Anjo da Salvação escrita por Ayka Uchiha


Capítulo 8
Capitulo 8 - Comportamento Incomodo


Notas iniciais do capítulo

Oitavo capitulo.
Boa leitura.



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Desvio o olhar e passo a mão no cabelo numa tentativa de que talvez ele não me veja. Ledo engano. Quando o olho novamente, ele vem sorrindo em minha direção.

_ Sakura – cham, você por aqui? – diz surpreso. Seus olhos castanhos me fitam, e eu estremeço com seu olhar.

_ O que faz aqui? – minha voz sai entrecortada. Droga, mantenha a calma.

Ele demora alguns minutos para formular uma resposta, e fico ainda mais nervosa. Por que ele me deixa tão desconfortável?

_ Estava em casa sem nada para fazer e resolvi vim, afinal não se fala de outra coisa na cidade.

Que pergunta idiota foi essa? É claro que ele veio aproveitar o sábado à noite. Mas uma coisa é fato: Onde quer que eu esteja, ele também está. Pode ser coincidência, eu sei, mas algo dentro de mim, como se fosse sexto sentido, intuição, sei lá... me diz para ficar longe dele.

Minhas mãos estão tremendo. Tiro –as rapidamente de cima da mesa e as coloco sobre meu colo. Olho para o bar e vejo Sasuke conversando com Neji.

_ Veio sozinha? – pergunta interessado, sentando na cadeira de Sasuke e descansa um braço na minha cadeira.

Minhas pernas tremem como gelatina com essa pergunta, e posso jurar que se eu não estivesse sentada, cairia igual um saco de batatas.

_ Não. – digo tentando parecer o mais calma possível.

Ao ouvir minha resposta, sua expressão fica fechada, carrancuda. Seus olhos irradiam raiva. A uma tensão entre nós, posso sentir. Minhas mãos ainda estão tremulas e começam a ficar geladas. Respiro com dificuldade e começo a sentir náuseas. Se ficar aqui mais um pouco, eu vou desmaiar.

_ Você está bem?

_ Sim, por que? – minto.

_ Você está pálida, e parece que vai desmaiar a qualquer momento. – suas mãos se movem até pousar em meus ombros.

Me retraio com o toque. Seu toque é áspero, rude. Me levanto de um súbito, andando para trás, sentindo minha cabeça girar. Eu não posso desmaiar, não posso desmaiar, repito em minha cabeça como um mantra. Me encosto em uma arvore e respiro fundo, tentando me acalmar. Sinto braços enlaçando minha cintura, e abro os olhos assustada. Sasori está me pressionando contra a arvore e sinto sua excitação.

_ O que está fazendo? – sinto o pânico tomar conta de mim.

_ Você está tão gostosa, Sakura – cham.

Seu rosto afunda em meu pescoço, e sinto ele lambe-lo. Inspira profundamente, e ouço um ruído rouco sair do fundo da sua garganta.

_ Tão cheirosa. – diz ronronando.

Não consigo respirar, ele está me sufocando. Espalmo as mãos em seu tórax e o empurro, mas nada acontece. Sinto um sorriso em seus lábios na minha vã tentativa de sair dali. O pânico toma conta de mim e tento gritar, mas som algum da minha boca. Meus pulmões buscam ar, mas não consigo respirar. Empurro - o de novo e dessa vez, ele me solta. Olho assustada para ele, mas isso só faz seu sorriso aumentar, deixando seus olhos inflamados de desejo.

Me viro e tento correr, mas sou impedida. Sua mão agarra meu braço e ele me puxa, fazendo que eu fique a poucos centímetros do seu rosto.

_ Você não vai fugir de mim. – ele está irritado.

_ Sasori, por que está fazendo isso? – tento me desvencilhar de seu agarre, mais só faz com que ele aperte meu braço ainda mais.

_ Eu quero você Sakura –cham. - sorri com desdém e lança um olhar malicioso para meu corpo. – E você não vai dar um pio, ou eu acabo com a festa, entendeu?

_ Não, não. – digo baixinho, isso não está acontecendo. Não pode acontecer. Eu mal o conheço e ainda por cima, está me chantageando. Onde está Sasuke? Foi fabricar a bebida?

Seu aperto fica mais forte no meu braço e ele me puxa para si. Meu corpo entra em estado de alerta, tentando de qualquer forma me livrar de Sasori. Por que ele está fazendo isso? Eu nunca dei mole pra ele, nunca dei sinais. Minha cabeça lateja ainda mais, acompanhando o ritmo pulsante da música. Olho para cima e vejo o céu girar. Não desmaie, não desmaie, meu inconsciente grita para que eu não sucumba.

Mas eu não aguento mais, minha cabeça dói muito, as náuseas tomam conta de mim. Estou quase desmaiando quando Sasuke chega e me tira dos braços de Sasori.

_ O que está acontecendo aqui? – rosna.

Respiro aliviada. Estou a salvo, Sasuke está aqui. Ele olha de mim para Sasori e percebo uma confusão em seu olhar.

_ Você está bem? – pergunta preocupado.

Faço que sim com a cabeça e me livro do agarre de Sasori. Meu braço dói, mais não quanto minha cabeça. Recuo alguns passos e me recosto em seu peito. Olha mais uma vez para Sasori e sinto seus músculos se retesarem.

_ Quem é você? – sua voz sai ameaçadora.

_ Sasori, Akasuma no Sasori. – um sorriso cínico surge em seus lábios.

_ O que estava fazendo com a Sakura? – sua voz sai num tom glacial.

_ Nada, estávamos apenas conversando – seu cinismo me enoja – não é Sakura – cham.

Olho pasma para ele, como pode mentir assim, nessa cara de pau? Ele estava tentando me agarrar. Estou furiosa, como ele ousa? Sasuke olha para mim, esperando uma resposta. Não posso contar a verdade, não posso deixa-lo acabar com a festa. Ino planejou a festa tantos meses, não posso deixar que isso aconteça. Me endireito e fulmino Sasori com o olhar.

_ Sim, estávamos só conversando. – minto, pois não quero estragar a noite de Sasuke, muito menos de minhas amigas. Lagrimas ameaçam a rolar por minha face, não devia ter vindo.

_ Se me derem licença – minha voz sai embargada – eu vou embora.

Deixo os dois conversando e saio em direção ao portão. Devia ter ido embora horas antes, mais fiquei. As lagrimas queimam meus olhos, mas não vou chorar, não vou. Ouço gritos e vejo Sasuke, parado ao meu lado.

_ Por que vai embora agora? – indaga confuso.

_ Não estou me sentindo muito bem.

_ E você vai embora de que? – murmura ele.

Droga, não havia pensado nisso. Ônibus a essa hora não tem, então vou ter que ir de táxi.

_ De táxi. – sussurro. De repente me sinto tão cansada, como se todo o peso do mundo caísse sobre mim. O que está acontecendo comigo? Sasuke me olha, e sua expressão é preocupada.

_ Você não está bem, vamos eu te levo em casa.

_ Sasuke, não precisa. Eu posso ir sozinha.

_ Eu faço questão de levar você. – ele coloca uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha. – Só espere um minuto, vou falar com os meninos que estamos de saída.

Aceno com a cabeça e o vejo se afastar, indo para a pista de dança avisar aos amigos. Me sento nos degraus da mansão e fecho os olhos. As náuseas passaram, deixando apenas minha cabeça incomodar. Hoje foi uma noite e tanto. E ela terminaria perfeita, se não fosse por Sasori. Estremeço de lembrar em sua boca no meu pescoço, suas mãos em torno de minha cintura. Balanço a cabeça, tentando apagar essa memória, mas o fato é que nunca vou esquecer. Sasuke chega, e juntos caminhamos para o portão. Ele está tenso, sua boca formando uma linha rígida e seus olhos estão gélidos. O que aconteceu agora?

POV SASUKE

Caminhamos em silencio até a rua, Sakura me olha preocupada. Merda, Neji tinha razão. É ele, Akasuma no Sasori é nosso assassino e está atrás do ser rosado que caminha silenciosamente ao meu lado.

_ Está tudo bem Sasuke? – pergunta preocupada.

_ Sim, só quero te levar pra casa rápido.

Dou uma olhada na rua, e felizmente Sasori não está aqui. A música pulsa dentro da mansão Yamaka e, pelo que vi, Naruto e Shikamaru não saíram de lá tão cedo. Eles que se virem. Caminhamos um pouco e chegamos ao meu carro, um Jeep Gran Cheroki preto. Abro a porta para que ela entre e dou rapidamente a volta, me sentando no banco do motorista.

_ Coloque o sinto.

Ela pensa por uns segundos e depois afivela o sinto. Melhor assim penso. Dou a partida e saímos rumo ao condomínio. Sakura olha estupefata para o carro e para mim, e daria qualquer coisa para saber o que ela está pensando.

_ Precisa de todos esses botões? – indaga.

Olho de soslaio para ela e vejo um V se formar entre suas sobrancelhas. Ela está me olhando esperando uma resposta.

_ Sim. – digo sorrindo ladino.

Ela me encara incrédula, seus grandes olhos verdes quase saltando do rosto. Não consigo resistir e solto uma gargalhada. Nossa a quanto tempo eu não me divirto assim?

Ela muda de posição e me parece um pouco, não sei bem, cansada?

_ Garotos e seus brinquedos. – diz irônica e vejo um sorriso se formar em seu rosto.

Sorrio com seu comentário, e depois do encontro com Sasori me sinto relaxado. Como nós não conversamos antes? Moro ao lado de uma menina encantadora e nunca nós falamos. Parece ironia do destino.

Ficamos em silencio. Olho para Sakura e ela dorme, serena, tranquila. É tão linda, capaz de fazer qualquer homem se apaixonar com apenas um sorriso. Mas parece que ela não sabe o tão encantadora é. Na festa assim que chegou, vários olhares se voltaram para ela, tanto de homens e mulheres. Não vejo como ela pode ser amiga da Yamaka e da Hyuga, elas não tem nada a ver. As duas são sempre tiveram tudo o que queriam na vida, e duvido que já receberam um NÃO, são impetuosas, ditam as regras. Mas a Sakura, ela é diferente. Tão frágil, delicada, doce, é um encanto de menina.

Troco a marcha do carro e passo a mão no cabelo, ajeitando minha franja que cai sobre meus olhos. As ruas estão desertas, a fria madrugada abraça a cidade. Ligo o aquecedor para espantar o frio. Ao meu lado Sakura murmura coisas desconexas e logo volta a dormir profundamente. Não posso deixar Sasori se aproximar dela, não posso. Segunda-feira farei uma reunião com minha equipe, para formamos uma estratégia de captura-lo. Aquele infeliz.

_ Já chegamos? – pergunta sonolenta.

_ Ainda não – digo concentrado nas ruas – volte a dormir, quando chegarmos aviso você.

Com um sorriso tímido, Sakura adormece novamente. Como um anjo penso. Afago seu rosto com extrema delicadeza para não acorda-la. Sim, é um anjo.


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Notas finais do capítulo

Oii amados, o que acharam?
Comentem, comentem, comente... Leitores Ghost apareçam.
Estou aberta a sugestões para o proximo capitulo.
Superbjuuuuuuss até mais.