L'amour Existe Encore escrita por AhPalasAthena


Capítulo 5
Japan


Notas iniciais do capítulo

Helloo, It's me! kkkkk Não sou Adele, mas I'm Back genteeeeee! Vou me explicar agora ok? Estou trabalhando agora, mas não se preocupem, continuarei com todas as Fics (Inclusive I Surrender que está parada por motivos de CTE (Crise Temporária de Escritora), Logo ela voltará (eu acho), mas voltando ao meu trabalho!!!!, como está próximo a formação dos orientadores eu ralo mais, depois do dia 2 eu estou de boooooa! Provavelmente dia 4 atualizo I Surrender (estou tentando escrever, eu juro!) e enquanto isso vou atualizando L'Amour Existe Encore.
Eu estou extremamente feliz com a proporção dessa Fic (mesmo que ninguém ainda não tenha recomendado...), só sinto falta dos comentários das pessoas que me cobram... Mas o importante é fazer vocês feliz (mas voces podem me fazer feliz também com comentários enormes gente, eu amooooo), Mas okay... Esse capítulo eu dedico a GrillowsForever e a HumorCSI que estou morrendo de saudades de ser ameaçada por ela.... Um cheiroooooo
Marjorie ♥ kkkkkkk
Espero que gostem.
Não corrigi os erros deste capítulo!



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–Cara, estou num mato sem cachorro. – falei enquanto ele se sentava ao meu lado. – O Nick acabou de me dizer o que eu já previa.

Warrick sabia dos meus sentimentos por Cathy e por isso ele chegou à seguinte conclusão:

–Isso quer dizer que você tem uma chance. Bom para você.

Neguei com a cabeça.

–Ela realmente gosta dele. Ela não merece sofrer por uma traição e ela está passando por uma barra pesada na empresa e na família. Não quero nem imaginar como ela vai ficar. Sem contar que quando ela souber que ficou aqui esperando ele para no fim ele chegar e dizer que quer ficar com Louise... Ele é meu melhor amigo Warrick... Meu melhor amigo. Como falar para ele que eu amo a atual dele e que até roubei um beijo dela?

–Você fez isso mesmo? Cara! Você é louco.

Coloquei as mãos na cabeça e suspirei. Logo as meninas desceram e Sara e War foram dormir. Eu e Cathy ainda ficamos assistindo um seriado que amávamos e depois ela disse:

–Acho que já vou dormir...

Olhei para ela e falei:

–Vá mesmo... Afinal você ainda tem aquela pilha de papeis para ler amanha!

Ela fez uma carinha de tristeza e resmungou:

–Não estraga a minha preciosa noite. Eu quero esquecer toda aquela papelada.

Soltei uma gargalhada e beijei a testa dela:

–Vá descansar. Eu fecho a casa e apago as luzes.

Ela me olhou confusa – claro né? Eu nunca tinha demonstrado tanto afeto por ela antes. – e depois de me desejar boa noite foi para o quarto. Enquanto eu fechava a casa pensei em toda aquela situação que estava vivendo e decidi que a nossa viajem para Tóquio seria um divisor de águas na minha vida e principalmente na minha relação com Cathy.

Terça-feira, 04h00min AM- horário de New York

Assim que o piloto do avião anunciou que iríamos alçar vôo Cathy ficou extremamente tensa. Ainda que ela tentasse disfarçar era nítido seu desespero. Segurei sua mão e ela apertou a minha de olhos fechados enquanto decolávamos. Assim que o vôo ficou mais estável ela abriu os olhos e controlou a respiração.

–Está tudo bem! Calma. – sussurrei. – Isso tudo é medo?

Ela me olhou de rabo de olho e sussurrou:

–Trauma. Meus pais morreram em um acidente de avião.

Puxei-a para perto e abracei-a. Foram vinte horas e dez minutos tensos de viajem onde ela só se acalmou ao ouvir Céline Dion. Mas logo passamos por uma leve turbulência e ela não quis mais ouvir música. Foi a viajem toda sem soltar minha mão e quando nós chegamos ao hotel acabamos ficando no mesmo quarto por um motivo técnico do hotel. Ela queria muito descansar e eu queria muito tomar um banho e relaxar então não nos opomos em ficarmos juntos por apenas três noites. Deixei-a sozinha para tomar banho e depois de uns vinte minutos voltei. Ela estava penteando os cabelos com os olhinhos quase fechando.

–Ei, vem dormir. – falei.

Ela soltou a escova e foi para a cama. Em menos de cinco minutos pegou num sono pesado e eu, depois de tomar banho, liguei para Sara avisando que estávamos bem e a primeira coisa que ela perguntou foi:

–E durante o vôo? Como ela ficou?

–Não largou minha mão em momento algum. Foi bastante tenso.

–Eu imagino que ela esteja dormindo pesadamente agora, né? – Sara supôs.

–Está sim. Quando ela acordar irá te ligar tá bem? Também vou dormir.

–Vai lá! Fiquem com Deus. Qualquer coisa me liga!

Deixei o telefone de lado e me deitei ao lado dela. Logo dormi também. Acordei com o celular dela tocando, no outro dia. Era Nick. Eu não podia atender, mas resolvi acordá-la.

–Cathy... É o Nick! Acorda.

Ela acordou lentamente e resmungou:

–Deixa tocar... Põem no silencioso. Desliga o celular... Mas me deixa dormir.

Peguei a agenda dela e conferi o que ela tinha que fazer naquele dia. Em menos de uma hora e meia ela tinha que estar numa reunião e ainda estava ali, dormindo...

–Cathy... Já são nove da manha. Daqui a pouco você tem aquela reunião.

Ao ouvir isso ela pulou da cama e correu direto para o banheiro. Comecei a rir e ajeitar minhas coisas para um banho. Meia hora depois ela saiu do banheiro e eu entrei. Claro que ela demorou séculos para se arrumar e eu fiquei lá embaixo esperando. Comecei a gravar algumas palhaçadas só para conferir se estava tudo certo com a filmadora e depois postei uma foto em minhas redes sociais com a seguinte legenda: “In Japan”.

–Vamos? – ouvi a voz de Cathy.

Levantei meu olhar observando-a desde os saltos até os cabelos. Precisava daquilo tudo? Nos pés estava um par de saltos pretos, aveludados, um pouco acima do calcanhar, uma meia calça preta e um vestido vermelho com mangas ¾ e um cinto demarcando a cintura compunha o look. A maquiagem estava bem leve, bem natural. Os cabelos estavam lisos até a metade de seu comprimento, depois se transformavam em cachos lindos. Ela colocara um brinco discreto e umas pulseiras, ambos de ouro e só para quebrar de vez as minhas pernas aquele perfume maravilhoso que só ela usava – sim, exclusivo – invadiu o ambiente.

–Han... Vamos! Mas antes... Preciso registrar...

Ela assentiu e as horas se passaram demasiadamente rápidas. A reunião se estendeu demais e quando, finalmente, os investidores – acho que ela falou isso mesmo – assinaram os documentos ela relaxou por completo. A primeira parte da missão havia sido efetuada com êxito!

Ela decidiu almoçar num restaurante pequeno, bem ajeitadinho no final da rua em que nos encontrávamos. Quando chegamos à porta uma moça morena, de uns vinte e poucos anos, com os cabelos encaracolados e pretos, não muito alta, nem baixa, com curvas muito interessantes – desculpa, mas ainda sou homem né? – e um sorriso meigo nos lábios veio nos receber. Conduziu-nos para uma mesa mais discreta e Cathy ficou o tempo todo observando a garota. Num determinado momento eu falei:

–Conhece a moça?

Cathy desviou o olhar da menina e olhou para mim sorrindo.

–Não! Não conheço. Tenho quase certeza que ela é brasileira. Também vejo nos olhos dela o que por diversos anos estavam nos meus... E esse vestido dela é... Maravilhoso! – confessou olhando nos meus olhos.

Olhei a menina e voltei a olhar para Cathy.

–É... E o que você vê nos olhos dela?

Cathy ficou alguns segundos olhando no fundo dos meus olhos e quando foi responder voltou a olhar para a menina.

–Ela está sofrendo. Vejo medo, angústia, descrença... Um pouco de desânimo e... Mais alguma coisa que eu ainda estou ponderando se realmente é o que eu acho que é.

Olhei para a menina que levava novos clientes para uma mesa do outro lado do restaurante.

–Srta. Willows? – uma voz nos chamou atenção.

Claro que alguém ia saber quem era ela né? É obvio! Também, com dois seguranças na porta do restaurante, quem não tentaria descobrir?

–Sim? – Cathy disse direcionando o olhar para um homem, aquele sim era japonês, com toda a certeza, começando pelo tamanho.

Dali para frente eu não entendi mais nada, porque eles começaram a falar japonês. Assim que ele saiu perguntei:

–Traduz para mim, porque eu não entendi nadinha!

Cathy gargalhou e falou:

–Eu tinha o direito de pedir o que eu quisesse comer... Então pedi algo que eu sempre quis comer aqui no Japão, mas sempre que venho nunca consigo arranjar um tempinho para comer...

–Pelo amor de Deus! Peixe cru não né? – resmunguei.

–Você está no Japão e não quer comer peixe cru?! Meu Deus! Mas para sua sorte não pedi peixe cru. Pedi Ramen. Mas com uma especiaria!

–Hmmm... Vejo que não vou gostar disso...

Ela estreitou os olhos e falou:

–Realmente, gostar você não vai mesmo! Vai amar...

–Duvido! – desafiei-a.

Mas é claro que ela estava certa. O tal do Ramen era maravilhoso mesmo. Depois nos serviram uma sobremesa muito louca, mas gostosa. Logo o chefe voltou a nossa mesa e enquanto eles falavam em códigos – pelo menos para mim – notei que Cathy apontou para a moça. O chefe olhou para a mesma de cara feia e pelo decorrer das cenas eu imagino que ele tenha suposto que ela tinha desagradado Cathy com algo. Cathy disse algo e o chefe ficou meio pensativo enquanto ia atrás da moça.

–Como eu imaginei. Brasileira. – Cathy disse me olhando.

Assenti sem entender o porquê de tanta “curiosidade” pela garota.

–E...? – quis entender.

–E que eu vou falar com ela ué! – Cathy disse me olhando enquanto pegava o celular que tocava.

A moça vinha para nossa mesa enquanto Cathy atendia o celular. Assim que viu a menina esperando ao seu lado ela agilizou a ligação, falou tão rápido que aquilo já não era nem mais inglês e sim Cathylheis! A moça não sabia para onde olhar, o que fazer, porque estava ali... E quando Cathy pediu para ela sentar ela hesitou por um longo tempo, mas sentou-se.

–Então... Você é brasileira? – Cathy perguntou.

Pelo menos daquela vez ela resolveu falar em inglês né? Se não eu estaria bem perdido ali.

–Sou sim! – a moça respondeu, mas ao contrário do que eu pensei, ela não foi nada tímida.

Cathy fez aquela serie de perguntas sobre a vida da garota e quando ela começou a contar o porquê de estar ali em Tóquio o celular de Cathy tocou – pela trigésima vez durante aquele curto período – e ela teve de atender.

–Espere só um momento... Preciso mesmo atender essa ligação...

Quando a ligação acabou a moça prosseguiu e finalmente descobrimos seu nome, Ana Flávia. Ana tinha ganhado uma bolsa de estudos em Tóquio e cursara design de moda, mas emprego em Tóquio não estava tão fácil. Ela precisava manter-se ali então recorreu ao primeiro emprego que encontrou: recepcionista de restaurante.

–E esse vestido que você está usando? De onde é?

O vestido era preto, não muito decotado nem curto, colado no corpo até a cintura, depois era mais soltinho. Eu tinha notado que nele havia uma abertura nas costas, nada vulgar. Claro que Cathy viu muito mais coisas que eu né? Eu não entenderia nunca o que as mulheres tanto viam em roupas...

–Fui eu quem fez. – ela disse orgulhosa.

–Ah é? – Cathy disse pondo a mão no queixo como sempre fazia ao olhar algo que lhe interessava. – Se eu te falar que preciso de um desse para daqui trinta e seis horas você faria um para mim?

Ana engoliu seco, refletiu por menos de quinze segundos e destemidamente respondeu:

–Consigo!

Cathy assentiu e olhou para mim.

–Me faz um favor?

Assenti de imediato. Ela pegou a chave do carro em que estávamos e me entregou.

–Traz aquela minha pasta branca? Está embaixo no meu notebook.

Levantei-me e fui para o carro. O que aquela maluca vai fazer?

–O que você está aprontando mulher? – perguntei assim que saímos do restaurante.

–Aguarde trinta e seis horas e você saberá. – foi o que consegui arrancar dela naquele dia.

Revirei os olhos e fomos dar umas voltas na cidade. Bonita, muito bonita mesmo. Durante uns quinze minutos eu fiquei segurando vela para ela e Nick – o que eu preciso falar que era de uma tremenda covardia dele. Se ele terminaria com ela daqui duas semanas para que alimentar aquele sentimento? – e claro que depois eu me tornei o carregador oficial de sacolas dela. Andar com quatro seguranças na nossa cola era bastante desconfortável. Ela parecia já estar acostumada porque agia naturalmente enquanto todo mundo ficava olhando para ela – e para mim né? – com cara de: “Quem é essa louca?”.

Depois das compras fomos para o hotel. Ela passou horas revendo a apresentação que havia feito e estudando as palavras certas para a ocasião. Não jantou, ficou apenas no café. Ficou ali até chegar ao seu limite e foi para a cama. Eu ainda fiquei acordado conversando com algumas pessoas, inclusive Nick. Eu queria evitá-lo, mas aí ficaria na cara demais que tinha algo errado comigo, que algo havia mudado em mim. E se você pensa que eu perdi a oportunidade de dar um sermão nele pela cafajestagem que ele estava fazendo com Cathy saiba que não perdi. Eu queria falar muito mais, mas não podia. Se eu começasse falaria mais coisas que o necessário e no fim das contas eu e Cathy que sairíamos como os ruins da estória.

Durante a madrugada ela me abraçou enquanto dormia e eu realmente não soube o que fazer. Era tão estranho pensar em como nossas estórias tinham tomado rumos diferentes... A necessidade que eu tinha de pirraçá-la havia se transformado em uma necessidade de cuidar, de protegê-la. Talvez esse sentimento estivesse aqui desde o princípio. Eu não poderia dizer que era amor, porque nós ainda não nos conhecíamos tão bem, mas que estava bem próximo de ser... Ah isso estava! Na verdade eu volto atrás... Aquilo poderia sim ser amor porque era muito mais forte do que o sentimento que eu tinha pela minha ex-esposa. Por mais que Heather tenha feito parte da minha vida por mais de uma década eu nunca havia sentido por ela o que sentia por Cathy e as sensações que Cathy me causava eram muito mais intensas que as Heather me proporcionara. E olha que na grande maioria do tempo em que ficava com Cathy eu ganhava mais demonstrações de desafeto que de carinho! Olhando por esse lado eu também havia dado a ela exatamente o que ela me dava em troca! Quem pedia o desafeto dela era eu ao agir de forma infantil e insuportavelmente irritante só para provocá-la. Afinal de contas... O que é esse sentimento que insiste em dominar meu peito?


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Notas finais do capítulo

E aí? Valeu a pena? Ooolha, se tiver sete comentários hoje posto mais um, okay? Kisses!



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