Os Filhos do Olimpo e Os Artefatos de Hermes escrita por LordPoseidonXx


Capítulo 4
Dispersão




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Lá estavam eles, os cinco em cima da mesa, uma grande mesa na metalurgia de Hefesto.
Eles reluziam em bronze e dourado. Os ruídos continuavam ecoar por toda metalurgia. Todos os três se entreolharam, Hermes então, guardou-os dentro de uma caixa de ouro, e os três juntos, voltaram ao Olimpo.
Hefesto se jogou no lago, as náiades correram.
–Não as perturbe Hefesto - disse Hera.
Hera tem estado gentil com as náiades, mas acredite, ela não costuma adotar esse tipo de hábito.
–Eu não estou perturbando. Eu faço parte deste lugar - ele deu um sorriso irônico.
–Hefesto saia já daí.
Ele saiu completamente pelado, era um hábito dos deuses, mortais também.
Apolo riu, convencido de que batia dez à zero em Hefesto, ele se garantia, dos seus "atributos".
–Vista-se Hefesto, tenha o comportamento de um deus digno.
–Eu não sou digno pra você... Ou sou mamãe? Acho que não! Se fosse, você não teria me jogado do Olimpo.
Essa uma situação difícil para Hera, já que, ela era a deusa do casamento, matrimônio, união, seu dever no Olimpo era não haver conflitos, era manter a união entre os deuses. Hera parece completamente chata e inútil (com certeza chata), mas, sem ela, os deus já teriam se separado, e o mundo hoje, poderia ser um desastre.
–Hefesto...
Hermes não ficou pra ouvir a conversa, ele foi para a Sala dos Tronos, ele não aguentava mais ouvir a voz de Hera.
Ele colocou a caixa sob seu trono, ali ficaria bem guardado, pelo menos, é o que ele achava.
Ele já estava atrasado, o frio ainda corria por seu corpo, mas ele tinha muito trabalho, principalmente na transição de almas ao mundo inferior.
Foi isso que ele fez.
A briga de Hefesto e Hera, ainda continuava, mas eles estavam no jardim, bem no fundo do Olimpo.
Apolo sentou na beira do Olimpo, com as pernas sentindo as nuvens... Era bom parar e observar, ele via a imensidão, imaginava como deveria ser um mortal, ele se perguntava se todos os deus pensavam isso. A vida de um deus é bom, mas essa rotina, de correr os céus na sua carruagem em chamas, e iluminar o dia... Ele sentia saudade de desafios...
Todos os pensamentos vieram à tona, e ele se sentia sozinho novamente. Como se sentir sozinho, sendo o deus mais belo?
Ele se perguntava, mas, parecia que os outros se afastavam dele, por ser tão orgulhoso, acontecia com Afrodite às vezes, mas ela tinha persuasão, e é muito mais fácil de lidar com isso.
A maioria dos deuses tinham medo dele, já que além de ser o deus, do sol, música, poesia, medicina, ele também era o deus, da maldição, da praga, e quando Apolo se enfurecia, poucos conseguiam o acalmar.
Ele também não ficava melhor com Hera por perto, ela não gostava dele, pelo simples fato de Apolo ser filho de Zeus com outra. E ela não suportava o fato de existir uma "outra".
"É ruim se sentir assim, não é mesmo?" uma voz sussurrou na sua mente.
Não havia nada em volta.
"Tão convencido, não consegue controlar a própria força, uma ameaça ambulante, todos estão longe de você, você faz todos os outros se sentirem rebaixados, todos querem distância, dessa criatura que mesmo linda é horrenda"
–Quem é você! Pare de sussurrar isso! Saia já daqui! - ele gritou e apertou as têmporas.
"Oh, criança, é isso que eu faço, eu domino as mentes frágeis, e perfuro cada lembrança"
–Saia já! - sua cabeça doeu, era como se estivessem se apossando do seu corpo, várias lágrimas de horror caíram.
"Porquê não explode agora? E ataca o nada? Não é isso que você faz? Você destrói vidas inocentes, destrói os sonhos! E depois fala que Hades, Ares, Tânatos, eles são a destruição e a morte. Olhe pra você querido imortal"
–Saiaaa - ele se contorceu e soou frio.
"Eu sou a destruição querido, eu entro nas mentes, e domino cada pedacinho, sou o seu terror, sou o terror dos deuses, me diga, você está tremendo de medo, não é?"
Ele se sentiu tonto, e não sabia por onde andava, sua visão ficou turva, mas a voz, lhe dava instruções.
"Você está indo bem, vamos, destrua mais um sonho"
Então Apolo pegou a caixa de ouro, e a levou à beira do Olimpo.
Ele chorava de terror, não controlava suas próprias ações, estava sob controle de uma voz.
Cada músculo tremia, ele continuava soando frio, seus olhos estavam negros, ele não via nada mais que a escuridão.
As nuvens serpenteavam o céu, o vento frio deixava-o pior, poucas coisas deixavam Apolo apavorado.
Ele abriu a caixa, e tirou todos os Artefatos de dentro.
"Muito bem querido, termine o combinado"
Apolo então, pegou o primeiro, e o atirou Olimpo abaixo.
A voz riu dentro da sua cabeça, uma risada como um eco na escuridão.
Ele atirou o segundo. E cada um foi para uma direção diferente.
O terceiro. Eles faziam um barulho terrível quando eram jogados, como um metal pesado sendo arrastado e caindo num poço fundo.
O quarto. O quinto.
Todos foram abaixo.
A voz riu novamente.
"Muito bem querido"
Então, Apolo acordou de seu pesadelo, nada de voz, uma caixa vazia, os objetos desabando pelo céu.
Hermes se enfureceu ao saber, mas, graças à Hera, eles não brigaram.
Os Artefatos foram perdidos.
Agora, iremos avançar um pouco, dos tempos antigos, ao século XXI, e lá, vivia Katherine.


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