Memorias de Guerra - Interativa escrita por Capitu


Capítulo 4
IV - Cemiterio de Borboletas


Notas iniciais do capítulo

Genteee perdões, mil perdões. Precisava de mais uma ficha para completar o capitulo ai apareceu essa semana corri para atualizar a fic, amanhã colocarei a foto, quis postar logo hj e tals ♥



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"Mostre-me um herói e eu escreverei uma tragédia. - F. Scott Fitzgerald"

Gosto sempre de contar duas versões de uma mesma história, as vezes elas se completam pelas cidades de Razza.

A televisão ligada passava um programa antes da primeira explosão ser ouvida, Willian Hunter assistia “Cosmos”, quando deu um pulo do sofá derrubando seu copo de vinho no chão, levantou-se e correu até o botão para acionar a proteção da grande mansão que vivia com seus pais.

A explosão desconhecida foi alta o suficiente para não ser uma mina escondida pelo terreno da Cupula de Myrth. As atitudes de Willian sempre foram calculadas, no mundo atua que vivemos isso é bom, muito bom.

Willian pegou seu comunicador – objeto adquirido somente pelos mais ricos de todo império – encostou seu dedo na tela fina de vidro e uma tela de vídeo se projeta em sua frente, o rapaz cria uma conferencia com os Corvos, porém nenhum Corvo se anuncia, era a primeira vez em anos que Myrth estava em apuros.

Willian então liga para Milla, sua namorada, uma moça de cabelos loiros platinados e com uma mecha branca de nascença aparece como um holograma na sua frente, ela esta encolhida no chão de um quarto, sua maquiagem preta escorre pelos olhos.

– Will... O que está acontecendo? – ela soluça alguma vezes ao falar.

– Amor, esta tudo bem... Eu irei ai te buscar, agora me diga onde estão o Tom e a Lisa?

– Meus pais? Eu não sei... minha mãe saiu antes das explosões, e... meu pai está na sede de Myrth com o Imperador, não... vá... para... pa... l.. á... – o holograma falha e a garota some.

– Milla! – Willian coloca o comunicador no bolso.

Apesar de estrategista, Willian não pensou muito no que estava acontecendo, desarmou a segurança da casa e correu pela rua, a falta de ar começava a arder seus pulmões, a asma estava atacando novamente, não podia parar para respirar e descansar, as ruas pegavam fogo e tiros eram ouvidos por todos os lados, mesmo assim Willian foi obrigado a parar, colocou as mãos nos joelho e tentou respirar, suas pernas tremiam e suor pingava pela sua testa.

Uma segunda bomba foi jogada assim que Will começou a correr, o impulso da explosão o jogou para longe, o fazendo bater as costas do visor de um carro, o vidro se estilhaçou nas costas do rapaz machucando-o, Willian ficou inconsciente por alguns instantes antes de começar a correr novamente.

Milla possivelmente continuava a chorar no quarto, sempre odiei gente fraca, mas não a culpo de verdade, ela sempre aproveitou todos os benefícios da sua posição e nunca se preocupou em estudar ou ao menos treinar. Não se vive em Razza sem saber se proteger.

Willian sentiu o sangue escorrer molhando sua camisa de vermelho, soltou um urro de dor e continuou a correr pelas ruas torcendo para que Milla estivesse viva, ao chegar na grande mansão de Milla, observou que estava totalmente desprotegida, correu pelos corredores da casa gritando o nome da garota, ouviu um grito vindo do subsolo e desceu as escadas as pressas, e não acreditou no que viu.

Uma criatura parecida com um homem estava ali parada na frente de Milla, seu grande corpo se projetava para frente da garota, havia feridas de radioatividade pelo seu corpo , era possível ver os músculos pela ferida aberta em seu braço esquerdo, de sua boca escorria uma baba negra que pingava pelo chão, havia uma deformidade em sua cabeça e seus olhos era totalmente negros.

Ao analisar a criatura Willian notou que ela era cega, fazia estalos com a língua para escutar, Willian olhou para Milla e levou os dedos aos lábios em sinal de silencio, a garota assentiu, Willian pegou a cadeira e quebrou fazendo uma estaca, a criatura virou-se e soltou um estalo e jogou imediatamente o corpo pesado em cima de Willian que caiu para trás, Milla gritou – pior erro da garota – a criatura virou-se e ergueu a garota pelo pescoço os pés de Milla se balançavam, Willian olhou para os olhos azuis da namorada e atacou, foi rapido o bastante para matar a criatura, mas não para salvar Milla.

Poderia descrever como ela morreu, mas Willian não me contou, preferiu guardar segredo. Respeitei, não disse nada, não abre um sorriso pela garota ter merecido, apenas abaixei a cabeça e sussurrei “sinto muito”.

As bombas continuam a cair explodindo e destruindo cada simples cúpula das Ilhas de Pedra, eu diria que eu a vi correndo pelos corredores das Ilhas de Pedra, ela também me viu, achei que ela iria morrer e ela também achou o mesmo de mim.

A primeira bomba caiu na parte leste das Ilhas de Pedra, estávamos longe demais quando alerta soou, sempre observei Evangeline, pensei em algumas vezes em falar com ela, ouvi seu apelido algumas vezes... Angel.

Angel estava a algumas pessoas na minha frente, estava irritada, seu rosto estava vermelho e seus olhos azuis emanavam raiva enquanto um rapaz bagunçava seu cabelo preto, ela era alguns centímetros menor que ele, eu observava as pessoas da minha cidade como se fossem nadas, não gostava de ficar sozinha, mas também não gostava das pessoas de lá, eu tinha a impressão que ela pensava o mesmo.

A primeira bomba caiu e estilhaços de metais se espalharam pelas ruas, Angel se jogou no chão e o rapaz fez o mesmo, fiquei parada observando as pessoas morrerem ao meu redor, até sentir uma mão quente segurar meu pulso e me ajudar a correr, Angel havia me puxado corremos na mesma direção enquanto bombas caiam, o rapaz que corria a nossa frente havia parado de repente sangue brotava de sua barriga ele cuspia sangue. Angel parou olhando para o homem a sua frente morrendo, a garota estava muito assustada para se mover e lagrimas desciam pelo seu rosto, me perguntei qual a sua reação com o rapaz, notei que a nossa frente ondas de calor se formavam próximo ao corpo do rapaz, ele se levantou e nos olhou com os olhos brancos e sangrentos.

– Rony? – Angel se aproximou.

Ele não era mais um ser humano, era um monstro.

A criatura que uma vez foi Rony, acertou Angel fazendo-a cair no chão próximo a mim, ele olhou para mim e arrastou-se em minha direção. Angel se levantou e correu me puxando, talvez porque sua adrenalina pulsasse em seu sangue, eu não tinha forças para continuar, Angel corria por mim e por ela, ela era mais forte e mais alta que eu, pulou em um carro em movimento dos Corvos, eu não consegui, fiquei para trás.

Admirei-a a partir daquele dia... pensei que nunca a veria novamente, eu estava errada.


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Notas finais do capítulo

Me perdoe por qualquer erro amores, n deu tempo de consertar e revisar quis atualizar logo. Então beijos e espero que tenham gostado