E Eu sou o Amor da Sua Vida? escrita por Lady Lupin Valdez


Capítulo 23
Uma massagem cardíaca


Notas iniciais do capítulo

Oh Mon Dieu!!
Desculpem a demora, realmente, me perdoem...
*OITO MESES NÃO É DEMORA, É UMA MORTE PEQUENA. UM ESQUECIMENTO HORROROSO!!*
É... Desculpem... Deixa eu explicar.
Primeiro: Foi o problema do computador no computador.
Segundo: Existe um problema na tomada do aparelho, se ela se desconecta "magicamente" o computador desliga e não liga até conectar a tomada no receptor do sei lá o que e blá ,blá, blá.
Terceiro: Meu tempo de escrever dependia e depende de quanto tempo ele fica ligado. Como hoje ele está forte; aqui estamos nós.
Quarto: Ele desligou tanto que precisei colocar os textos para salvar o documento de um em um minuto.
Bem, não vou falar mais (até porque não tenho nada para falar) e vou deixar-vos ler o capítulo, e por favor, admirem esse capítulo.

Boa leitura.

~Enjoy



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Victor

Meu coração nunca havia batido tão forte como estava batendo naquele instante, nem tinha batido com tanta felicidade como estava batendo naquele momento; como foi que eu tomei coragem para sair daquela sala de cinema e ir atrás de Mikaele? Eu Não conseguia tirar os olhos dela desde que ela chegou perto daquele grandão. Entre aspas; ela não tinha terminado com ele? Eu não estava feliz com Éponine, nem ela comigo; eu tenho certeza que ela queria mesmo o grandão e não eu. Eu só vim com ela porque Mikaele vinha também. Eu só queria vir por causa dela; não havia um plano de como fazer isso. Mas, o destino se realizou sozinho. Um passe de mágica, ela simplesmente foi incrível. Um passeio, nós demos mais um passeio, sem medo de ninguém ver. Eu estava ofegante, subir escadas correndo fizeram meu peito queimarem.

—Você está bem? – Ela perguntou olhando nos meus olhos.

—Estou só cansado. Desculpe. – Ela colocou o braço sobre os meus ombros e apontou para a cidade.

—Se acalma. – Ela sorriu para mim me abraçando com um só braço. – Observa só um pouquinho, meu peito também está ardendo. Mas, olhe mais á diante; ali é o Champ de Mars; e ali fica a Torre Eiffel. Aqui é uma das vistas mais belas de Paris.

—Porque não pegamos fila?

—Estudantes... – Ela deu um sorriso. – Fazemos uma boa contribuição á população francesa diariamente, não faz perguntas; aproveita a vista...

—É que eu estou cansado. – Eu estava cansado, mal conseguia respirar.

—Ok; você não está bem... – Ela me encostou nas grades que existem lá em cima para que eu pudesse respirar. Foi algo como primeiros socorros. – Olhe nos meus olhos. – Nem precisa pedir. – Respire fundo, prenda e solte, respire fundo, prenda e solte.  – Ela mordia os lábios enquanto fazia o exercício comigo e era a coisa mais sexy que eu já tinha visto. Aliás, mais uma das coisas sexys que ela fazia. Enquanto eu continuava a fazer o exercício ela parou. – Aqui mesmo nessa Catedral, a história conta que Napoleão se “auto coroou” como imperador, tomando a coroa das mãos do Papa e em seguida ele mesmo coroou sua esposa.  – Eu ri. – Me avise quando estiver se sentindo melhor. – Acenei. - Não tem como não se encantar por essa vista não é? – Concordei. – Uma história, nada agradável, que eu tenho que te contar é que na praça em frente à Catedral, hereges foram condenados à fogueira pela igreja católica da época. Mais ou menos ali no Point Zero. – Parei.

—E eu subi ali? – Disse ofegante.

—Sim. – Ela riu e ofegou, também estava cansada. – Mas, tudo bem; eu também subi.

—Está com dor?

—O que? Dor? Não.

—Parece.

—Está tudo bem. Estou bem. – Ela se afastou um pouco.  – Você sabe que nós temos uma visão de 360° graus de toda cidade por estarmos no centro geográfico?

—Tem alguma coisa que você não saiba sobre Paris? – Ela é inteligente e devia saber disso.

—Muita coisa. Sou péssima com datas. – Quando eu estava me sentindo menos cansado eu me virei para observar a bela imagem da Paris iluminada.

—Eu posso tirar uma foto? – Ela acenou, mas, não. Eu não podia tirar uma foto. Como ela disse; não era para estarmos aqui. Era para estarmos no cinema. Mas, não, estamos na Catedral de Notre Dame. Ela sorria para a vista iluminada, e seu sorriso é lindo. – O que significa Notre Dame?

—Significa “Nossa Senhora”. Essa Catedral é dedicada a Maria, mãe de Jesus. – O rosto dela estava tão bonito. E ela não estava de coque, estava de cabelos soltos, então dava á ela um ar de mais bonita ainda. Ele olhava para o horizonte, seu rosto era iluminado pelas luzes da cidade... Eu seria ousado o suficiente? Não. Não seria educado tirar uma foto dela assim... Respirei fundo.

—O que está olhando? Desculpe perguntar.

—A Torre Eiffel. – Ela apontou para ela. – Naquela mesma direção tem o Arco do Triunfo. – Eu travei. –Não se preocupe, eu não vou te levar lá. – Ela sorriu. – Mesmo querendo muito. Mas, não.

—Podíamos ir até a Torre... – Comentei não sabendo se era uma sugestão ou se era uma pergunta sugestiva.

—Duraria mais uma hora. E minhas pernas estão doendo. – Ela riu. – Está melhor?

—Melhor?

—Sim. Do seu cansaço, falta de ar.

—Ah! – Eu nem lembrava que estava mal. – Estou bem. Obrigado. – Quer ir até a Torre?

—Não. Seria muito perigoso. Muito cansativo... Chegaríamos tarde, gastaríamos energia, perderíamos o jantar... – Ela hesitou e sorriu olhando novamente para a Torre Eiffel. – Perder um jantar para ganhar uma bela foto?

—Você se importa? – Ela ficou em silêncio, ainda olhando para longe, seu olhar perdido na Torre era lindo. – Você tem certeza que não quer ir até lá? Está desejando daqui. Como se pudesse tocar. – Ela sorriu, não apenas sorriu para mim, seus olhos também brilharam para mim, ela estava animada.

—Eu gosto muito desse lugar. E só de estar basicamente em frente á Torre Eiffel. Não preciso ir lá. A vejo daqui. – Ela passou a mão no rosto. – Você tem medo de que um simples momento possa acabar repentinamente?

—Como assim?

—Céus, estou te assustando.

—Não. Porque estaria? Você me passa confiança. Porque eu... Iria ficar assustado com suas palavras? – Ela deu ombros sorrindo.- Eu gostaria de ficar na sua companhia toda noite, todo dia, toda hora, para o resto da minha vida de repente e do nada. Mesmo assim quero a sua companhia.

E então sorrindo ela aproximou o seu rosto do meu, e senti meu coração gelar, minha barriga puxar ar, meus pulmões necessitarem de ar, minha boca secar; senti minhas pernas tremerem, estava tão próximo dela que pude sentir seu perfume doce; não muito doce, nem muito amargo, aquele cheiro que você sente quando a pessoa passa e raramente fica em você ou na sua roupa; não na sua roupa.
Mika pois a mão no meu rosto e aproximou o meu rosto mais ainda do seu. Eu arfei e não sabia exatamente o que devia fazer. Beija-la, óbvio. Mas, não simplesmente beijá-la. Minha nossa; o que eu estava fazendo? O que estávamos fazendo?
Sua boca estava tão próxima da minha que eu sentia que estava úmida, segurei em sua cintura e pensei em colocar a outra mão na sua nuca já que ela colocou sua outra mão no meu ombro; então ela aproximou mais ainda os lábios nos meus, eu podia sentir a respiração dela contra meu rosto; minha respiração cessou. Eu parei de respirar. Involuntariamente. E ela me olhou, observou minha face com certeza de nervoso.

Beijou a minha testa e em seguida me abraçou forte. Com toda sua força e me aqueceu. Eu a abracei de volta e queria morar nos braços dela, ainda mais quando ela sussurrou no meu ouvido.

—“Seja mais do que Bem-Vindo á Paris, Victor. Eu não estaria aqui hoje se não fosse por você ter tomado coragem e vindo para cá. Para a nossa França. ”

Minha e dela; nossa. Nossa França!

—Toda nossa?

—É tão sua quanto minha... – E ela sorriu. E que belo sorriso ela deu.

**

Ela era simplesmente linda. Seu sorriso, seu olhar, sua feição. E o fato de estar com ela me fazia o cara mais sortudo do mundo. Fiquei vermelho depois do abraço, a gente não se beijou, mas nos abraçamos, e não entendi o motivo dela ter me olhado e ter beijado só a minha testa. Cara; eu quebrei o clima e fiz ela “brochar”? Mas, a fiz me abraçar; e nunca me senti tão seguro como me senti naquele momento.

Mikaele olha para o céu e em seguida olha a hora no celular, volta á olhar para a cidade, ela havia me soltado e se afastou um pouco, passou a mão pelos cabelos e olhou para mim.

—Bem? – Perguntou ela depois de um tempo.

—Sim. E você?

—Também estou bem; -houve uma pausa. – Se importa se voltarmos agora para o cinema? O filme deve estar quase acabando e nada contra, Éponine vai ficar furiosa se você não estiver lá quando o filme acabar. Se ela percebeu que faz mais de quarenta minutos que você não está do lado dela ela; com certeza ela vai surtar. Se já não surtou. – Ela riu.

—Você realmente foi muito legal em me trazer aqui. – Fiquei mudo por uns segundos. – Porque saiu correndo do cinema? – Ela deu ombros e um sorriso. – Não quer contar? – Ela acenou negativamente e sorriu novamente. – Tudo bem. Não vejo problema. Mesmo sendo muito curioso, muito preocupado, muito mais do que curioso... – Ela de aquele sorriso maravilhoso que só ela sabe dar.

—Ok, se é tão curioso e faz tanta questão em saber; me senti mal.

—Como mal?

—Mal.

Mal; só mal. Era o que ela sentiu-se... Mal, é o contrário de bom. Só mal. Eu só queria saber o motivo, mas, creio que era pedir demais depois da noite de hoje, que sei que a noite ainda não havia acabado; mas, por mim poderia acabar já que não precisava de mais nada. Eu tinha ela na Nossa França; como se ela fosse toda para nós, excepcionalmente para nós. Eu gostei daquele momento, gostei de mais uma vez de estar com ela, e admito que estou achando que ela sente algo por mim.  Aquele beijo na biblioteca (...) Foi um selinho; ok. Mas, independentemente do tipo de beijo, ela faz muito por mim, eu não faço muito para ela. Ela gosta de mim. Ou brinca comigo... Devo ser o brinquedo favorito dela.

Devo gostar se eu for só um brinquedo para ela?

Eu respiro profundamente.

Andamos até a Torre Eiffel, ignoramos tudo, largamos tudo para trás no cinema e seguimos em frente. Então... O que eu quero? É uma pergunta difícil. Eu não sei se quero ir para casa... Mas tenho que admitir que eu gostei de hoje. E esta é a única vez em toda minha vida que eu tive “Paris ó para mim”. Eu sei que eu não consigo me encaixar direito aqui, mas há uma parte de mim, uma pequenina, (que está crescendo), minúscula parte que está curiosa para ver e confirmar se sou realmente o brinquedo dela. Se o meu pai ligar amanhã e me mandar de volta para casa, eu confesso que iria ficar completamente desapontado. Começando que eu ainda não vi a Mona Lisa, não estive no topo da Torre Eiffel, não vi o Moulin Rouge por dentro; nem andei por baixo do Arco do Triunfo, nem experimentei a sensação de ir para as Catacumbas de Paris. Porém, eu não tenho o que mais eu quero... Eu quero sentir os lábios da Monitora novamente, não um simples selinho, mais, um beijo, carinhoso, que tenha além de tudo, o consentimento dela, não como o exótico fez, mas, com a autorização dela. E principalmente que seja com amor. Porque assim, ela iria me amar, por isso ia consentir sempre porque seriamos namorados. Eu quero que ela sinta algo por mim...

No caminho de volta para o cinema; ela recebeu uma ligação. Olhou, mas, não atendeu.

—Calouro... – Ela me chamou. – Precisamos voltar.

—Já estamos fazendo isso. – Ela me encarou.

—Para Notre Dame.

—Sério? Para que? Notre Dame? – Estávamos á uma grande distância da Catedral para ela falar para nós voltarmos.

—Não tiramos uma foto. – Ergui uma sobrancelha. – Vai mesmo deixar em branco? Você vem até o Point Zero e depois na Notre Dame e não vai tirar uma foto?

—Mas, eu já tirei.

—Junto comigo Azevedo... – Meu rosto queimou e fiquei sem graça. – Vamos fazer a melhor foto entre todos.

—Sério?

—Olha; mais sério impossível.

—Sério? Mas, de verdade?

—Você tem que realmente tirar foto dessa parte de Paris. – Ela sorriu e me puxou pelo pulso de volta ao Point Zéro, onde tirei fotos do meu pé em cima do centro de toda a França.

Tirei fotos da Notre Dame, da paisagem, e dela. Sem perceber. Ela tem um sorriso bonito. Tudo dela é bonito. Eu queria perguntar, eu devia perguntar... Precisava perguntar se ela me trouxera até aqui por algum motivo, se ela sentia alguma coisa por mim. Ou se era coisa da minha cabeça que eu queria mesmo. Parece que sim, eu só precisava perguntar. Respirei fundo e olhei para ela.

Mas, eu só a olhei mesmo.

—Tirou todas as fotos? – Parei. – O que foi? – Ela virou o rosto, me olhou com feição, sorriu e pegou na minha mão. – Podemos ir?

—Erh...

—Sim? – Ela ergueu uma sobrancelha. – Está tudo bem?

Eu não sabia se devia dizer de verdade, engoli em seco e sacudi a cabeça.

—Estou te dando trabalho...

—Ora... Você não me deu trabalho; e você não dá trabalho. – Ri sem graça. – Para com isso. Não pensa assim... – Ela parou e olhou para o celular que estava tocando novamente, e respirou fundo. – Temos que voltar.

—Alguém disse alguma coisa? Tem algo errado?  – Ela sacudiu a cabeça negativamente, sim; tinha algo errado. – Tem não é?

—A gente só tem que ir para o cinema. Vamos pegar um ônibus.

Tinha algo errado. Segurei na mão dela e a olhei nos olhos.

—Está tudo bem? – Ela se afastou.

—Vamos? – Ela colocou a mão no peito e respirou fundo sorrindo. Tinha algo errado.

—Está tudo bem? – Ela respirou fundo.

—Sim. Já disse que está tudo bem. Podemos ir? – Ela aparentava estava calma, mas, estava apressada.

A primeira ideia era irmos de ônibus, só que quando ela olhou para o celular pela última vez, ela decidiu que deveríamos ir de metrô; no meio do caminho ela tropeçou, e eu a agarrei, ela se encolhe toda, rapidamente se recompõe e pediu desculpas, era tão normal ela pedir desculpas, ela aparentava estar muito nervosa. Então, eu ofereço o meu braço.

—Pode pegar. Segura. – Ela sorri.

—Não precisa se preocupar, eu estou bem. – Eu devo ter feito uma cara muito deprimente porque em seguida ela segurou no meu braço. – Não significa que estou me sentindo mal. – Ela sorriu.

 Nós estamos tão perto um do outro que eu posso sentir o calor dela, eu posso sentir o cheiro dela. Sou uns centímetros mais alto que ela e posso sentir seu perfume, e sem querer QUERENDO, eu cheiro ela, sem aparentar que o faço. Seu perfume é suave, delicado, parecia perfume de recém-nascido, tão tranquilizante, tão cuidadoso, com um toque de livros novos, um cheiro que transmitia proteção, que era seguro de se sentir. Ela me auxiliou á levar ela até a entrada do metrô que era uma escadinha que descia até as plataformas; bem diferente do Brasil, mas, bonito. Então ela toca na minha mão, sua mão está fria, mas aquele toque significava que ela se preocupava comigo; mas, era eu quem devia me preocupar com ela. Então ela solta meu braço para comprar os tickets. Quero estar tão junto dela quanto um ser humano apaixonado ter o direito de estar. “Eu preciso saber; você me ama? ” Eu precisava dizer. Precisava perguntar, mas, não podia. O celular dela toca e ela atende.

—Rowell? O que houve? (...) Não, eu estou bem. Você está bem? (...) – Ela fica em silêncio um bom tempo e respira fundo. – Vai ficar tudo bem, você vai ficar bem, nós vamos ficar bem, vamos resolver isso. (...) Depois você me liga; não liga pra mais ninguém... Resolvemos depois. Vamos ficar bem. – E ela desligou, respirou fundo, coçou os olhos; eu não posso deixar ela ir, preciso ter ela só para mim. O exótico era um inimigo junto com o grandão.

Ela se senta comigo na estação e esperamos o metrô, ela estava agitada. A distância entre nós cresce a cada minuto passado. Será que ela vai pegar meu braço de novo? Ou eu vou ter que pegar no seu? Eu começo á balançar os pés e ela coloca a mão no meu joelho.

—Tirou boas fotos? – Aceno positivamente. – Guarde todas, no fim do ano, vamos fazer um álbum bem bonito. – E ela sorri.

O metrô chega e as portas se abrem. Assim o trem se sacode adiante e atrás, através dos túneis escuros por uma coisa rara, o metrô estava quase vazio então nós nos sentamos em um assento. Juntos. Respirei fundo. Estava sentindo o cheiro do perfume dela. Depois de um tempo ela olhou mais uma vez para o celular e aparentemente uma aflição tomou conta dela a fazendo se levantar, nós estávamos sentados juntos mas, ela se levantou, eu até achei que fosse porque estava incomodada comigo; na verdade, aparentemente ela estava incomodada com outra coisa. Ela respirou fundo, coçou os olhos, estava incomodada. Ela desvencilhou e eu a segurei com força pelos braços, ela me encarou assustada, ela ia cair; então a coloquei sentada no banco e seu coração está batendo como um tambor.

—Não está tudo bem né? – Ela me encarou, parecia indignada, como se eu estivesse zombando dela, o que não era verdade, eu estava preocupado. – Pode me contar... Eu quero te ajudar.

Ela pôs a mão na boca e olhou para baixo. Descansou no assento do metrô, eram três estações antes do nosso destino.

—Você não tem...

—Não é uma pergunta — Eu a interrompi, e ela pareceu aliviada por me ouvir dizendo aquilo, mas, sua expressão não mudou. Continuava aflita e eu estava ficando aflito.

Estávamos prontos para sair do metro quando ainda na plataforma, ela segurou no meu pulso.

—Você sabe voltar para o cinema? De boa?

—Sim. – Aparentemente eu tenho uma perfeita memoria fotográfica. – Ela sorriu.

—Ótimo. Você pode ir.

—O que?

—Eu estou envergonhada da minha própria impotência.

— Por favor, não faça isso mais difícil do que já é. Você está com problemas, é visível; preciso que colabore. — Eu sussurrei pra ela.

—Obrigada pela preocupação Azevedo, mas, preciso que não me vejam junto contigo. Sabe como é né? – Revirei os olhos.

—E eu não vou deixar você ir pro cinema sozinha.

—Eu chamo alguém, a Kathy, a Nieh, a Simone... – Abaixei a cabeça.

—Ou o Cainan. – Ela ficou em silêncio. – É o seu namorado não é? Você tem que chamar ele para te ajudar á te levar nos lugares. E.. – Ela segura no meu braço e respira fundo, ela está muito gelada.

—Vai ficar tudo bem... Preciso que você (...) confie em mim. – Ela estava se sufocando.

—O que foi? O que você está sentindo? – Suas pernas ficaram fracas e ela ia cair, segurei-a pela cintura, ela tenta sair dos meus braços, mas, eu a aperto. Ela arfa e aparentemente ofega. – Por favor, Monitora; deixe-me ajudar você. O que você tem?

Ela respirou fundo.

—Para um garoto bem magro; os seus braços são como uma armadilha de urso.

—Obrigada, eu acho... – Eu estendo o braço para que ela pudesse pegar. – Porque não deixa eu te ajudar?

—Ajuda é sempre bem-vinda; mas, não quero que Cainan quebre seu rostinho bonito. – Ela passa a mão sobre o meu rosto. – E ela assobia ao passar o dedo por cima da minha cicatriz na sobrancelha. – O que houve aqui?

—Você está me protegendo do...

—Do Cainan? Lógico. 

—Mas, você está negando que eu te ajude? Para de teimosia. – Ela encolhe os ombros. – O que você tem?

—Se você for na frente, eu chego logo atrás de você. Não se preocupe comigo. – Ela me deu um sorriso.

—O que você tem? – Houve uma longa pausa e ela sorriu.

—Nos encontramos lá.

Quando eu cheguei no cinema o que não demorou muito, dei de cara com a gaúcha, ela estava sem o namorado dela e junto com a namorada do professor do curso de francês. Elas me encararam.

—Guri! – Berrou Katherynne no meu ouvido e eu travei. Aparentemente o filme já tinha acabado á bom tempo e aparentemente eles estavam indo para o Rio Sena; e eu não estava achando Éponine. – Éponine estava te procurando...

—E Cainan estava procurando a Mih; e Eddie a Déia. – Disse a garota; Niedja, se não me engano.

—Onde você estava? – Kathy perguntou me sacudindo.

—Eu... Aan; complicado... – Pense em algo plausível.

—Bom; você deu sorte, Éponine saiu uns vinte minutos depois que o filme tinha começado. Recebeu uma ligação e saiu. Sei que foi você e... – Ela ficou em silêncio. – Você tem o número dela né? Não? Amigo; tenho uma péssima notícia. Você é corno! – Eu ia rir quando Marjorie se aproximou de mim.

—Onde você estava?

—Ah, gente eu ... e. Banheiro... Gente, no banheiro, que desagradável. – Franzi a testa.

—Oh, desculpe. – Falou Katherynne

—Mika! – Chama Niedja, e ela chega cambaleante, não é só eu quem olho quando Niedja fala seu nome, mais, todos da Elite; e eu me sinto preocupado, de repente, o grandão aparece e eu penso inúmeras vezes em ter contato com o seu corpo, porque, segura-la, cuidar dela, ter aquele momento com ela, me fez me sentir tão bem, tão próximo dela. Meu coração se acalmou ao lado dela.

E então do nada, o grandão surgiu não faço ideia de onde ele estava até então; e ele se aproximou dela, assustado; na verdade, todos estávamos assustados. Ele a encara e ela sorri. Como ela pode sorrir? Aparentemente ela está com dor, ela estava se sentindo mal, algo estava errado, e ela estava sorrindo.

—Você tomou o seu remédio? – Ele a encarou e eu me afastei. Fiquei atrás de Marjorie, estava tão aflito quanto qualquer um ali. – Mikaele! Me responde! – Era como falar com uma parede, não havia resposta. Ele se voltou para Niedja. – Você trouxe o remédio dela? – O professor olhou fixo para ele.

—Quem é o namorado dela? Você não trouxe? – Ele ficou em silêncio.

—Está. Tudo. Bem... – Eu devia ter vindo com ela; independente do que eles iriam falar; eu recebi ordens, mas, era difícil. Eu fiz errado. Espero que não dê para perceber que eu estou prestes a chorar, á pular ali no meio e socorrera-la de qualquer maneira que for. Eu estava aqui por ela, eu devia ter levado e a trazido á qualquer lugar. Como me sinto tão culpado.

Então ela se soltou dos braços dele caindo no chão.

— Mikaele! – O grandão berrou.

—Eu preciso ir para o (...)hospital (...) estou tendo uma(...)

—Parada Cardíaca! – A voz não era desconhecida, era tremula e melancólica. Aparentemente era do rapaz da sorveteria, mas a imagem que eu vi, era de Luco.

De repente então, estavam fazendo compressões no peito dela, eu estava nervoso, eu não podia começar á passar mal, mas, a pessoa que estava fazendo a massagem cardíaca se virou pra mim.

—Liga para a ambulância. – Eu travei.

—Eu não...

—15. O número é 15.

Na verdade, eu fiquei tão nervoso que ligaram por mim e eu fiquei olhando aquela compressão no peito dela.
Eu precisava dela, eu precisava dela, eu precisava dela.

—Hein criança. – Me chama a pessoa que está fazendo as compressões na Mikaele, ele me encara. É um rapaz. –Estava com ela?

...

—Não. Eu... Digo... 

—Não se preocupe coloré, vamos te ajudar. – E mesmo perdendo a respiração, ela os encarou assustada. E pronunciou algumas palavras, ela estava roxa e ninguém pareceu entender.

— Arc. en. Ciel... – E as compressões aumentavam. E ela murmurou baixinho. – “Dégel. Luco. ” – E parou de respirar.

—Mikaele! – Chamou Katherynne.

Ela não pode morrer. Eu preciso dela.


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Notas finais do capítulo

Obrigado por lerem esse capítulo... Me desculpem a demora, eu irei postar um 2º capítulo hoje acho que esse capítulo ficou menor que o último e agradeço kkk... Mesmo se não ficarem; não deixem de ler.
Agradeço pelo seu tempo :3

Obrigada pela leitura.
J'adore vous tous

~♥~Um Beijo da Autora. ~♥~



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