virou para a mãe – O que a senhora queria dizer? Parecia preocupada.

Ela deu meio sorriso.

— Não se preocupe, não é nada demais – disse ela – Conversamos mais tarde.

Com isso eu me senti um pouco desconfortável, eles pareciam querer ter um tipo de reunião em família e eu estava ali meio que atrapalhando. Sally deve ter reparado minha expressão e disse:

— Ah não querida, não tem nada haver como você – disse ela – Percy prometo que conto tudo amanhã.

Percy suspirou.

— Tudo bem então... Nós vamos subir, ela vai dormir aqui – disse ele.

Corei furiosamente.

Antes que eu pudesse reagir Percy me puxou para fora da cozinha e depois para a escada.

— Você não poderia ser mais delicado Cabeça de Alga? O que ela vai pensar de mim? – perguntei quando terminamos de subir as escadas.

Ele sorriu.

— Ah a minha mãe é legal, ela não liga pra essas coisas – disse ele.

Caminhamos pelo o corredor indo em direção ao quarto dele, passamos por um cômodo que estava com a porta aberta e eu pude ver um piano.

Percy encarou com um olhar malicioso.

— Nem pense nisso – disse eu torcendo para não estar vermelha.

Chegando ao quarto e Percy fechou a porta, o quarto estava do jeito que lembrava exceto pela a mala que estava no chão.

Percy ligou o abajur do criado mudo.

Deitamos na cama e ficamos alguns minutos em silêncio até que criei coragem para dizer alguma coisa.

— Me desculpe Cabeça de Alga.

— Pelo o que? – perguntou ele.

Suspirei.

— Sabe, por tudo. Eu não devia ter duvidado de você – disse eu - Espero que não tenha desistido de mim.

Ele sorriu.

— Se está se perguntando se ainda estou apaixonado por você, a resposta é sim – disse ele – Como eu iria desistir de você assim tão fácil?

Corei.

— Então como ficamos? – perguntei.

Ele se virou e se deitou em cima de mim me assustando.

— Percy?!

E então ele me beijou e eu correspondi, foi um beijo cheio de desejo e com certeza entrou na lista de Os melhores beijos de Percy Jackson.

 - Você aceita namorar comigo? – sussurrou ele em meu ouvido fazendo os pelos de meu braço se arrepiarem.

Sorri.

— Não. Seu pedido foi muito seco – respondi – Eu quero lágrimas, quero ficar comovida.

Ele bufou.

— Cara, eu acabei de te beijar e você ainda fala que foi um pedido seco? Não tem como ser mais molhado que isso – resmungou ele.

Não contive a risada.

— É claro que eu aceito Cabeça de Alga – respondi antes de beija-lo.

Durante o beijo senti as mãos dele percorrerem todo o meu corpo sem pudor algum e quando dei por mim metade de minhas roupas já estavam no chão.

— Você tem certeza disso? – perguntou ele enquanto nos beijávamos.

— Absoluta – respondi.

E essa foi sem dúvida uma das melhores noites de minha vida.