O Livro Preciso escrita por L G Bida


Capítulo 9
O Livro Preciso




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No outro dia, Mike resolveu o que ia fazer, depois da escola, almoçou pegou o livro e foi correndo até a casa do Sr. Rufino, ele devia saber alguma coisa, tudo começou quando ele tinha ganhado o livro. Parou em frente ao bar fechado, o banco ainda estava lá mais impecável que nunca. Bateu palma por uns cinco minutos e nada. Encostou na porta e ela se abriu com um rangido, colocou a cabeça pra dentro —Seu Rufino?—ninguém respondeu, entrou devagar, estava bem escuro, somente a luz que passava através das cortinas iluminava os moveis de estilo bem antigo, os bancos de madeira estavam em cima do balcão um pouco de empoeirado, do lado uma estátua do que parecia ser uma mistura de vinking e elfo, usava uma armadura e tinha orelhas pontudas, numa mão tinha um arco e na outra um martelo, na parede retratos de pessoas velhas que pareciam segui-lo com os olhos, dava arrepios, pendurado no teto um lustre grande e bonito todo de cristal—Seu Rufino?—apenas um eco respondeu. Foi entrando cada vez mais, a porta atrás do balcão estava entre aberta, olhou pela fenda.

—Alguém?

Enxergou algo grande no chão parecia uma panela grande.

—Ei você aí.

Mike quase teve um ataque do coração de susto. Alguém surgira na sua frente tão rápido que podia jurar que tinha se teletransportado.

—O que você tá fazendo? Era dona Angelina—O que você quer?—Ela falava baixo, mas, mesmo assim, seu tom de voz assustava ele. Tava com o rosto sério bem diferente daquele dia.

—Estava pro-procurando seu Rufino—Mike estava gaguejando sem perceber.

—Ele não tá aqui, não voltou ainda—Ela deu um passo pra frente e fechou a porta atrás dela

—A senhora não falou que ele voltava logo?—Mike deu um passo pra trás

—Sim, mas as coisas ficaram complicadas e ele precisou ficar por la mais um tempo.

—A senhora não sabe quando ele volta?

—Não sei, agora vá! Eu tenho coisas pra fazer—Disse empurrando Mike, que foi andando de costas.

—A senhora sabe alguma coisa sobre aquele livro, que Sr Rufino me deu?

Ela parou por um segundo e pensou. Mike até achou que ela ia falar alguma coisa que ajudasse, mas só escutou um não, empurrou Mike pra fora— agora vá.— e bateu a porta

 

E agora? Ninguém ia acreditar nele, não podia falar nada, o que os outros iam pensar dele. Mike sentou no banco com o livro no colo, que livro era aquele? Começou folhá-lo, chegou em uma figura, num primeiro momento achou que eram as mesmas que tinham voltado, mas não, essa era bem diferente, era bem real, parecia um quadro com uma moldura dourada, mas no lugar de vidro tinha água bem límpida, com até um certo movimento, como se fosse um rio, o fundo era escuro parece que haviam pedras de várias cores que reluziam, e chão do “riosinho” tinha mais alguma coisa, algo escuro que não deu pra reconhecer o que era.

Cravado na moldura, escrito com letra cheio de floreios tinha a frase:

“solus verus dominus” O que será que significa isso? Mike passou a mão pelo desenho, mas não era um desenho, pra sua surpresa sentiu o toque suave e frio de água corrente, água de verdade. Fechou o livro rápido e saiu correndo pra casa. Enquanto corria não conseguia não pensar naquilo, era impossível, água de verdade dentro de um livro, como assim? Não, ele definitivamente estava louco, não era possível.

Chegou em casa, sua mãe estava trabalhando e Cai tava na dona Jane, pois não tinha vaga em nenhuma creche publica pra colocá-lo e as particulares eram caro demais. Sozinho em casa Mike entrou e foi direto pro quarto, jogou o livro em cima da cama, não tinha certeza se queria voltar a abri-lo, era loucura. Depois de horas sentado ali olhando pro lobo prateado da capa. Resolveu pegá-lo, segurou de lado e chacoalhou , pra ver se derramada água, mas nada, jogou em cima, o livro caiu aberto. A página tinha uma frase bem no centro.

O livro preciso”

 

As letras eram caprichadas, uma grafia propositalmente torta, mas muito bonita e bem grandes, apenas essas três frases ocupavam um terço da página. Mike leu de novo, o que queria dizer com “feitiços”? Na página seguinte, outra frase semelhante.

“Iniciando na magia”. Mike arregalou os olhos. Magia? Era um livro de bruxaria, Fechou o livro novamente, esfregou as mãos nos olhos fechados com força, livro de magia isso não existe. Abriu os olhos olhos em volta, tudo estava quieto, normal. Abriu o livro novamente.

Iniciando em magia”

Atenção todos os feitiços devem ser feito longe de pessoas não bruxas e curiosos.T oda e qualquer magia deve ficar em segredo.Nas próximas páginas, você será inserido ao mundo de magia. Aprenderá coisas inimagináveis, a não bruxos.

Boa sorte

E lembre-se! Esse livro é para o uso exclusivamente do bem.

Mike lia e relia, devia ser alguma brincadeira, magia? É sério?

Continuou. Na próxima folha tinha um titulo em cima:

Vingardium leviosa

E um desenho preto e branco, aparentemente uma mão, segurando uma varinha de condão, ou algo assim, mas não era um desenho comum ele se mexia, como um “gif”, Mike as vezes mexia num dos computadores da biblioteca, não entendia muito, mas sabia o que era um “gif”. Mas nunca tinha visto aquilo numa folha de papel. A mão vazia um movimento com a varinha, e uma pena na frente se movia, elevando no ar. E depois caindo na mesa novamente, e depois voava novamente, como um ciclo eterno. Embaixo como umas instruções. Ele levantou depressa, o que era aquilo? Chegou de novo mais perto, devagar. Leu de longe.

“Para o primeiro exercício, precisaremos da varinha e uma pena”


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