Only walls know escrita por Lore Olivert, Carol Pinheiro


Capítulo 31
2 Temporada - Visitas


Notas iniciais do capítulo

Hi Guys ♥ Começa hoje a segunda temporada de OWK. O próximo capitulo vai demorar um pouquinho para sair já que eu vou viajar pra um lugar sem internet e só volto no final de janeiro. Eu tive uma enorme dificuldade pra escrever esse capitulo por culpa do bloqueio, então eu particularmente não gostei muito dele.

Mas mesmo assim, espero que vocês gostem ♥ Tenho coisas muito legais planejadas pro próximo capitulo!

Beijinhos e BOA LEITURA ♥ Leiam notas finais, serio.



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Elena Pov:

 

   4 meses! E em todos os dias desses longos e dolorosos 4 meses que me encontro trancada nessa droga de lugar, todas as vezes que a carcereira me avisa que tem visita uma sensação bem parecida com a angustia sobe pela minha garganta. Uma parte de mim queria que fosse o, Damon. Queria vê-lo. E a outra parte, desejava ardentemente ter uma arma para dar um tiro na fuça dele.

   Entretanto, todas as minhas visitas se resumiam a minha mãe, Alaric, Giuseppe e Lily. A minha ex-sogra dava um jeito de passar alguns “presentinhos” pela segurança sem que o Damon soubesse. Eu tenho pena dela, muita mesmo. Lily está mais acabada do que nunca, parece está tendo problemas em dobro, mas ela nunca fala sobre o filho, e eu também nunca perguntei.

   O máximo que já perguntei foi que ele estava tratando bem o Chris. Eu sinto tanta falta do meu pequeno, eu o amo. Sorri colocando a mão na minha barriga que já estava bem grandinha, sorte que as roupas desse lugar são bem grandes, eu sempre pego tamanho “G” só por precaução. Engatinhei até o canto da minha cela ignorando os murmurinhos e gritos de outras detentas. Me abaixei com cuidado e descobri uma caixa que ficava perto de uma espécie de vaso sanitário.

   Meus dedos deslizaram entre alguns lençóis de seda que Lily me trouxe mês passado e foram na direção de uma imagem. O meu ultrassom. Eu fiz amizade com um médico, o nome dele era Steven, ele tinha quedinha por mim, e era a única pessoa nesse lugar que sabia da minha gravidez, claro, depois da Caroline.

   Steven foi demitido a algumas semanas por ter transado com umas das detentas, o que eu duvido que seja verdade. Ele me levou para uma sala dias antes de ser demitido, onde tinha alguns aparelhos médicos, ele fez alguns exames em sigilo, entre eles, o ultrassom. Quando cheguei me surpreendi pela quantidade de mulheres gravidas que tem nesse lugar, e a maioria infelizmente, fuma descaradamente.

   Eu fiz amizade com Megan, ela era uma ex-namorada de um traficante, chegou aqui a uns três meses quando foi condenada a 60 anos de prisão por homicídio que ela jura não ter cometido. E de certa forma eu acredito nela.

   Acariciei a fotografia com carinho, essa é a primeira imagem do meu bebê. “Me fode, seu gostoso! ” Gritou uma das detentas e as outras gritaram juntos. Ora, parece que elas não estão gritando por qualquer coisa “Que belos olhos você tem! ”. Afundei a imagem na caixa, a colocando dentro dos lençóis. De repente todas as detentas pararam de gritar, franzi o censo, isso não costuma acontecer. Quando me virei, ele estava lá, parado, me analisando.

   Damon estava com um dos braços apoiado na minha cela e a carcereira olhava descaradamente para a sua bunda. Senti uma vontade imensa de colocar a mão na minha barriga pra proteger o meu bebê, impedi que o pai dele o machuque, como fez com a sua amante e o seu primeiro filho. Mas apenas engoli seco, coloca a mão na barriga deixaria claro o que tem ali dentro.

   Isso vem me deixando cada vez mais frustrada, eu tenho a oportunidade perfeita de falar na cara dele que estou gravida, mas eu não consigo! Eu tenho medo da reação dele, e também tenho medo de continuar aqui, não quero que ele nasça numa droga de uma cela. Sozinho, só eu, ele, e umas detentas gritando.

   — Você tem visita, mocinha — Falou a carcereira abrindo a minha cela. Minha pernas bambearam levemente mas mesmo assim eu consegui levantar. Damon entrou na cela e me encarou intensamente.

   — Onde está o meu advogado? — Perguntei seca.

   — Não será preciso a presença do seu advogado — Respondeu se retirando. Damon me encarou de cima a baixo, vendo aquelas roupas laranja gigantes, e encardidas no meu corpo.

   — Nossa, você anda se alimentando bem em? — Deu um meio sorriso tentando ser simpático. Engoli seco, meu rosto estava um pouco gordinho, assim como as minhas mãos, mas ele não tem como saber.

   — O que você quer aqui? Vai embora! — As detentas assistiam a cena. Acho que essa é a coisa mais próxima que elas terão de um romance mexicano. Damon engoliu seco.

   — Eu vim lhe dar a chance de se desculpar — Ri sem humor escarnio — Já está tudo preparado peça desculpas, e você e a Caroline estarão fora desse lugar em meia hora.

   — Acha que é assim que as coisas funcionam? Qual é o seu problema?!

   — Meu problema é que eu sou trouxa. A prova disso é que eu estou aqui tentando te ajudar! — Novamente, ri.

   — Supondo que eu peça desculpas, você me tira desse lugar e quais serão os termos para isso? — Cruzei os braços em sinal de ataque. Nenhuma das detentas davam um piu, elas estavam amando isso.

   — Chris precisa de uma mãe! — Falou sério.

   — Você quer me odiar? Odeie! Você tem esse direito! — Ele se aproximou e eu não recuei — Dormiremos em quartos separado, você nem precisa olhar na minha cara! Mas por favor, o Chris sente a sua falta, ele sente falta do Alef! — Me coração apertou, Damon sabia como me atingir — Ele sente a falta da mãe, ele pergunta por você todos os dias. Pergunta se você se esquece dele, assim como os pais fizeram!

   — Para — Coloquei as mãos nos meus ouvidos — Pare de tentar me manipular! Usar o Chris para isso é baixo até para você!

   Damon sabia que o Chris era tudo o que me preocupava no momento. Como ele deve estar lidando com tudo isso?! Ele é só uma criança. Bufei revirando os olhos, maldita hora que eu aceitei essa droga de contrato! Essa é a primeira vez em muito tempo que eu admito isso, eu odeio esse contrato, mas lá no fundo, eu o assinaria novamente se fosse preciso.

   Porque caso eu não assinasse, Liz seria devorada pelo câncer. E eu não poderia deixar isso acontecer! Eu sinto falta da Care, estamos em celas separadas. Da última vez que eu a vi, ela estava traficando gloss, um presentinho de Lily. Não me surpreenderia se ela resolvesse fazer uma rebelião. Damon soube muito bem mexer os pauzinhos...Todo mundo pensar que eu e a Care estamos no caribe. Quem me dera.

   — Elena — Ele estalou um dos dedos na minha frente e tocou no meu braço. Recuei para trás bruscamente — Você não precisa aceitar agora — Ele se aproximou e eu recuei, e ele continuou a investi. Tanto que me prensou na parede, prendi o ar. Senti o meu bebê chutar. Damon se aproximou e meus lábios se entreabriram — Deus, você não tem ideia de quanta falta eu sinto de você — Suas pupilas dilataram, novamente o bebê chutou. Ele mordeu o lábio inferior — Sinto tanta falta da sua boca.

   Ele se aproximou e os seus lábios tocaram os meus levemente e as dententas começaram a gritar e a aplaudir. Isso teve uma reação contraria em mim, que me despertei e o empurrei.

   — Vai embora! — O Empurrei e peguei a minha almofada jogando nele, Damon se desviou e tropeçou, mas não chegou a cair — Seu descarado! Sai daqui!

   Ele saiu da cela e a carcereira veio correndo fecha-la. Meus olhos estavam cheios de lagrimas mas eu me recusei a derrama-las.

   — Pense bem, Elena. Você tem a chance de sair daqui, e levar a Caroline com você, basta pedi desculpas — Lhe mandei o dedo do meio — Quando estiver preparada, você pode me contatar! Eu te tirarei daqui na hora.

   Ele se virou e saiu, e as detentas se entreolharam.

   — Porque você não agarra logo esse homem? Ele é louquinho por você? — Perguntou Mandy a garota da cela ao lado. Não tinha mais de 19 anos, foi presa por roubo à mão armada e foi condenada a 5 anos.

   — Porque ele não é um bom homem.

   — Deixa eu te contar uma coisa garota — Falou a mulher da cela a frente, ela nunca tinha falado comigo e tinha uma má reputação. — Não existi bons homens.

   Inacreditável eu sorri.

   — Aceita a oferta dele — Deu uma piscadela — Você não vai querer que o seu bebê nasça aqui.

   Corei fortemente na hora e as outras mulheres começaram a murmura incrédulas. Como ela sabia?

   — O quê? — Deu de ombros — Eu pari 9 filhos, reconheço uma mulher prenha a 1 quilometro de distância. Não se preocupe, nenhuma das garotas vai falar o seu segredo — Ela olhou de forma ameaçadora para as outras mulheres sorri agradecida.

   — Obrigada.

   Como diz o livro, o pequeno príncipe “Você é responsável por aquilo que cativas”, e na vida sempre pareceu que eu só cativei dor e sofrimento, e inacreditavelmente depois de tantas vezes me questionar se em algum momento dessa vida miserável eu vou ter paz e um riso sincero, essas mulheres surpreende mente me tiraram várias gargalhadas ao reclamarem da falta do seu vibrador


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Notas finais do capítulo

Leiam notas iniciais ♥

Tem muitas coisas para acontecer nessa temporada! Muitas coisas mesmo! Você diram adeus a alguns personagens queridos e olá a novos. Novos casais se formaram e novos momentos fofos aconteceram ♥ Vai aparece um casal MUITOOOOO inesperado, adivinhem quem é.

Comentem, favoritem e até mesmo recomendem, eu estou disposta a tira as duvidas de vocês, também estou mega aberta a sugestões e etc ♥ Até amores...



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