If I Could Change Your Mind escrita por Maria Fernanda


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, estava sem o computador e estava difícil postar a história pelo celular.... Mas bem, espero que gostem ♥



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–Atena, você está bem? - Romero pergunta quando ela acaba de vomitar.

–Não muito - Responde desfalecida no chão.

–Atena... Fala comigo! Eu to preocupado com você! - Fala chacoalhando-a pelos ombros.

–Romero, me dá um tempo, ok? Eu não to bem - Diz tentando despistá-lo.

–Não, eu vou ficar aqui com você! - Questiona a loira.

–Não você não vai, Romero - A voz de Atena soava triste para Romero.

Sentindo alguma dor no corpo, levanta do chão, ajeita o vestido e prende os cabelos para trás. Seu rosto estava com algumas manchas escuras por conta da poeira que a fumaça havia feito.

Sem olhar para trás, a loira segue em passos largos para o ponto de táxi. Ela estava deixando o grande amor da sua vida, estava escondendo dele coisas que ele merecia saber, mas ela não ligava. Seu subconsciente dizia para ela seguir em frente, ela fez de tudo por Romero, e ele escolheu Tóia. Ela se recusava a acreditar nisso.

Pelo contrário do que todos pensariam quando soubessem da gravidez, Atena não iria abortar a criança, não iria tirar aquele filho, era uma parte dos dois, ela ainda amava Romero e achava que essa criança faria muto bem para ela.

Junto a um táxi, Atena chega até uma farmácia em uma das principais ruas do Rio de Janeiro. Compra três testes de gravidez, iria usar a tática do "Melhor de Três". Pede para a atendente liberar o banheiro, era arriscado demais fazer o teste em casa.

Entra no banheiro e lentamente faz os três testes. Os dez minutos seguintes seriam os mais sensíveis da vida dela. Dois deram positivo e um deu indefinido, com isso, Atena considerava a gravidez.

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Alguns meses se passaram e Atena estava participando mais da parte técnica da Facção. Trabalhava em casa, não participava de missões que envolviam outros membros, ela queria mesmo, era ficar sozinha, com seu lindo bebê.

Após esse tempo trabalhando em casa, Tio resolve transferir Atena para a Suíça, com a intenção de ampliar os negócios. Atena aceita em pestanejar e, junto com Maria, muda-se para a suíça, deixando o pai do seu filho ou filha, sozinho com a favelada.

4° mês sem Atena:

Romero vivia triste, Tóia detdetestava vê-lo assim, ela sabia que algo estava acontecendo com o comunista e estava decidida a descobrir.

Em uma noite estrelada, Romero chega em casa deprimido, havia descoberto a mudança de Atena.

Ele senta-se no sofá enquanto Tóia prepara a comida.

–Amor - Ela chama da cozinha.

–Eu... - Ele diz ccom a cabeça baixa.

–Estive pensando, nós poderíamos oficializar nosso casamento, o que acha? - Tóia diz animada, indo até o sofá e depositando um beijo na bochecha do ex-vereador.

–Ótimo... Acho ótimo, amor - Responde a "amada", tentando parecer mais animado.

–O que está acontecendo Romero? - Ela pergunta desconfiada.

–Nada, só que eu descobri que teria de fazer uma viagem internacional daqui a mais ou menos um ano. Meu chefe, na lá fundação, você soube que contratamos um chefe, né? Ele me pediu isso - Mente.

Nunca tinha visto alguém cair em uma desculpa tão esfarrapada em todos os anos de sua vida. Óbvio que tudo ali era mentira, pois Romero planejava ir atrás de Atena, mas sua transferência demoraria alguns meses para ser concluída.

–Que ótimo! - Tóia afirma animada.

5° mês sem Romero:

A suíça era algo impressionante, a Arquitetura, as coisas ao redor.

Atena havia chegado ali a mais ou menos um ou dois meses, e já estava encantada.

Morava junto de Maria em um apartamento super chique, tinha quatro quartos, sim era bem grande, mas um era para hóspedes.

A cozinha era muito moderna, e a sala de jantar era deslumbrante, com lustres caros e tapetes de alto nível. A sala de estar contava com um sofa em "L" deslumbrante e com uma lareira que aquecia as duas meninas naquela época do ano.

Dia e noite, Atena trabalhava em casa e na sede da Facção, junto com alguns membros suíços. Ela era fluente em alemão, então não era difícil entendê-los.

O sexo do bebê ainda não havia sido descoberto, mas a barriga de Atena já era eminente, suas roupas já não cabiam mais e a cada dia que se passava ela ficava mais estressada por ter de usar vestidos largos.

–Atena! - Maria chega gritando em casa. Ela estava trabalhando em uma empresa de Arquitetura e decoração ambiente.

–Amiga! Chegou cedo! - Atena exclama ao ver a melhor amiga entrando pela porta. As duas sempre tiveram uma boa relação.

–Adivinha em que mês estamos! - Maria fala indo em direção a cozinha e colocando algumas panelas sobre o balcão. Como Atena não sabia cozinhar, quem fazia a janta era a amiga.

–Novembro?...Talvez dezembro! Não sei que dia é hoje. - Atena respondeu sentando na bancada.

–Novembro, bobinha! Mês que vem você faz seis meses e vai poder saber o sexo dos bebês! - Maria se anima e Atena solta um sorriso bobo.

–Poder saber eu já posso, né? Agora só falta mesmo é tempo! - A grávida diz apoiando os cotovelos no balcão.

–É mermo, você devia ir lá fazer esse ultrassom logo - Maria coloca o arroz na panela.

–Vou marcar, vou marcar...

6° Mês sem Romero:

Era uma manhã de sexta feira, a chuva caia na suíça e Atena dormia abraçada ao travesseiro. Naquela noite não havia conseguido dormir, o remorso de ter mentido para Romero era muito maior que ela.

O despertador havia tocado constantemente nos últimos dez minutos e aquilo foi o suficiente para Atena acordar. Ela levantasse da cama e vai para o banheiro, onde faz sua higiene pessoal: Toma um bom banho, escova os dentes, lava o rosto.

Escolhe uma boa roupa e pega a bolsa em cima de sua cadeira e sai da casa, deixando um bilhete para Maria encontrá-la na clínica logo depois do exame.

Por volta das 10 da manhã, Atena chega a clínica médica e faz sconfirma sua consulta no balcão.

Durante os próximos 20 minutos, ela espera sentada e aflita e quando entra no consultório, a ficha caí. Ela estava vendo o sexo do seu filho.

–Deite-se na maca, por favor - Pede a médica.

–Você é brasileira? - Atena pergunta surpresa.

–Sou sim! Sou a Dra. Puhar, mas pode me chamar de Joanne! Qual seu nome? - Pergunta simpática.

–Meu nome é Atena, Atena Torremolinos, mudei meu nome e sobrenome... - Atena responde ajeitando-se na maca.

–Qual era?

–Francineide da Silva - Responde e faz careta.

–Ok, Atena. Vamos ver como está sua criança... Quando foi sua última consulta? - A Médica pergunta ainda sorridente.

–Nunca fiz uma ultrassom, só confirmei com um exame de sangue, não se pode confiar em farmácias hoje em dia - Diz sentindo o gel gelado tomar toda a região de sua barriga.

–Então suponho que não saiba o que é isso - Pergunta apontando para o visor. Atena olha e vê três bolinhas.

–Mesmo que eu fosse médica não saberia - Diz brincando.

–O que você vê?

–Três bolas, sabe, grandes... Não sei explicar - A loira responde.

–São três bebês, você está grávida de trigêmeos... e Pelo que vejo aqui são dois meninos e uma menina! - A médica Exclama e Atena sente sua boca formar um perfeito "O" com a notícia.

–Co-C-Como assim? - Ela fala ainda sem acreditar - São trigêmeos? Isso está certo mesmo? - A sensação de surpresa é misturada com alegria e Atena sente um sorriso brotar em seu rosto.

–Está sim, Dona Atena! E pelo visto são saudáveis! - A médica anima-se junto à loira.

7° mês sem Atena:

Romero já não aguentava mais aquela vidinha sem graça com Tóia. Todos os dias eram definitivamente iguais e, a cada dia que se passava, ele esperava mais pela sua viagem. A possibilidade de ver Atena.

Naquela manhã, Romero havia acordado e tomado café com sua "favelada". Tinha posto uma roupa comum, pois iria ter uma reunião básica com Tio, apenas os dois.

Chega ao local de encontro com a facção exatamente uma hora da tarde.

–Fala, Tio! Minha namorada quer falar comigo o mais rápido possível, portanto, temos que ser rápidos - Ele pede e o Tio da facção criminosa o observa.

–Quer que eu seja rápido? Vou ser: Negamos sua viagem de negócios, Marcos vai resolver isso para a gente! - Afirma Tio, deixando Romero com raiva.

–Pow! O Marcos não né? Ele tá sempre dando em cima da Atena!

–Ah, então é por isso esse seu interesse em ir nessa viagem de negócios, não é mesmo? Pois saiba que quem vai é o Marcos, Sim! E se reclamar eu mando o Ezequiel junto com ele e o Orlando também, já que vou mandar todo mundo! - Afirma deixando Romero quieto.

–Você pelo menos sabe quando acaba a transferência dela? - Romero pergunta encostando na cadeira e olhando fixamente para o teto. Ele liberava tristeza de seu corpo.

–Já se passaram sete meses certo? Pelos cálculos que ela me mandou está tarde por email, a volta dela vai ser com 1 ano e nove meses! Espere mais um ano e dois meses e poderá ver a Ateninha, novamente! Terminamos por hoje.

Depois da triste notícia dada por Tio, Romero demonstra a tristeza em seu coração para todos com quem conversasse.

Ele não queria conversar, não queria olhar na cara de ninguém, ele só queria mesmo era a sua Atena de volta, sem nenhum Ezequiel, nenhum Marcos e nenhum bastardo como Orlando junto à ela. Ele queria só os dois, vivendo intensos momentos juntos, como naquele dia na casa onde ela viveu sua infância ou as vezes que fizeram amor na cobertura. Aquilo sim era verdadeiro, aquilo era amor, paixão; ele precisava, acima de tudo, dela de volta.

8° sem Atena:

Naquele mês, completavam-se oito meses que Romero não via, não sentia e não fazia absolutente nada envolvendo Atena. Ele precisava, necessitava, queria a loira de volta.

Para aliviar sua angústia, ele resolveu escrever uma carta, a qual entregaria para Tio e, com todo a educação do mundo, pediria para tio entrega-la a Atena.

"Minha Burguesinha,

Desde que nos conhecemos sinto que tudo o que tenho feito foi uma merda, tirando a parte de ter te conhecido, é claro.

Desde o primeiro momento em que te vi me senti mais feliz, me senti mais vivo. Aquela sua risada, aquele seu bom gosto por bebida, você por inteira para falar a verdade, me encantou e ainda me encanta.

Sei que errei ao dizer a ti que não te amei. Foi um dos maiores erros da minha vida e eu me arrependo tanto.

Reconheço que fui um idiota, reconheço que cometi muitos erros, a Tóia foi um deles, mas não acreditar em você foi pior, foi ridículo, foi asqueroso e estúpido da minha parte. Com amor não se brinca! E você não estava brincando! Você estava demonstrando que me amava esse tempo todo e SIM, eu usei você, fiz muita coisa errada e vou me arrepender até o último dia de minha vida.

Meu sentimento é imenso, mas parece que ele só resolveu manifestar-se agora, aos quarenta e cinco do segundo tempo...

Com você longe eu pude reconhecer que ainda te amo, ainda te quero e NÃO, isso não é passageiro, isso é eterno, assim como nossa parceria, nossa amizade, nossas ideias, nosso amor... Não sei se esse é o seu sonho, mas eu quero me casar, ter filhos e morrer ao seu lado, pois a sua ausência em minha vida só proporcionou dor e sofrimento e acho que você sente o mesmo.

'Espero que um dia nós possamos espalhar mais amor e menos ódio'

Com amor,
Romero Rômulo, vulgo Seu Comunistinha"

Lágrimas caiam sobre o papel sobre o qual a carta estava escrita. Com delicadeza e sofrimento ele fecha cuidadosamente o envelope e corre para entregá-lo a Tio, que de início não gosta da ideia do contato entre os dois, mas após alguns minutos de discussão, aceita enviar a carta.

9° mês sem Romero:

A noite passava despercebida pelas ruas da suíça. Atena jantava junto com Maria na sala de jantar da cobertura onde as duas moravam.

–Sabe, Amiga... Nunca pensei que ficaria tão feliz em ter filhos - A grávida afirma soltando um sorriso ao olhar para a barriga.

–E eu nunca te vi mais feliz né, Tena! Somos amigas a tanto tempo e eu sempre quis que tudo de melhor acontecesse com você

–Obrigada, amore... - As duas brincam rindo muito.

Passam-se alguma horas e Atena sente-se um pouco mal, o que era de costume para uma mulher grávida de nove meses, mas seguido do mal estar um líquido começa a escorrer entre suas pernas. Havia chegado a hora, os bebês iriam nascer.


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Notas finais do capítulo

OBRIGADA POR TUDO



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