Legami Di Amore escrita por Tahii


Capítulo 7
Amici per sempre


Notas iniciais do capítulo

HEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEY!
Genteeeeeeeee kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Eu ia dividir esse capítulo, eu juro que ia! Só que aí eu tive uma ideia muito UHUUUUUUUUUU e aí escrevi tudo e deixei a ideia para o próximo cap ♥ gENTE, vocês são demais, sabiam? Eu fiquei SUPER animada com os reviews do capítulo anterior, sério!
Antes que eu me esqueça ALGUMAS EXPLICAÇÕES:
(1) No capítulo anterior eles encontraram um "equilíbrio", certo? Isso significa que esse "equilíbrio" foi parar de sentir tudo tão intensamente. Vocês verão nesse cap, eles ficam igual múmias olhando pro nada devido a insônia ♥
(2) Os olhares do Scorpius, tipo, olhar 67, não tem uma tabela ou algo do tipo para seguir, é tudo da minha cabeça com uns parafusos a menos.
Eu fiz esse cap com muito carinho e a surpresa está aqui. Ela tem um lado bom (heheheh) e um lado ruim (hohoho), espero que gostem ♥

VAMOS AOS AGRADECIMENTOS!
Black, Bru Dias, Ana Clara, Jir, Aly, Lucy Tonks, Cissa Black, GrangerMalfoy, Malu Weasley, Lory, umaasgardiana, lu Black, AllAboutUnicorns, missValdez, SunnyDeep, Corutney, Miss Belle, nopereira, Evil Queen, Luna Granger e Mazu MUITO OBRIGADA PELOS LINDOS, PERFEITOS E MARAVILHOSOS REVIEWS ♥ ♥ ♥ Meu coração se enche de alegria ao ler as maravilhas que vocês escrevem, muito obrigada ♥
Obrigada também Maffle por ter favoritado a fanfic ♥
OBRIGADA TAMBÉM A TODOS OS NOVOS LEITORESSSSSSSSS ♥ ESPERO VER TODOS VOCÊS, OK? ♥ ♥

E OBRIGADA TAMBÉM MISS BELLE GATINHA DA BALADA POR TER ME DADO A HONRA DE RECEBER UMA LINDA RECOMENDAÇÃO ♥
Eu já te agradeci, é claro, mas muito obrigada de novo por ser tão parceira (mas se converta e seja do time do Lupin ♥) KKKKKKKKKKKKKKKKK' Muito obrigada mesmo, Fabiih, de verdade ♥
::::::::::::::::::::: AVISO A TODOS OS LEITORES
Quem quiser imitar a Miss Belle e a Courtney não tem problema não, podem mandar as recomendações porque eu estou aceitando KKKKKKK ♥
GENTEEEEEEEEEEEEEEEE
Mamãe ama todos vocês ♥ ♥ ♥

Boa leitura ♥

► PLAYLIST
https://www.youtube.com/watch?v=tNx1y8AXZxw&list=PLm_bv0SbG68UdaGyxvje2S6Vyd79Z5tmc

*Amici per sempre = Amigos para sempre



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— Nossa, eu pensei que todos estavam dormindo. — balbuciou Alvo coçando os olhos enquanto andava em passos falsos até a cozinha. — Você não dormiu não, ser do mal? — perguntou para o amigo, que com sua cabeça encostada na parede olhava o teto. Ele disse um singelo e silencioso “não”.

Scorpius olhava para o além calmamente. Sua respiração estava constante, seus batimentos cardíacos normais e seu corpo estava completamente vazio. Não havia mais uma energia que o movia, uma emoção ou algo do tipo. Ele estava sentado ali com toda a complexidade do seu eu resumida em uma palavra: Nada.

Atônito, assustado, estranho, incompleto e definitivamente muito estranho.

O Malfoy não era nenhuma criança tola que não sabia o que estava acontecendo, sabia sim. Lembrava-se bem de algumas vezes que o seu pai lhe aconselhou a não escutar muito o que as garotas dizem e fazer o que lhe vier à mente, pois na maioria das vezes elas se arrependem do que escolhem.

Há algumas horas ele se sentiu o indivíduo mais completo do mundo, mais satisfeito, contente e feliz. Não por compartilhar de uma troca de sentimento, mas por talvez ter achado uma parte de seu espelho partido. Só que por medo, insegurança e receio que lhe assombravam, ele decidiu dar um espaço de tempo. Não foi a coisa mais certa a fazer.

Scorpius não era do tipo de rapaz que dizia “eu nunca vou ficar com aquela garota”, para ele o que valia era a sensação do momento. E se ele gostou dos que passou com Rose Weasley, talvez estivesse um pouco fora de si enquanto protagonizava uma cena escrita pelas forças maiores que regem o universo. Porém, se naquele momento que estava sóbrio, realmente sóbrio, conseguia ver o que estava começando a sentir e não tentava fazer essa “coisa” parar, poderia estar ficando seriamente doente.

Não foi culpa de Scorpius, nem de Rose, eles terem se encontrado em um momento tão sensível de ambos e se consolado tão bem. Se fizeram o que fizeram, foi porque era o certo. Rose não deveria voltar para o idiota do Wood, e Scorpius não deveria se martirizar pela Parkinson. Ela ainda seria amada. Ele ainda seria levado a sério.

Era uma questão de tempo.

— Certo, como se não bastasse um fantasma estar na cozinha, uma zumbi está do mesmo jeito na sala. — observou o Potter se despreguiçando. — Vocês são estranhos, vou voltar para a cama.

Rose olhava a neve cair lá fora enquanto estava bem acomodada deitada no sofá da sala. Seus olhos não conseguiam fechar, mas sua mente já não trabalhava como há certo tempo. Sua fúria havia passado, estava mais calma e pensando com mais lucidez.

O que aconteceu não foi certo, não mesmo, mas se aconteceu foi por algum motivo ainda desconhecido. Nada ocorre por acaso, aquilo teria algum sentido um dia. E se ela sentiu vontade de agarrar Scorpius Malfoy naquela festa, puxar seu cabelo, arranhar suas costas e ser sua, não havia problema. Ele não a forçou a fazer aquilo e ainda foi realmente muito gentil e amável. A grossa e estúpida sempre foi ela.

O grande problema era que Rose Weasley não sabia interpretar seus sentimentos, instintos ou algo do gênero. Sabia melhor do que ninguém o quão fraca era e que não demoraria muito para se deixar levar por algo que não deveria existir. Uma provável paixão não deveria acontecer entre ela e ele.

Porém, o que Rose não sabia é que não se faz acordos com o amor, e tudo acontece no tempo dele e não no de sua mente.

Suspirou bem fundo e sentiu as pontas de seus dedos gelarem. Apenas ignorou e continuou fitando o nada. Não demorou muito para que ficasse mais difícil de respirar e um cheiro que havia ficado impregnado em seu vestido de Natal a fizesse respirar fundo. Scorpius Malfoy estava ali, sentado na mesinha de centro da sala com os braços apoiados no joelho e seus diamantes encarando seu rosto.

A tentativa de ter uma conversa durante a madrugada não funcionou, apenas rendeu horas de insônia para ambos. Ainda eram sete horas da manhã.

Scorpius abriu a boca para tentar falar alguma coisa, mas não conseguiu. Rose tentou virar seu rosto para olhá-lo, mas também não conseguiu.

O silêncio não poderia ficar entre os dois para sempre, já que não era do feitio deles ficarem quietos. Eles eram impulsivos, explosivos e falavam o que queriam na hora que queriam. Nunca poderiam ficar em um silêncio eterno.

— Certo. — iniciou ele tomando coragem. — Eu não sei se pergunto o que você tem ou…

— Por que não fica quieto? — questionou grosseiramente. Scorpius olhou para o chão. Ela cruzou os braços e apenas aconchegou sua cabeça no sofá. — Se não tem ninguém mais interessante para você conversar de manhã, eu sugiro que vá para a cama e volte a dormir.

— Não quer nem saber como foi ontem? — ela negou. — Aliás, porque não foi?

— Eu já disse, Malfoy, não é da sua conta.

— O Wood estava lá. Se te consola, ele estava sozinho. — insistiu batendo o pé freneticamente no chão. — Você poderia ter ido, quer dizer… Foi chato, mas…

— Ah, então quer dizer que a Domi não foi o suficiente para suprir as suas necessidades sociais? — alfinetou encarando-o com o cenho franzido. Scorpius levantou as sobrancelhas.

— Fala sério, Weasley, você ficou com ciúme? — riu nervoso, como se não fizesse sentido ele estar tendo esse tipo de conversa com ela. Rose apenas rolou os olhos e fez menção de se levantar, mas foi impedida pelos braços de Scorpius que a forçou a ficar sentada. Ele a encarou bem, como se tentasse ler tudo o que ela estava lhe mostrando. E em algumas palavras ele decifrou a causa de toda a aflição que ela sentia. — Você queria que eu tivesse te chamado.

— Não, idiota. — disse imediatamente se levantando. — Eu apenas estava com dor de cabeça. que agora aumentou graças as idiotices que você fala.

Ficou de pé e com toda a determinação que não tinha, tentou sair daquela sala o mais rápido possível e se trancar no banheiro, talvez seria a única maneira de ter um pouco de paz e sossego. Porém foi impedida, pelos braços fortes do Malfoy que a fez ficar perto de seu corpo e não ter nenhuma escapatória.

Ele a encarava seriamente, como se continuasse tentando decifrá-la. O fato era que ambos estavam confusos, não entendiam como uma noite fez aquilo com eles, mas o essencial era resolver aquela situação.

Scorpius engoliu a seco e a apertou mais para perto.

— Aquela hora que eu fui chamar a Alice no seu quarto, eu-

— Ah, Malfoy, poupe-me desse seu discursinho barato, eu tenho mais coisa para fazer. — disse irritada tentando se soltar. Scorpius não deixou. Ela cruzou os braços e olhou para o lado.

— Eu ia te convidar para ir comigo. — insistiu. — Porque eu já sabia que teria que chamar alguém, mas… Como você disse, nós não temos nenhum tipo de laço.

— Exatamente. — confirmou pressionando seus lábios e cruzando os braços em sinal de irritação. — E não retiro nenhuma palavra, Malfoy. Agora me deixe em paz.

Rose se desvencilhou dos braços de Scorpius e andou dois passos antes que ele a puxasse de volta e a segurasse com força, uma força que ela nunca havia sentido antes. Não, ele não estava machucando-a ou algo do tipo, apenas estava protegendo-a do vendaval que era.

Quando os olhos angustiados dela encontraram os desesperados dele, o universo quase voltou a ser o que era antes. Ela nunca, nunca mesmo, havia sido protegida do seu próprio eu. Se explodisse, as pessoas lidariam com os restos da tragédia. Se quebrasse, as pessoas a ajudariam a pegar os seus pedaços. E Scorpius Malfoy estava reestruturando Rose Weasley apenas em segurá-la firme e impedir que subisse as escadas, corresse para o banheiro e se trancasse lá para derramar toda essa explosão em lágrimas. Sendo que tudo era por causa da falta de comunicação que havia entre eles.

Julgar-se é muito fácil. Dizer que fez algo errado, dizer que deveria ser mais cuidadosa e coisas desse gênero é muito simples, mas resistir ao instinto, à vontade, ao desejo são tarefas que nenhuma parte racional consegue evitar.

Naquela noite ela estava muito, muito mal e insegura por causa da briga com o Wood. Pensou que poderia estar fazendo a coisa errada e que tudo se resolveria caso ela relevasse — de novo. Só a sua parte sentimental estava exigindo um basta. Ela precisava com urgência ser amada, ser compreendida e aceita. E todas as batalhas ganhas pelo cérebro, não valem a pena, porque ao invés da felicidade da vitória vem a dor das coisas não feitas. Se Rose Weasley quis dormir com Scorpius Malfoy nada poderia fazê-la se julgar, pois seguiu a sua vontade e tinha quase cem por cento de certeza que Brian Wood não valia mais do que isso.

E graças a toda essa confusão que ela era, Scorpius Malfoy estava tentando escolher as melhores palavras para resolver aquela situação, que Rose Weasley fazia questão de complicar.

— O que você acha de irmos a uma padaria tomar um café e conversar sobre isso? — sugeriu fazendo com que a ruiva desse uma grande risada sarcástica.

— Não sou interessante o suficiente para sair com você, Malfoy. — o rapaz franziu o cenho e a olhou sério, deixando claro que não estava em clima de brincadeira ou sarcasmo. — E eu estou de pijama, caso não perceba.

— Eu espero você se trocar. — respondeu paciente.

— É uma pena que, ah é, eu não queira. — sorriu cínica para ele, bufando em seguida e se soltando definitivamente. Andou mais cinco ou seis passos, Scorpius apenas a observava com os olhos semicerrados. Se aquilo era para testar a sua paciência, provavelmente ele não passaria no teste. Com passos largos, ele a alcançou e colocou suas mãos na cintura de Rose.

— Uma pena, Rose Weasley, é eu querer. — Scorpius a conduziu até a mesa e lhe deu um pequeno impulso para que subisse e se sentasse. Ela o olhava com raiva, muita raiva. — E saber que você também quer.

Ele esperou ela dizer algo, dizer que não queria ou dizer para ele deixá-la em paz, mas Rose nada disse. E, como consequência, ele selou os seus lábios nos dela e lhe deu um beijo que era o despejo de toda sua raiva, irritação e o resto dos sentimentos que estava sentindo desde a hora em que a deixou sem seu quarto naquela manhã.

Rose Weasley não teve forças o suficiente para querer parar, porque ela estava deixando bem claro que ambos estavam no mesmo patamar de fúria, irritação e saudade.

Saudade era uma palavra que definia bem o que estavam sentindo. Não era mera coincidência Rose Weasley se revirar de um lado para outro na cama antes de dormir e Scorpius Malfoy não pregar o olho pela sensação de vazio que insistia em continuar sentindo. Finalmente sanar essa vontade louca era maravilhoso, mesmo que nenhum dos dois admitisse.

Scorpius segurava o corpo da garota com uma mão na cintura e com a outra no cabelo, a beijava desesperadamente e mesmo com dificuldade em respirar, não pararia até tudo aquilo que estava dentro dele saísse. Rose, por outro lado, segurava o rosto do Malfoy com as duas mãos e sentia sua pele lisa, barba feita e o seu hálito de menta. Com toda a eletricidade que um passava para o outro, seus sentidos começaram a aumentar. Cada toque de Scorpius na nuca de Rose a fazia arrepiar e buscar nos fios loiros o alívio para aquela sensação.

Ele separou suas bocas e respirou fundo antes de abrir os olhos e lidar com todas as dúvidas que as esmeraldas lhe questionavam. Segurou firme o pescoço da garota e lhe olhou profundamente, buscando algum resquício que fosse a prova de que ele estava definitivamente enlouquecendo. Porém não achou nada e então a encostou mais em seu corpo, deixando-a repousar o queixo em seu ombro. Ele respirou e conseguiu sentir o perfume de Rose Weasley ser mais forte do que uma dose de firewhisky.

Fechou os olhos, afastou o cabelo ruivo do pescoço e o beijou traçando uma linha até chegar na mão de Rose, que o encarou com um misto de reprovação e desejo. Nunca que ele esqueceria aquele olhar, já que foi o mesmo do momento em que ela o assistia tirar sua calça e ir em direção ao seu corpo.

Scorpius voltou a beijá-la, mas calmamente, passando-lhe a mesma segurança daquela noite. Quando sentiu as pontas dos dedos dela geladas passarem pela sua nuca, também percebeu a atitude dela em lhe mostrar que também estava desesperada. O beijou o mais forte e profundo que conseguiu, fazendo com que toda aquela vontade de se pertencerem voltasse a ser o motivo daquilo tudo.

Sem pensar duas vezes, o Malfoy segurou suas pernas em volta de sua cintura e a abraçou firme depois dela conseguir ficar presa a ele. Dando leves mordidas nos lábios cor de cereja de Rose, ele subiu as escadas e se encaminhou até o banheiro, não dando muita importância para o fato de que a chance de serem pegos seria muito, muito maior dessa vez. Mas já que Rose estava colaborando, apenas trancou a porta e fez um feitiço. Deixou sua varinha no chão e a garota em cima da pia.

Ele a olhou bem antes de prosseguir, dando um intervalo para ela decidir se queria mesmo continuar ou não. Sem sinal algum, colocou suas mãos habilidosas na barra da blusa do pijama de coruja dela, e sorriu enquanto mordiscava o lábio inferior de Rose, que o olhou confusa. Preferiu guardar sua piadinha para outra hora e no momento fez com que a ação de tirar aquela coruja de seu caminho fosse a mais importante. Quando o fez, a garota se encolheu com um pouco de frio.

Em seguida, se importou em tirar a calça e deixar ela apenas com sua roupa íntima, que era rosa. Apenas olhando-a de baixo para cima, ele colocou um sorriso perverso no rosto e tirou o seu terno, seus sapatos e abriu a sua camisa social. Rose se incumbiu da tarefa de tirar de vez a gravata e deslizar devagar a camisa nos braços musculosos do rapaz, que apenas beijava o seu colo e dirigia suas mãos as suas costas para desabotoar o sutiã.

Rose sentiu um frio interior subindo das suas pernas até os seus dedos quando sua parte de cima estava solta. Como instinto, se encostou na pele quente de Scorpius, que a abraçou, voltou a beijá-la e a deixou em uma posição estratégica para que conseguisse sentir o que estava causando nele.

A cada instante que se passava, Rose sentia mais dificuldade em controlar sua respiração e o seu desejo. Arranhava as costas de Scorpius e lentamente fazia movimentos para deixá-lo mais animado. Moveu suas mãos para o cinto dele e o jogou para o lado. Abriu o botão e o zíper da calça, fazendo-a escorregar pelas pernas dele.

Scorpius a grudou em seu corpo e a levou para dentro do box, ligou o chuveiro e entrou debaixo da água quente com ela. Encostou o corpo na parede e moveu os seus dedos para dentro do pedaço de pano cor de rosa, sua outra mão para um dos seios da ruiva e sua boca exclusivamente para a dela.

Assim que Rose começou a se remexer, ele a colocou de pé e com uma trilha de beijos desceu até tirar sua calcinha. Olhou-a de baixo para cima e enquanto se colocava de pé explorava cada pedacinho do corpo daquela garota. Tirou sua cueca, pegou as pernas de Rose e as entrelaçou em sua cintura, fazendo com que em seguida ela arfasse entre o beijo.

Ritmado, Scorpius fazia com que os sons da Weasley aumentassem gradativamente, até a hora em que resolveu diminuir o ritmo, o que foi um claro sinal de tortura.

Naquele momento Rose Weasley sentia toda a sua irritação extravasar pelos seus poros e a adrenalina passar pelas suas veias como uma corrente que Scorpius Malfoy estava lhe passando. De algum modo, ela se sentia completa e segura, porque os dois estavam em um banheiro despejando todos os tipos de sentimentos que estavam incomodando eles. Sentimentos que eram deles e que apenas juntos aliviariam.

Ela abriu os olhos e o beijou ferozmente, puxando o seu cabelo e fazendo movimentos rápidos próprios quando ele a descolou da parede. Ansiando por mais, Rose encostou os seus pés no chão e virou-se de costas para Scorpius, apoiando suas mãos na parede lisa. O rapaz não demorou para entrar nela novamente e entrelaçar uma de suas mãos a dela na parede.

Quando ambos sentiram a explosão e a intensidade do prazer, com gemidos e sons incompreensíveis, continuaram juntos até que pudessem sentir o último resquício do prazer. Scorpius teve que segurar o corpo de Rose, já que as pernas dela estavam bambas e o equilíbrio acabou se perdendo.

Olharam-se e beijaram-se.

Acabaram tomando banho juntos, em um profundo silêncio. Desligaram o chuveiro. Rose foi a primeira a sair. Torceu o seu cabelo e pegou uma toalha para se enrolar. Bondosamente, estendeu uma para Scorpius, que se enxugou e enrolou na cintura. Encostou-se na pia, cruzou os braços e observou a Weasley enquanto ela vestia um roupão e colocava a toalha na cabeça.

— Eu vou sair primeiro, então, por favor, tome cuidado depois. — avisou colocando as roupas no cesto. Scorpius assentiu pacientemente.

— Vamos conversar ou não? — perguntou colocando a mão na porta e impedindo que Rose a abrisse. Ela assentiu contragosto. — Estarei te esperando na sala.

A ruiva rolou os olhos, abriu a porta e a fechou rapidamente. Correu para o seu quarto e foi direto pegar uma roupa. Quando já estava vestida, usou a varinha para secar o seu cabelo e fez com que Dominique e Roxanne acordassem.

— Bom dia, sweeties. — disse Dominique tirando sua máscara de olhos.

— Rose, você sabe que dá para silenciar isso aí, não sabe? — perguntou Roxanne colocando o travesseiro em cima de sua cabeça. Rose ignorou as duas. — ROSE!

— O QUÊ? EU NÃO ESTOU TE ESCUTANDO, ROXANNE! — gritou a ruiva como se realmente não estivesse escutando por causa do barulho da varinha.

— ENTÃO DESLIGA!

Rose fez a vontade da prima apenas porque o seu cabelo já estava seco. Penteou seus fios ruivos, passou o seu perfume usual e vestiu um sobretudo preto por cima de sua blusa de lã azul e da sua calça jeans. Arrumou alguns fios rebeldes e olhou o reflexo das duas amigas pelo espelho. Arqueou a sobrancelha e suspirou.

— Você dormiu bem? — Dominique sorriu fracamente para Rose sentando-se na cama.

— Sim.

— Está tudo bem?

— Sim.

— O que ficou fazendo ontem?

— Nada.

— Por que acordou tão cedo?

— Não sei.

— Por que está tão estranha? — insistiu a loira com uma expressão que amoleceria o coração de qualquer ser humano, menos o de Rose, que já estava mais do que acostumada com aqueles olhinhos pidões e uma cara de quem sente muito por qualquer coisa que tenha feito.

— Por nada. — respondeu verdadeiramente paciente enquanto caminhava em direção à porta.

— Eu e o Scorpius estav-

Rose fechou a porta e suspirou. Não queria estrangular sua prima viva apenas por ter saído com Scorpius, e nem entregar a vitória tão de bandeja para ele. Chacoalhou a cabeça, não era esse tipo de pensamento que queria ter durante uma conversa séria entre dois jovens adultos que queriam resolver essa situação incômoda.

Desceu as escadas e, pontualmente, Scorpius já estava na sala, porém conversando com ninguém menos do que o seu pai.

— É, a Rose está muito nervosa ultimamente. — dizia Ronald enquanto tomava uma xícara de café e mordia um pedaço de bolo de cenoura. — Deve ser esses hormônios adolescentes, não é, querida?

— É. — respondeu simplesmente. Deu-lhe um beijo na bochecha e sorriu meigamente para ele.

— Bom passeio pra vocês dois. Acho que eu vou voltar é pra cama, essa neve só me dá mais preguiça. — riu o senhor ruivo para os dois jovens.

Scorpius abriu a porta e deu passagem para a Weasley. Andaram um pouco em silêncio e o rapaz logo segurou firme em sua cintura para aparatarem. Quando Rose abriu os olhos, um pouco tonta, estava na frente de uma padaria no centro de Londres.

Sorrindo simpaticamente, Scorpius abriu a porta e um sininho tocou indicando a chegada no estabelecimento. Pegaram uma mesa vazia do lado de uma grande janela que dava a visão para o lado externo do lugar, que era, inclusive, um belo jardim. Sentaram um na frente do outro e encararam-se por alguns instantes, até ele resolver começar a falar.

— Eu costumava vir nessa padaria com a minha tia Daphne. Normalmente tomávamos chá de hortelã e comíamos bolo de milho. — comentou Scorpius passando a mão pela mesa de madeira. — Agora ela está na Austrália e a minha mãe odeia chá.

— Também não sou a maior fã. — respondeu contragosto. — Gosto de café, não importa o jeito.

— Café é forte, elétrico, meio bumm. — riu pelas narinas. — Chá é mais calmo, conquistador e não deixa de ter a sua cafeína.

— Você quer desembuchar logo ou vamos ficar aqui falando de bebidas quentes e suas respectivas personalidades? — questionou grossa, cruzando os braços e o olhando com um certo pingo de desprezo.

— Sabe, Weasley, isso tudo poderia parecer um plano meu. — ela arqueou as sobrancelhas considerando a hipótese que não havia pensado. — Eu poderia ter feito uma aposta com o Adam de dormir com você. Agora eu poderia estar recebendo um troféu de campeão, mas não. Eu estou em uma padaria com você, tentando entender o que raios aconteceu. E seria ótimo se você colaborasse.

— E quem garante que não é um plano seu? — Scorpius apenas sorriu travesso e colocou as duas mãos em cima da mesa.

Eu garanto. — olhou confiante para ela, que resolveu dar alguma credibilidade para a sua palavra. — Não vou mentir pra você, Weasley, só porque você é chata e supostamente a nerd irritante que eu odeio. Até antes do ocorrido de hoje, você não saiu da minha cabeça um minuto. Provavelmente porque eu gostei, entende, da sensação que foi tudo aquilo. Diferente de você e da sua chatice, eu admito que foi uma excelente noite a que nós passamos juntos e que eu repetiria quantas vezes fosse necessário ou não. — Rose arqueou as sobrancelhas surpresas. — Também foi a minha primeira vez. Eu nunca deitei em uma cama e dormi com alguma garota que eu transei, ou participei de uma primeira vez. Ah, e eu nunca despejei meus problemas em ninguém. As vezes eu faço isso com o meu pai ou com o Al, mas… Em uma garota? Nunca. E, sinceramente, quando eu cheguei naquela festa a penúltima pessoa que eu queria ver na minha frente era você.

— Que coincidência. — murmurou o interrompendo.

— Só que você estava murcha no canto do sofá, eu não queria falar com ninguém que tentasse me empurrar pra cima de mais garotas. Se eu tivesse ido falar com o Adam provavelmente teria transado com duas e depois ido beber em um bar. Então, sei lá, você pareceu uma boa ouvinte. E, por mais inacreditável que seja, eu gostei de te ouvir também. — deu ombros como se o que estivesse dizendo fosse algo muito normal. — Então eu sentei, comecei a conversar com você, a contar o que aconteceu e a te ouvir. Se depois de uma ou duas garrafas nós sentimos vontade de nos agarrarmos, ué, o que tem demais nisso?

— Vou te dizer o que tem demais nisso. — Rose se inclinou para a frente. — Antes de terminar com o meu namorado eu dormi com você, o meu rival. Sabe o que rival significa, Malfoy?

— Ah, Weasley, fala sério. Pensei que competíamos em notas e coisas do gênero, não em outros setores. — ele rolou os olhos. — Sem contar que você perderia sua virgindade mais cedo ou mais tarde.

— A questão é que eu não queria que fosse assim. — disse rapidamente. — Eu queria me casar, amar o meu companheiro e dividir esse momento especial com ele.

— Tudo bem, mas nem sempre os planos saem como planejados. Como você diz, eu sou o seu rival, seu inimigo, agora o melhor amigo do seu pai. Mas você não pode dizer que o que fizemos foi ruim e que não gostou. — o Malfoy encostou-se na cadeira e olhou fixamente para os olhos da ruiva.

— Bom dia, o que desejam? — perguntou um rapaz se aproximando deles.

— Um chá de hortelã, um café com leite e dois pedaços grandes de bolo de milho. — pediu Scorpius, fazendo o garçom anotar rapidamente e logo sair. — Ou vai me dizer que eu sou um monstro que não sabe transar?

— Não é esse o ponto, Malfoy! — exclamou um pouco irritada. — Só que foi uma coisa inesperada e eu não estou sabendo lidar com tudo isso.

— Ora, Weasley, o que tem demais nisso? Veja pelo lado positivo! A sua primeira vez foi com um cara lindo, gentil e maravilhoso. Poderia ter sido muito pior, provavelmente o seu querido ex-namorado não teria feito metade do que eu fiz por você. — mexeu as sobrancelhas indicando razão.

— Hm, e o que você fez por mim?

— Eu te aconselhei a dar um pé na bunda daquele otário, te consolei, te deixei bem felizinha em alguns momentos e depois de tudo eu te abracei, fiz carinho no seu cabelo até você dormir e continuei com você até você acordar e me expulsar da sua casa. — respondeu, novamente, como se fosse óbvio. — Mas eu não cobro nada em troca, Weasley, porque não foi algo forçado. É bem simples o que aconteceu comigo: Eu gostei da experiência e fim.

— Não estou dizendo que não gostei, Malfoy, eu estou dizendo que foi algo novo e que não estou sabendo lidar com isso. — bateu os punhos na mesa em claro sinal de irritação. Respirou fundo uma vez e se conteve. Abriu os olhos, sentindo-os ficar mais vermelhos conforme falava. — Eu sempre quis alguém legal perto de mim, alguém que me entendesse e que fizesse exatamente o que você fez. O que me irrita e me deixa confusa e nervosa é você ter feito isso. Você. O grande problema é você.

— Que novidade. — ele riu.

— O meu namoro com o Brian foi bom sim, mas eu não me sentia livre ou… Eu não me via no direito de magoar ele e eu me pergunto depois disso tudo se não seria melhor eu ter relevado os pequenos problemas dele.

— Weasley, por favor, não precisa ser nenhum Bidu pra saber que ele está muito bem sem você.

— Só que ele, Malfoy, estava comigo sempre. Ele não transava comigo e ia embora ou me tratava como se eu fosse mais umazinha, sabe por quê?

— Porque ele te amava? — sugeriu logo tendo a imagem de uma ruiva sensibilizada quase chorando. — Mentira. Não te amava porra nenhuma não. Se te amasse você não teria ido naquela festa e não estaríamos aqui. E eu não te trato como umazinha, Weasley, caso o seu cérebro não tenha processado eu disse que fiz com você coisas que nunca havia feito antes com outra garota e isso significa, portanto, que eu não te trato como umazinha.

— Eu sou encanada com muitas coisas, Malfoy, e eu sabia que iria ter essa crise existencial depois de tudo porque… Eu sou sensível e não gosto da ideia embutida na cabeça de vocês, jovens inconsequentes, de que ficar com uma hoje e outra daqui uma hora é normal. — Rose cruzou as mãos e as repousou em seu colo. — E não seguir os meus ideais me custa muitas lágrimas porque… Eu me traí dormindo com você.

— Weasley, tenta me acompanhar. Nós somos rivais em setores acadêmicos, minhas notas melhoraram muito depois que eu comecei a competir com você no segundo semestre do primeiro ano, só que nessa nossa situação isso não se encaixa. — explicou pacientemente. — Nós sentimos o que sentimos, fizemos o que fizemos e agora temos que deixar toda essa consequência extravasar. Você tem crises existenciais e eu não durmo, simples.

— Aqui está. — disse o garçom servindo-os. Murmurou um singelo “com licença” e em seguida Scorpius já deu uma mordida no seu bolo de milho.

— E você acha isso certo? — questionou Rose.

— Definitivamente não, porque posso ter rugas e olheiras precoces. — respondeu limpando a boca com um guardanapo. — Mas o que você quer fazer?

— Eu não tenho tantas crises assim. — defendeu-se ignorando a pergunta do rapaz, que riu fraco e arqueou as sobrancelhas.

— Não, né? — sorriu divertido para ela. — Então você não ir no jantar, ser grossa com a sua melhor amiga, se chamar de burra, se trancar no seu quarto para quebrar tudo, dormir, acordar na madrugada para beber alguma coisa e ficar na sala feito uma morta, é então completamente normal e não é classificado como uma crise na sua opinião? — Rose tomou um gole de café em resposta. — Você queria ter ido comigo. Fim.

— Não, Malfoy, e-

— Eu também queria ter ido com você, Weasley. — admitiu calando-a. — Você é legalzinha até. Estamos em uma padaria em plena luz do dia e não nos ofendemos como o normal. Ficar sentado com você em uma mesa teria sido ótimo. Até porque minha mãe é uma carroça destrambelhada e adoraria ficar falando com você sobre, sei lá, livros. Só que você disse que não tínhamos nenhum laço e blá, blá, blá então eu entendi aquilo como um “sai fora” e saí. Simples.

— Não foi ciúmes, ok?

— Não, eu sei que não foi. — riu brincalhão. — Só que não culpe a Dominique, culpe o Alvo. A ideia foi dele. Ele queria que o Adam levasse a Lucy só para provocar a Lily, então pensa nos planos que se passam naquela cabeça doida dele.

— Mas… E o que você quer fazer em relação a tudo isso? — repetiu a pergunta dele justamente para não ter que responder.

— Bom, olhando para os fatos eu diria que não seria interessante para a sua sanidade mental que mantivéssemos esses nossos momentos. Se você concordasse e colaborasse, poderíamos ser… Sei lá… Amigos. — ela respirou fundo e sentiu as pontas dos seus dedos esquentarem. Olhou bem para a figura que estava em sua frente, e logo Scorpius conseguiu ler o que ela dizia com os olhos. — Caso essas sensações persistam, nós podemos…

— Não, não podemos. — respondeu simplesmente. — Amigos para sempre parece ótimo. — disse falsamente animada, causando aquele sorriso que Scorpius mostra todos os seus dentes brancos irritantes.

Eles terminaram de tomar o café da manhã e resolveram dar uma volta pelo centro de Londres para passar em uma livraria. Rose queria muito um livro novo e Scorpius estava disposto a lhe ajudar a encontrar. Entre risadas e alguns assuntos mais sérios, como a vegetação e o aquecimento global, eles só voltaram para a Toca depois do almoço, após comerem tacos mexicanos bem apimentados.

Voltaram e foram direto para a cozinha beber água, engasgaram-se algumas vezes por causa do outro e ficaram cerca de cinco minutos dando gargalhadas. Rose decidiu que daria apenas um susto em Dominique e depois diria para não aceitar mais convites alheios. Scorpius deu um tapa na cabeça de Alvo e pediu para Adam não permitir que ele concordasse com mais alguma ideia do Potter.

Rose Weasley e Scorpius Malfoy viraram "amigos" então.

Nos dias que se seguiram tudo estava acontecendo conforme o planejado: os dois conseguiam dormir, Rose não tinha crise de choro e Scorpius não ficava olhando para o teto parecendo uma múmia. Tudo estava certo e tranquilo.

Infelizmente, ambos se esqueceram que não é possível fazer acordos com o amor.

E então, no dia trinta e um de dezembro esse tal amor resolveu atacar com a primeira das suas três armas mais poderosas.


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Notas finais do capítulo

Broxante, eu sei KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK'
Aiai, mas vocês não têm ideia do que eu vou fazer no próximo cap! Uma dica é: A última música da playlist já é a do próximo cap. She Will Be Loved. Então fiquem aí formulando teorias de conspiração, ok? KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK ♥
>>>>>>>>> QUEM FOR ESPERTO DESVENDA O FINAL DA FIC NESSE CAP hohoho
Me contem o que acharam, o que gostaram, o que não gostaram, o que querem que aconteça, etc, TUDO!
Comentem, favoritem & recomendem, UHUUUUUUUU ♥
Espero vocês nos comentários ♥
Beeijos,
Taahii ♥
Ps¹: Obrigada Miss Belle, mais uma vez.
Ps²: Eu acho que ainda essa semana postarei outra fic, então fiquem atentas e deem uma passadinha lá
Ps³: UM FELIZ NATAL PARA TODOS VOCÊS, MEUS AMORES! ♥ ♥ ♥ O meu presente vai ser atrasado. Então, vocês podem pedir o presente de natal de vocês nos comentários (o que querem que aconteça) e eu lhes darei no próximo cap ♥ Vejo vocês antes do ano novo, BEIJOS DE LUZ NO CORAÇÃOZINHO DE VOCÊS ♥