A.K.A. Spider-Gwen escrita por ladyenoire


Capítulo 2
Arco I: Chutando Aranhas




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AAAH! PETER OLHA.
– O chão... - eu olhei para o chão onde estava pisando e ele estava infestado de aranhas. Fiquei apavorada e comecei a chutá-las para dentro da salinha. Peter fez o mesmo e depois fechou a porta.
– Acho melhor você...
– É tchau. - ele me deu um beijo no rosto e saiu. Fiquei parada uns minutos com a mão no coração, torcendo para que não tenha acontecido nada demais.
Me recompus e saí dali o mais rápido possível. Passei pelo corredor voando e fui até o banheiro.
Parei em frente ao espelho e senti uma picada na mão. Olhei para a mesma e pelo espelho pude ver uma das aranhas radioativas da sala de experimentos genéticos em cima dela.
Afastei a aranha com um tapa, querendo gritar, mas não podia. Minha mão começou a ficar quente. Comecei a respirar aceleradamente, mas eu não tinha tanto pavor assim de aranhas e foi só uma picada. Porém minhas pernas ficaram bambas, minha visão ficou embaçada e meu corpo parecia que estava queimando.
Cambaleei até uma das cabines, sentei no vaso com a tampa abaixada e fechei a porta. Fiquei ali recuperando folego - o que é estranho quando mencionado que fiz isso no banheiro - e depois de me recompor, pelo menos um pouco, saí dali.
Olhei para o relógio e já estava na hora de sair. Percebi que fiquei mais tempo do que imaginava me recompondo.
*
Eu corria pelas ruas de Nova Iorque me sentindo estranha. Não sei o que aconteceu comigo, provavelmente estava com febre.
Meu celular tocou e eu parei para ver, era meu pai. Coloquei os fones de ouvido, conectei no celular, atendi a chamada e continuei caminhando.
– Alô?
Alô Gwen?
– Sim papai.
Ah, olá princesa. Liguei para avisar que hoje vou chegar mais tarde em casa, então não me espere.
– Ué, mas o que houve? Hoje não é seu dia de fazer hora extra. - Quintas, quintas-feiras era o dia que meu pai fazia as horas extras na delegacia.
Coisas do trabalho. Te conto quando chegar em casa, está bem?
– OK.
Até mais.
– Até. - e por fim desligou.
*
Depois de tomar um bom e demorado banho, fui até a cozinha, na gaveta de medicamentos e peguei o termômetro para medir minha temperatura corporal.
Esperei os minutos e verifiquei o termômetro, mas ele com certeza estava quebrado, pois marcava 97,8 °F - o que equivale a 36,6 °C utilizado em alguns locais do mundo. Coloquei-o de volta na gaveta, ou pelo menos tentei. Quando fui soltá-lo ele não saiu, pois estava grudado na minha mão.
Fiquei mexendo a mão até o termômetro cair dela. Fechei a gaveta com cuidado e saí em direção ao meu quarto.
Minha cabeça começou a latejar e eu não conseguia me concentrar em nada. Decidi acabar com a aflição, então abri o notebook e pesquisei por "Aranhas Radioativas". Não havia nada sobre o que aconteceria com você depois de ter sido picado por elas, a não ser pesquisas e artigos.
Fechei o notebook e minha mão ficou grudada nele, assim como havia ficado com o termômetro. Depois de um tempo consegui desgrudar.
O que está acontecendo comigo?
Pesquisei em meus livros de ciência, mas sempre tinham a mesma coisa sobre radioatividade "pode alterar o sistema biológico e até matar...". Isso não pode estar acontecendo comigo, ou pode? Preciso ir ao médico urgentemente, posso ter uma doença séria.
Me vesti rapidamente e peguei minha mochila. Saí correndo pela rua procurando por algum táxi, mas não encontrei. Já estava escuro e eu não me importava com a hora, só queria chegar no hospital.

2 semanas depois...

Segundo meus exames, e o próprio médico, não havia nada de errado comigo. Meu pai acha que foi apenas um cansaço, típico do segundo dia de trabalho. Mas eu sei que não foi.
Desde aquele dia coisas estranhas tem acontecido comigo. As coisas grudam na minha mão, meus reflexos estão melhores e toda vez que tem algo de errado em algum setor da Oscorp eu sei qual é.
Eu fiz uma busca nos arquivos da Oscorp, mas infelizmente estagiários não tem muito acesso as partes importantes.
Agora estou sentada na minha classe, não ligando nenhum pouco para aula de biologia que é uma das minhas favoritas. Meus olhos percorreram a sala e caíram em Peter Parker. Ele estava deitado na classe enquanto Flash atirava pequenas bolhinhas de papel nele.
Pensei em perguntar a Peter se algo mudou desde aquele dia na Oscorp, afinal, ele estava junto comigo, podia ter sido picado também. Mas eu fiquei alguns dias pensando se deveria fazer essa pergunta e ele me achar idiota, e dizer que é coisa da minha cabeça. Quando resolvi que iria perguntar, fiquei sabendo que seu Tio Ben faleceu. Parece que um assaltante havia o matado com um tiro nas ruas de Nova Iorque durante a noite.
Em sinal de respeito, e também porque eu gostava muito do Peter, eu e meu pai fomos ao enterro dele e oferecemos ajuda, pois agora só restam ele e sua Tia May que já é bem idosa.
Depois do trabalho, irei visitar ele para conversar e oferecer um ombro amigo. Eu sei que ele tem Harry e até Mary Jane, mas eu também conheço a dor que ele deve estar sentindo, e gostaria de ajudá-lo.
Meu pai não para mais em casa de uns dias para cá, pois ele está investigando um cara mascarado que saí por aí prendendo bandidos. Grande parte dos policiais - incluindo meu pai - não gosta dele por ele estar fazendo o trabalho da polícia. Não conseguiram fotos dele ainda, mas o Clarim Diário já o odeia sem nem ter um nome para ele, o que eu não entendo, pois ele está ajudando.
Enfim, preciso de ajuda de alguém que acredite em mim para saber o que está acontecendo comigo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado