If I Could Change Your Mind escrita por Maria Fernanda


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem e desculpem a demora para postar, encheram de provas e eu fui obrigada a estudar pq preciso de nota em matemática



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Faltavam poucas horas para a tão esperada festa do empresário Gregório Ditter e, também, faltavam poucas horas para que Romero visse Atena novamente. Ele, querendo ou não, estava sentindo muita falta da presença às vezes perturbadora da loira em sua cobertura. Tóia poderia ser tudo, menos uma mulher interessante, era sem sal, chata e entediante.

Eram exatamente seis horas da tarde; Romero estava se ajeitando para o evento, pois Tio havia marcado um encontro antes da festa no “covil secreto” da facção criminosa. O ex-vereador vestia um terno preto, com sapatos da mesma cor e um cabelo o qual estava sendo arrumado cuidadosamente em frente ao espelho; Quando finaliza o “visual” soca o ar, fingindo ser um vencedor. Algo que ele não era fazia algum tempo.

Na casa da amiga, Atena se arrumava com bobs nos cabelos e uma pilha de maquiagens em cima da penteadeira do quarto. Ela abre o armário e vai puxa um vestido de festa preto, com mangas de renda um tecido fino, o qual daria a ela muita agilidade na missão que estava por vir; coloca o vestido e calça os sapatos nos pés, se olhando no espelho em seguida.

A loira ouve batidas na porta e, logo a mesma, ser aberta pela amiga Maria.

–Você esta linda, A – Diz a amiga sorrindo para Atena.

–Obrigada, Maria – Responde triste, se olhando fixamente no espelho.

–O que esta acontecendo, A? – Maria pergunta se sentando.

–RomeroVaiEstarNaFesta – Atena responde rápido.

–Se achou que eu não iria entender, saiba que eu entendi, sim! – Brinca a amiga de Atena – Acho que já passou da hora de você e o Romero se acertarem, tenho te visto tão triste; tenho suspeitado de coisas Atena.

–Como o que Má?

–Vai me dizer que não sabe, Atena! Pelo amor de deus!

–Não, eu não faço a menor ideia, agora me deixa terminar a maquiagem, que só ter que ver o Romero já me é estresse suficiente pra uma noite – Atena fala tentando não gritar com a amiga.

–Se quer uma dica: Você engordou e passou os últimos dias vomitando feito louca. Agora tchau, Atena! – A amiga sai, batendo a porta e deixando Atena sozinha no quarto.

Durante os minutos seguintes Atena tenta raciocinar o que havia acabado de acontecer. Não poderia estar aquela palavra, não poderia MESMO, até porque, vômito pode significar inúmeras coisas, não só gravidez.

Do outro lado da cidade, Romero entrava em seu carro e dirigia até o local de reuniões da facção criminosa; durante o caminho, ele relembra todas as coisas boas que viveu com Atena, mas depois de quase bater o carro em uma árvore, resolve, pelo menos, tentar parecer normal.

Chega ao local da reunião e desce do carro; passa pelo corredor enquanto diz “Vitória na Guerra” a cada 3 segundos e depois de um tempo, adentra no local onde todos os envolvidos na missão portavam roupas chiques e glamorosas.

Os homens, como na maioria das vezes, usavam ternos. E as mulheres, que eram poucas, trajavam vestidos de gala impressionantemente bonitos; Annalu usava um vestido azul marinho frente única e Sabinne estava de vermelho; “O clássico dos clássicos”, na opinião de Romero. Mas a única pessoa que interessava Romero não estava presente na reunião.

–Olá, Irmãos! Vitória na guerra! – Tio faz uma saudação – Como devem estar esperando, Atena esta com os convites, mas ela vai demorar alguns minutos porque teve alguns problemas com a pessoa com a qual divide apartamento.

–Seremos três casais na festa, certo? – Sabinne pergunta levantando a mão.

–Sim, Sabinne! Vamos dividir os grupos assim que a Atena chegar – Tio fala e todos escutam o barulho de uma porta se abrindo.

Os presentes no “covil secreto” param tudo o que estavam fazendo e voltam seu olhar para Atena. Ela estava totalmente deslumbrante, pensou Romero.

–Desculpa pela demora, Maria me sondou sobre uns problemas pessoais e tive que ficar mais um tempo me arrumando – Atena diz sem jeito.

–Sem problema, Atena. Vamos dividir os casais – Tio se manifesta em relação ao atraso e faz um sinal com as mãos para que a mesma se juntasse ao grupo de mulheres.

Depois de jogar um pouco de conversa fora com as meninas e ver que Tio havia se distraído um pouco do assunto principal, que até então era dividir os casais, Atena se deixa levar pela beleza de Romero. Ele estava lindo e charmoso naquele terno clássico e, de todas as formas, ela era obrigada, por mais que não quisesse, a reconhecer o quanto ele parecia bem em não tê-la por perto; Pelo menos ele não deixava transparecer.

–Bom, eu acredito que já esteja bom de conversinhas; vamos resolver isso logo ou vamos nos atrasar pra festa – Tio chama a atenção dos presentes no salão. – Trouxe os convites, Atena?

–Tá na mão – Puxa os 3 convites de casais da bolsa e os joga para Tio.

–Primeiro casal: Annalu e Marcos Paulo – Joga o convite para os dois – Segundo casal: Atena e Miguel; Terceiro: Sabinne e Romero – Jogas os convites para os outros dois casais.

–Podemos ir? – pergunta Annalu.

–Claro, nos encontramos na festa! – Diz tio fazendo um gesto para que todos saíssem – Menos Atena e Romero porque quero ter uma conversa especial com eles.

Romero e Atena permanecem na sala, fazendo sinais para que seus pares fossem na frente e os encontrassem do lado de fora. Com apenas Tio e os dois lá dentro, o clima estava pesado e sentia-se a tensão no ar.

–Vocês dois vão roubar um cofre – Fala apontando para o “casalzinho”.

–Tio, estou em uma fase boa, me recuso a roubar – Romero se manifesta, tentando não demonstrar seu incomodo por ter de trabalhar com Atena.

–Tu né meu querido? Eu estou ótima com tudo isso, roubar é minha especialidade – Atena deixa-se vangloriar.

–Essa é a atitude correta, Romero – Tio fala usando Atena como exemplo – Mas não importa. Você vai ajuda-la a roubar, vai despistar o cara, desarmar a câmera de segurança e depois nós vamos tacar o terror nessa festinha comunista.

Romero percebe o sorriso no rosto de Atena se formar.

–Fechado... Mas tocar o terror seria exatamente o que? – Romero pergunta confuso.

–Tacar fogo – Responde tio jogando walkie talkies para eles poderem se comunicar com a equipe – Agora vão logo, preciso dessa missão completa até amanhã às 3h30min da manhã!

–Fechado! – Os dois falam juntos.

A festa estava realmente linda, pessoas, tanto mulheres quanto homens, desfilavam em seus trajes de gala pelo enorme salão em que a festa acontecia. A comida estava divina de tão bem preparada e a decoração era elegante, porem minimalista, algo que chamou a atenção de todos os presentes.

Atena puxava assunto com seu par enquanto Romero olhava enciumado para as belas curvas da loira vestida de preto, seus olhos passeavam por todo o corpo de Atena e qualquer um que olhasse para Romero, poderia ver o quanto ele estava babando em Atena.

–Ei! Fecha a boca antes que pingue uma goteira no chão! – Sabinne brinca chamando a atenção de Romero.

–Você sabe que não tem chance com ela, pelo que a própria me contou, ela te mandou não dirigir a palavra a ela... – Diz zombando da cara do amigo.

–Você sabe o quanto eu amo a Atena, Sah! Eu faria de tudo para tê-la comigo... Mas pow! O tio fez muita sacanagem em botar ela com o Miguel! – Resmunga chutando o ar e abaixando a cabeça.

–Você sabe que eu sou lésbica, então obviamente, a Atena atrai qualquer um. Mas meu amigo, se eu fosse você investia, porque se não quer perder a mulher, tem que pelo menos fazê-la falar com você! – Sabinne tenta ajudar o amigo.

–Ela me mandou não dirigir a palavra fora da facção! Mas nós estamos na facção! Então “EU” vou lá e vou falar com ela – Diz decidido.

Romero anda em direção a Atena e quando esta a centímetros dela puxa seu braço, a trazendo para o outro lado do salão;

O lugar onde estavam era mais reservado, era um corredor que levava aos banheiros e aos quartos da imensa mansão, tinham alguns casais ali, mas eles estavam apenas indo para seus quartos.

–O que você quer? – Atena pergunta parecendo estar sem paciência.

Ele não responde.

–Olha Romero, seja lá o que você tenha a me dizer, seja rápido porque temos um trabalho a fazer! – Fala novamente o encarando nos olhos. Ele fica sem resposta, apenas abre caminho para que ela passe para a sala do cofre.

Juntos, os dois andam em direção ao imenso salão de reuniões e jantares executivos, local onde deveria, de acordo com mapas feitos pela facção criminosa, conter um cofre cheio de diamantes, dentre outras pedras preciosas.

Atena faz sinal para que Romero vigie a porta e tira seu “aparelhinho mágico para abrir cofres” da minúscula bolsa a qual carregava durante a festa. Romero a olha espantado, nunca que aquele objeto caberia por completo numa bolsa daquele tamaninho.

Ignorando as expressões alheias de Romero, Atena senta-se no chão e puxa a tábua de madeira, liberando para seus olhos a imagem de um glorioso e provavelmente recheado cofre. Começa aos poucos a escutar e decifrar os códigos do cofre, mas aquilo estava demorando demais.

–Atena, vai rápido, vão acionar o incêndio em alguns minutos – Romero grita do outro lado da sala, fazendo Atena soltar um grunhido de raiva.

–Já estou quase acabando – Responde ela demonstrando sua impaciência em relação ao ex-vereador.

Nada mais é dito e minutos depois, conforme o esperado, são ouvidos gritos de desespero no andar de baixo. Era possível ouvir os passos rápidos e fortes de homens, mulheres, crianças e idosos em desespero por causa do fogo que aos poucos incendiava o local.

–Vai logo, Atena! – Romero grita com raiva e fecha a porta, aproximando-se de Atena. Ela o encara e é eminente o desespero em seus olhos.

–Já terminei! – Diz fechando o cofre e exibindo um saco de rubis, diamantes e outras joias na frente dos olhos castanhos de Romero.

–Então vem logo! – ele grita puxando-a pela mão porta a fora.

Os dois correm de mãos dadas pelos corredores compridos e largos do imenso local de festas, com Romero na frente, e Atena atrás. Entram diversas vezes em portas erradas e uma vez ou outra se deparavam com chamas fortes e quentes. Até que em uma hora, Romero se viu sem saída, estavam só os dois no prédio, o incêndio era maior que eles e ele viu, ali junto a Atena, que os olhos dela estavam encharcados de lágrimas, lágrimas as quais ele teria provocado.

–Não chora! – ele diz abraçando-a como se, literalmente, fosse a última vez.

–Nunca pensei em morrer assim – Atena diz entre soluços e cada vez mais lágrimas – Nunca pensei que morreria roubando, tão pouco que teria feito tanta coisa antes de morrer.

–Pelo menos você fez coisas – Ele fala sonhador, apertando-a mais contra seu corpo – Eu fui um covarde minha vida inteira, fui um covarde ao achar que alguém me amaria e fui um covarde por pensar que podia ser bandido! Eu sou um completo covarde!

–“Os covardes morrem várias vezes antes da sua morte, mas o homem corajoso experimenta a morte apenas uma vez” – Atena responde poética – Você foi covarde Romero, você morreu tantas vezes, mas em ambas renasceu, como uma fênix. Sua única morte é agora, junto com a pessoa que pensou que amava.

–Atena... Eu queria dizer que sinto muito por tudo e que eu realmente queria ter mudado o que eu te fiz, queria ter mudado o meu passado, queria não ter jogado suco de laranja em você, queria ter aceitado que dormi com você e, por fim mas não menos importante, queria ter aceitado que estava apaixonado por você.

–Ainda está apaixonado por mim? – A loira fala com algumas lágrimas nos olhos.

–Eu vejo uma luz... – Ele diz levantando os olhos que naquela altura do campeonato já estava tão encharcado que poderia encher um rio.

–Que tipo? Uma espiritual ou algo do tipo? – Ela diz confusa e ele não responde, apenas encarava a luz.

–Não! Eu vejo a luz de uma janela, posso nos tirar daqui! – Grita pegando Atena pela mão novamente.

Romero corre em direção a luz como se não existisse amanhã, olha para baixo e percebe que estava no primeiro andar do prédio e, como os bombeiros ainda não haviam chegado com os trampolins de resgate, era totalmente plausível que os dois pulasse janela a baixo.

–Você primeiro! – ele diz colocando Atena ao pé da janela.

–Romero... – Ela questiona.

–Vai, eu só quero que você esteja bem – Diz e a empurra janela a baixo, pulando logo em seguida.

No chão repleto de grama, os dois ajeitavam suas roupas e se olhavam de maneira estranha, principalmente Atena, ela estava pálida, parecia que a qualquer momento iria vomitar e que a qualquer momento iria ter uma chuva de hormônios e começaria a chorar.

–Tá tudo bem, Atena? – Romero pergunta se aproximando dela, fazendo com que a loira colocasse as mãos no chão para não se desequilibrar.

–Nada demais, eu só... – Nada, além disso, saí da boca de Atena, somente vômito, um vômito horrível e nojento. Romero segurava os cabelos da loira para que ela não os sujasse, mas durante todo aquele tempo, ali suja, vomitando, entre outros, Atena só conseguia pensar no que Maria dissera, ela estaria mesmo... Grávida?


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Notas finais do capítulo

ESPERO QUE TENHAM GOSTADO



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