A profecia escrita por Mikally


Capítulo 6
Nada certo a se fazer


Notas iniciais do capítulo

Gente
Desculpem. No outro cap.Eu esqueci de avisar. Eu estava de viagem e voltei hoje. Fui a Pentagna .Alguém ja foi lá? Os garçons são gatooooooooooooooooooos.
Bom, voltando hehe
Espero que gostem do cap.
COMENTEM POR FAVOR



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P.O.V Allana

Abri meus olhos lentamente, me cegando momentaneamente por conta da claridade. Olhei em volta, reconhecendo o lugar de imediato.

O quarto que Lúcifer fez para mim.

Rapidamente, meu inconsciente fez a brilhante tarefa de me lembrar de que ele não fez esse quarto para mim. Apenas colocou uma cama e fez um banheiro.

E porque diabos eu me importo com isso ou não? – Pensei , irritada.

Olhei para mim mesma, e vi que ainda estava usando o vestido vermelho que Jaqen me deu. Sorrio com a lembrança da noite passada. Porém, de repente , meu coração apertou.

Vou a um encontro hoje a noite, e não tenho nenhuma roupa!

Respiro fundo tentando me acalmar, e fico extremamente frustrada com a situação. Eu sempre tive roupas de sobra para usar. Poderia ficar milionário, só vendendo metade delas, e agora não tenho UMA peça?

Levanto da cama, decidida. Vou ao banheiro e me olho no espelho.

Bom, não estou impecável como sempre... Tenho algumas olheiras... Oque é mais do que compreensível, já que estou na insana tarefa de matar a porcaria do arcanjo mais forte do universo.

Suspiro exasperada, e dou uma rápida arrumada em meus cabelos curtos com as mãos, em seguida vou para o outro lado do ‘’quarto’’ e paro em frente ao espelho.

Se eu supostamente tenho forças para derrotar Lúcifer, eu tenho mais poder que um demônio... Jaqen conseguiu criar uma roupa ontem com seus poderes, então, eu também posso conseguir.

Fecho os olhos, imaginando um vestido azul-marinho, na altura dos joelhos e rodado, sem mangas.

Abro os olhos, esperançosa, e olho para minhas mãos.

Nada.

–Ok – Digo para mim mesma – Vamos apenas começar com o simples.

Fecho os olhos novamente, e imagino uma blusa branca, simples, sem mangas. Não abro os olhos de imediato. Fico um tempo, apenas visualizando ela, tentando sentir a textura dela.

Quando, finalmente, abro os olhos, lá esta a blusa branca, em minhas mãos.

Arregalo os olhos e sorrio triunfante.

–Há! – Exclamo, me sentindo uma tola, por comemorar, uma coisa tão simples, mas que para mim, já foi um avanço.

–Então, eu te trago para minha humilde casa, para a senhora fortalecer seus poderes, e quando venho checar o andamento da sua tarefa... Aqui está você... Fazendo roupas.

Meu corpo se arrepia, apenas com o som da voz dele, minha respiração falha, se recompondo aos poucos, e viro para a porta do quarto, onde o vejo recostado os ombros.

Fico muda.

O cabelo dele está levemente bagunçado, e molhado. Seus olhos azuis, frios como o gelo, penetram nos meus, sinto como se ele estivesse lendo meus pensamentos... E de fato pode estar, sua boca está curvada num sorriso de canto de boca e suas sobrancelhas arqueadas para cima.

–E então? – Pergunta ele, com um traço de divertimento em seus olhos.

Abro e fecho a boca duas vezes, sem ter capacidade de formular uma frase coerente. Meu subconsciente, até agora, mudo, como eu, exclama com vigor em minha cabeça.

Fale alguma coisa, Allana! QUALQUER coisa! Ele te verá como uma completa idiota!

–E-eu estava... Hum... Fazendo umas roupas para mim.

Lúcifer solta uma risada seca, e diz com a voz rouca.

–Bom, esse foi exatamente o conteúdo de minha pergunta anterior, a qual você parecia...Indisposta a responder.

Ele.....ele está caçoando de mim! E... Ó meu santo Deus ,ele percebeu como eu fiquei diante dele.

Minhas bochechas ficam rosadas na mesma hora, mas não sei se é de raiva ou por causa do intenso constrangimento... Talvez os dois.

–Agora você adquiriu a capacidade de virar um tomate. Pena que isso não ajudaria a me derrotar , sinto informa-la. – Ele continua com seu sorriso idiota estampado no rosto.

Em todos esses meus deslumbrantes anos de vida, eu percebi uma coisa sobre mim.

Eu ODEIO que debochem de mim.

ODEIO.

Meus olhos se estreitam e Lúcifer tira o sorriso do rosto, percebendo minhas intenções.

Desculpe, querido, tarde demais. – Penso.

Nisso, eu aperto minhas mãos com força, e ele cai de joelhos no chão, com os olhos arregalados, que de pouco em pouco, vão ficando vermelhos.

Estranho minha reação ao vê-lo sofrer. Queria apenas estar satisfeita, porém, ao contrário. Eu sinto que estou fazendo isso contra minha vontade, como se estivesse sendo forçada. Percebo que não gosto de vê-lo sofrer, por mais que queira que ele sofra.

Oque esta acontecendo comigo? – Penso assustada, liberando toda minha raiva, e ‘’soltando’’ ele. Lúcifer se levanta, e me encara surpreso e com ódio. Ele dá um passo para frente, e meu coração dispara.

Não, não, não, por favor, não!– Penso fortemente, andando para trás tão rápido, que tropeço em meus próprios pés, caindo no chão gelado do cômodo.

Lúcifer para de rompante, de olhos arregalados. Ele me encara, ali, encolhida no chão, assustada e frágil. Vejo a raiva sumindo aos poucos de sua expressão, e um sentimento confuso tomar conta de seus olhos.

Ele da um passo incerto para frente, porém, depois, repentinamente se vira de costas e diz secamente.

–Quero você aqui neste maldito quarto até amanhã. NÃO SAIA. É uma ordem.

Em seguida sai do quarto, batendo a porta.

Abro a boca procurando uma resposta, que aparentemente não existe.

–Bom, se ele me quer aqui, foda-se, não tenho nada planejad......PUTA MERDA! – Grito exasperada. - Jaqen....eu...merda – Fico falando coisa com coisa, tentando achar uma solução.

Solto uma espécie de rosnado e me jogo na cama , de cara com o travesseiro, e começo a gritar, com minha almofada abafando o som. Grito até minha garganta começar a arder. Me sento na cama e começo a soca-la.

Observo o sol se por, pela janela minúscula.

Provavelmente já esta na hora.

Minha parte irracional grita:

Fuja! Vá la! Oque tem a perder.?

Minha parte racional grita:

Fique, espere. Não vale apena ser castigada por um demônio! Onde esta sua cabeça?

Novamente, meu irracional grita:

Esse ‘’demônio’’, foi a única coisa boa que aconteceu a você desde que chegou aqui. Desde que descobriu que tinha essa tarefa a completar! Vai deixa-lo escapar?

Suspiro, tomo coragem, e decido escutar minha parte irracional. Estou tão nervosa, que coloco a blusa branca, e imagino apenas um casaco de oncinha, que aparece na hora em minha mãe. Relaxo um pouco, e sorrio. Estou conseguindo controlar minha ‘’mágica’’.

Vou ao banheiro, e penso em um simples lápis de olho. Demoram uns 5 segundos, mas ele aparece. Passos rapidamente, destacando a cor de meus olhos, e, como meus lábios já são rosados naturalmente, não precisa de batom.

Abro a porta bem devagar, olhando em volta. Tem, no mínimo, uns cinco demônios so na porta. Bufo, irritada. Entro no quarto novamente e olho em volta. Tem uma janela...com algum esforço eu poderia passar por ela.

Apoio meus pés na cama, e dou impulso para cima, sinto uma dor lancinante na coluna, porém, continuo forçando meu corpo para fora, até que estou do lado de fora, sentada na mínima beirada da janela.

E tem uma queda de 3 metros, até o jardim.

–Puta. Que. Pariu - Reclamo horrorizada. Olho para trás. Não tem a mínima chance de eu voltar, sem que quebre um osso ou dois.

Fecho os olhos. Tento pular, mas a coragem se esvai no mesmo minuto.

Ok, Allana, respire. Você veio até aqui, pode fazer iss....

–ALLANA? –Pergunta uma voz vinda lá de baixo.

Olho desesperada, me desequilibrando, e quase caio. Tenho um mini ataque-cardíaco.

–Jaqen! –Digo surpresa e aliviada.

Ele da um sorriso confuso, que aquece meu coração.

Porcaria, estou gostando de uma merda de um demônio! Sério, Allana?

–Bom, está foi realmente a idéia que eu tive para o nosso encontro, Milady.

Milady? Que fofo! – Penso sorrindo e ficando rubra.

–Uma ajudinha daria certo-Sorrio envergonhada.

Jaqen levanta as sobrancelhas e ri, se mostrar os dentes.

–Você me surpreende cada vez mais. Percebo que a todo momento ele olha em volta, nervoso, mas resolvo ignorar este fato, por agora, já que estou prestes a cair de uma janela e quebrar todos os ossos.

–Oque esta esperando, Milady? – Pergunta Jaqen confuso.

–Como assim? Oque você quer que eu faç....

Antes que eu possa terminar a frase, ele faz um aceno com a m~]ao, e eu sou bruscamente empurrada para frente. Arregalo os olhos e vejo o chão vindo em minha direção. Minha boca se escancara, porém, não consigo gritar, tamanho o pavor. Quando estou a centímetros do chão, Jaqen se joga para frente e me pega, com um pouco de dificuldade.

Nossa....será que eu sou gorda?

Ele me segura em seus braços, como se eu fosse um bebe, que acabara de fazer uma travessura.

Ainda com a respiração acelerada, murmuro um ‘’Obrigada’’, e me afundo em seu pescoço.

Ele cheira...muito bem, imagino qual deve ser o sabor dos lábios dele.

Paro no mesmo momento que penso nisso e pergunto.

–Você....lê pensamentos?

Jaqen da uma risada de nariz.

–Não, não leio...porque? Anda tendo pensamentos inapropriados?

Desço do colo dele em um pulo, e entrelaço minhas mãos em seu pescoço.

–Você não sabe o quanto – Digo, e após disso, colo meus lábios aos dele, enquanto o mesmo segura minha cintura com força, e junta mais meu corpo ao dele, dou um sorriso por entre o beijo, e mordo o lábio dele, me separando, em busca de ar.

Jaqen dá um sorriso para mim, afagando meu cabelo, arranho sua nuca, como uma gatinha,ele ele me beija novamente. Sua boca é doce, como a dos outros meninos, como a de meu ex-namorado, Brian. Pensei que fosse diferente, mas não me importo. So me importo com o agora, e agora, eu estou beijando o homem mais lindo que eu já vi.

Tem certeza disso? – Sussurra maldosamente meu inconsciente – Esqueceu-se de um certo arcanj.... – Mando meu inconsciente para aquele lugar, mesmo láá no fundo sabendo que talvez ele esteja certo.

Merda, estou divagando. Concentre-se , Allana!

Agarro com força seus cabelos ruivos, e puxo-os levemente, tentando livrar-me de incômodos pensamentos. Afago carinhosamente a linga dele, que , no momento esta dentro de minha boca, e abro os olhos.

Quando foco no rosto de Jaqen, não são os belos olhos verdes dele que vejo, mas sim, olhos azuis , como o gelo, me olhando intensamente, não são cabelos ruivos que eu estou segurando, e sim, sedosos fios loios/dourados, e não são os braços levemente musculosos de Jaqen que estão ao redor de mim, e sim, fortes braços que me apertam gostosamente e com força.

Arregalo os olhos e empurro-o com força para longe de mim, fechando os olhos, sinto-o tocando em meu braço, e dou um belo tapa na mão dele.

Quando abro os olhos novamente, vejo um confuso Jaqen me olhando com uma expressão muito confusa.

–Allana? – Chama ele –Oque houve? Fic algo errado?

Boto as mãos na cabeça e digo

–n~çao...não, sou eu...estou...ah, Deuses, oque esta acontecendo comigo?

–Llana? –chama ele novamente, carinhosamente, e num impulso, eu o abraço fortemente, ele também me abraça, transmitindo calma, mesmo não sabendo oque esta acontecendo comigo.

–Jaqen, me desculpe, eu...

–Shiiiu, sem problemas, temos muito tempo ainda, acalme-se, Llana. E melhor você voltar para seu quarto,ok?

Abaixo os olhos e maneio que sim com a cabeça, e num aceno de mão, estou novamente na janela, e Jaqen não esta mais la em baixo.

Dou um soco frustrado na janela, e me viro para entrar. Quase esquecendo a queda que da para o meu quarto. Já estando dentro do quarto, ainda na janela, com uma foça que eu não reconhecia, pulo para minha cama, sentindo uma pontada de dor, prontamente ignorada por mim.

Depois de um tempo divagando, levanto-me e vou até a porta, no mesmo segundo que ela abre e ninguém menos que ele entra.

–Ola, Allana – Tem um leve vestígio de raiva em sua voz, porém, ele sorri e se encosta-se à murada da porta – Teve uma tarde agradável, imagino eu.

Paraliso. Lúcifer continua encostado na porta esperando minha resposta.

O olhar dele é intenso sobre mim, e sem saber o porquê, coro fortemente. Pela segunda vez. Isso já esta irritante. Eu NUNCA coro.

Percebo que ele esta observando minha reação, e quando ele percebe o rubor em meu rosto, ele solta uma risada, e algo brilha em seus olhos.

–Se não responde-me, eu mesmo o faço – Diz ele – Hoje de manhã, mandei duas pessoas ficarem onde eu quisesse, e que não saíssem de lá. Ambas elas me desobedeceram. Eu até perguntaria o motivo, porém, ao passar por meus jardins, pude eu mesmo ver. Claro – Diz ele, com o tom de voz pesado como se estivesse com.....ciúmes? Não. Não é possível.

–Eu...ér.. – Não consigo achar algo coerente.

–Um deles será castigado. E acho que já sabe qual deles.

Tomei coragem e relaxei meu corpo. Pelo menos ele não castigará Jaqen. Eu posso aguentar, mas Jaqen não. Ele não tem culpa.

Lúcifer sorri e diz:

–Eu nunca gostei de ter muitos filhos, mesmo. Uma a menos não fará diferença.

Arregalo os olhos e minha mente pronuncia a mesma palavra mil vezes.

Não, não,não, não,não......


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