L'amour Existe Encore escrita por AhPalasAthena


Capítulo 6
Finalmente


Notas iniciais do capítulo

Ahaaaaaaaaa! Voltei meu povo! (Eu sei, estou em dívida com vocês, mas é que a PUC não me dá tempo nem para comer direito e eu tô trabalhando agora sabe. Como o evento já passou agora estou tranquila hehehehehehe), e olha, eu adoro esse capítulo. De verdade. Espero que me perdoem e deixo claro que I SURRENDER LOGO ESTARÁ DE VOLTA! Sim, vocês leram isso mesmo! hehehehe. Bom, aproveitem e eu dedico esse capítulo GrillowsForever.



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E finalmente – e infelizmente também – as trinta e seis horas se passaram. Eu registrei cada passo nosso indo para o apartamento de Ana e claro que enchi Cathy de perguntas – todas sem resposta – e ela quis me matar. Ser irritante realmente era o meu forte, não dava para negar. Quando estávamos dentro do elevador me percebi nervoso. Nervoso? Ou ansioso? Ou os dois? Se eu estava daquela forma imagine a menina que havia feito o vestido sem entender absolutamente nada. Eu sabia que Cathy estava testando a menina – era muito a cara dela fazer isso. Havia feito com todos os funcionários mais próximos – e talvez apenas para saber até onde a determinação da garota ia, mas ela também poderia ter ido com a cara da garota – e se isso tivesse acontecido essa menina tinha uma divida gigante com os céus viu! – o que realmente era um milagre porque Cathy desconfiava de tudo e de todos. Ainda que Cathy fosse chata – ela era demais – e exigente – é exatamente por isso que a maioria das coisas que ela usa e tem são EXCLUSIVAS – se Ana se saísse bem ela seria recompensada – e muito bem recompensada – e se não se saísse tão bem Cathy daria oportunidade para ela estudar mais.

–Você não vai pegar pesado com a menina não né? – perguntei assim que descemos do elevador.

Cathy me olhou séria e respondeu:

–Vou fazer com ela o que faço com todos Gilbert!

Depois daquela eu resolvi ficar calado. Eu ia ganhar bem mais.

Quando nos viu Ana ficou mais ansiosa ainda, nos convidou para entrar e confesso que estava tão nervoso que nem reparei no apartamento dela. Cathy, direta como sempre, já pediu para ver o vestido e Ana levou-nos para o que posso chamar de mini – mini, mini, mini – ateliê. O vestido estava lá, nas medidas da futura dona, mas num tom de azul que, a meu ver, ficaria incrível em Cathy.

Durante a prova eu fiquei andando de um lado para o outro – se você acha que minha querida carrasca fez questão de me deixar do lado de fora ansioso, você acertou em cheio – imaginando, ou tentando, como Cathy ficaria dentro daquele vestido. Quando elas finalmente saíram eu até me sentei porque se ficasse em pé cairia para trás. Cathy estava lindíssima. Como eu havia pensando... O vestido caiu como uma luva e ela ainda usava um salto, altíssimo, preto. Jogou os cabelos para um lado deixando os cachos nas pontas desorganizados e maravilhosamente sincronizados. Aquele tom de azul tinha realçado a pele branca dela e ela irradiava luz naquele lugar. Se ela usava batom vermelho? Sim! Brincos grandes? Também! Aquele olhar desafiador de sempre me deixando louco...

–E aí? – Cathy perguntou.

–Você... Você... Cathy... – tentei falar.

–Estou linda? – ela tentou me ajudar.

Assenti totalmente bobo. Ela fez questão de desfilar até o enorme espelho à sua frente e se admirar caprichosamente. Eu estava tão abobado que quase me esqueci da pobre Ana ali ao lado, toda ansiosa para saber o veredito da cliente. Minha opinião não servia de nada naquela situação porque eu não tinha dinheiro para pagar aquele vestido, muito menos contatos para ajudar aquela menina.

–Então... – Cathy disse dando uma voltinha na frente do espelho. – Você tem um talento tremendo menina! Conseguir fazer um vestido e não precisar fazer ajuste nenhum... Não é para qualquer um! Por isso – Cathy se virou para ela – proponho um acordo com você.

Ana ficou olhando ansiosa para Cathy com os olhos marejados.

–Eu realmente amei o seu trabalho e meu consultor de moda e estilista particular pediu demissão porque está muito doente e não acha justo executar o seu trabalho pela metade... Não tenho um consultor de moda no momento...

Cathy fez aquela pausa terrível. A meu ver ela nem precisava de um consultor de moda né? Na verdade, para mim, ela não precisava nem de roupas...

–Você tem talento, precisa de um emprego na área enquanto eu preciso de pelo menos um consultor de moda com indícios de um futuro estilista... O que você acha de ir com a gente para os Estados Unidos fazer um mestrado na sua área por minha conta e ser minha consultora e estilista exclusiva?

Ana ficou olhando para Cathy por um tempo em choque. Também com uma proposta daquelas, até eu ficaria... Cathy ficou ali esperando uma resposta que veio com um abraço apertado de Ana e lágrimas de alegria. A menina não sabia se agradecia, se chorava, se abraçava... Cathy retribuiu o abraço sorrindo e olhando para mim. Fiz questão de simular palmas para ela enquanto sorria. É Nick... Você está perdendo muito viu! E eu ganhando mais ainda!

–Muito obrigado Srta. Willows! De verdade! Muito obrigado...

–Ai... Vamos combinar uma coisa... Nada de senhorita... Vamos começar com um Catherine apenas... – Cathy pediu sorrindo. Geralmente todo mundo começava com um Willows...

Ana assentiu e voltou a abraçar Cathy. Depois de todos os agradecimentos Cathy ligou para Marjorie e pediu para que ela providenciasse todos os documentos necessários para Ana ir o mais rápido possível para New York, afinal logo as universidades abririam turmas para mestrados e doutorados.

–Então nós já vamos Ana... Temos uma festa agora. Encontro-te lá em New York agora. – Cathy disse abraçando a moça.

–Está bem! Boa festa para vocês e novamente... Muito Obrigado.

Nós sorrimos e fomos para a tal festa. No caminho eu falei:

–Tá... Agora me explica o que foi isso?

Cathy, sem desgrudar os olhos do notebook avaliando a bolsa de valores, respondeu-me calmamente:

–Temos que ser sábios, Gilbert. Não encontramos talentos natos o tempo todo em qualquer lugar. Ana estava sem emprego na área dela por falta de olhares sábios. Vocês estão achando que ela teve sorte de me encontrar por aí, mas na verdade fui eu quem teve muita sorte... Aquela garota vai longe!

E ali ela encerrou o assunto “Ana Flávia”. Mas que a menina tinha sorte... Ah ela tinha!

Quando chegamos a tal festa Cathy pediu:

–Às duas da manhã você me chama para ir embora tá? Se quiser ir antes... É só chamar.

Assenti e desci para abrir a porta do carro para ela. Se você acha que ela ficou posando para os fotógrafos, saiba que você está bastante errado! Ela quase saiu correndo. Levei minha filmadora e gravei alguns pedaços da festa. Claro que peguei no pé dela durante a festa.

–Só uma Cathy! – supliquei quando ela pegou mais uma taça de champanhe.

Ela revirou os olhos e respondeu:

–Só uma! A próxima. Mas só uma musica senhor Grissom.

Sorri. Adorava quando ela me chamava assim. Claro que a “próxima” música que ela, azarada como era, havia dito que dançaria era bem animadinha. Puxei-a para a pista de dança e fomos para um lado mais oculto. Comecei a dançar e ela ficou olhando. Girei em torno dela e falei em seu ouvido:

–Prove-me que realmente sabe dançar.

Ela soltou uma gargalhada e respondeu:

–Eu não preciso te provar nada. Mas isso é uma festa né? Vamos ver quem dança melhor aqui, baby.

Ali estava o ponto fraco dela. Não podia ser desafiada...

Cathy abriu um sorriso maroto e foi requebrando na minha frente, nada vulgar, pelo contrário, era maravilhoso vê-la dançando para mim. Quando notou que eu estava meio bobo falou:

–Então... Dance garoto!

Tomou um gole de champanhe e voltou a dançar. Entrei no ritmo com ela e dançamos mais que uma musica, com toda certeza. Às duas da manhã nós fomos para o aeroporto e durante o voo ela ficou inquieta. Quando chegamos a casa dela tudo que fizemos foi dormir. Acordei primeiro que ela e decidi ir ver minhas filhas. Deixei um bilhete na geladeira – porque seria o primeiro lugar para onde ela iria ao acordar – e fui ver minhas meninas. Durante a tarde meu telefone tocou e quando vi quem era uma preocupação dominou meu peito.

–Cathy? O que foi? – atendi de imediato.

Ela soluçou.

–Você pode vir para casa? Não consigo falar com Sara de jeito nenhum... – pediu enquanto segurava lágrimas.

Olhei para minhas filhas brincando a certa distancia de mim e respondi:

–Só vou deixar as meninas em casa... Já chego aí. Fica calma.

–Tá!

Desliguei e levei as meninas para casa. Nunca fui tão rápido para a casa de Cathy como naquele dia. Subi as escadas da casa dela correndo e quando cheguei ao quarto dela e a vi chorando, abraçada a uns lençóis com o notebook do lado não consegui raciocinar...

–Cathy? O que houve?

Ela me olhou com aquele olhar de decepção, virou o notebook para mim e falou:

–Você sabia não é? Ele contou para você. Tenho certeza.

Aproximei-me dela e comecei a ler a matéria. Louise havia assumido um romance com Nick... Claro que as fotos estavam ali para confirmar tudo e eu não poderia mentir para ela.

–Cathy... – comecei, mas ela não permitiu que eu prosseguisse.

–E eu aqui achando que você tinha mudado Gilbert! Você compactuou com tudo isso! Mesmo sabendo de coisas que quase ninguém sabe. Você acobertou as safadezas de Nick mesmo sabendo que eu preferiria mil vezes saber a verdade da sua boca. Você preferiu me ver sofrer por alguém que não me ama... Você tem coração Gilbert? Eu realmente não sei quem é pior... Você ou o Nick.

Eu não tinha argumentos contra ela e ainda que tivesse não ousaria expô-los afinal ela tinha toda razão. Eu tinha pisado feio na bola.

–Mas sabe... Amanhã é o ultimo dia dessas filmagens e... Depois disso eu não quero mais ver você, muito menos Nick, perto de mim. As coisas dele estão lá embaixo, você leve para o antigo apartamento dele. Amanhã você fica aqui até a hora do almoço porque depois vou viajar. Espero que você tenha entendido meu recado. Agora já pode sair. – ela disse assim que se levantou e abriu a porta do quarto.

–Cathy... Deixe-me explicar...

–Sai! – exigiu.

Abaixei a cabeça e fiz o que ela exigiu. O que eu fiz da minha vida?

Fui para “meu” quarto e tranquei a porta. Antes de me culpar fiz questão de mandar a seguinte mensagem de texto para Nick:

“Muito bem! Preciso te dar os parabéns por fazer a Catherine sofrer! Suas coisas já estão em seu apartamento e ela não quer te ver nem pintado de ouro. Espero que você e Louise sejam muito felizes!”

Desliguei aquele treco e me afundei na cama... Eu sabia que alguma coisa iria acontecer. No fim de tudo eu ainda saí como o vilão... Ah Nick... Sorte sua você não estar aqui... Sorte sua...

Um Mês Depois...

Ao contrario dos trinta dias anteriores, esses tinham passado lenta e dolorosamente. Faziam questão de me lembrar que Cathy não queria me ver, não queria minha presença por perto... Mas finalmente eu a veria depois daquele dia... Havia chegado o dia de mostrar todas as minhas filmagens e confesso que achei que ela ia pedir para não exibirem essas imagens – principalmente pelo fato da traição de Nick ser capa de revistas no mundo todo – mas ela fez questão de estar até presente no programa ao vivo. Durante todo esse mês ela ficou totalmente sumida, até mesmo das revistas “feministas” – ela não era, mas... – que insistiam em tê-la como modelo. Não a encontrei no camarim antes do inicio do programa porque ela viria direto de uma viajem.

–Chegou? – a apresentadora disse. – Maravilha!

Olhei para a plateia e vi Marjorie e Ana Flávia sentando-se em lugares vagos – e bem próximos da saída – e meu coração já acelerou. Eu mesmo havia feito a edição do “filme” e naquele dia o programa teria três horas de duração exatamente por isso, afinal foram trinta dias de convivência, eu tinha muita coisa para mostrar ao mundo.

–Então Gilbert... O que você pode falar de Cathy para nós? – a apresentadora disse.

–Vou ser bem sincero... Eu não gostava muito dela. Mas com a convivência percebi a mulher incrível que ela é. Ela é brava sim, a profissão dela exige isso, mas também sabe ser um doce de pessoa. Em momento algum eu a vi destratando alguém, exceto eu, é claro. – houve risos – Mas mesmo assim ela é uma garota de ouro. Como dizem os Japoneses, só há uma com todas as qualidades dela em cada geração. O homem que casar com ela será muito feliz, com toda a certeza.

A apresentadora comentou mais um pouco, fez mais algumas perguntas e logo chamou minha pequena Cathy para vir nos fazer companhia. Quando ela entrou eu quase não a reconheci. Os longos cabelos estavam num ruivo tão vivo que deu um brilho especial aos olhos dela, uma maquiagem impecável era ofuscada pela luz daquele sorriso. Ana tinha caprichado no look dela... Um vestido vermelho que marcava a cintura e a parte de baixo me lembrava uma rosa aberta já que a saia era soltinha e rodadinha. Os saltos pretos fechavam o look que era tão simples, mas que só ficaria perfeito daquele jeito nela. Claro que os brincos grandes estavam compondo o look e um relógio de ouro e alguns anéis completavam aquela perfeição. Ela cumprimentou a moça e quando me abraçou eu quase não a larguei. Aquele perfume...

–Meu Deus! Antes de começarmos... Onde você comprou esse vestido? – apresentadora perguntou.

Cathy sorriu e falou:

–Não comprei. É exclusivo. Minha consultora de moda que também é minha estilista exclusiva que fez para mim!

As duas se sentaram e Marry – a apresentadora – começou aquela serie de perguntas sobre esse tema.

–É mesmo? Mas nós ouvimos boatos que seu antigo estilista pediu demissão! Quem é essa moça tão sortuda?

Cathy soltou uma gargalha, mandou um beijo para o antigo estilista e pediu:

–Ana Flávia fique de pé. – a menina ficou de pé sorrindo. – Essa é minha estilista, EXCLUSIVA! Temos uma parceria.

Ana deu um tchauzinho e Marry voltou para o motivo real de estarmos ali... O filme passou, mas eu não vi uma cena... Fiquei matando a saudade das reações tão espontâneas de Cathy.


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Notas finais do capítulo

Eitha Gil, vai atrás da mulher logo kkkkk. Mereço comentários?



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