A Sociedade Rubi escrita por Mari e Léo
Notas iniciais do capítulo
Oii pessoal! Vocês querem um pouco de ação? Então terão! Kkk Não esqueçam de comentar e eu agradeço a todos vocês que estão lendo, que comentam e que favoritaram, vocês são demais!
A escuridão caiu rapidamente. Gillis e Hiden conversavam com Valentina. Eu estava organizando minha mochila com curativos como pediram. Tínhamos uma missão e não sabíamos o que poderia acontecer. O mundo estava desiquilibrado, nada era como o esperado. Visões do fim do mundo, uma sereia louca, vampiros queimados e uma garota misteriosa. Obrigado vida, você tem me pregado grandes peças.
Doc se aproximou de mim. O casaco longo agora era apenas um blazer cor de canela. O sorriso nos lábios era lateral, parecia nervoso mesmo assim. Olhou para mim e o sorriso desapareceu.
– Mau pressentimento. – disse Doc. – Já sentiu medo quando devia estar preparado?
– Sempre. – respondi enquanto colocava as últimas pomadas na mochila.
– Então você me entende. – Doc respondeu. – Não tenho visões como você e Yves, mas sinto que algo não acabará bem. – ele sorriu novamente. – Tomara que seja nada.
Assenti e saí andando atrás das pessoas que estavam ali. Todos pareciam tensos. Eu ainda não sabia qual era a missão, Yves e Jasper estavam cuidando disso.
Rivera carregava nos braços uma arma muito parecida com a que eu havia usado. A diferença era que possuía munição e ficava em dois tubos, era uma gosma vermelha.
– Já pegou a sua? – Rivera perguntou.
– O que isso faz? – perguntei.
– Imobiliza. – disse Yves caminhando até nós, ela também carregava uma. – Essa é sua.
Peguei a arma. Era pesada e tive que segura-la embaixo do braço e colada na cintura. Como já estava pronto, coloquei a alça da arma e prendi a outra na cintura, como um cinto. A gosma ficava dentro de dois tubos presos a arma. Yves me entregou o cinto de munição e eu o prendi. Havia tubos de quatro cores diferentes.
– Vermelhos imobilizam. – Yves começou a explicar. – Azul deixa desorientado. Verde queima. E roxo. – ela respirou fundo. – Mata.
– Matar o que? – Rivera perguntou. – Eu ainda não sei o que está acontecendo.
– Método de segurança máxima. – Yves respondeu. – Alguns vampiros estão descontrolados. Não sabemos o que levou a isso. Mas temos um palpite, é a mesma coisa que fez a sereia morder você Hooper.
– E onde eles estão? – perguntei.
– Por toda cidade. – ela respondeu. – Rhodes nos dividiu em grupos. Por segurança ele vai cuidar da garota mistério. Não confiamos nela.
Rhodes nos chamou. Ele carregava duas armas parecidas com a minha, a diferença era que eram menores. Estava sem o casaco e tinha um olhar determinado. Não era mais o homem com aparência de louco que havia conhecido.
– Invocadores de criaturas. – ele começou. – Temos uma das missões mais difíceis hoje. Vampiros em desiquilíbrio estão soltos na cidade. Não sabemos a origem, mas achamos que tem algo haver com as damas da noite. Por não sabermos de fato sua localização, decidi dividir nós em quatro grupos. Um guardará o casarão. Outro a floresta. Enquanto um cuida das estradas em torno da cidade e o outro da cidade. O grupo que cuidará da casa, contará comigo como líder, sendo composto por Rostock, Hiden e Valentina já que não tem permissão de sair daqui. O grupo da floresta está sob os comandos de Yves, sendo composto por Pierre, Arthur, Doc e Delaware. O grupo que cuidará da estrada contará com Jasper como líder, seguido por Jules, Hank, Kellie e Murphy. O restante cuidará da cidade, Gaspar será o líder, contando com Corea, Gillis, Hooper e Rivera. Desejo boa sorte a todos e que nossos mestres estejam conosco.
– Dessa vez precisaremos. – disse Jasper totalmente sério. – Vamos à batalha.
Caminhei até Rivera. A invocadora de sereias prendeu o cabelo num rabo e ajustou o medalhão. Sorriu para mim e riu.
– Fique calmo vampirinho. – disse Rivera para mim. – Não vou morrer hoje.
Olhei para Yves. Ela estava usando a jaqueta que eu havia dado a ela. Séria, ela assentiu para mim e caminhou junto com seu grupo. Para dentro da floresta.
Os invocadores do nosso grupo se juntaram. A arma de Gaspar era uma espada de lâmina roxa, carregava mais três pistolas na cintura, carregadas com as três cores que ainda faltavam.
– Eu sou o líder da missão, estão me entendendo? – disse Gaspar. – Rhodes acabou de me dar autoridade numa missão importante. Isso merece uma festa se voltarmos vivos.
– Super tranquilizante bonitão. – Rivera riu.
– Você tem sorte de ser nova garota. – disse Corea.
A invocadora carregava uma única arma, esta era enorme e com uma espécie de tanque nas costas, dividido em quatro partes que ela controlava com quatro botões coloridos.
– Por quê? – Rivera perguntou.
– Pode entender de sereias, mas hoje vai ver como lidamos com vampiros do mal. – disse Corea. – Caso queira saber, sou uma híbrida de invocador. Também sou invocadora de dragões. Meu pai morreu para fazer contrato com um vampiro. Puro fanatismo.
– Vamos logo à batalha, por favor. – Gillis protestou. – Sabemos que sua história é incrível Corea, mas não é hora.
Gillis carregava um arco com flechas de pontas de diferentes cores, as quatro que tínhamos ali. Seu cabelo tampava um pouco o rosto e ele parecia com sono.
Saímos do casarão junto com o grupo de Jasper. Em completo silêncio, apenas com o vento uivando. Esperávamos que fosse mesmo apenas o vento.
Não éramos caçadores como estava parecendo. Éramos invocadores de criaturas prontos para proteger a outra face da moeda. Os humanos. Proteger os humanos das criaturas.
Caminhamos para a cidade, deixando o outro grupo na estrada. Fazia frio e a lua estava cheia e um pouco azulada. Corea olhou para cima e sorriu.
– Essas desgraçadas vão ver. – disse a invocadora.
O rugido que veio depois, saiu da boca de Corea repleto de fogo. O medalhão que ela carregava no pescoço tinha duas cores, metade vermelho e a outra metade verde. Foi a metade verde que naquele momento brilhou intensamente.
– São vampiros, lembre-se disso Corea. – disse Gaspar.
– Eu sei. – Corea respondeu.
Chegamos ao centro da cidade mais rápido do que pensávamos que podíamos. A praça da cidade não era tão pequena como eu lembrava. O lago refletia a luz que vinha do céu. Aquilo parecia irritar a todos nós. Fechei os punhos. De onde vinha todo aquele medo e repulsa?
– Depois de derrotar o vampiro, vamos teletransporta-lo para o casarão onde Rhodes e o pessoal o mandarão para a dimensão dele. Espero que não sofremos acidentes. – disse Gaspar. – Se um humano ver algo, digam apenas a palavra Silêncio. Espero que tenham entendido.
– Que comece a batalha vermelha. – disse Corea disparando um sinalizador para o céu.
As sombras pareciam começar a se mexer. O frio se intensificou e eu me auto intitulei burro por não ter pegado um casaco. As lojas ali em volta estavam fechadas, mas todos possuíam câmeras e eu me perguntei o que veriam no dia anterior e se isso poderia as transformar em lacaios cinza. Balancei a cabeça. Isso não importava para mim.
O barulho do balançar de asas nos fez levarmos um pequeno susto, mas nada que poderia nos prejudicar. Respirei fundo e preparei a arma. Imobilizar era a primeira coisa a fazer ou tentar.
Dentro do lago o vampiro pousou. Os olhos não brilhavam fogo como o comum. Estávamos tão negros quanto os de Valentina. Deixando mais uma pista que Yves adorará saber. Suas garras estavam sujas de sangue, o que fez Gaspar balançar a cabeça negativamente.
– Espero que não seja sangue humano. – disse Corea. – Se não Drácula perderá um de seus servos.
Gillis disparou uma de suas flechas vermelhas, mas o vampiro foi rápido o suficiente e balançou suas asas, fazendo a flecha retornar.
Corea a segurou rapidamente. Mostrando seu incrível reflexo.
– Isso eu herdei dos vampiros. – disse Corea.
Ela girou todo o seu corpo e lançou a flecha em direção aos vampiros. Mas novamente nada aconteceu.
– Ainda precisa treinar. – disse Rivera para Gillis e em seguida atirando contra o vampiro a gosma vermelha que o atingiu facilmente.
– Para uma invocadora de sereias até que você é boa com vampiros. – disse Corea, mas Rivera ignorou.
Gaspar caminhou até o vampiro que estava preso nos pés e na perna com a gosma. Mantendo-o preso ao chão e sem poder abrir as asas. O invocador tirou uma pedra transparente do bolso e a pressionou contra a cabeça do vampiro, que mesmo assim tentou mordê-lo. Gaspar saiu ileso e o vampiro sumiu.
– Ponto para a invocadora gostosa. – disse Rivera
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