Aftermath escrita por Scoutt


Capítulo 14
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Vcs acharam q eu ia continuar só amorzinho? Nah, eu fiquei loka. - O'Neill, Ariza.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/656772/chapter/14

E novamente ela levantou um campo de forças a sua volta, o menino a olhava com tristeza e provavelmente um pouco de raiva.

─ Você irá me desculpar? – ele desviou o olhar, deu as costas e começou a se afastar.

─ Ei! Não! Espere! – ela deu um passo para segui-lo, mas uma pena caiu em sua frente e um menino com asas desceu dos céus e pegou sua mão.

─ É perigoso. Se você for, ele e outros estarão em perigo.

─ Eu sei. – ela chorava – EU SEI! – e o campo de força se levantou ainda mais forte.

.

.

.

Ariza acordou com Kallan ao seu lado. Ela havia o beijado, ou metade dela havia feto isso, mas isso não queria dizer que a outra metade estava reclamando muito, apenas se sentia um pouco triste, como se estivesse traindo alguém, de novo.

─ Ei Kallan.

─ Hm?

─ Eu podia ter voltado não é? Digo, voltado antes, sozinha, não precisava ter esperado ser atraída de volta para a Terra.

─ É, podia. – ele afrouxou os braços e deitou-se de costas, as asas em cada lado da cama.

─ Mas você não deixou... Por quê?

─ Há muito mais dentro de você do que esse mundo pode aguentar e você sabe disso não é, você sabe do Chaos agora. Precisamos decidir o que você fará, o que faremos. Decidi lhe proteger e é isso que farei, lhe protegerei de pessoas como o meu pai e de coisas que nem podemos imaginar.

─ Sobre o seu pai... Você não me culpa?

─ Não há culpa em se defender. Desde o princípio eu era contra a ideia dele, como sacrificar você acalmaria o Chaos? Ao contrário, o libertaria mil vezes mais poderoso. Ele foi apenas um fanático a menos no universo, ele nem me lembrava meu pai mais, ele estava doente, e a única forma de curá-lo era o fazendo deixar de existir.

─ Eu entendo. Minha parte humana pensa que isso é horrível, mas quantas vezes os humanos não fizeram o mesmo? – Ariza pensou em seu pai e abraçou Kallan.

.

Eles tomaram café. Tony havia mandando uma equipe para abastecer a geladeira do flat, o que foi bom, porque Kallan comia na mesma proporção que um lutador de sumo.

─ Pra onde vai toda essa comida? – Ariza perguntou, enquanto bebia da xícara de café. – uma xícara bem brega, se ela continuasse ali precisava comprar as coisas ela mesma.

─ Anh? – Kallan a olhou de boca cheia, como uma criança.

─ Engula primeiro, por favor. – ele engoliu.

─ A comida humana é gostosa, você sabe o que nós comíamos, não variava muito.

─ Vou encontrar meus amigos, você acha que ficará bem com a equipe te Tony? Eden estará com eles para te levar à Starstaff, você também visitará seus amigos. – ela sorriu.

─ Sim, vai ficar tudo bem. Mas estou com medo de Nuria.

─ Por quê? – ele parou de comer e olhou para ela com um sorriso travesso.

─ Nossa espécie tem olhos afiados Ariza, principalmente para determinadas coisas.

─ Ok, não entende. – ela terminou o café e a torrada.

─ Tensão sexual. – ela engasgou com o resto da torrada – Os humanos também não são assim? Bem, somos o dobro. – Ariza levantou e pegou o celular.

─ Eu estou saindo! Já estou atrasada, tchau. – ela não estava, mas algo na mente dela estava se formando, parecia que alguém queria comemorar o constrangimento.

Não Mente o que você está pensando, que bagunça.

Você sabe no que estou pensado. Afinal você está pensando.”, a ligação ficava cada fez mais forte.

.

.

.

Eles iriam se encontrar em um espaço reservado pela indústria Stark, esperava-se que todos aparecessem, mas ela desconfiava que pelo menos um fosse faltar.

As primeiras a aparecer foram EunBi, Alice e Cassie, junto com um garoto alto e estiloso.

─ EunBi! Alice! Cassie! – ela olhou o garoto enquanto levantava para abraçar as amigas. – Err?

─ Cristo! Eu apenas cortei o cabelo meu anjo.

─ Victor! O que aconteceu?

─ Como explicar, hoje é dia de Victor. – Alice falou, meio debochada – Eles estão com essa brincadeira agora, Vic e Cassie.

─ Hein?

─ Vic e Cassie se pegaram em uma festa, pronto, falei. – Alice soltou.

─ É cada coisa que acontece quanto estou fora hein. Mas você não é assumidamente gay? Lembro de falar das coisas embaixo e...

─ Meu deus! Chega! – Cassie estava vermelha como um tomate.

─ Mas como isso se desenrolou, gente eu quero saber, por favor.

─ Faz um ano. – Cassie falou enquanto se sentava – Ele estava bêbado na festa, e eu tive que o arrastar para o apto, ai ele começou a se transformar no banheiro, deu pra ouvir a Amy Withouse cantando no chuveiro... Do nada sai o Vic de cabelo molhado e sem nada.

─ Meu deus, você foi atacada por um pervertido! – todas riram.

─ Não foi assim, não ataquei ninguém. Talvez um pouco...

─ Ai Cassie descobriu que não ligava se estava tendo Victor ou Victória e você já sabe né. – Alice adorava falar coisas constrangedoras... quando não eram sobre ela.

─ Mas porque você está aqui como Victor?

 ─ Ariza, olha a Cassie. – Ariza olhou – Você acha que eu ia sair como Victória hoje pra recebermos cantadas duplas? É uma verdade universal que homem só respeita outro homem, que vergonha dessa raça!

As meninas riram, Ariza entendeu que o que estava acontecendo ali não era o que alguns diriam, que “Victor encontrou a pessoa certa e a fase passou.”, Vic ainda era Vic, Vic, Victória, Victor. Não existe a pessoa certa, existe a pessoa que vai te fazer feliz naquele momento, Cassie estava fazendo isso. Vic é uma pessoa dinâmica, sempre em movimento, sempre fazendo o que quer sem medo, talvez ele já tenha se encontrado, talvez ele vá se entrar, mas Ariza sabe, a pessoa que mudará a vida de Vic é ele mesmo – ela olhou para Victor e Cassie, como eles se olhavam – talvez Cassie tenha vindo ajudar, ajudar Vic.

.

Ariza estava bebendo um suco quando Alice lembrou de algo.

─ Hum, Arizaaaa.

─ Deus me ajude, o quê?

─ Não, quem! Alto, moreno e sensual.

Ariza fez careta.

─ Oh sim, Kallan. Um grande problema.

─ Alguém disse grande? – EunBi deu uma cotovelada em Alice – Ai, desculpa.

─ E acho que o problema tende a aumentar depois de ontem. – todos os olhos se abriram. – Meu deus, em que vocês estão pensando?

─ Provavelmente que vocês dormiram juntos e estão dormindo juntos e se beijaram e começaram um rolo e alguém vai sofre em bre... – Victor começou a tagarelar, mas parou. – Ela tá vermelha gente, ai tem culpa!

─ Você está com febre Ariza? Ou realmente...

─ Não faço ideia de como, mas – ela desviou o olhar – dormimos juntos, SÓ DORMIMOS... Tá, mas eu acordei e o beijei.

─ Puta merda. – os quatro disseram.

─ Você passa dois anos desaparecida, volta, some por 3 meses, volta e ainda aparece com um cara gato que possivelmente é seu NAMORADO?! Meu pai amado. – Alice estava meio descontrolada, ela apenas se calou porque EunBi apontou para a entrada de onde os outros vinham. Mas, algo dizia a Ariza que a voz de Alice era muito alta.

Ariza não estava crendo muito em sorte, mas em azar talvez, pois seus olhos encontraram Teddy de primeira e o franzir das sobrancelhas dizia que ele tinha ouvido o que Alice tinha falado.

─ Oi gente. – sem pensar Ariza levantou e foi para perto dos que haviam acabado de chegar, alguns a abraçaram, outros apertaram sua mão, Teddy apenas acenou a cabeça e foi pra um canto com Dale e Nick.

─ Ariza! – Faur a levantou no ar.

─ Oi. – Ariza o olhou quando ele a colocou no chão. Tocou seu rosto. – Você está feliz que eu voltei, mas porque ainda está tão triste? Tina?

─ Como você...?

─ Merda. Fiz de novo, me desculpe, eu só, acabo entrando na mente das pessoas, me desculpa. – ela levantou as palmas se redendo.

Ela saiu de perto dele e andou para longe, se refugiando no banheiro da área. Nesse meio tempo os demais chegaram, Coryna, Endo, Brian, Tina, Brenda...

.

Tina perguntou sobre Ariza e então entrou no banheiro.

─ Então você está aqui.

─ Veio brigar? – Ariza perguntou.

─ Não. Apenas ver se você está bem. – ela sorriu - Seu cabelo está maior, mas você parece igual.

─ Ah sim. – ela tocou o cabelo – Ele está triste Tina. Você está triste. Vocês deviam voltar. Agora, eu não estarei mais no caminho como um fantasma.

─ Como você...? Ah esquece, eu já devia ter me acostumado com essas coisas estranhas.

─ Você vai voltar? Ou terei que te obrigar?

─ Hm, você conseguiria fazer isso?

─ Sem mover um dedo. – ela levantou um dedo.

─ É, já passou tempo demais. Já nós magoamos muito, mas acho que é da natureza humana não entender os possíveis erros e os cometer novamente não é? – Tina sorriu. – Falarei com ele. Obrigada. E obrigada por voltar, por incrível que pareça, senti sua falta.

Ariza deu um passo antes de Tina sair e a abraçou.

─ Obrigada Tina. Acho que por não me odiar, ou talvez eu apenas esteja sentimental com o que você disse.

Tina a segurou pelos ombros.

─ Limpa essas lágrimas ou todos vão achar que eu briguei com você! – Ariza riu.

─ Se você brigasse comigo, eu ia sair com muito mais que lágrimas derramadas.

.

.

.

Todos cumprimentaram Ariza. Alfonso fez um show rebolando num palco improvisado. Teddy estava brincando de “ignore a Ariza”, ela estava bem, mas sua cabeça estava começando a doer e isso não era bom sinal.

Ela viu Teddy em um canto e foi falar com ele, ele a viu vindo e começou a andar na direção oposta, algo estouro na cabeça de Ariza, e não foi um aneurisma.

.

.

.

Seus olhos estavam dourados, fios dourados também apareciam no seu cabelo e a energia na sala estava densa e elétrica. Algo tinha acordado e Ariza não estava plena mente no controle.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então, qq vcs acham, ela mata ou não mata alguém?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Aftermath" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.