Rose Weasley e o Regresso dos Orgulhosos escrita por Lorde


Capítulo 4
Primeiro ano Capítulo IV - Uma Mensagem Gravada com Sangue




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Passaram semanas depois da ida até a floresta proibida. Rose não comentou isso com mais ninguém. Rose e Scorpius também não conversavam mais, apenas nas aulas de poções e olhe lá. Tinha de admitir que estava um pouco perturbada com isso. Mas era sábado, e tinha que aproveitar porque o sol do lado de fora do castelo parecia realmente ótimo. Depois de o seu tomar café da manhã no Salão Principal, rumou para os jardins da escola com Alvo e André Corner. Rose adorava o clima que estava aquele dia: O sol estava aberto e batia no corpo dela, mas mesmo assim uma brisa ligeiramente fria era predominante. Durante essas semanas que passaram, Rose ainda não tinha concretizado muitas amizades, sempre andava com seus primos, e acabou virando amiga de André por conta disso. Porém sabia que no final das contas, André só começou a falar com ela por causa de Alvo. Falava pouco com as garotas da Grifinória, e como constantemente ia para a biblioteca, acabou tendo uns papos legais com Scarlet Malfoy, apesar de ela ser bem mimada. Falou bastante também com Helena Longbottom, mas as duas já eram amigas antes. Porém a pessoa que achou que mais ia falar era sua prima, Roxanne, que entrou na escola junto com ela, mas Roxanne estava andando com duas garotas da Sonserina, e andava sempre de nariz empinado. Já com sua prima Lucy, os papos eram bem superficiais, algo do tipo "Oi" no café da manhã e "Boa noite" nos dormitórios antes de dormir.

– Ei, vão sozinhos para o lago, eu vou mandar uma carta... - Rose disse se dirigindo á Alvo e André.

– Tá, até depois - Disse Alvo

– Até mais tarde, Rose - Despediu-se André.

Rose caminhou até a frente do corujal, pegou uma carta pronta do bolso do jeans surrado e a releu.

Mamãe e papai,

Estou com muita saudades de vocês, de Hugo, e de todos os outros. Há algumas semanas, vi a Vic e o Teddy em um lugar ligeiramente suspeito de Hogwarts, acho que tio Gui e Tia Fleeur não gostariam muito de saber, mais até que os dois ficam fofos juntos. Ainda não fiz muitos amigos em Hogwarts, além de um amigo de Alvo, André Corner, e a Helena, que já era minha amiga. Ainda não comprei nenhum animal de estimação, e tia Gina já deu uma coruja para Alvo. Eu ainda não decidi o que quero, mais acho que quero uma coruja. Eu queria um unicórnio, vi um esses dias e achei realmente um animal esplêndido! Mais como não posso ter um, acho que uma coruja já é suficiente.

De sua filha, Rose Weasley.

Rose ficou satisfeita com a sua carta, subiu para o corujal e amarrou a carta na perna de uma coruja marrom que pertencia á escola. Ficou vendo a coruja sumir no céu muito azul, e desceu correndo para aproveitar o sábado no lago com Alvo e André, mas ao chegar ao chão, pensou ter ouvido alguém fungando do outro lado do corujal. Deu a volta, e os fungos só aumentavam, e ao chegar do outro lado, viu um garoto muito louro sentado, com as costas encostadas na parede circular do corujal, e os braços abraçando os joelhos. Seus olhos inchados e vermelhos, as lágrimas escorrendo.

– Malfoy? Eu... queria mesmo falar com você - Disse Rose se sentando constrangida ao lado de Malfoy.

– Fala logo, Weasley. - Disse Scorpius ríspido, enxugando os olhos com as mangas do casaco de algodão preto.

– Primeiramente, por que está chorando?

– Se estou chorando ou não, não é da sua conta.

– Qual é a sua? A gente vira amigos e em seguida você não fala comigo direito nem nas aulas de Poções com o professor Zabini, e nem em Defesa contra as Artes das Trevas com o professor Slug.

– Eu não sou obrigado a falar com você.

– É, eu sei Scorpius mais eu pensei que... - Malfoy a interrompeu, e no momento que começou a falar lágrimas e mais lágrimas rolaram de seu rosto.

– Não me chame de Scorpius Weasley, quem você pensa que é para me tratar pelo primeiro nome? O que você pensou que viramos em uma noite melhores amigos? Nós não somos amigos. Nunca seremos, você é uma traidora de sangue. - Um silêncio mortal pareou entre os dois, e Rose continuou ao lado dele sem palavras. Scorpius continuou falando depois de segundos - E além do mais, você não entende! E nem precisa entender tá legal? Será que você não percebe!? Quer ser tão esperta não enxerga! - Rose ficou petrificada.

– É não enxergo! Então explique! - Scorpius suspirou alto se levantando.

– É isso aí Weasley. Se te conforta saber não poderia ser seu amigo, não poderia, nem mesmo se eu quisesse. Nós nunca seremos amigos, nunca. Me desculpe, mas é isso aí, agora me deixe em paz. Tchau. - Malfoy secou as lágrimas e rumou para o castelo enquanto Rose, observava petrificada. Depois de alguns minutos parada, Rose foi para o castelo também. Não estava com a mínima vontade de ir para o lago depois dessa. Ficou no Salão Comunal da Grifinória, observando da janela Alvo e André a beira do lago. Alvo não tirava os olhos de Scarlet que estava na outra margem do lago lendo um livro. Rose teve uma ideia repentina e correu escadas abaixo até os gramados da escola. Procurou Scarlet e quase se jogou em cima dela quando á encontrou.

– Scarlet, Scarlet?!

– Calma Weasley, não precisa se jogar em cima de mim!

– Ah desculpe! Bom, er... tenho uma pergunta. Por que você acha que você foi para a Corvinal e não para a Sonserina?

– Ah... A minha avó, mãe da minha mãe foi da Corvinal, e casou com meu avô que era da Sonserina. Minha mãe era muito inteligente, assim como minha avó mais era muito mais ambiciosa. Ela casou com o papai...

– Draco Malfoy - Rose murmurou.

– Sim. E então ela se tornou uma Malfoy, e teve um casal de gêmeos, no caso eu e a doninha falante... - As duas meninas riram - E o Scorpius, bom, digamos que é muito ambicioso, e quando quer uma coisa ele faz de tudo para conseguir, mesmo que isso machuque os outros, acho que por isso foi para Sonserina. E eu, também sou ambiciosa, mas não tanto quanto ele. E minha vontade de aprender, minha paixão por leitura, minha inteligência, tudo isso é maior que o meu orgulho e minha ambição.

– Hum... E, está acontecendo algo, que impede Scorpius e eu de sermos amigos?

– Que pergunta Weasley! Ah... Sim, bom... Desculpe, sou completamente proibida de falar sobre isso. E não quero me meter nisso. Mas independente se está ou não acontecendo algo, vocês realmente nunca não poderiam ser amigos. Quer dizer... Weasley, Malfoy... Não têm porque você pensar nisso, Rose.

– Ai, me da uma dica então?

– Bom, há uma trama que está para começar. Scorpius não quer ter parte nisso mas não tem poder de escolha. Não faça essa cara Weasley, isso não tem nada a ver com meu pai Draco. Mas é isso aí. Não se meta nisso, é perigoso. Ao falar com você, o meu irmão pode te colocar em perigo.

– Isso é... terrível.

– Pois é. Vamos dar uma volta... Rose? Depois a gente pode ficar um tempo na biblioteca, poderíamos fazer o dever de Transfiguração juntas.

Rose sorriu ao ouvir o seu primeiro nome.

– Vamos nessa Scarlet.

Depois de uma semana e meia, na sala comunal da Grifinória uma coruja preta de olhos amarelos entrou na sala comunal da Grifinória com um pacote e uma carta. A coruja pousou no braço da poltrona em que Rose estava sentada pôs a carta e o pacote em seu colo. Rose abriu o pacote, que continha uma gaiola, e dois sacos de comida de coruja. Rose abriu a carta.

Querida Rose,

Eu e seu pai estamos com muita saudades, mal podemos esperar pelo natal. O Halloween está próximo e eu espero que você se divirta muito. Como pode ver, eu e seu pai compramos uma coruja pra você, espero que goste. Hugo diz que mal consegue esperar para chegar em Hogwarts, coitadinho, ainda tem quase dois anos pela frente. A diretora McGonagall reservou parte da floresta para Teddy permanecer nas noites de lua cheia, e poder se transformar em paz, por isso, peço que nunca vá para a Floresta Proibida, tendo lua cheia ou não.

Com amor, sua mãe Hermione Granger.

Rose ficou furiosa ao saber que a diretora mantinha um lobisomem na escola. As cicatrizes ainda não tinham sumido completamente do rosto de Malfoy.

– Rose, Rose olha isso aqui! - Alvo chegou com um exemplar do Profeta Diário nas mãos. Rose leu a notícia.

''Na madrugada de sábado, três nascidos trouxas foram encontrados mortos em sua casa, e na parede uma mensagem gravada com sangue dizia ''O Orgulho sangue-puro reinará no mundo bruxo.'' O ministério da magia está trabalhando á todo custo para descobrir a fonte desses crimes. Os mortos foram Gregório Spencer, Eduardo Amélio, e Pernélope Cleanwater.''

Isso é horrível! E se pegarem a mamãe? Alvo, isso é brutal!

– Só queria saber quem está por traz de tudo isso... - Disse Alvo.

– Vão descobrir, o ministério deve estar, com certeza trabalhando duro não é? Com o meu pai e o seu pai lá... Quer dizer, com certeza. - Disse Rose pensando em tudo o que Scarlet tinha dito á ela uma semana atrás.


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