O Livro Preciso escrita por L G Bida


Capítulo 10
A varinha




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— Varinha? E uma pena? — Bom uma pena ele podia conseguir, mas ele com certeza não era mago, não tinha uma varinha. Aquilo era coisa de outro mundo. Achando aquilo loucura, ele já ia fechar o livro, quando as paginas começaram a mudar sozinhas, parando no “rio” novamente. O que será que aquilo significava. Enxergou a sombra no fundo. Uma ideia maluca passou pela sua cabeça. Será?

Colocou a mão na água estava geladinha, e ela mão foi afundando, até encostar no fundo, que deu até seu cotovelo, pegou em algo que pareciam pedras, mas estavam todas fixas, foi tateando até encontrar algo cilíndrico, esse objeto ele pode levantar. De boca bem aberta e sem acreditar no que via, retirou da água uma varinha, cor de chumbo, uns trinta centímetros mais ou menos, a base que era mais grossa que o resto, tinha algumas inscrições talhadas, que ele não sabia ler, onde terminava as inscrições, começavam desenhos com traços finos e compridos, que iam ate a ponta. Na hora que ergueu a varinha uma onda de energia passou por seu corpo, sentiu um vento frio, e se arrepiou inteiro. Era algo diferente, muito mais forte do que qualquer coisa que sentira antes.

Aquilo era fantástico, realmente fantástico, aquilo era magia, magia de verdade, ele acabara de tirar uma varinha de dentro de um rio, de dentro de um livro, inacreditável. Ele já tinha lido em histórias coisas como aquelas, mas agora era real.

Voltou a página que ensinava levitação de pena. Leu de novo, ágora se quisesse tentar fazer a magia, se realmente aquilo era verdade, tinha que arrumar uma pena. Correu os olhos pela página, viu escrito bem embaixo:

Obs. Também pode ser usado outro objeto bem leve. Como por exemplo uma folha de papel”

Mike arrancou uma folha do caderno, e rasgou um pedaço mais ou menos do tamanho que imaginou ser uma pena.

Segure sua varinha a cima da pena (ou objeto escolhido), faça um movimento com a mão,(conforme a figura) imagine o objeto flutuando, fale a seguinte frase: Vingardium leviosa.

Mike olhou para os lados, foi até a porta pra ver se sua mãe não estava perto. Não. Tá vamos lá, Segurou a varinha, imaginou uma letra “P”, como era o movimento da imagem animada, sacudiu a varinha, e falou as palavras. Mas nada, o pedaço de papel nem se mexeu. Tentou de novo.

—Vingardium Leviosa—mas nada ainda. Olhou no livro, será que estava fazendo certo? Aquilo era loucura, magia não existia. Quando colocou a varinha em cima do livro, percebeu uma frase que não tava lá antes.

“Dê ênfase na letra O

Estranho leu, várias vezes aquilo não tinha percebido aquilo lá antes. Resolveu tentar mais uma vez. Imaginou a folha flutuando, fez o movimento e falou alto.

—Vingardium Leviosa—E a folha levitou, até encostar no teto. Mike vibrou com aquilo, fantástico, isto é magia.

Mudou pra outra página, mal podia esperar pra ver todas as coisas que tinha naquele livro.

“alohomora” “abrir portas fechadas”. Tinha a figura de uma mulher, abrindo e fechando uma porta com sua varinha. “apenas fechaduras ou cadeados sem nenhum tipo de azaração ou feitiço avançado”

incendio” conjurar fogo esse tinha uma advertência, “cuidado feitiço perigoso”.

Mike foi folhando o livro, lendo os títulos, e observando cada figura explicativa.

“transformar um objeto em pedra”,“criando uma fonte água(aquamenti)” “criando vento(creans ventus)”,“projetar luz da varinha(lumuz)” “apagar luz da varinha (fox)”, “fazer plantas crescerem mais rápido(Herbivicus)”,“chamando objetos(accio)” “duplicar um objeto(Geminio)”e assim foi, tinha muitos, dezenas ou centenas de feitiços.

Parou em um que chamou mais atenção.

invisibilum” Deixando um objeto invisível.

Um bruxo de barba branca, e chapéu pontudo, fazia um caldeirão sumir e depois reaparecer. Tentou fazer com uma latinha de refrigerante, mas era muito mais difícil que fazer flutuar.

—Mike?— era voz da dona Jane, chegando na porta, ela sempre ia lá para dar uma olhada nele, a pedidos de sua mãe.

—O que? — falou ele la de dentro.

—Tudo bem? O que está fazendo? — falou mas alto, ela tá vindo até seu quarto.

—Nada — falou ele escondendo a varinha e o livro.

—Oi Mike— Cai chegou na porta primeiro. Seu irmão, tinha cinco anos, sua pele mais clara que Mike, mas o cabelo era igualzinho.

—Eae Cai, tá se divertindo na casa da Madrinha?— perguntou ainda um pouco preocupado com as coisas.

—Huhum, vamo lá brinca comigo?

—Tenho umas … coisas, pra fazer aqui em casa.

— O que você tem pra fazer— Dona Jane falou erguendo uma sobrancelha, atrás do menino.

— Tarefa da escola, é isso.

— Já deram tarefa?

—Huhum

—Então tá, vamos Cai, qualquer coisa tamo la em casa—falou ela indo embora.

—Ok.

Treinava sempre que podia. Fez sumir o rabo de uma ratazana, que teimava em morar em sua casa. Fez flutuar um copo de água, que derramou “sem querer” no gato do vizinho, fez as alfaces de sua mãe, crescerem muito mais rápido que o normal, sem ela perceber, nunca mais reclamou por não ter lâmpada em seu quarto, usando o feitiço Lumus para iluminar o local mas sem deixar Cai acordar.

—Accio lápis— o lápis que estava em cima da cômoda flutuou até sua mão, aquele podia ser muito útil na escola, mas é claro que jamais faria aquilo, e nem contaria a ninguém, nem a Tomi, apesar de confiar nele tinha medo do que o garoto ia pensar.

Faltava aquele que tinha a advertência de perigo, mas Mike tinha um gostinho por coisas perigosas, uma vez desceu a maior ladeira da cidade, com um carrinho de rolimã, outra vez quebrou o braço andando num skate que Murano ganhou no Natal.

Resolveu tentar, arrumou uma folha papel num lugar seguro, pegou a varinha firme, sacudiu e falou

—Incendio—uma labareda de fogo saiu da varinha, muito maior do que ele tinha imaginado, acertou bem no rosto de Mike, e depois apagou.

—Caramba— Correu pro banheiro, lavou o rosto. Olhou no espelho tinha chamuscado toda sua sobrancelha.

“Parabéns, Michael Benefoi, como você vai pra escolha assim amanhã?”


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