E Eu sou o Amor da Sua Vida? escrita por Lady Lupin Valdez


Capítulo 24
Nunca empurre o grande


Notas iniciais do capítulo

Hey du; o computador cooperou e postei esse extra para vocês.
Mas, eu ainda tenho amoras e amores para comentarem minha história e meus capítulos?? Ou a história ficou chata? Ah gente, qual é? Ficou o máximo!!



~Enjoy



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/655702/chapter/24

Mika

“Arc-en-ciel – coloré”

Explicar a minha conexão com Luco Seward e Dégel Rosseau sem comentar de: Pandora Hackbart, Verônica Doyle e Stefano Rissi e a ligação que todos eles têm com Antonie Mengoni e o ilustríssimo Armin Rowell, seria impossível; todos eles estão ligados de uma forma ou outra, eles sempre estiveram juntos, como se fosse um “Akai Ito”, o fio vermelho do destino e eles estivesse todos embolados por esse fio vermelho, estão todos embolados por esse destino.

Eu tinha 15 anos quando fui sorteada para estudar Artes Cênicas na França, em Paris, eu havia feito um ano e meio de curso de francês e me apaixonei pela França de uma forma enlouquecedora.
 Quando eu cheguei em Paris, eu não conhecia ninguém, não tinha nenhum pouco de intimidade com ninguém porque eu era muito tímida. O dormitório não era um só como é hoje. Eram dois prédios como dormitórios; hoje o segundo prédio é entre uma residência para os ex-estudantes que acabaram de sair do final da pós graduação, ou que ainda estão estudando e não tem um lugar fixo para ir; até arrumarem emprego e conseguir pagar um aluguel. O Depardieu nunca deixaria um aluno seu passar dificuldades, sempre tem o dormitório de Cênicas e o espaço para aulas e cursos de francês. Há um 3º prédio; porém, nada importante ainda.
Quando eu cheguei, eu tinha “15 anos”; porém, não prestaram muita atenção pra isso. O dormitório era dividido da seguinte forma: prédio A- até 15 anos para baixo, prédio B: após 16 anos pra cima. Eu ia fazer 16 no ano que vem, e foi mais ou menos ai onde eles eraram. Eu fui mandada para o bloco B sem ter feito 16; eu deveria ficar no bloco A até o 1º semestre que começa em setembro; e quando cheguei na França, nem era natal ainda. Eu não tinha a idade para estar ali no bloco B. Mas, eu fui. O prédio B tinha uma Monitora chamada Edith, e Françoise, era o Monitor de todo o prédio A.

Enfim...  A primeira pessoa que eu conheci naquele prédio foi um magrelo, alto, de um sorriso escandaloso e olhos de cores diferentes. Era Luco Seward e a sua heterocromia, que o deixavam bizarro. Quando eu o conheci ele devia ter uns 16,17 anos e estava com o cabelo grande o suficiente para dar uma amarrada, o seu cabelo era ruivo, vermelho junto com ruivo ferrugem, acompanhado da sua estranha mancha escura no pescoço com o formato da Grécia. Eu estava com minha mala e ele parou no meio do corredor e me encarou. Ele aparentemente estava indo para algum outro lugar, quando ele voltou, parou e me olhou, como se estivesse me estudando. O que ele estava fazendo.

— Vous êtes du cinéma, du théâtre, de la musique, des scripts, du maquillage, ... – Seu sotaque era um francês. Era estranho. Custei á entender o que ele falava. Como eu não entendia respondi o óbvio.

—Artes Cênicas.

— Arts de la scène! Moi aussi! Et est-elle perdue? Et tu veux de l'aide? Quel est votre nom? Je suis Seward; et je suis Luco; presque comme Luca ou Luca; seulement que Luco. Luco Seward. C'est un plaisir! (Artes Cênicas! Eu também! E está perdida? E quer ajuda? Chegou agora? Qual o seu nome? Sou Seward; e sou Luco; quase como Lucas, ou Luca; só que Luco. Luco Seward. É um prazer.) – Imaginei que ele me entendeu. Ele esticou a mão para mim e antes que eu pudesse pegar em sua mão ele passou a mão pelo pescoço coçando a nuca. – Estou encantado em te conhecer. Qual é o seu nome? –Antes que eu pudesse dizer ele sorriu. – Tu dois rencontrer mes amis.  (Você tem que conhecer meus amigos.)  – Ele pegou minha mala e saiu correndo pelos corredores e subindo escadas á cima. Ele disse “amis”, amis significa “amigos em francês. – Si vous ne courez pas, vous vous perdrez! Viens! (Se você não correr, você vai se perder! Vamos!)

Eu respirei fundo, estava com medo, queria ir pra casa, eu era tímida, e o garoto não iria me esperar por muito tempo, o segui. Amigos, era isso; amigos. Íamos ver seus amigos. Então nós paramos no quinto andar, eu subi cinco andares de escada correndo atrás de um garoto estranho. Não que ele fosse estranho pelo fato da cor dos seus olhos, e sim pelo fato do jeito que ele me abordou, falou comigo; pra mim, os franceses eram antissociais. Mas, ele não era de todo um “francês”. Corri tanto para chegarmos em um quarto e encontrar mais gente estranha. Eu travei quando cheguei perto da porta e nela estava escrito com cartolina azul: “Arc-en-ciel – coloré”; significava “Arco-íris- colorido”. E foi exatamente com o que eu me deparei “arco-íris”, “colorido”, nunca esqueço como foi conhecer Armin, Antonie, Dégel, Pandora, Stefano e Verônica junto com Luco.
Eu estava no quarto de Stefano, ele que tinha o cabelo preto e branco, Dégel por si tinha o cabelo azul e vermelho, Armin tinha o cabelo roxo e turquesa, Antonie tinha o cabelo azul e roxo, Veronica tinha o cabelo rosa claro e Pandora; ah, essa tinha o cabelo colorido, eram muitas cores, rosa, vermelho, amarelo verde, azul. Todos estavam estudando, escrevendo, lendo livros grossos e toda atenção para o que faziam. E tinha eu os observando, eles não haviam reparado em mim, estavam concentrados, então, Luco deu um grito atraindo a atenção de todos.

— C'est des arts de la scène! Ce sont aussi des arts de la scène. (Essa é de Artes Cênicas! Esses são de Artes Cênicas também.) – Ele escancarou um sorriso doentio para mim como o do Coringa. – Você será bem-vinda por aqui. Sempre.

—Porque todos vocês têm o cabelo colorido? Não é proibido? – Eu não consegui falar em francês, mas, Stefano pareceu entender, ele olhou para Armin que deu uma risadinha boba, ou zombando ou achando graça; Stefano suspirou e se levantou da cama devagar se aproximando de mim.

— Tout ce qui est interdit gagne un Oscar à la fin. (Tudo que é proibido ganha um Oscar no final.) – Eu me sentia muito boba, eu não entendia muitas palavras, além de “Oscar” e “la fin”. Ele tinha um sotaque, mas, não sabia dizer de onde, nem se era possível decifrar, então ergui uma sobrancelha. Aliás, todos tinham sotaque.

Antonie se aproximou de mim; naquela época ele tinha algumas mechas caindo sobre seus olhos, o que deixavam ele charmoso. Literalmente, muito charmoso. Antonie é italiano ele podia cantar uma ópera ali mesmo e me encantar, e só pela sua expressão de confusão, ele me encarou e passou a mão sobre meus cabelos fazendo meu rosto queimar, era possível não querer beija-lo pelo jeito que ele foi dócil comigo, ele foi extremamente dócil comigo.  

— Couleur (Cor). – Ele disse. – A besoin de couleur (Precisa de cor.)

—Bleu! – Armin falou olhando para a minha roupa que era preta.

—Rouge. – Disse Luco contrariando Armin

—Rose. – Falou por fim Stefano.

—Blanc. – Eles me queriam no grupo colorido deles. E tenho dito certo quando disse “eles me queriam”; porque Pandora e Verônica respiraram fundo. Não me queriam. Haviam dois motivos, fui descobrir depois; Pandora era correspondente amorosa de Stefano, e Verônica de Antonie. Elas queriam eles só para elas. E para mais ninguém. Eu era a inimiga. – Vert? – Perguntou Dégel.

Eu concordei. Só dava para concordar. (Depois, por várias semanas consecutivas elas saiam do prédio B para ir no prédio A, colar na minha porta “VERT EST L'ENNEMI”. Verde é o inimigo, mas, não pintei meu cabelo de verde.)

— Elle n'est pas européenne (Ela não é europeia) – Resmungou Verônica. – D'où viens-tu ... (De onde voc...)

—Brasil. – Dégel cochichou sentado no chão. – É? – Acenei com a cabeça. – Portugais.

—Quoi? – Armin ria no seu canto, então Stefano o encarou e fez com a mão para que Armin pudesse falar comigo, ele acenou negativamente rindo e abaixou a cabeça envergonhado, então Dégel, impaciente explicou á Verônica.

—Existe um único país que faz divisa com outros países e não é acostumado á aprender os idiomas dos países vizinhos. – Eu me senti envergonhada, não entendia nada, eles falavam muito rápido. – Olá. Eu sou Dégel Rosseau. Ou Je suis Dégel Rosseau. Et vous?

—... Mikaele. Sales. – Arfei. – Então, Antonie chegou perto de mim.

—D’acccord. – Ele concordou e mexeu nos seus cabelos azul e vermelho, que ás vezes davam o efeito roxo. -  C'est Antonie Mengon. – Antonie apontou para o grupo. - Voici Pandora Hackbart, aq Veronica Doyla. – Ele apontou para as meninas que acenaram como se fossem a Rainha da Inglaterra; ou seja, rápido. – Stefano Rissi. – Stefano sorriu. – Et le l'illustre Armin Rowell... – Ilustre; ilustríssimo; era assim que eles chamavam Armin. Ele era brilhante. Foi ele que fez com que todos pintassem o cabelo, ele tinha esse poder sobre eles, ele era um ótimo cantor, um ótimo compositor e roteirista. – Eu falo um português puxado... – Dava para entender, e claro que dava para entender, Armin foi criado em Portugal, e obviamente ensinou português para todos. – Quando você chegou? Hoje? – Eles nunca me deixavam responder. – Perdoe a euforia de Luco. – Acenei positivo. – Seja bem vinda. – Luco estava literalmente eufórico, então eu parei. – O que foi?

—Não sei onde é o meu quarto. – Antonie pigarreou.

—Posso? – Eles falam com um português com “sotaque”. –Posso te levar até um quarto?

—Eu...

—Eu! – Berrou Armin. – Posso?

Eu não entendi porque eu simplesmente fazia os garotos se agitarem daquele jeito. Mas, eu era carne nova, então estavam tentando sei lá, darem em cima de mim. O mais provável.  Mas, eu estava com medo.

—Não. – Falou Antonie e segurou a minha mala. – Vamos, eu vou ajudar você a arrumar um quarto. – Fiquei muda.

—Merci.

Havia um quarto disponível no 7º andar, no prédio B tem 9 andares. Ele me deixou em um quarto no final do corredor.

—Você quer ajuda para alguma coisa? – Neguei. – Eu sou do 8º andar junto com Dégel. Mas, eu fico no primeiro quarto. Pandora e Verônica são do 9º andar, no 7º fica o Armin, o Luco é do 6º andar, como você sabe, Stefano é do 5º andar. – Fiquei em silêncio.

—Na porta do quarto de todo mundo está escrito “Coloré”? – Ele sorriu.

—Está. Então, você vai saber onde encontrar cada um de nós.

—Desculpe-me, mas...

—Não se preocupe, vamos vir pegar você para as refeições. – Ele tinha um lindo sorriso. – Eu tenho que voltar para estudar, se você quiser ler alguma coisa, pode ir para lá.

—Obrigada. – Na França, quando você se despede, ou se for cumprimenta, tanto se for de um jeito informal entre duas pessoas, em uma situação amigável o cumprimento é com dois beijos no rosto. Só dois beijinhos de despedida. Antonie sempre foi alto, fiquei na ponta dos pés para cumprimentá-lo.

Então de repente, eu plantei um beijo em um coloré muito surpreso.
Eu tentei me afastar de tanta vergonha. Que tipo de pessoa eu devia ser aos olhos dele? Só que, para minha surpresa, ele me beijou de volta. Antonie tinha gosto de vinho em seus lábios. Quando nos separamos, ele cambaleou para trás; então eles juntos em um quarto só ficam bebendo vinho? Por isso, Luco foi tão eufórico, por isso, estavam eufóricos, eles bebem vinho sem ninguém saber. Isso é revoltante. Ou não, isso ajuda na timidez. Então eu decidi que os “Coloré” eram nojentos e que eu nunca me daria o luxo de falar com eles novamente. Certamente, não foi isso que ocorreu. Eu imagino que Armin emanava uma forte influência sobre qualquer um que tenha uma personalidade mais forte. Ele no caso era a personalidade forte.

Depois disso nosso contato era o mais limitado o possível. Eu podia ouvi-los quando saia dos quartos, porque em suas portas e janelas haviam sinos. Parece exagero, e até mentira, mas, sempre que um abria a janela, todo o prédio sabia que os coloré estavam para se reunir; o sininho era aplicado na parte de fora da janela e quando mexiam nela, ela fazia barulho.
No dia seguinte à minha chegada, quem veio me visitar primeiro foi Stefano, ele subiu do 5º andar para bater em minha porta. Ele era mais alto que eu. Todos eram mais altos que eu. Stefano era um típico italiano, tinha o cabelo preto e branco, belos olhos cor mel, aprendeu francês, e depois de conhecer Armin, aprendeu espanhol latino, suíço e inglês, com Verônica aprendeu alemão. Ele era astuto, e queria ser um cenógrafo, que a partir de um roteiro ele criaria uma produção artística, dizia que faria cenários deslumbrantes e faria jus à imaginação dos autores de livros. Ele me chamou para tomar o café da manhã. E o incrível cheiro de incenso que senti em suas vestes me deixaram receosa de sair do quarto. Mas, se eu não saísse, ele iria entrar então fui com ele.

Á tarde, Luco subiu do 6º andar para me levar para o lanche da tarde, ele era um americano da cidade de New York e queria ser roterista; tinha os cabelos fogo, vermelho com ruivo ferrugem, ou o típico laranja e ele também cheirava á incenso. Nada discreto ele sorria para mim e me convidava para sair do quarto, eu estava firme que não iria sair dali com eles, mas, eles eram bem convidativos.

Dégel veio do 8º andar para me dar um belo sorriso e me levar para o jantar. Ele era um nato francês, tendo os cabelos da cor azul e vermelho, só faltando o branco da bandeira francesa. Ele nunca me especificou o que pretendia no curso de Artes Cênicas, apenas me dizia que Dégel significa “De gelo”. E ele foi bem sensato comigo sem se importar se eu tinha o cabelo colorido ou não ele não me deixou isolada. Sentei pela primeira vez em uma “mesa de Elite” pois, ali, os Coloré eram a “Elite”.

Antonie do 8º andara apareceu-me de manhã ao dia seguinte para me levar para o café da manhã. Então ele estava sóbrio, sóbrio significava que ele me pediu desculpas e mesmo assim, me beijou novamente. Foi ali que nós começamos á ficar, de verdade.

Mas, então; Armin veio do7º andar para me levar para o almoço. Devo dizer; “Armin era lindo”, mesmo com os seus cabelos roxo e turquesa, ele era lindo. Absurdamente lindo e cavalheiro, encantador, ele era talentoso, em violão, piano, dança, até mesmo em patinação. Qualquer coisa que alguém era bom tinha Armin Rowell. O português que tinham pais que se gabavam do filho que tinham. Ele estava ali para ganhar “Oscar’s, Prêmios” ele não estava ali para perder. Ele ia perder.

Ninguém ali era muito jovem para saber o que era certo ou o que era errado. Todos sabiam dos erros. Mas, eu era muito nova, então conheci o cara que me mandou para o prédio certo. Conrado Kanzaki; Ele podia ser dos coloré se quisesse; ele tinha os cabelos brancos e era uma mistura de inglês com japonês, ao mesmo tempo ele era sério, e só gostava de andar com o Dégel e Armin, os três eram companheiros de compor, Conrado administrava, Armin criava e Dégel escrevia a composição. Porque não inclui Conrado no meio dos Coloré?
Conrado foi atropelado e quase morreu, abriu um processo contra a escola por causa disso. Nisso Armin foi acusado de ter o irritado o fazendo ir para o meu da avenida. Na verdade, Luco o irritou e como ele ficou desacordado disse que foi Armin, Rowell foi afastado por um tempo e nesse tempo; em que Conrado ficou hospitalizado e Armin ficou afastado dos afazeres do teatro, Dégel, Stefano e Luco fizeram uma peça. Com a harmonia, a história e a composição junta de Armin, sem Armin. Escreveram, apresentaram, mas, não incluíram Armin. Pelo que eu entendi depois, eles meio que plagiaram para não incluírem o Rowell. Receberam elogios e excluíram Armin. Ignoraram os dons dele depois, ele foi colocado de lado e qualquer prêmio que os três vieram á receber, ninguém citou ele, jogaram Armin Rowell na lama.

Mas, não deviam deixar Armin de fora da criação dele; ora a criação era de todos. Alguém devia pagar pelo fracasso de Armin. Seu afastamento foi armado, ele não faz ideia do que ocorreu para isso ocorrer, mas quando Antonie lhe contou que haviam armado para ele, entre um secreto sorriso amigável, o espetacular garoto sabia o que fazer. Quando Conrado recebeu alta, Armin e Antonie estavam diferentes; pareciam mais maduros, Antonie tinha cabelos pretos, parecia culto e Rowell mais vingativo estava com cabelos castanhos claros. Nunca soubemos na verdade se Armin atropelou ou não Conrado, ele talvez nem foi afastado por isso; mas, ele irritou o jovem, ele colocou a vida deles em risco, pode ter sido armado, mas, eu estou apenas contando o lado que Armin e Antonie me contaram. Então depois todos estavam aterrorizados, estavam intimidados para olhar para o metade francês metade canadense. Ele disse aos diretores que tinha algo á contar sobre os coloré, não fazia mais parte deles, foi o maior ato de ira que alguém podia fazer.

A reunião foi concedida, todo o colégio participou, alguém receberia uma punição. Era como um grande tribunal, e os coloridos estavam na lá tranquilos. Armin encarou os coloré, em seguida encarou os diretores, a vice diretora, os monitores de prédios, os monitores de andares e os alunos. Na frente de todo mundo. Ele encarou um por um, abaixou a cabeça e em seguida respirou fundo. Agiu formalmente naquele dia, era a palavra dele contra a palavra de qualquer um.

Eu aprendi uma frase naquele dia...

—Não me levem a mal. Eles fumam; e veem fazendo isso á um bom tempo. Eles não respeitaram as regras internas do Instituto.

—Como? – Verônica foi a primeira a surtar.

—Armin, não é...

—Eles dirigiram veículos motorizados sem autorização.

—Mas... – Armin não tinha feito isso.

—Foram eles quem trouxeram...

—Não... – Dégel murmurou.

—Perdão?

—Eles veem trazendo ela á muito tempo

—O que eles veem trazendo á um bom tempo Senhor Rowell?

— Eles trouxeram bebida alcoólica

—Rowell... – Armin olhou de lado.

—E eles não atualizaram o visto para Artes Cênicas; apenas para Música... – Xeque... – Por dois trimestres. – Mate!

—Ouh. Então basicamente vocês estão ilegais no programa de Cênicas? – Armin se levantou e foi para o lado de Antonie. – É, vamos reconsiderar o que devemos fazer.  Obrigado Armin Rowell.

 Nunca empurre o grande. Nunca empurre ninguém maior que você. Nunca empurre Armin Rowell.

Como eles só atualizaram o visto para música eles saíram do país. E foi um alivio para todos, não tinha mais dois prédios, não havia mais sinos nas portas e nas janelas, não havia mais loucuras, não tinha mais plagio, mais roubos, mais apresentações... Não tinha mais Arc-en-ciel, nem mais “coloré”. Por um bom tempo. Até agora. 
Foi um resumo de como "les colorés" fazem parte da minha chegada. Claro, teve muito mais... Só que agora. Era demais.

—Bonsoir! – Eu ouvia as vozes dizendo “boa noite, boa noite” mas, estava tão escuro que eu não conseguia saber quem falava. Ou era Luco, ou era Dégel, dentro da ambulância era Dégel, mais no hospital, depois de medicada, monitorada, dentro do quarto, eu não podia dizer quem era, até que abri os olhos. – Hello Mikele! – Eu estava entubada, se é que isso é bom. Era ruim, eu não podia dizer nada. Mas, eu também não podia falar nada. – Estás bien? – Stefano sorria para mim.

—Ela fala português seu idiota! – Disse Pandora empurrando-o.

—É Mikaele! – Acrescentou Verônica. – Olá Mikaele!

—De nada; nós e ajudamos. – Falou Luco.

—Eu ajudei; você não fez nada. – Disse Dégel.

—Chamei a ambulância.

—Eu teria machucado qualquer um pra ajudar... – Comentou Pandora. – Alguém deixou? Não... Deixamos acontecer e ela foi a nossa cereja do bolo.

Eles não estavam mais tão coloridos, estavam quase normais, exceto pelas cores estilizadas sobre a cor natural do cabelo que pareciam recém feitos. Eles estavam muito estranhos, todos com o rosto morto, olheiras, aparentemente cansados e eu estava imobilizada. Não os queria ali, não queria ninguém ali.

—Ficamos felizes em ajudar você. E se você quiser, vamos ficar contigo (...) – Antes de Stefano terminar acenei negativamente, e confesso, fiquei muito feliz que eles foram embora com sorrisos satisfeitos. – Eu vou cuidar de você; não se preocupe... Ninguém com “A” no nome ou sobrenome vai interferir. Só eu posso fazer isso. – Ele riu. Stefano Rissi sempre me assustou; mas, ele sempre assustou muito mais Armin do que eu.

Porque até hoje não sei se Armin atropelou ou não Conrado, não sei como ele se recuperou, se ele foi acusado ou foi cúmplice. Porque Stefano iria interferir? Porque eles voltaram para me incomodar se eu não era Armin nem Antonie?

Talvez Armin Rowell não seja mais o grande.

Talvez agora Stefano Rissi seja o grande.

E nunca se empurra o grande!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigado por lerem esse capítulo, tenho que dizer que chegue á pensar em até querer colocar em Hiatus; mas, resistir, Paris falou mais alto e aqui está. E agradeço ao seu tempo :3
Obrigada pela leitura. J'adore vous tous.

~♥~Um Beijo da Autora. ~♥~



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "E Eu sou o Amor da Sua Vida?" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.