Legami Di Amore escrita por Tahii


Capítulo 6
Gelosia


Notas iniciais do capítulo

HEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEY!
Pessoal-do-céu, eu estou com uma vontade LOUCA de AMARROTAR todos VOCÊS em um grande e maravilhoso ABRAÇO ♥ Fiquei tãããããããão feliz com os comentários. E Legami Di Amore recebeu a primeira recomendação ♥.♥ (vocês podem mandar a qualquer hora, ok? ♥) KKKKKKK Aiai ♥ Fiz esse cap com MUITO amor e carinho porque eu AMO vocês ♥
Então não fiquem bravas comigo MUAHAHAHAHAHAH Espero que gostem ♥ Amo vocês ♥
Ps. Vocês viram que LDA está de cara, ops, capa nova? kkkkkk ♥
Ps²: Só a missValdez acertou o par do Scorpius ♥

VAMOS AOS AGRADECIMENTOS!
Ana Clara, Black, Miss Belle, Mazu, Courtney, Rosalie Malfoy, Speedy, Lu Black, Irene Malfoy, Malu Weasley, Evil Queen, Jir, Duda Weasley, umaasgardiana, Sunny Deep, Aly, missValdez e Lucy Tonks MUITO OBRIGADA PELOS LINDOS COMENTÁRIOS QUE ENCHERAM O MEU CORAÇÃO DE ALEGRIA, UNICÓRNIOS E AMOR ♥ Amei, amei, amei, sem dúvidas eu AMEI! Muito OBRIGADA! Adorei ver as carinhas novas (vocês estão de prova que eu não mordo e sou um doce ♥) e espero ver mais novas ♥ OBRIGADA A TODAAAAAAAAAAS ♥ Amo vocês ♥
Miss Belle, Aly, Jir, Sunny Deep e missValdez MUITO OBRIGADA por terem favoritado LDA ♥ Vocês encheram o meu coração de alegria, amor, coisas cor de rosa e amor ♥
OBRIGADA TAMBÉM A TODOS OS NOVOS LEITORESSSSSSSSS ♥ ESPERO VER TODOS VOCÊS, OK? ♥ ♥

Courtney, MUITO obrigada pela sua linda recomendação. Quando eu vi que alguém tinha recomendado a minha humilde fanfic Scorose e depois quando eu li o que você escreveu, eu fiquei tipo *o* ♥ Fiquei muito feliz por saber que o meu empenho está até que dando certo. Muito obrigada MESMO, você não faz ideia de como eu amei e de como eu te agradeço viu? #CortneyParceira Não esquece: time do Lupin 4ever ♥ OBRIGADAAAA ♥

Boa leitura ♥

► PLAYLIST
https://www.youtube.com/watch?v=tNx1y8AXZxw&list=PLm_bv0SbG68UdaGyxvje2S6Vyd79Z5tmc

*Gelosia = Ciúme



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/656892/chapter/6

 

Scorpius Malfoy se considerava um imã de problemas. Ele poderia não saber onde, quando ou por que, mas pelo menos uma situação difícil aparecia para atrapalhar o seu dia. E feriado, seu aniversário ou final de ano não eram exceções.

Ir no jantar do Ministro da Magia já era uma grande bucha para a pouca paciência do rapaz, ter que levar alguém era pior ainda, mas não ter quem levar superava todos os limites. Ele poderia ir sozinho… Se quisesse perder a competição interna que rolava entre as famílias de elite. É claro, os Malfoy sofreram altos e baixos, muitas quedas, muitas mesmo, porém eles ainda eram eles. Draco e Astória, particularmente, estavam cem por cento nem aí se o filho estava ou não acompanhado, o grande problema era Lucius, que enchia a cabeça do garoto com essa história sem cabeça de que ele sempre deveria levar uma namorada a esses jantares.

Sendo uma ideia estúpida ou não, Scorpius não iria torturar o seu avô em seus últimos anos de vida com um ato de rebeldia como esse. No entanto, não poderia negar que estava sem escolhas.

Depois do agitado café da manhã cheio de blá, blá, blá sobre o jantar, Alvo, Scorpius e Adam compartilharam o mesmo sofá. Todo ano era o mesmo dilema, os três patetas pensando no que fariam para achar uma garota em menos de vinte e quatro horas.

— Ainda bem que eu arrumei uma namorada. — comentou Alvo esboçando um projeto de sorriso, que se desfez com o olhar fuzilante de Adam. — Ué, que a verdade seja dita.

— Ótimo que você está feliz, Potter, mas eu realmente não quero compartilhar dessa sua felicidade ridícula. — praguejou Zabine rolando os olhos.

— Ai, Adam, fica de boa. — o garoto moreno falou em um tom descontraído. — Chama, sei lá, a Lucy.

— A sua prima cúmplice do mal da sua irmã? Valeu, prefiro ir sozinho.

— Ela não vai te matar ou algo do tipo, cara, ela só é a Lucy. Inofensiva e dócil. — Adam rolou os olhos novamente. — Sem contar que ela é bonitinha.

— Você está insinuando qu-

— Não estou fazendo nada não. — Alvo se defendeu travesso. — Só estou dizendo que seria interessante você dar um susto na minha irmã. — Adam o olhou descrente. — Quem sabe ela não passa do estágio de ódio eterno para, sei lá, quem sabe uma simpatia, hum? Pensei que tivesse aprendido com o Scorp e a Rose.

— Será que é difícil não me colocar no meio? — resmungou o loiro cruzando os braços impaciente, estava sem ideia nenhuma e os dois tagarelando ao seu lado só estava dificultando a situação. — Eu preciso de uma garota bonita e que, principalmente, não fique tagarelando na minha orelha igual vocês dois.

— O Adam chama a Lucy e você a Domi, simples. — resolveu Alvo se levantando. — E então Lily Luna vai parar de encher o meu saco com abobrinhas sobre você.

— Não vou chamar a sua prima. — disse Adam decidido. — Vou chamar a Karen porque provavelmente ela também está sozinha precisando urgentemente de um par e depois eu poderei me divertir o quanto quiser.

— Algo mais baixo que a Nott só a Britney mesmo. — Alvo sussurrou baixinho fazendo com que o amigo loiro respirasse bem fundo. — Certo, só falta você, Scorpius.

Scorpius pensou por alguns instantes. Chamar Dominique era uma boa opção, ela era legal para conversar e não o deixaria entediado. Sem contar que todos os Weasley estariam no jantar, apenas ficariam em mesas diferentes.

Dominique Delacour Weasley era alta, magra, com ondas loiras e olhos azuis como o céu que brilhavam com sua pele alva. Tinha um corpo escultural, uma voz tremendamente maravilhosa e era muito simpática e adorável. Não que suas qualidades tivesse alguma relevância para o Malfoy.

Desde a hora em que saiu da casa de Rose pela manhã não estava sendo o mesmo, de jeito nenhum. Scorpius agora não resistia em dar uma olhada na ruiva quando podia, ou puxar algum assunto mesmo que fosse para irritá-la. E ele estava pensando nela dia e noite — e se autointitulando de otário nos minutos livres. Claro que Scorpius Malfoy não estava gostando da ruiva, não mesmo. Ele só havia curtido o papo que tiveram na festa e a noite que passaram juntos.

Scorpius nunca encontrou alguém para conversar que o entendesse tanto como ela. Nem Alvo, nas madrugadas no dormitório da sonserina, conseguiu lhe consolar do mesmo modo que Rose fez. Não que ele estivesse triste ou desolado por causa da idiota da Parkinson, definitivamente não. Só estava cansado, exausto e farto de não ter nenhuma credibilidade com nenhuma garota. Era tão difícil acreditar que ele não estava olhando para outra garota, não estava se encontrando com outra à noite ou engando alguém? Scorpius não entendia o que se passava pela cabeça de suas namoradas e ficantes.

Só que ele entendeu o que se passava pela cabeça de Rose naquele instante que estavam sentados no sofá. Quando chegou ao seus ouvidos que Brian Wood implicava com as roupas, com a maquiagem e com o jeito de Rose Weasley, ele a entendeu. As garotas também implicavam com ele, com o jeito que ele falava, andava e até mesmo respirava.

Ele olhou Rose atentamente. Desde o tornozelo até os seus fios cor de fogo. Apesar de não saber se já era efeito da bebida, ele a achou linda e chegou a conclusão que o Wood era mais estúpido do que ele imaginava.

Enquanto a Weasley falava sobre esse assunto e suas palavras saiam estridentes e tristes de sua boca, Scorpius apenas a ouvia falar.

Eles precisavam ser entendidos, aceitos e amados. Não deveria haver ninguém para ditar regras ou punir algum comportamento errado. Eles tinham que ser livres e aproveitar toda liberdade para achar alguém que conseguisse aceitá-los.

Nessas alturas, Scorpius já sabia que a bebida tinha tomado conta de boa parte do seu ser, mas ainda sim usaria a desculpa de estar bêbado para contar o resto da sobriedade que lhe restava.

No começo ele foi muito simpático, muito atencioso e até tentou me entender. Depois de alguns meses começou a implicância com as minhas roupas, com o jeito que eu falo, com o jeito que eu trato as pessoas. — ela dizia de cabisbaixa. Quando levantou os olhos, os de Scorpius já estavam prontos para tentar decifrá-la e revelar alguns segredos para que, talvez, ela se sentisse melhor.

Quando eu começo a me envolver com alguma garota de um jeito um pouco mais sério, elas começam a duvidar de mim. — contou um pouco rápido, chamando a atenção da ruiva. — Elas acham que eu estou traindo elas, saindo com outras garotas e… Começam a me infernizar até a minha paciência acabar. E aí eu fico sozinho novamente. Elas implicam com o jeito que eu falo, com o jeito que eu ando, com o jeito que eu olho.

Acho que a nossa única semelhança, Malfoy, é que somos julgados, incompreendidos e vai ser difícil alguém aguentar as nossas… Características complicadas. — sorriu fracamente, causando um riso no rapaz.

Nos momentos que se sucederam, Scorpius Malfoy se sentia perdido e completo enquanto explorava todas as partes do corpo de Rose Weasley. Do momento em que ele a prensou na porta e selou seus lábios, não se desgrudaram até chegar o momento de irem para a casa dela. Eles estavam ligados, entrelaçados, conectados por uma energia que estavam compartilhando. Era sim de tristeza, angústia e mágoa, mas também foram os sentimentos mais fortes que poderiam sentir logo de cara.

Quando Scorpius fez a sua promessa que a amaria mesmo não sabendo o que significava, se ligou totalmente à garota. A sensação da sua pele macia, seus cabelos sedosos, sua respiração quente e o seus lábios sedutores ficaram na mente do rapaz até aquele momento, que ele se encontrava na sala em um momento difícil, mas não parava de pensar nela.

Tudo acabava nela.

O Malfoy realmente adorou os presentes que ganhou, as cinco vezes que se olhou no espelho antes de se deitar sentiu uma sensação estranha, como se fosse uma esperança de ver a imagem dela, e não a sua. Depois de tamanha tolice, tentou afastar seus pensamentos e se concentrar em uma coisa apenas: Eles nunca seriam compatíveis e ele deveria parar de ser idiota e seguir sua vida.

E o melhor jeito de fazer isso seria ficar um pouco longe dela.

— James Sirius, o homem que eu queria encontrar. — disse Scorpius se levantando do sofá quando viu o mais velho dos irmãos Potter passar em direção a cozinha. — Você vai no jantar do Ministro?

Nop. — respondeu abrindo a geladeira. — Vou sair com os meus colegas de time, não vou fazer tanta falta assim. Sem contar que o Al vai estar lá para suprir as necessidades do meu pai de exibir um filho.

— Saquei, então… Não sei como dizer isso de uma forma bem delicada e sutil. — riu falsamente nervoso, atraindo o olhar de James. — Você deixa a Dominique ser a minha acompanhante?

— É claro que pode. Aliás, não precisa pedir para mim, eu sou apenas o primo dela. — respondeu James sorrindo abertamente. Scorpius o encarou divertido. — Só que não deixe ela tomar nada, porque ela fica parecendo uma carroça destrambelhada de tanto que fala.

Se existia alguém em uma situação pior do que a Scorpius naquela casa, sem dúvidas era James Sirius Potter, mais conhecido como o cara apaixonado por Dominique Delacour. Contente com a permissão, o loiro decidiu ir atrás da dita cuja para ver se ela aceitaria ir com ele. Como Alvo dizia, Scorpius poderia ser considerado muito complicado pelo ponto de vista feminino e poderia assustar algumas garotas, então sempre era bom se prevenir um pouco.

Subiu as escadas e bateu duas vezes na porta do quarto que ela dividia com Rose e Roxanne, abrindo a porta em seguida e sorrindo amarelo para as garotas.

Rose sequer olhou para ele, Roxanne arqueou a sobrancelha e Dominique desviou sua atenção de seus esmaltes para olhá-lo.

— Domi, eu posso falar com você um instante? — perguntou o rapaz. Dominique se levantou da poltrona assentindo e se dirigiu até a porta, a encostou e fez uma expressão amigável para Scorpius.

— Diga.

— Quer ir comigo no jantar? — diretamente, Scorpius fez com que Dominique fechasse o sorriso e lhe encarasse seriamente. — Eu já falei com o James, ele deixou, disse que não vai e-

— Mas e a Rose? — o interrompeu.

— A Rose o quê?

— Ué, a Rose.

— Do que você está falando?

— Você sabe do que eu estou falando.

— Não, eu não sei. — rolou os olhos enquanto era puxado pela loira para mais longe da porta.

— Eu simplesmente não posso chegar para ela e dizer que eu vou ser sua companheira em um jantar, Scorpius. — disse como se fosse óbvio, cruzando os braços e sendo bem cuidadosa para não borrar o seu esmalte. Ele a olhou desentendido. — Ela me contou que vocês…

— Ah, sobre esse pequeno incidente. — olhou bem para a figura em sua frente. — Eu já conversei com ela ontem a noite. E depois do café eu comentei que talvez te chamaria para ir comigo já que você é legal e eu não tenho companhia.

— Mesmo?

— Mesmo. — garantiu com o seu sorriso 123: pode confiar em mim, eu sou sacana, mas estou falando sério. — Eu também falei com o James. E agora que está tudo certo, eu só peço que não use amarelo porque essa cor me apaga.

— Estou pensando seriamente em um vestido preto. — a garota sorriu como se estivesse satisfeita com o convite e com os enfim acertos. Estendeu a mão para ele. Suas unhas estavam pintadas com um vermelho que Scorpius não sabia o nome. — Lindas, não é?

— Maravilhosas. — respondeu falsamente. Dominique apenas rolou os olhos e sorriu divertida.

— Vou te mostrar o vestido e te ajudar a escolher uma gravata que combine.

Dominique empurrou o garoto até o guarda-roupa em que sua preciosidade negra estava guardada.

Uma vez, no quinto ano, Dominique também foi a companheira de Scorpius em um jantar e não houve um casal mais bonito do que eles em todo o Ministério. A melhor parte era que eles eram quase iguais e não tinham sequer um pingo de interesse um pelo outro. Dominique gostou, na época, de usufruir da aparência do Malfoy e ele também. No final das contas, se tornaram amigos devido as horas entediantes que passaram sentados na mesa.

[...]

Sete horas e dezoito minutos.

Rose Weasley, de uma maneira completamente inexplicável, estava sentada no sofá encarando uma página cheia de letras que ela deveria estar lendo. Não sabia se sentia raiva (1) do Sr. Darcy, (2) do fato de estar lendo Orgulho e Preconceito pela milionésima vez, (3) daquelas traíras que se intitulavam suas melhores amigas ou (4) de Scorpius Hyperion Idiota Malfoy.

Enquanto toda a sua família andava de um lado para o outro arrumando gravatas, vestidos, penteados, maquiagens, ela estava não tão tranquila quanto deveria estar supostamente lendo o seu livro. Já havia falado com sua mãe desde o evento do ano anterior: Ela não iria mais e ponto. Pensando racionalmente, Rose poderia enfrentar coisas não tão legais, como encontrar os seus ex-namorados babacas e ter que ficar sentada em uma mesa por horas e horas sem fim escutando conversa de gente velha. Porém, nada impedia que um feito extraordinário do universo convencesse ela a ir.

No entanto, ninguém se preocupou em tentar convencer ela de alguma coisa, simplesmente esqueceram de sua existência.

Desde a hora que Dominique saiu para conversar com Scorpius e nunca mais voltou, Roxanne e Alice ficaram muito distraídas se arrumando para conversar com ela. Sua mãe devia até ter esquecido-se que tinha uma filha mais velha enquanto corria atrás das roupas para Hugo vestir e não fazê-los passar vergonha como no outro ano.

Até Alvo, o mais desligado nesses aspectos e que dizia ser seu grande amigo, a ignorou.

Ignorou por um motivo bem óbvio que tinha três nomes: Scorpius Hyperion Malfoy.

Além de invadir a sua família, roubar momentos únicos da sua vida, lhe atazanar vinte e nove horas por dia desde o momento em que soube falar “Weasley”, roubar seu melhor amigo, seu pai, sua avó, sua família, ainda teve a audácia de convidar a sua melhor amiga para ir ao jantar com ele.

Era definitivamente o fim do mundo.

— É, eu acho que ficamos bem black. — comentou Dominique descendo as escadas junto com o seu acompanhante. — James, nós estamos bonitos? — perguntou para o primo, que tomava água, também já pronto para sair com os seus amigos.

— O Scorpius eu não sei, mas você está linda. — sorriu admirando-a. — Até te levaria comigo, mas lá só tem homem e você está muito chic. Scorpius, não deixe um pingo de champagne chegar perto dela.

— Sim, senhor. — o Malfoy respondeu ajeitando sua gravata no espelho. Rose o olhou e seus olhos se encontraram por alguns instantes. Não precisaria ser um gênio para saber que ela estava furiosa, e Scorpius sabia bem disso. — Quer dizer que a cabeça de tomate vai ficar de molho hoje? — alfinetou não se contendo.

— Ainda bem que esse é um assunto que não é da sua conta. — respondeu grosseiramente, fazendo com que o rapaz apenas suspirasse e ficasse quieto.

— Vovó, estamos bonitos? — perguntou Dominique de novo para Molly, que ajeitava o seu cabelo.

— É claro que sim, querida.

Dominique estava com os seus cabelos loiros soltos e completamente lisos batendo em sua cintura fina. Estava alta, quase da altura de Scorpius, e trajava um longo vestido preto que orgulhosamente exibia todas as suas curvas, sendo mais soltinho apenas nos tornozelos. As mangas e as costas, de renda, e um batom vermelho quase do mesmo tom de seu esmalte. Ela era maravilhosa, Rose sabia disso, James sabia disso, todos sabiam disso.

Scorpius também estava de preto, um terno preto, com uma camisa preta por baixo e uma gravata preta. Seus olhos se tornaram mais cinzas e chamativos, seu cabelo estava penteado e ele estava parecendo sim um riquinho esnobe da elite bruxa. Ambos estavam.

Se alguém que não os conhecesse os visse, os classificaria como “o casal perfeito”. Eles eram iguais. Loiros de olhos azuis, com uma pele alva e um brilho no olhar. Finos, orgulhosos, simpáticos e lindos. Dominique era o exemplo de mulher que Scorpius teria no final das contas.

Rose apenas chacoalhou a cabeça e tentou fazer com que os seus olhos parassem de arder. Suspirou fundo e engoliu a seco. A não ser que estivesse muito errada, aquela situação estava lhe deixando completamente desconfortável e isso não era nenhuma vantagem.

Claro que não podia negar que pelo menos um por cento da Rose sensível e tolinha que existia dentro dela queria ir nesse jantar. Porém, não queria ficar sozinha. Havia terminado com Brian e não acharia outro para lhe fazer companhia. E entre ficar entediada com o seu irmão, preferia ler um livro.

Mentira.

Quando Rose viu Dominique terminando de ajeitar a gravata de Scorpius soube que era mentira a teoria que estava formulando.

Ela estava com um pouquinho de ciúmes. Era seu direito afinal. Ali estavam, duas perfeições encarnadas indo juntos a um jantar. Que maravilha, como se o mundo de aparências não fosse perfeito o suficiente. A única sorte era que existia uma pessoa que controlaria aquilo: James Sirius Potter, porque ele amava Dominique e jamais perderia para o Malfoy.

Mas Rose perderia para Dominique, como já perdeu. Apesar de não ser loira, ter uma cintura como a da prima e nem ser tão alta e simpática, ela tinha suas qualidades que já eram do conhecimento de Scorpius. Só que talvez ela só foi mais uma na listinha ridícula do Malfoy.

— BURRA, ROSE WEASLEY, BURRA! — gritou impaciente ao perceber a tamanha burrada que fizera. Os dois olharam para ela um pouco assustados pelo seu ato repentino. A Weasley bufou de raiva, bufou como sempre fazia quando sacava um plano besta do Malfoy. Se fosse possível, fogo sairia de seus ouvidos e nariz.

— O que foi, Rose? — Dominique se aproximou dela, mas antes que chegasse muito perto, a ruiva passou furiosa por ela, por Scorpius e por todos que estavam no meio de seu caminho até o quarto.

Rose. Weasley. Era. Uma. Burra. Fim.

Bateu a porta com toda força que podia e a trancou, fez um feitiço, derrubou todos os seus perfumes de sua cômoda, e tirou todos os livros de sua estante. Gritou enquanto grossas lágrimas caíam e ardiam pela sua pele macia.

Ela não sabia como ou porquê, mas algo havia acontecido nesses dias em que ela pareceu ficar em alheia ao mundo. Scorpius Malfoy não foi seu amigo, não foi gentil, não foi nada. Ele a usou e fim.

Seu choro alto se misturava com seus gritos ao se sentir tão estúpida e imbecil por ter caído na laia dele, ter terminado com Brian e ter perdido sua virgindade. Nada disso teria concerto, absolutamente nada.

— Rose, nós já estamos indo. Fique bem. Tem sobra de lasanha na geladeira se você sentir fome. Mamãe e papai te amam. — disse Ronald após bater duas vezes na porta e não abrir.

Depois de alguns minutos em que percebeu estar sozinha naquela casa, desfez o feitiço para não ser ouvida e destrancou a porta. Encolheu-se em sua cama e ali adormeceu conforme as lágrimas paravam e sua respiração ficava mais uniforme.

Rose Weasley não estava mais se entendendo, achando um sentido para todo aquele turbilhão de sentimentos que estava o seu coração. Simplesmente não conseguia entender a lógica de reagir à simples presença de Scorpius e ao mesmo tempo sentir tanta raiva.

Caso aquilo fosse uma crise de ciúme, em que ela resolveu usar outros acontecimentos para reverter a situação e dizer que o que sentia era raiva e não ciúme, era realmente uma tola. Não queria sentir nada pelo Malfoy, sabia disso muito bem, mas estava adormecida ali, após colocar para fora toda sua fúria.

Fúria por ter mandado-o embora naquela manhã, dizer que queria esquecer tudo e que eles deveriam seguir suas vidas. Fúria por ele não ter conversado com ela, ter levado sua prima em um jantar e ter ignorado completamente a sua existência. Fúria por estar sentindo tudo aquilo.

É claro que ela não deveria ligar para isso, estava longe de se sentir apaixonada ou simplesmente atraída por ele.

Porém, contra fatos não há argumentos. Seus sentimentos estavam bagunçados e ela só queria organizá-los da melhor forma possível, tentando não se importar muito com eles.

— Nossa, o que aconteceu aqui? — sussurrou Roxanne para, provavelmente, Alice e Dominique. Rose despertou com os passos, mas permaneceu com os olhos fechados.

— Ela está muito, muito estranha. — concluiu Dominique. Internamente, mesmo que ainda sonolenta, Rose rolou os olhos. — Amanhã temos que conversar com ela.

Não demorou muito para que as garotas se arrumassem para dormir e caíssem em um sono profundo. Certo tempo depois, quando Rose se sentou na cama, Roxanne já roncava, Alice abraçava o cobertor e Dominique já estava com sua máscara de olhos.

Em um suspiro, ela levantou e foi até a cozinha para tomar um copo de leite. Seu estômago revirava, e com certeza era fome. Cambaleando desceu as escadas, tudo estava escuro e sua família inteira já estava dormindo. Era cerca de três e meia da manhã.

Abriu a geladeira e piscou várias vezes para se acostumar com a iluminação interna. Pegou o leite, uma xícara e se encostou na pia para beber. Aproveitou para acender a luz.

Levou um pequeno susto, que não deixou transparecer, ao ver a imagem de um garoto sentado em um banquinho do lado da mesa. Estava sem bebida alguma. Sem whisky, sem leite, sem água. Apenas mudou o seu olhar, antes fixado no chão, para a ruiva.

Scorpius Malfoy estava com a gravata frouxa e o terno desabotoado com seus olhos cinzas fixos nos traços que ela lhe permitiu ver. Ele não era trouxa, não mesmo, conseguia ver o inchaço de seu rosto, as leves olheiras e a vermelhidão das suas esmeraldas que estavam apagadas.

Pensou umas três vezes em dizer algo, mas poupou a si e a ela de uma provável discussão.

Ele procurava nos olhos dela um sinal de que eles ainda eram apenas inimigos e ela dizia explicitamente que queria mesmo continuar sendo sua rival. Scorpius entendia que o querer dela era diferente de seu sentir e Rose percebia que ele estava tão confuso quanto ela.

O silêncio foi o melhor amigo deles, já que naquele momento as palavras não eram suficientemente boas para tentar fazer com que eles chegassem a um acordo.

Ele a observou.

Ela o observou.

As dúvidas de ambos foram sanadas assim que encontram um equilíbrio nos olhos e na respiração um do outro. Rose por estar tão aflita e Scorpius por estar tão confuso. O ar voltou a se tornar mais denso, as pontas dos dedos de Rose gelaram e aquele cômodo tornou-se pequeno para a explosão que eles estavam sentindo em seus interiores.

— Apague a luz quando sair da cozinha. — murmurou a ruiva deixando-o sozinho.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então, a anta da autora aqui é burra pra conta e errou na contagem. Não foi nesse cap que rolou a surpresa, mas acho que vai ser no próximo... Ou no próximo.... BOM, o que importa é que tem uma SURPRISE vindo ♥ ♥ Fiquem com #medo.
MAS ME CONTEMMMMMMMMMMMMMMM!
Dominique Delacour: Amiga ou Vilã?
James Sirius Potter: Gato ou Super gato?
Scorpius Malfoy: Perfeito ou Mancada?
Rose Weasley: Inteligente ou Burra?
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK' Aiai, Rose, essas crises de ciúme! O nome desse cap é "ciúme" em italiano ♥
Eu senti falta de algumas leitores nesse cap anterior, então espero vê-las nos comentários deste, ok? ♥
Me contem o que acharam, o que gostaram, o que não gostaram, o que querem que aconteça, etc, TUDO!
Comentem, favoritem & recomendem, UHUUUUUUUU ♥
Espero vocês nos comentários ♥
Beeijos,
Taahii ♥
Ps¹: Obrigada, Courtney, mais uma vez ♥
Ps²: Expressem o amor de vocês pelo Scorpius ♥ ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Legami Di Amore" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.