Anjo da Salvação escrita por Ayka Uchiha


Capítulo 14
Capitulo 14 - Dores Crescentes


Notas iniciais do capítulo

Oii amados, que saudades.. Desculpem a demora é que as aulas no Senai começaram e ai meu tempo ta supercorrido.. Gente eu ALCANCEI O NIRVANA ♥ ♥ TT_TT. ANJO DA SALVAÇÃO recebeu sua PRIMEIRA RECOMENDAÇÃO.... Vcs nem imaginam o tamanho da minha felicidade... LU, muito, muito obrigada mesmo de coração pela LINDA recomendação, ela é MARAVILHOSA. Nem se eu dissesse todos os OBRIGADAS do mundo não seria suficiente pra agradecer.. Obrigada mesmo, vc não sabe o quanto estou feliz e o quanto a recomendação foi importante não so pela fic, mas pelo meu trabalho tambem ♥ ♥. Serei eternamente grata....
Boa Leitura...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/657002/chapter/14

Nos despedimos de Naruto e entramos na casa. Pensei que ele ficaria conosco, mas ele só veio nos acompanhar e se certificar que está tudo bem. A casa é linda. Sasuke destranca a grande porta de madeira e abre para mim entrar, em seguida entra e fecha a porta. Não consigo ver nada, a casa está tomada pelas sombras. Fico parada perto da parede e ouço passos andando pelo local, minutos depois a luz invade o cômodo. Estamos na sala e ela é incrivelmente branca e grande. A parede do fundo é de vidro, e é coberta por cortinas blackout, a vista deve ser incrível e eu não enxergo nada do que a lá, está tudo escuro do lado de fora.

Á direita, a um sofá branco com algumas almofadas coloridas. Em frente ao sofá, a uma mesinha de centro de vidro e embaixo dela tem um tapete que parece caro. Na parede em frente ao sofá, uma enorme televisão de 50 polegadas acho, se faz oponente. Na esquerda da entrada, a uma bela cozinha. Toda branca com bancadas em granito escuro e um balcão para café da manhã com seis lugares. Se não fosse pelas almofadas coloridas, a sala se pareceria mais com um hospital do que com uma sala realmente.

— Quer comer alguma coisa? – pergunta Sasuke, voltando a sala.

Levo um susto, nem reparei que ele tinha saído.

— Vou comer um sanduiche, me acompanha? – diz pegando a manta e a dobrando ao meio.

— Sim, por favor. – murmuro.

Ele vai para a cozinha e me deixa sozinha na enorme sala. Estou parada no mesmo lugar e me sinto deslocada, muito deslocada. Quem será que vivia aqui? Ninguém, pelo menos eu, se tivesse um imóvel assim eu deixaria sozinho. Gente rica e suas manias.

Vou para a cozinha onde Sasuke prepara os sanduiches. Ele tirou o paletó.

— Gosta de baquete?

— Sim, é muito gostoso.

Minha voz é suave e hesitante. Meu Deus, quero fugir daqui. Isso é chique demais pra mim. Exageradamente chique, estilo Steve Jobs. Não sei o que estou fazendo aqui. Sabe muito bem o que está fazendo aqui me repreende meu inconsciente. 

— Aqui.

Ele me estende um prato com meu sanduiche. Meu Deus, até os pratos são chiques, de porcelana com detalhes dourados nas bordas. Dou uma mordida e está delicioso, não percebi que estava com tanta fome.

— Quer tomar vinho? – pergunta abrindo a garrafa.

— Não obrigada. – murmuro dando mais uma mordida. Está incrível.

Do outro lado da bancada, Sasuke me observa divertido se servindo de vinho. Franzo o cenho. Ele vai até a geladeira e de lá, tira uma jarra com suco de laranja. No armário ele tira uma taça e me serve. Sorrio.

— Posso fazer uma pergunta? – ele se senta e me entrega a taça.

— Claro. – digo tomando um pouco. Está delicioso e geladinho.

— Por que você não bebe? – indaga.

Hã? Paro na mesma hora de tomar o suco e coloco a taça de volta na mesa.

— Não gosto. – murmuro.

— Mas por que? – diz se sentando de frente a mim do outro lado do balcão.

Por que ele quer saber disso? Na festa da Ino disse que não gosto de beber.

— Bom, o álcool faz com que as pessoas se tornem outras em questão de segundos. As deixam fora de si, mais perigosas.

— Mas isso é uma questão de controle. Você tem que ter conhecimento de até onde pode ir. Não creio que o álcool torna as pessoas ainda mais perigosas.

— Bom diga isso ao homem que matou meus pais.

Ele para de mastigar e olha para mim, atônito.  Em seus olhos vejo um misto de pena, raiva e à espera de uma confirmação.

— É, ele estava bêbado. – digo e ajeito uma mecha solta do meu cabelo.

— Sakura, eu sinto muito. Se eu soubesse eu nunca teria tocado no assunto. – sua voz sai doce e percebo que seu pedido de desculpas é sincero.

— Tudo bem, não tinha como você saber.

Terminamos de comer em silencio. De vez em quando, meu olhar cruzava com dele. Me sinto acuada e desconfortável nessa casa absurdamente chique. Não estou acostumada com tudo isso, na verdade, nunca tive nem metade disso. E também, nunca fiquei sozinha com um homem na vida, ainda mais um tão bonito, atraente, misterioso quanto Sasuke, então isso me dá um certo medo. Eu sei que ele é meu guardião agora e que estou sobre seus cuidados, mas ainda assim, dá um certo medo.  

— Gostaria de conhecer a casa?

— Claro. – digo no automático.

Me levanto com um pouquinho de dificuldade. As faixas atrapalham um pouco e me deixam lenta. Seguimos por um corredor a direita da cozinha e paramos em frente a uma porta de madeira. Sasuke tira do bolso duas chaves e destranca a porta.

— Aqui é a sala de controle. – diz destrancando a porta.

Sala de controle? Entramos na sala e ele ascende a luz.

— Nossa. – é a única coisa que consigo dizer.

Suspensos nas paredes, 4 monitores de 50 polegadas mostram toda a área da casa. Em baixo deles, numa bancada de vidro, há dois teclados. Ando pela sala devagar, olhando os monitores. Neles a imagens da sala, jardins, corredores, varandas. Mais parece uma sala de controles da CIA.

— Pra que tudo isso? – pergunto.

— Para nossa segurança. – diz com desdém.

Concordo com a cabeça. Um brilho chama minha atenção e meus olhos automaticamente caem sobre ele. No canto direito da bancada, há várias armas e kunais.

Hesitante, pego uma Kunai e as lembranças do ataque de Sasori vem à tona. Fecho os olhos e a imagem dele cortando meu rosto me assombra. Um arrepio atravessa meu corpo e rapidamente coloco ela no lugar.

— Tudo bem? – Sasuke pergunta atrás de mim. Ele está tão perto que posso sentir seu hálito no meu pescoço.

— Está. – digo num fio de voz.

Engulo em seco, ele está tão próximo. Devagar me viro até ficar de frente para ele. Seu par de ônix me observam com cautela e a sombra de um sorriso passa por sua boca. Céus, por que eu nunca percebi como essa boca é seduzente?

— Vamos? Quero te mostrar o resto da casa. – diz dando espaço para que eu passe na frente.

Estamos andando no corredor novamente e olho para as paredes. Não há nenhum quadro ou porta-retratos. Será que o proprietário apenas aluga a casa? Não, acho que não. Sasuke para de repente, quase me fazendo bater em suas costas largas. Faço cara feia para ele.

— Aqui é a sala de inverno.

Ele entra na sala e eu o sigo. Fico pasma com a beleza da sala. Como na anterior, a parede principal é de vidro, coberta por cortinas blackout. Ela é grande, não quanto a outra mais grande. Há direita, há um sofá em forma de U negro em cima de um grande e supermacio tapete nude. Em frente ao sofá, a lareira mais linda que eu já vi na vida, é de madeira carvalho acho e as laterais, contem pequenos desenhos entalhados na madeira, parecem folhas, não sei dizer. Nela arde um fogo suave e muito convidativo. A esquerda, a uma estante repleta de livros, do teto ao chão. Fico maravilhada com a pequena biblioteca. Vou até ela e inalo o cheiro maravilhoso dos livros. Sorrio feito boba ao olhar os exemplares na estante. Tem desde O Pequeno Príncipe a Como eu era Antes de Você. Por um momento me permito esquecer do terror que passei horas atrás.  

— Gosta de livros? – pergunta surpreso.

— Adoro livros. – digo sorrindo.

Ouço Sasuke se movimentar pela sala e por alguma razão, penso que ele está vindo até mim como na sala de controle. Um calor invade meu peito e sinto meu rosto corar.

— Nunca imaginei.

— Por que não? – indago. Olho de soslaio e vejo que ele não está atrás de mim. Sinto uma pontada no peito.

— Não conheço muitas mulheres que se interessem por livros.

Muitas mulheres? Como assim? Me viro e ele está sentado no sofá. Como alguém pode ser tão lindo? Reprimo um suspiro.

— Talvez elas não sabem o que estão perdendo. – sorrio ladino.

Ele me observa por alguns segundos. Seus olhos me fitam como se eu fosse um quadro de Da Vince. Sinto o rubor tomar conta do meu rosto novamente. Mordo o lábio.

— É, talvez elas não saibam. 

 Saímos da sala de inverno. Sasuke anda na frente e eu um pouco atrás. Com elegância e familiaridade, ele anda pelo corredor naturalmente. Me pergunto se ele já frequentara a casa. Olho demoradamente seu corpo. Ele fica tão sexy com roupa preta, faz com que seja mais misterioso, inalcançável, tipo o monte Everest. Muitos tentam, mas só alguns conseguem. Eu bem que podia fazer parte desses “alguns”, penso.

— Aqui é o banheiro. Quer tomar um banho? – diz me olhando intrigado.

Merda, será que ele viu que eu estava analisando minuciosamente seu corpo? Bom, se viu ele não demostrou.

— Claro. – digo automaticamente corando de vergonha.

De repente sua expressão muda. O olhar intrigado dá lugar ao humor e em seus lábios, há a sombra de um sorriso. Como se ele curtisse uma piada intima.

— Então eu vou pegar uma toalha para você. – diz andando pelo corredor.

Ai não, por que eu disse que queria tomar banho? Eu não tenho roupas. Dou um tapa na minha testa. As únicas roupas que tenho são as que estou vestindo, se é que pode chamar assim. Depois do ataque de Sasori, elas viraram trapos. Muito bem Haruno, vai tomar banho e vestir o que? Meu inconsciente sorri sadicamente.

— A propósito – ele para no corredor - vou colocar uma muda de roupas pra você na porta.

Sorri e depois desaparece pelo corredor. Fico parada como uma garotinha boba que ganhou um beijo do príncipe encantado. Fico contemplando o corredor de onde ele saiu com um sorriso idiota no rosto.

Entro no banheiro e é maior que meu quarto. Quem precisa de tanto espaço? Olho me no espelho gigantesco em cima da pia de mármore, que a proposito é branco. O curativo que Tsunade fez cobre praticamente toda minha bochecha. Com cuidado retiro o esparadrapo e depois a gaze. O corte não é muito grande, o que é um alivio mas é profundo. A vermelhidão começou a clarear mais ainda assim, a cor é bem forte. A palma da mão de Sasori está quase desaparecendo junto com o inchaço da outra bochecha. Dou um sorriso fraco para a garota pálida e sem vida do espelho.

— Estou um caco. – murmuro triste.

Com dificuldade, me sento no vaso sanitário e devagar, desenrolo as faixas das minhas pernas. A medida que as faixas vão saindo, partes da minha perna vem à tona e com ela, os vários arranhões e hematomas se revelam. Enquanto desenrolo as faixas, lágrimas caem solitárias e frias por meu rosto.

— Seja forte Sakura, seja forte. – limpo o rosto e respirando fundo, tiro o que eram minhas roupas.

Entro no box e ligo a ducha. Aceito de bom grado a agua quente caindo sobre meu corpo. Meus músculos doem, meu rosto arde e de repente me sinto cansada, cansadíssima. Pego o sabonete líquido coloco na bucha, depois a passo devagar sobre minha pele. Cada vez que esfrego a bucha no meu corpo, me lembro de cada agressão de Sasori. Me lembro do sorriso sádico, do olhar malicioso, das suas mãos sujas me tocando. Me esfrego com mais força, pensando que assim posso apagar o que ele fez comigo, o que eu sofri. Reprimo um grito ao passar a bucha com força por minhas pernas. Elas ardem e vejo que em alguns arranhões sai um filete de sangue. Observo o sangue se misturar com a agua, descendo por minha pele, formando um rio ao longo do meu corpo e por fim, se esvair pelo ralo do banheiro.

— O que você fez comigo Sasori? – murmuro escorregando pela parede e me sentando no chão. Com a agua quente caindo sobre mim, choro baixinho. 

Como prometido, Sasuke deixou a toalha e uma muda de roupa no batente da porta. Pego a toalha e me enrolo nela, nossa é muito macia. Olho as roupas que ele me trouxe e no mesmo instante meu rosto cora. Tem apenas uma blusa branca e, eu acho que é uma cueca box preta. Fico olhando da blusa para a cueca, da cueca para a blusa. Eu vou ter que vestir isso? Até meu inconsciente está chocado dessa vez.

— Tudo bem, você pode fazer isso. – digo vestindo a cueca e a blusa.

Me olho pelo grande espelho, e fico satisfeita com o resultado. Depois de secar e pentear os cabelos, minha aparência está apresentável. O corte ainda contrasta terrivelmente com minha pele pálida. Decido não fazer um novo curativo pois, eu não tenho nada, nenhuma gaze, esparadrapo ou um chumaço de algodão e também se eu fizesse um curativo o processo de cicatrização vai demorar.

Recolho minhas “roupas” e as dobro cuidadosamente e, pegando minha sapatilha, saio do banheiro pisando descalça no chão gelado.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai amados, o que acharam??
Comentem, favoritem, recomendem
Leitores fantasmas apareçam, estou ansiosa para conhercer vcs amados...
Superbjuuuuss e nos vemos nos reviews.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Anjo da Salvação" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.