Legami Di Amore escrita por Tahii


Capítulo 5
Essenzialmente vino


Notas iniciais do capítulo

HEEEEEEEEEEEEEEEEEEEY!
Tudo bem com vocês? Devo dizer que a anta da autora dessa fanfic esqueceu de postar o capítulo ontem a noite porque ficou muito distraída com o WhatsApp e seus respectivos problemas hueheuheuehu' Mas aqui estou. Esse cap é MUITO importante para vocês entenderem como a Rose pode ser complexa quando está bêbada ♥ ehuheuhehue' Espero que gostem, amo vocês ♥

VAMOS AOS AGRADECIMENTOS!
Lady Winchester, Black, Jir, Tatih Grier, missValdez, speedy, mazu, Miss Belle, Cissa Black, Srtagranger17 e umaasgardiana MUITO OBRIGADA pelos LINDOS comentários que vocês mandaram, sério! Meu coração pulou de alegria ao ler ♥
E OBRIGADA TAMBÉM BrunaS2, Courtney, Hopps, Cissa Black, Lucy Tonks, Mazu, SrtaGranger17 e speedy por terem favoritado LDA ♥
E OBRIGADA AOS LINDOS 84 LEITORES DE LEGAMI DI AMORE POR ESTAREM ACOMPANHANDO E ME ATURANDO ♥
Amoooooooooooooooooo MUITO todos vocês ♥
Espero que gostem desse cap ♥

Boa leitura ♥

► PLAYLIST
https://www.youtube.com/watch?v=tNx1y8AXZxw&list=PLm_bv0SbG68UdaGyxvje2S6Vyd79Z5tmc

*Essenzialmente vino = Essencialmente vinho



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Amigo secreto provem do latim ‘poucos secretus’.

A maior graça dessa brincadeira, para os Weasley, era fazer os próprios presentes, sem colocar toda a felicidade natalina em produtos industrializados comuns e sem graça. Era preciso magia, alegria e amor. 

Todos naquela sala estavam segurando caixinhas. Algumas retangulares, outras quadradas e, no caso da caixinha de James Sirius, redonda. A surpresa viria não em quem cada um tirou, mas sim nos presentes que receberiam. Dava para ver, no olhar e no cuidado de cada um o quanto se importavam com o seu amigo.

A caixinha vermelha de Alvo — a qual ele segurava como se fosse algo deveras precioso — tinha um laço dourado; pela formalidade do embrulho, provavelmente seria para algum adulto. Dominique, por sua vez, já havia escolhido algo bem a sua cara — um pouco exagerado —, um papel branco com bolinhas rosas e um laço imenso com vários tons de rosa. Pink, rosa bebê, rosa sei lá o quê. Se não era para irritar Roxanne, seria para deixar bem marcada a sua presença. Por outro lado, Rose apenas colocou a sua obra prima dentro de uma caixa retangular para não quebrar e embrulhou com um papel prateado. Simples, direto e reluzente. O outro, no entanto, estava em uma caixa um pouco maior e embrulhado em cinza. Caso alguém analisasse os seus presentes assim como ela estava fazendo com os demais, diria que expressava tédio ou apenas tentava reproduzir a cor das orbes vigilantes que lhe observavam do outro lado da sala. 

Scorpius Malfoy estava sentado no braço da poltrona em que Ronald estava, conversando algo sobre como a comida deveria estar deliciosa. Ora ambos sorriam, ora apenas Scorpius, que vez ou outra fitava a ruiva de esgueio. 

— O meu amigo secreto — iniciou Arthur olhando sua família — é um rapaz muito especial. Eu o conheço desde que era um bebezinho.

— Ok, agora ficou difícil — disse Jorge arrancando sorrisinhos.

— Se eu falasse algumas frases-chave vocês logo adivinhariam, mas… Não tem como eu escolher outras — continuou sorrindo. — Ele é muito importante para mim, nunca me decepcionou ou fez algo que eu considerasse errado. Eu conheci os seus pais e desde o dia em que ele nasceu eu sabia o seu nome — sorriu. — Desde sempre, foi muito atencioso com os meus dois mais novos, Ronald e Gina, e lutou bravamente para construir uma família. De algum jeito que eu ainda não sei, fez com que o Ron amadurecesse e, segundo o que me dizem, fez da minha Gin a mulher mais feliz desse mundo depois da mãe dela — o Weasley olhou o genro. — Lutou bravamente, me deu três netos maravilhosos e finalmente, depois de vinte anos de amigo secreto, eu finalmente peguei o nome do meu único genro.

Todos soltaram um “awn” bem grande para o fofo discurso de Arthur Weasley, que deu um abraço em Harry Potter e lhe entregou o presente. A regra era sempre abrir o pacote na frente de todos. Era uma caixa de madeira pequena com um G em vermelho com contorno em dourado estampado na parte de cima, dentro havia uma réplica de um pomo-de-ouro, o primeiro desenho de Lily Luna que havia ficado com ele e uma carta. Ah, sim, Harry Potter ainda derramaria pesadas lágrimas naquela noite.

Apesar de bem simples, aquilo teve muito valor para Harry, que abraçou o sogro com todo amor que poderia ter. Assim que Arthur se sentou, o herói sorriu.

— O meu amigo secreto é um garotinho muito chato e birrento — todos deram risada, inclusive Gina, que já havia entendido quem era o amigo de seu esposo. — Ciumento demais, não queria dividir o colo da mãe com a “coisa” que havia nascido uns anos depois dele e toda vez que fazia e faz algo de errado vem me dar um beijo e dizer que me ama — Harry respirou fundo para prosseguir. — Apesar de ser estúpido as vezes e exigir muita paciência, ele foi o responsável pelas minhas primeiras experiências, como ser pai, ouvir papai pela primeira vez, ser requerido no quarto toda noite às nove para contar uma historinha e, agora, a ter acessos de raiva quando ele chega tarde em casa. Tirando os seus defeitinhos, ele é, orgulhosamente, o meu primogênito.

James Sirius levantou com um sorriso que dizia “Alvo e Lily, me perdoem, mas eu sou o filho favorito dele e vocês nunca vão ocupar o meu lugar” e foi abraçar o pai, que lhe entregou uma caixinha retangular. Quando ele abriu, estava um pedaço de papel.

— “Eu deixo você fazer uma tatuagem. Uma” — leu em voz alta, dando outro abraço no pai e o chacoalhando um pouco demais. Ele estava há, apenas, cinco anos implorando para que Harry lhe deixasse fazer uma tatuagem.

— Não se anime, eu vou com você e se for feia você perde o presente — respondeu o Potter mais velho, dando um beijo na testa do filho. Que se recompôs para começar a falar.

— O meu amigo secreto é uma garota — confessou James. — Ela tem uma irmã tremendamente terrível que inferniza todos os dias da minha vida junto com o seu fiel escudeiro que se diz ser muito hétero — Teddy rolou os olhos discretamente, para ninguém perceber de quem ele estava falando. — Ela é muito delicada, gentil, dócil e tem um gosto excelente para músicas. Sem contar que ela é… Linda. E digo isso porque é muito difícil alguém resistir aos seus… Encantos.

Rose deu um leve cutucão em Dominique no mesmo tempo que Roxanne o fez, deixando a loira levemente corada, apenas assistindo e ouvindo a sua paixão platônica — ou não tão platônica assim — discursar sobre, provavelmente, as suas qualidades.

— Ela é uma prima minha, é mais nova, bonita e… — arqueou uma sobrancelha e encarou Dominique, com o melhor dos seus olhares desentendidos. — É a minha prima favorita. — esticou o seu presente para Dominique, que se levantou e lhe deu um abraço que fez Roxanne sussurrar algo para Rose do tipo: “Eu tenho certeza que ela burlou aquele feitiço”.

Após um belo abraço, sorrisos e olhares trocados, Dominique abriu o seu presente e vibrou com a pulseira que havia acabado de ganhar. Dominique deu outro abraço no primo e um beijo em sua bochecha, e logo sorriu para a sua família.

— A minha amiga secreta é muito rabugenta — disse diretamente, fazendo Roxanne e Rose rolarem os olhos simultaneamente. — Apesar de ter uma carinha de santa, ela é uma garota muito, muito má. Só que sempre está do meu lado, ajudando a me irritar e me dando abraços calorosos. Ela faz um lanchinho natural sensacional e me ajuda com História da Magia frequentemente — com os olhos brilhando, Dominique olhou para Rose. — A minha amiga secreta é uma das minhas melhores amigas, é ruiva, nerd e eu amo muito ela. 

Rose se levantou e quase foi sufocada por um abraço esmagador da sua prima Delacour, que estendeu sua caixinha cor de rosa como se fosse a maior preciosidade que estava dando à prima, talvez por ter tantos tons de rosa. Dizendo obrigada e que também amava ela, Rose abriu o pacote e tirou de lá uma tiara de princesa prata, que tratou logo de colocar na cabeça com o auxílio da loira.

Assim que a ruiva se viu diante de uma nova situação, falar bem do Malfoy perante a sua família para não estragar o clima natalino, sentiu as pontas de seus dedos ficarem geladas e uma falta de ar um pouco insistente. Estava definitivamente nervosa. 

— O meu amigo secreto é a pessoa mais irritante do mundo — disse Rose engolindo uma risada entre o frio que começou a sentir. — Ele é chato, infantil... Porém, como eu prometi para a vovó, vou entrar no espírito natalino e tentar falar algumas qualidades dele — engoliu a seco olhando para Molly, que sorria já sabendo de quem ela falava. — O meu amigo é alto, dizem que ele é bonito, apesar de inconveniente sabe se portar muito bem na maioria das situações, ele bebe muito, é um pouco engraçado, mas… Ele me irrita todos os dias desde quando o conheci. O meu amigo secreto é muito egocêntrico, mesquinho, malvado e às vezes um pouco arrogante. Ele é o melhor amigo de um primo meu, torce para um time ruim e tem as piores piadas. Discutimos por coisas patéticas desde o dia que nos conhecemos. A coisa que eu mais detesto que ele faça é-

— Weasley, porque não fica quietinha e me dá logo os meus presentes? — disse Scorpius, novamente, com aquele sorriso idiota que mostrava todos os seus dentes brancos e irritantes com o intuito de deixá-la furiosa.

— É exatamente isso — não conseguiu segurar o sorriso, revirando os olhos. — O meu amigo secreto sabe ser muito grosso, insensível e galinha quando quer — continuou ignorando o garoto que estava de braços cruzados escutando o discurso. — E também adora se meter onde não é chamado, gosta de me interromper, mas tem um bom coração.

Ambos sorriram, e Scorpius logo tratou de se aproximar para abraçá-la. Rose nem teve tempo de sentir as bochechas queimarem ou ficar incerta diante dos braços abertos, mais rápido do que pôde ver estava sendo apertada por aqueles braços. A sorte, ela pensou, era que ninguém podia ler seu pensamento. Para a sua família, ela poderia estar meio desajeitada por nunca ter sequer chegado perto dele. Para ela, era uma sensação estranha e constrangedora estar tão perto de novo. Mas se abraçaram forte, como nunca feito antes. Ao se separarem, Rose lhe deu um peteleco na cabeça. 

Como sempre, Scorpius estava cheiroso até demais. Um cheiro que dizia: Eu sou Scorpius Malfoy e você nunca vai se esquecer da noite em que eu te abracei. Talvez esse fosse o grande problema do rapaz, ele era marcante e intenso... Consideravelmente difícil de esquecer. 

Desde o quarto ano em Hogwarts, Alvo começou a chamar Adam e Scorpius para passarem o final de ano com a família. Em pleno auge de hormônios de irritação, Rose sempre ficava de bico ao ser obrigada a desejar um feliz natal para o garoto que tirava notas maiores do que ela em Transfiguração. E é claro que ele não facilitava nem um pouco, sempre alfinetando e fazendo comentários ácidos sobre assuntos de Hogwarts. Só que quando todo esse comportamento do garoto passou a ser um charme e os outros hormônios começaram a aflorar, as brigas passaram a ter outro sentido sem ao menos que percebessem. 

Não que Rose já tivesse sentido algo por ele, não mesmo. Porém, as brigas passaram a ser mais sensatas. Eles não eram crianças afinal, sabiam o que estavam fazendo e em que enrascada estavam se metendo.

Ou pelo menos deveriam saber.

Para Rose, nada fazia sentido. Se o universo estava fazendo uma piada com a vida dela, era uma piada de muito mau gosto. 

E para continuar zoando com a cara da ruiva, o universo ainda fez o seu pai se confraternizar com o inimigo.

Inimigo que, por alguma razão oculta, a abraçou forte e fez questão de passar toda sua eletricidade para ela. Ao invés de congelar seu sangue com nervosismo, o Malfoy decidiu ferver ele até que a Weasley perdesse completamente a consciência.

Do mesmo jeito que havia feito.

— Um espelho — ele riu ao fitar seu reflexo. Parecia ter gostado, pelo o que Rose conseguia ver. — E um reflexo maravilhoso, Weasley. Você tem um excelente gosto, devo dizer — riu pelas narinas abrindo o outro presente. Era uma garrafa de firewhisky, um símbolo que poderia ser considerado importante. — Então isso é um acordo de paz?

— Só até o final desse ano — Rose rolou os olhos e voltou para o seu lugar, ajeitando a sua tiara de princesa. Scorpius a fitou e deu aquele sorriso 59: Não sei o que você quis dizer com isso, mas não parece algo muito sensato. O Malfoy colocou os seus dois presentes em cima da mesinha que tinha atrás de si e respirou fundo antes de começar.

— O meu amigo secreto é um cara muito gente fina — passou a mão em seus cabelos. — Ele é ruivo, tem um senso de humor incrível, entende muito de quadribol e é um bom ouvinte. Eu nunca conversei muito com ele, mas ultimamente tenho feito um esforço. Até mesmo porque eu quero saber como ele conseguiu uma licença do Departamento de Criaturas Mágicas para criar a sua filha mais velha — Ronald riu, fazendo Rose cruzar os braços, incrédula. — Certo, vamos esquecer essa última parte para o acordo de paz não ser cancelado. O meu amigo secreto tem um excelente paladar e torce para o melhor time do mundo.

— Se eu não te conhecesse, Scorpius, diria que está puxando saco apenas por causa da minha filha — Ronald se levantou e pegou o presente, dando um abraço no rapaz loiro que gargalhou murmurando um “nunca”. Quando abriu o pacote, viu um pedaço de madeira recortado com o nome do time deles. — Isso aqui vai ficar em cima da minha mesa, Scorpius.

Contente, o Malfoy voltou para o seu lugar e o amigo secreto continuou até que toda a família tivesse revelado os seus segredos.

Quando deu o horário, todos se sentaram à mesa e deliciaram uma maravilhosa Ceia de Natal com muitas risadas, comida e vinho. Estando à margem dos dezessete anos, podiam beber o tanto que desejassem de vinho — ideia não muito inteligente da parte de quem permitiu.

Conforme as horas iam passando, os adultos começavam a se sentir cansados e já desejavam uma boa noite de sono para os jovens, que acabaram ficando sozinhos na sala, olhando um para a cara do outro e dando risada.

Rose já estava ficando corada com a bebida, seus olhos estavam estalados e o seu cabelo não aparentava mais a perfeita ordem. Enquanto Dominique e Roxanne discutiam por alguma coisa ridícula em um canto, os garotos riam em outro e Rose apenas tentava não ceder à bebida e aos hormônios que pareciam mexer com o seu pobre coração confuso. Se ela era incapaz de tirar cinco minutos da sua sobriedade para refletir sobre o andar de sua vida, deveria aturar o que a sua memória trouxesse quando estivesse perdendo a consciência. Fazendo um balanço geral da sua vida, tudo parecia apenas... Indiferente. E talvez esse fosse o problema. 

Enxergar que ela terminou com Brian Wood porque ele era um idiota, mas se envolveu por uma mísera noite com um rapaz que não era muito diferente. Se o Wood era um babaca, o Malfoy era o rei dos babacas. Rose não podia contar com ele para absolutamente nada, pois não sabia o que ele estava achando de tudo isso. Havia uma grande chance de apenas ela estar no meio de um vendaval de sentimentos. Não porque ela gostava dele, claro que não, apenas por estar confusa sobre o que aconteceu e o que deveria acontecer. No fundo sentia que tudo era em vão, afinal, ainda podia ver Scorpius quando fechava os olhos. 

— Certo, chega de vinho pra você — Roxanne tomou a taça da mão de Rose ao ver seus olhos lacrimejarem. A garota apenas se encolheu no sofá.

— Roxanne, não tire a felicidade da sua prima em uma noite tão feliz como essa — Scorpius pegou a taça de volta e se sentou ao lado da garota. Bebericou a bebida antes de lhe estender. — Ela merece se divertir um pouco.

— Ah, eu estou entendendo vocês dois — Dominique levantou de seu lugar sorrindo divertidamente. — Como são dois cabeças duras, só se entendem quando estão bebendo para não admitirem que gostam de falar um com o outro.

— Não gosto de falar com ele bêbada e muito menos sóbria — afirmou Rose tomando o restinho de vinho que tinha na taça que o Malfoy segurava.

— Mentira — cantarolou o garoto com um sorriso perverso. — Aliás, eu adorei os meus dois presentes, cabeça de tomate, e você está convocada a tomar aquela garrafa toda comigo.

— Muito obrigada, mas eu passo — retrucou de mal humor.

— O que foi, Rosinha? — perguntou Dominique indo ao seu lado e passando a mão pelos seus ombros. — Você está tão linda, mas está tão-

— Chata — completou o Malfoy fazendo, instantaneamente, os olhos da garota encherem de lágrimas.

— Eu vou subir — murmurou se levantando e indo cabisbaixa até a escada.

A última coisa que ouviu antes de começar a subir foi “Só porque eu disse que ela está chata?”. Rose realmente estava estranha, estava se sentindo muito estranha e não entendia o porquê. Talvez fosse esse lance de tempestade.

Quando chegou ao seu quarto foi diretamente para o espelho.

O que os seus olhos viam era exatamente o que ela sentia: um vazio. Seu cabelo nunca ficou tão bonito quanto estava, um vestido nunca ficou tão bom e nunca havia usado uma tiara de princesa. Nunca havia se sentido tão linda e vazia como naquele momento. Ela implorava mentalmente para achar a resposta sobre o que estava acontecendo.

Ao fechar os olhos, sentiu o corpo inteiro gelar e, àquela altura, nem precisou de muito para descobrir o motivo. Apesar de sua mente gritar que não sabia o que fazer, Rose parecia saber bem do que precisava; teve certeza — ou algo parecido — quando sentiu duas mãos em sua cintura e um rosto aconchegar-se no seu ombro. 

Scorpius passou a exercer um efeito sobre Rose Weasley, isso já estava óbvio. Essa ligação que eles estabeleceram era muito nova para ser entendida de imediato, ou muito antiga para ser descoberta com tanta força. Fazia um pouco mais de quarenta e duas horas que eles tinham decidido fazer algo nunca antes experimentado, pensado ou imaginado. E se a consequência desse condutor de eletricidade entre os dois era Rose se sentir estranha, vazia, incompleta e louca, ela não estava gostando nem um pouco. Porém se fosse as respostas involuntárias do seu corpo e os resquícios que ficaram na sua circulação sanguínea, ela estava gostando muito.

Rose Weasley era muito complexa para ser desestruturada, mas Scorpius Malfoy fez isso mais rápido do que ela poderia ter imaginado. Ele tirou o seu teto, suas paredes e o seu chão. A deixou no espaço, ou talvez nas nuvens. Seria uma escolha exclusivamente de Rose decidir se preferia ficar perdida no espaço ou flutuando nas nuvens. Só que no estado em que ela se encontrava, nem isso conseguia decidir.

Uma linha tênue, era exatamente isso. Ela estava saindo do espaço de ódio e chegando na fronteira com um possível afeto por Scorpius Malfoy. Como chegou nessa linha era completamente inexplicável para ela.

— Você sabe que é muito, muito chata — ele sussurrou, fitando-a pelo espelho. — E não é tão sensível assim.

— Por que você faz isso? — perguntou permitindo que o rapaz visse o brilho de lágrimas de seus olhos já diminuindo. — Por que você está fazendo isso?

— Porque eu quero — levantou as sobrancelhas em gesto de inocência. Scorpius fez com que a garota se virasse para ele e ficasse de costas para o espelho. — Mas o porquê de eu querer... Não sei se preciso ter total consciência

— Malfoy, nós definitivamente não somos compatíveis — disse suspirando fundo e encarando bem aqueles olhos cinzas irritantes. — O que aconteceu foi um episódio isolado, a gente... Pode esquecer.

— Podemos — ele pigarreou, não se movendo. — Só que não sou eu que estou tendo uma crise existencial pós vinho, Weasley.

— Isso vai passar, eu só preciso dormir.

O Malfoy não disse mais nada, apenas assentiu e continuou observando a garota de olhos, agora, esverdeados que olhava para cima com uma expressão nada convincente do que acabara de dizer. Só que ele não tinha mais nada para fazer ali, apenas estava esperando suas pernas obedecerem o comando de ir embora, assim como ele fez na manhã do dia anterior.

[...]

O dia amanheceu nublado, assim como o rosto de todos naquela casa. Alguns por causa do sono, outros por causa da canseira, outros por causa da bebida e outros por uma noite mal dormida.

Na mesa do café da manhã todos conversavam sobre o jantar de encerramento de ano que haveria no Ministério da Magia. Seria naquela noite, às sete em ponto. Enquanto Harry Potter já revisava as regras de comportamento que os adolescentes deveriam seguir, Rose Weasley tomava o seu café tediosamente.

Ela se lembrava bem de ter ficado se olhando no espelho por mais uma meia hora, até suas primas subirem e ela resolver ir dormir para não ter que conversar. Quando se deu por conta já estava explodindo de dor de cabeça e desesperada pelo seu travesseiro, que infelizmente não colaborou nem um pouco no seu processo de adormecimento.

Rose se revirou na cama por mais uma hora e meia. Nada parecia bom o suficiente para ela. Nem aquele travesseiro e muito menos o seu colchão. Apenas quinze para as cinco da manhã ela foi vencida pelo cansaço.

E, para variar, foi acordada às nove da manhã pelo barulho matinal comum da família Weasley.

— Scorpius, chegou um berrador pra você — cantarolou Alvo levando-o até o amigo, que repousou a sua xícara de chá na mesa e o abriu calmamente. Era de sua mãe, e sabia que ela não gritava.

Bom dia, filho, eu não sei se você está se lembrando, mas hoje a noite vai ter o jantar do Ministro e nós teremos que ir. Seu avô pediu para que você chamasse a sua namorada também. Logo vai chegar a sua roupa, então fique lindo e penteie o cabelo — Scorpius sorriu fracamente com o tom de Astoria. — Ah, não dê trabalho para os Weasley e mande um abraço para todos eles. Um beijo para você.

— Quem você vai levar pro jantar agora que você não tem mais uma namorada, anjinho? — perguntou Adam travesso.

 


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Notas finais do capítulo

E AAAAAAAAAAAAAAIIIIIIIIIIII?
(1) Eu EXIJO que vocês tentem adivinhar o par dele para o jantar.
(2) Se preparem porque provavelmente no próximo vocês vão curtir o que vai acontecer, hehehehehehehehehe.
(3) ME CONTEM TUDOOOOOOOOOOOOOOOO!
ou apenas expressem o amor de vocês pelo Scorpius ♥
Eu senti falta de algumas leitores nesse cap anterior, então espero vê-las nos comentários deste, ok? ♥
Me contem o que acharam, o que gostaram, o que não gostaram, o que querem que aconteça, etc, TUDO!
Comentem, favoritem & recomendem, UHUUUUUUUU ♥
Espero vocês nos comentários ♥
Beeijos,
Taahii ♥