Friendzone escrita por moonrian


Capítulo 6
O Homem Mais Próximo de Deus?


Notas iniciais do capítulo

Yoo, pessoas que até aqui chegaram o/
Cá estou eu com mais um capítulo completamente insano de Friendzone, para vocês pessoas lindas e maravilhosas!
Hoje eu vou me concentrar mais em mostrar para vocês qual é a relação entre Milo e Kanon, além de iniciar um debate superinteressante sobre ciúmes... E outra coisa muito maléfica aí que vai ocorrer com nosso escorpiano hahahaha
Quero agradecer a Lilith, Haleth e Mei por ter comentado o capítulo anterior, e desejar um super "Bem-Vinda a Friendzone" a Levichan, que me deixou um review lindo ♥
Agora chega de enrolação, né?
*Boa Leitura*



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Milo quase não conseguiu dormir aquela noite com a expectativa do dia seguinte, e não porque tinha conquistado a difícil amizade de Camus de Lenfent, o conhecido “Príncipe de Gelo” do Colégio Santuário, mas sim porque não conseguiu aquietar sua mente desde a conversa pelo Skype com seu namorado, Kanon, na noite anterior.

Não puderam falar por mais de cinco minutos, pois já era muito tarde e Milo tinha escola no dia seguinte, e para acrescentar mais problema seu irmão estava muito fulo consigo por ter gritado aos sete ventos que Ikki e ele iriam ter uma sessão de sexo selvagem depois da aula, mesmo que ele dissesse que não havia mencionado o nome do virginiano – e Milo soube de pronto que o plano de vingança do leonino foi contar ao seu irmão, afinal Shaka pode ser muito criativo e cruel quando ele quer.

O virginiano não foi flexível com o horário de dormir do irmão caçula aquela noite, atrapalhando a conversa deles com palavras que fizeram parecer que o loiro mais jovem era uma criança burlando a hora de dormir, e isso o envergonhou na frente de seu namorado; que se diga de passagem, é um implicante de marca maior.

Eles haviam combinado de conversar no dia seguinte pelo Skype já que Shaka estava os atrapalhando de ter uma conversa decente.

Assim que o som do despertador soa, Milo resmunga um pouco sobre ser cedo demais – no universo dele, sete horas da manhã ainda é madrugada, somado ainda ao seu corpo se acostumando muito lentamente ao novo fuso com dez horas de diferença, é a receita para o desastre – mas se põe de pé, lembrando-se depois de esfregar os olhos sobre o combinado da noite anterior. Essa informação é como o jato de adrenalina que ele precisa para acordar em definitivo, e Milo se move como um furacão pelo seu quarto para fazer sua higiene matinal, pegar roupas limpas e se arrumar para ir ao colégio – seu lema sempre foi “Ou saio irresistível, ou não saio”.

Milo corre até a cozinha dizendo um breve “bom dia” a Ikki, que está com o cabelo úmido e sentado à mesa onde jaz o café-da-manhã que Shaka preparou, e pega somente algumas frutas fatiadas e dois – na visão do próprio escorpiano – discos de massa estranhos que o virginiano descobriu na Índia e insiste em usa-lo como substituto dos pães; mas que na verdade se chamam chapati.

– Shaka está precisando aprender o que é comida de verdade. Cadê as frituras? Gordura Trans? Colesterol?

Ikki o ignora displicentemente, aparentemente ainda irritado com o grego por sua língua grande, e este finge não perceber; embora essa frieza não seja do feitio do leonino – ele e Shaka só podem estar aprontando alguma vingança, o que não será bom para nenhum dos lados. Escorpião é o signo da vingança, Leão e Virgem são orgulhosos demais para perder. Com certeza isso renderá uma guerra de Mil Dias.

Seja como for, Milo foi para a América sonhando em ter todas as manhãs aqueles cafés-da-manhã que via nos filmes de Hollywood, regados a muitos ovos com bacon e outras delícias, mas seu irmão insiste naquelas coisas saudáveis e sem gosto.

Ele coloca tudo que pegou em um prato e pega também a única coisa que considera gostosa naquela mesa, que é o seu cereal, e enche em uma tigela. Opta come-lo seco e não estragar aquela delícia com aquela porcaria de leite de soja que seu irmão também insiste em escolher.

– Ele sequer pode pegar um leite de verdade? – Reclama, olhando a caixa com uma careta enojada – As vacas podem ser sagradas na Índia, mas não serão desrespeitadas se comprarmos uma caixa do seu leite, só serão se nós não bebermos o que elas disponibilizam tão caridosamente para nós.

– Não vamos ter essa discussão de novo, Milo – A voz de Shaka o alcança antes que o próprio irmão atravesse a porta da cozinha com suas roupas sociais bem passadas e impecáveis.

Às vezes, Milo se pergunta se eles são mesmo irmãos do mesmo pai e da mesma mãe, pois eles não podiam ser mais diferentes. As roupas de Milo não estão exatamente amassadas, mas ele não reserva sequer meio segundo de sua vida para passa-las, pois além de considerar desnecessário quando elas não parecem ter sido mastigadas por um boi, de todas as tarefas é a que considera mais próxima de uma tortura.

Se existir um inferno e se Milo for condenado a ele, o escorpiano tem certeza que seu castigo será passar pilhas e pilhas de roupa.

– Que seja! – Diz Milo com um dar de ombros. – Mas acho que se estamos morando no mesmo teto, eu devo ter direito a no mínimo leite de verdade e tiras de bacon para eu mesmo fritar.

Shaka parece estar de muito bom-humor aquela manhã e o problema (lê-se: bola fora de Milo) da tarde de ontem foi aparentemente esquecido pela possível performance de Ikki na cama. Pelo menos essa é a teoria de Milo.

“Louvado seja Ikki e seus talentos na cama”, pensa Milo com certo humor.

– Você tem direito ao seu próprio quarto e estudar na melhor escola desse país mesmo sendo um pé rapado e com seu histórico escolar terrível, isso deve ser o suficiente – retruca Shaka friamente sem sequer olha-lo, pegando algumas frutas. – Além do mais, eu comprei o seu cereal porcaria, não é?

– Comprou, mas para eu come-lo apropriadamente também preciso de leite de verdade.

– Já disse não, Milo, apenas aceite.

Milo bufa, perguntando-se como seu pai pode crer que ele é o demônio da família e Shaka um anjo dourado que desceu dos céus para agraciar a todos com seus ares angelicais – provavelmente porque seu pai nunca tentou morar sob o mesmo teto do qual Shaka é dono, pois ele ia ver o quão tirano seu filhinho é.

Para não atirar um monte de verdades na cara de seu irmão, Milo engole cada bendita ofensa que passa pela sua cabeça e marcha de volta para o seu quarto desejando jogar aquele prato que carrega em seu irmão; mas está com fome demais para fazer tal coisa – e ele deseja por um ínfimo segundo ser como aquelas personagens da televisão que perdem a fome em meio a uma discussão.

Doeria para Shaka comprar umas tiras de bacon? Ou um galão de leite para seu irmãozinho?

Nenhum dos seus discursos sobre o sacrifício dos animais para alimenta-los sendo desperdiçado ou a tristeza das vacas ao ver seu leite sendo descartados por sobrar demais pareceu surtir efeito quanto a convencer seu irmão de comprar algo que preste.

Milo liga o computador, obrigando-se a comer aquelas porcarias sem gosto com uma carranca em seu rosto, deixando o cereal seco por último para desfrutar da única coisa contendo o açúcar e o sabor que necessita – e Shaka acha que está cedendo demais deixando o cereal entrar em sua casa, o que irrita muito Milo.

O escorpiano se conecta no Skype e ao ver que Kanon já está online faz parte de sua raiva evaporar, e quando finalmente a web é ligada e consegue ver o rosto do geminiano, já se esquece da sua discussão anterior.

– Hey, Kan – cumprimenta Milo com um atípico sorriso suave nos lábios. – Sinto muito pelo meu irmão ontem... Ou hoje mais cedo, para você. Ele tem o péssimo costume de ser idiota.

Kanon afasta uma mecha do seu longo cabelo ondulado e loiro do seu rosto e a coloca atrás da orelha, antes de abrir aquele sorriso que fez Milo cair de amores por ele. O geminiano é muito bonito, isso é inegável para qualquer um que o olhasse, com uma beleza de traços mais rústicos e maduros – sendo sete anos mais velho do que o escorpiano, Shaka não é muito a favor desse namoro, mas não pode dizer nada quando namora um de seus alunos.

– Não se preocupe, gracinha, também tenho um irmão mais velho e sei bem como é. Saga é um pé no saco quando quer e até quando não quer.

Milo semicerra os olhos para seu namorado.

– Seu irmão é legal. E pare de me chamar de gracinha, eu odeio e você sabe bem.

– É um apelido carinhoso – fala Kanon de maneira tranquilizadora.

– Faz parecer que sou uma maldita garota. E também é o apelido que você usava com as suas transas de uma noite.

Kanon sorri com um humor implicante.

– Ora, então você quer um apelido carinhoso novo?

Milo revira os olhos.

– Meu Zeus, eu só não quero que me chame de gracinha, é ridículo.

Kanon apenas dá risada, e Milo revira os olhos mais uma vez.

– Quais são as novidades? – Inquere o escorpiano, mudando o assunto.

O geminiano dá de ombros.

– Oh, nada demais. Apenas fui a um passeio de lancha com o Julian esta tarde e ele está planejando fazer uma festinha hoje no iate dos pais.

Milo faz uma careta desgostosa.

– Você sabe que eu odeio esse filhinho de papai.

– Ele é um cara legal, Milo, você só precisa conhecê-lo.

– Ele é legal com você, aquele playboyzinho filho de uma puta. Ele está doido para te pegar, então vai fingir ser o anjinho que você acredita que ele é.

Kanon franze o cenho.

– Você está exagerando, ele é só um amigo.

Milo não sabe se Kanon se faz de idiota quanto aos sentimentos de Julian ou só é muito cego para notar qualquer coisa – o geminiano só descobriu que Milo estava interessado nele quando o próprio rapaz o beijou durante uma festa.

– Ótimo, mas você vai ver quando ele tentar te agarrar nessa festinha, e nesse momento você será um homem morto.

Kanon abriu um largo sorriso satisfeito.

– Você fica tão lindo quando está com ciúme – cantarola de maneira implicante.

– Haha, que hilário você é.

O geminiano sacode a cabeça vagarosamente para os lados, achando engraçado.

– Mas e você? – Kanon muda de assunto. – Quais as novidades?

“Essa é a hora de eu me vingar dele, que só fica atrás desse idiota do Julian”, pensa Milo.

– Fiz amizade com meu colega de Inglês, e combinei de leva-lo e traze-lo da aula todos os dias.

– Interessante. Como ele é? Deve ser tão insano quanto você, já que você só faz amizade com quem não presta – brinca Kanon.

– Na verdade, ele é bem diferente dos malucos com quem costumo andar. Não é de fazer amigos, e mesmo assim abriu uma exceção para mim – declara orgulhoso. – Mas se o fato de ele ser um libertino se encaixa na sua concepção de “não presta”, então a resposta é um grande sim! – E dá aquela risada descarada que é tão típica dele – Por ele ser tão bonito quanto ele é, ainda mais com aquele exótico e lindo cabelo vermelho que ele tem, não precisa ir atrás de ninguém para conseguir sexo. Acho que para o Camyu é mais simples do que respirar.

Um sorriso humorado brinca nos lábios de Kanon.

– Camyu?

Milo dá de ombros.

– É o apelido que eu dei a ele, seu nome na verdade é Camus de Lenfent. Ele é francês, sabe? Tem aquele sotaque charmoso e o costume de fazer biquinho para dizer algumas palavras, o que faz as meninas e até os caras se derreterem! Ele não pareceu se importar com o apelido, já que ficamos muito amigos em um dia, mas é difícil ter certeza quando ele está sempre tão sério. A galera acha essa inexpressividade dele tão sexy, além do fato de ele ser o mistério em pessoa; talvez por isso todo mundo só fale dele.

Ao invés de se descabelar com as informações sobre seu novo amigo ser um pervertido sex appeal, como Milo esperava que seu namorado fizesse, Kanon apenas parece admirado com o resumo sobre Camus.

– Ele realmente parece ser uma pessoa bem interessante, gostaria de conhecê-lo também.

Milo sente vontade de bater a testa na mesa com força, mas se mantém controlado.

Uma das coisas mais irritantes sobre Kanon na opinião do escorpiano é aquela falta de ciúme, justificada com o seu argumento irritante “É porque eu confio em você, gracinha”.

Certo, ele confia, mas qual a graça se não rola nem um pinguinho de ciúme? Mesmo quando ele acaba de declarar que está andando com o maior pegador da escola e trocando apelidos carinhosos? Se fosse ao contrário, Milo estaria espumando pela boca!

– Certo, eu tenho que ir. Tenho que buscar o Camyu – tenta mais uma vez.

Kanon apenas assente, não aparentando nenhuma preocupação.

– Tudo bem, então a gente se fala mais tarde. Eu te amo.

O grego mais jovem tenta conter sua vontade de rosnar um monte de coisas para o seu namorado.

– Eu também – Milo resmunga, fulo. – Tchau.

Milo encerra a chamada de vídeo e fica um tempo remoendo essa falta de ciúme de Kanon, pesando os prós e contras. Podia ser realmente porque ele confia muito em Milo, e ter essa confiança cega do geminiano é gratificante, mas ainda assim a completa falta dele o deixa meio incerto se é porque seu namorado confia mesmo tanto nele ou porque ele não se importa.

O escorpiano por fim decide empurrar esses pensamentos para o fundo de sua mente, achando que está fazendo muito caso por nada e que é sim porque Kanon confia muito em si, então não deve ficar encucado com algo tão bobo.

Ele pega a chave do carro e a mochila, e então desce as escadas de volta ao térreo, descobrindo que Ikki e Shaka já foram para o colégio sem qualquer aviso – talvez seu irmão não tenha esquecido realmente a sua mancada.

Milo dá de ombros e vai para o seu carro, dirigindo despreocupadamente pelas ruas ao som de “Summer” do Calvin Harris, que combina bastante com o dia ensolarado.

Milo estaciona em frente à casa de Camus após vinte minutos de viagem e buzina uma vez para avisar que está ali. Poucos segundos depois o aquariano sai pela porta com a mochila nas costas e toda aquela pose autossuficiente de quem não se importa com o mundo a sua volta, caminhando em direção ao Mustang.

A conversa deles no caminho até a escola se assemelha mais a um monólogo, exceto que vez ou outra o francês solta uma palavra monossilábica como resposta ou para demonstrar que ainda está ouvindo a tagarelação despreocupada de Milo sobre sua preocupação com a falta de ciúmes de Kanon – deixando de fora a parte que ele usou Camus como ferramenta para tentar extraí-lo.

– Talvez ele apenas confie mesmo em você – responde Camus, indiferente, dando a sua primeira frase completa desde que adentrara o carro.

– Ah, por favor, vai me dizer que você não acha estranho? Aposto que até você sente ciúme.

Camus não entende o porquê desse “até você”, mas responde mesmo assim.

– Na verdade, eu não sinto.

Milo faz uma careta descrente.

– Sério? Nunca? Com nenhuma das milhares de pessoas que você já ficou?

Camus volta seus olhos castanhos avermelhados frios e inexpressivos para Milo e arqueia levemente uma sobrancelha ruiva.

– Milhares?

O escorpiano dá de ombros, contendo um riso.

– Me disseram por aí que você pega qualquer coisa que ande.

E então o loiro cai na gargalhada com a própria brincadeira, enquanto Camus permanece sério o observando, esperando que ele termine para responder a tal acusação.

– Não foram milhares e eu sou apenas altruísta.

Milo mantém um sorriso largo e humorado enquanto ouve aquela baboseira sobre ele ser “altruísta”.

– É assim que os jovens estão chamando hoje em dia? – Brinca.

Mas Camus leva aquela afirmação a sério, e embora não se ofenda nem um pouco, acha melhor explicar seu ponto de vista para ele, já que será obrigado a interagir com o loiro cinco vezes por semana.

– Não. Chama-se “Amor Humano” e sou um praticante. Se a pessoa é atraente e me quer, não vejo porque não aceitar.

– E você está fazendo isso apenas por ela, claro. – Fala Milo com ironia. – Não vou me meter no que você faz, a minha única dúvida é: nunca sentiu ciúme de nenhuma dessas pessoas atraentes que te quiseram?

– Nunca.

Milo faz uma careta.

– Você é estranho, Camus.

O aquariano dá de ombros, indiferente, achando que talvez ser estranho não seja algo ruim se está isento de coisas como “ciúme” e “fidelidade alheia”; sua vida de liberdade – ou libertinagem, na opinião de Milo – parece bem mais proveitosa do que gastar neurônios preocupado com tais coisas.

Eles chegam ao colégio poucos minutos antes de o sinal tocar, tendo a primeira aula juntos, que ocorreu normalmente. Depois de seguirem juntos pelo corredor para a próxima aula, eles se separam e só se reveem no intervalo, onde ainda são observados pela maior parte dos alunos, que ainda estão curiosos sobre como Milo conseguiu fazer amizade com o aquariano.

Depois do intervalo eles se separam, Milo indo para o laboratório onde ocorrerá a aula de química com Shaka, onde a maior parte dos alunos já está sentado em dupla nos seus respectivos lugares.

Ele se senta ao lado de Ikki, seu parceiro no laboratório, e espera o professor chegar para dar a tão tediosa aula.

O virginiano chega logo depois de o sinal tocar, girando um objeto pequeno e escuro nas mãos com um andar despreocupado. Shaka parece de muito bom-humor quando para em frente a sua mesa, o que não passa despercebido pelos seus admiradores.

– Olá, alunos – cumprimenta Shaka, e Milo sorri pensando que o vendo dessa maneira alegre nem parece o desgraçado que é em casa. – Eu achei esse pen drive no caminho para cá e queria saber se é de algum de vocês.

Ele exibe o pequeno objeto para todos, que apenas o encaram e se entreolham para ver se não é deles ou de alguém que conhecem.

– Talvez seja melhor encaixa-lo nesse Datashow e ver seus documentos – sugere. – Se for de alguém que vocês conhecem, é só devolve-lo, certo?

Parte dos alunos assentem, o resto só fica curioso para saber o conteúdo daquele pen drive e descobrir quem é o lesado que o perdeu.

Shaka o encaixa no aparelho e o abre, todos vendo que a única coisa que está salvo no objeto é um slide listado como “Meu Álbum de Fotos”, e é nesse momento que Milo franze o cenho, começando a desconfiar das intenções de seu irmão mais velho.

O virginiano coloca o documento para apresentar e então a cara do escorpiano ganha um intenso e puro tom de vermelho, o som das risadas dos alunos – e Ikki – preenchendo o espaço à medida que eles encaram a belíssima foto a ser exibida na tela.

É uma imagem em alta resolução da face de Milo quando tinha por volta de um ano, estava nu e chorando escandalosamente por fazer xixi no tapete da sala; então muda para outra de quando estava com cinco anos de idade e coçando a pele cheia de pereba da catapora que teve; logo depois ele aos quinze anos com o nariz inchado e roxo, assim como os seus olhos depois de entrar em uma briga no colégio.

Milo volta seu olhar para seu irmão mais velho, sentindo uma chama de fúria acender em suas íris azuis claras enquanto mais fotos constrangedoras suas são apresentadas arrancando risos da turma, e Shaka retribui com um sorriso maligno.

– Parece que já descobrimos quem é o dono – fala Shaka calmamente enquanto ejeta o pen drive depois de apresentar dez fotos terríveis do escorpiano. – São belas fotos de infância, Milo.

A galera da sala – e Ikki principalmente– ri, soltando algumas piadinhas do grego loiro, que fulmina o seu irmão mais velho com o olhar. Shaka se aproxima do lugar onde Milo está sentado com aquele andar superior e estende o pen drive maldito, que o escorpiano pega com um rosnar.

– Isso vai ter volta – sussurra para o seu irmão entredentes, baixo o bastante para apenas o virginiano, ele e Ikki ouvirem.


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Notas finais do capítulo

Que essa guerra de mil dias comece! u.u kkkkkkkkkkkkkkk
Só acho que se vingar de um escorpiano não é uma atitude sábia, mas mexer com um leonino e um virginiano também não.... Isso ainda vai render muito problema!
Agora vamos falar de Kanon e essa falta de ciúmes. Eu não sei vocês, mas eu fico mega incomodada quando meu boy magia é rlx demais, principalmente quando estou tentando fazer ciúmes; eu fico com a pulga atrás da orelha também - principalmente pq eu sou o ciúme em pessoa!
Eu tenho inveja do Camus por não ter ciúme de ninguém, embora eu ache que ele não sinta pq ele nunca gostou de ninguém de verdade, sabe? Foi tudo aventura de uma noite!
Espero que tenham gostado do capítulo, gente!
Até a próxima o/



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