DAMON POV:

Quando as pessoas dizem que nossas vidas passam diante de nossos olhos antes de morrer, saibam que elas não estão mentindo. Claro que eu não vou morrer, ao menos não agora. Mas está aqui, nesse lugar, de novo, é quase a mesma coisa que parti. Eu suava frio e minhas pernas tremiam, só de lembrar de como foi minha última e desastrosa passagem por esse inferno, aqueles capangas filhos da puta me surrando sem dó nem piedade...

Quando chegamos, eu não fui levado de novo para a "masmorra", "cela", sei lá o nome daquilo, eles me levaram até uma especie de sala de interrogatoria e me deixaram trancado lá por quase 40 minutos. Tenho certeza de que fizeram isso de proposito, só pra me deixar mais nervoso. Até que finalmente o "Poderoso chefão" apareceu.

— Como foi a sua recepção, Damon? Os seguranças foram gentis com você? — Perguntou debochado. Colocando a sua bengala em cima da mesa branca e gelada, a qual eu estava apoiado.

— Nickolai porfavor, me deixe sair daqui, podemos fazer outro acorod, me dê um pouco mais de tempo — Podem me chamar de froxo se quiser, mas a essa altura do campeonato, eu beijaria os pés dele se necessario!

— Você é um imprestável mesmo! — Ele aproximou-se dando um tapa na minha cabeça, como se eu fosse um menino mimado —Mesmo que eu te desse outra chance você nunca poderia engravidar a Elena!

Aquilo foi como um soco no estômago, me retorci na cadeira. Tomando uma posse ameaçadora.

— Do que você esta falando Nickolai? Enlouqueceu?

— Não! Quem estava louco foi o Giuseppe quando te colocou no mundo, porque eu nunca vi tanta inutilidade em uma só pessoa — Fez uma pausa pra recuperar o ar e continuou falando, achei melhor não me pronunciar. — Me responsa gênio , como pretendia engravidar a Elena, tomando altas doses de Anticoncepsional na adolêscencia e ainda agora, para não engravidar nenhuma das suas putinhas, em?

Franzi o censo um pouco confuso. Olhei para as minhas mãos, estavam vermelhas assim como o meu rosto. Eu busquei nas minhas lembranças mais profundas algum sinal de que aquilo era verdade. Mas só pequenos fragrimentos vinheram na minha cabeça. Lily falando comigo a uns 10 anos atrás sobre como era administrado o anticoncepsional e que eu deveria dizer aos médicos quando deveria ser colocado no meu organismos.

Ai meu Deus! Isso explica tudo. O porque de eu não consegui engravidar a Elena depois de tantas e prazerosas tentativas! Mas...

— Eu tomo o anticoncepsional a tantos anos! Ele não falharia — Murmurei levantando o rosto, Nickolai estava parada na minha frente, sua boca estava esticada e suas expressões eram severas — Mas a Jessica estava grávida. — Ele engoliu seco — Aquela criança não era minha!

— Humm — Ele deu de ombros.

— Aquela piranha tentou me dar o golpe da barriga — Soquei a mesa — Você ficou "responsavel" — Fiz aspas no ar — por ela durante um tempo, quando a Lily nós proibiu de se encontrar! VOCÊ ERA O PAI DAQUELA CRIANÇA, NÃO EU — Me levantei com força fazendo a cadeira em que eu estava sentada tomba pra trás — VOCÊ MATOU O SEU FILHO, NÃO EU!

— Abaixe o seu tom de voz para falar comigo seu moleque! — Falou com desprezo.

— Não! EU NUNCA MAIS VOU ABAIXAR A CABEÇA PRA VOCÊ! — Minha perna estava algemada ligada a parede como naquele filme, jogos mortais — VOCÊ ESCONDEU ISSO DURANTE TODOS ESSES ANOS PORQUE SÉRIA MAIS FACIL PRA VOCÊ LIDAR COM A CULPA! OU MELHOR, NÃO LIDA! VOCÊ JOGOU ISSO PRA CIMA DE MIM! ENGRAVIDOU A MINHA AMANTE E FEZ EU PENSAR QUE AQUELA CRIANÇA ERA MINHA E POR ÚLTIMO, AINDA A MATOU, PRA EU CONVIVER COM A CULPA. VOCÊ É UM FILHO DA PUTA! O QUE ACHA QUE TODOS IRAM DIZER QUANDO SOUBER O QUE VOCÊ FEZ? EM? APLAUDIR? E OS JORNALISTAS? ELES VÃO AMAR ISSO!

— Hahahaha Damon, você me subestima! Acha mesmo que eu vou cair sozinho? — Ele se aproximou mais — EU? NICKOLAI SALVATORE?! — Ele apontou para sí próprio — QUANTAS VEZES EU VOU TER QUE REPETI QUE VOCÊ NÃO PODE CONTRAR MIM? NINGUÉM PODE! NÃO SE VENCE O CRIADOR DO JOGO!

— A Vida da minha família, não é um jogo para satisfazer os seus ataque de sociopatia! — Respirei fundo. Não vou me rebaixar tanto.

— Que família? — Ele riu debochadamente — O Seu papai adultero? Ele é meu filho, aprendeu direitinho comigo, sabia que você não é filho único, virou moda na familia Salvatore, ter filhos bastardos em segredo! — Arregalei os olhos. É mentira, é mentira, é mentira. Ele é um mentiroso, não posso deixar ele me antigir — A Sua mamãe? Não se esqueça que ela te mandou pra esse lugar! — Minhas pernas tremiam, e eu acabei perdendo o equilibrio, caindo no chão, a minha visão estava turva, eu tinha falta de ar e meu peito doía. Eu sentia Nickolai se aproximar mais — Elena? Humm, essa deve esta bem longe agora! Deve ter abandonado você depois que a Eda falou sobre o seu caso com a Jessi e sobre o assassinato!

Meu corpo parecia esta tomando choques eletricos

— Você não tem ninguém, Damon! NINGUÉM! Agora? Vamos nos diverti!

ALEF POV:

O telefone estava dando sem sinal, eu não conseguia me conectar com mais ninguém. Nem com a Elena. Ela só estava nervosa, estava precisando de mim...Se eu explicasse o que esta acontecessendo! Céus! Eu sou um babaca! E ainda tem Chris...Desabotoeei o meu cinto de segurança me levantando e andando até a cabini do comandante.

— Já estamos chegando? — Perguntei, o co-piloto se virou na minha direção e disse: — Ainda falta uma hora, sente-se porfavor, vamos passar por uma turbulência.

Assenti voltando para o meu lugar, mas não me sentei. Meus pésforam involuntariamente na direção do corpo de Maya, ela estava em um caixão que tinha uma especie de refrigeração que impedia a decomposição do corpo. Ela morreu hoje pela manhã, eu estou levando o corpo para a família dela na Horlanda. A mãe dela não gosta muito de mim e mandou eu mandar o corpo, mas, ela é a mãe do meu filho, eu preciso está lá prestando as condolências, me despedindo. Nossas relacionamento não foi do melhor. Mas isso é o minimo que eu posso fazer.

Deixei Chris nos Estados Unidos com a babá, e aluguei um avião. Saiu mais caro do que eu tinha imaginado, obvio que eu poderia mandar um corpo por um avião normal, mas eu preciso preserva a memoria da Maya.

O Avião sacolejou levemente, e eu ouvi uns pequeno alvoroço dentro da cabine, andei até lá. O Piloto e o Co-piloto estavam amarrando o seu cinto, os botões de controle não paravam de piscar.

— O que esta acontecendo? — O nome emergência piscava no alto.

— Sente-se Senhor, coloque a mascara de oxigênio e reze — Disse o Co-Piloto, ele era magro, tinha olheiras profundas. Olhei para trás, tinhas máscaras de oxigênio saindo do teto, o avião chacoalhava. Olhei para o canto da cabine, tinham dois corpos masculinos e despidos ali, e logo em seguida, voltei a olhar para o piloto e para o seu ajudante.

— Quem são vocês? Por favor, parem, eu tenho um filho pequeno! — Disse, outra chacoalhada. O Suposto Piloto tirou uma arma do bolso e apontou na minha direção, só que o avião chacoalhou e ela foi parar no chão. Fechei a porta com força, voltando para a minha cadeira. Ao lado luzes piscavam o nome "Emergência" e uma voz feminina e mecanizada mandava eu aperta o cinto de segurança. Eu fiz o que ela mandava. Segui toda as instruções.

Eu não conseguia pensar. Tentei formula qualquer coisa mas nada vinha a minha cabeça. Eu só me lembrava de Maya nos seus ultimos momentos me pedindo para não ficar com a Elena, do último beijo que eu dei em Chris antes de entrega-ló para a babá, e da forma como a Elena parecia exaltada no telefone. O avião sacodia, eu ouvi um barulho na trasseira, e ao olhar pela janela vi que uma das asas estava pegando fogo e que estavamos caindo.

Depois tudo simplesmente acabou.

ELENA POV: Três dias depois

Eu fiz questão de chegar em casa antes do sol nascer, coisa que eu não faço a 3 dias! Uma das empregadas veio correndo na minha direção assim que eu passei pela porta. Ela olhou para as minhas roupas, perguntou o que tinha acontecido, se eu estava bem, ela ligou para o médico da família e logo em seguida para o Giuseppe.

Me levou para o banheiro para me dar banho, eu estava fedendo horrores. Meu cabelo estava emgundado e tinhas olheiras estavam profundas. Quando eu sai do chuveiro, Giuseppe já tinha chegado com o médico. Eu estava deitada na cama sendo examinada, quando virei o meu rosto vi que tinha acabado de dar 6 horas da manhã. E Damon ainda não tinha chegado!

O Médico deixou alguns remédio parar dor e coisas semelhantes, eu me recusei a fazer exame de sangue para não correr o risco da minha grávidez ser descoberta. Giuseppe estava sentado na poltrona me olhando com cara de preocupado.

— Elena, o que exatamente aconteceu? — Perguntou apoiando o seu rosto na mão. Eu olhava para o teto, quase em estado catatônico. Ele suspirou, se levantou e veio na minha direção, sentou ao meu lado na cama e pegou a minha mão.

— Você não deu sinal de vida a 3 dias! — Ele pegou a minha mão — Damon saiu a duas horas da casa do Nickolai, foi levado ao hospital, o médico sugeriu que ele fique alguns dias lá. A situação dele é grave e delicada, ele quase teve um enfarto, e teve uma pequena hemorragia, Lily esta com ele.

2 Dias depois

Giuseppe foi maravilhoso comigo nos últimos dias, esteve comigo em todo o momento. Me aconselhou e coisas do gênero, por algum tempo, eu me esqueci totalmente dos meus problemas. Mas eles voltaram assim que Damon passou por aquela porta. Ele estava na cadeira de rodas, não vai poder andar por algumas semanas, seu braço estava literalmente quebrado, seu rosto tinha hematomas. Uma equipe médica vai ficar aqui por algumas semanas, monitorando o coração dele. Se ele tiver algum.

Eu simplesmente não conseguia olhar muito tempo pra ele. Ele estava tão arrogante, os médicos disseram que é por culpa do remédio que ele anda tomando, ele causa uma grande alteração no humor dos paciêntes.

Estava eu, Giuseppe, Damon e Lily, perto da piscina. Recebemos a visita de alguns parentes, como Enzo, Klaus, Caroline e até mesmo a do Elijah que foi muito amavel conosco. Eu pensei bastante enquanto conversava com a Caroline, ela já sabe sobre a Jessica.

— Quando você iria me contar sobre o seu filho bastardo em papai? — Essa foi a primeira coisa que Damon disse em 2 dias, ele chegou tem quase uma semana. O que ele disse nós pegou de surpresa. Ele descobriu!

— Damon? — Lily se levantou puxando a cadeira para mais perto — Do que você esta falando?

— Sobre o filho bastardo desse dai — Ele olhou com asco para o Giuseppe — Ou vai dizer que é mentira? Eu ouvi da boca do próprio Nickolai!

Engoli seco. Ele se virou para mim.

— E Você em Elena? Não falou comigo desde que cheguei, só fica se arrastando pelos cantos como uma rata! Tem alguma coisa para me pergunta?

— Não quero te pergunta nada, — Minhas mãos tremeram levemente — Só quero te dizer que já liguei para o meu advogado, ele já deu entrada no nosso processo de divorcio.

Todos olharam fixamente para mim, principalmente as empregadas. Fofoqueiras!

— Elena — Murmurou Lily quase incrédula.

— Eu vou querer o divorcio, não aguento nem mais olhar para você depois que soube da Jessica! Você é um monstro, Damon! Como pôde matar o seu próprio filho?! — Minha garganta secou. Eu vou ser mãe, de uma criança dele! — Você não tem direito nenhum de julgar o seu pai! É um hipocrita!

— Elena! — Lily me repreendeu. — Giuseppe, discutiremos sobre isso mais tarde.

Damon mantinhas seus olhos fixos em mim, como se eu fosse uma pressa.

— Você não vai se divorcia! Você precisa de mim.

— Não preciso mais.

— Você só pode esta LOUCA! Por acaso esqueceu do nosso contrato? Se você pedi o divorcio, você e Caroline vão passar o resto das suas vidas morbidas na cadeia! OU VOCÊ TEM 4 BILHÕES DE DOLÁRES PARA ME INDENIZAR!?

— Eu prefiro passar o resto da minha vida na prissão do que continuar casada com um ser humano desprezivel como você!!!

Me levantei com raiva andando até a entrada da casa, mesmo com os chamados de Lily e Giuseppe. Eu ouvi Damon grita com uma empregada, mandar ela levar a cadeira dele, me seguindo.

— Elena, acalme-se — Pediu Lily — Tudo isso é um tremendo engano!

— Não, Lily, não é — Parei de andar bruscamente, me virando, Lily estava com os olhos arregalados em sinal de preocupação — Damon é uma pessoa terrivel. Eu vou embora!
— Elena não ouse sai por essa porta — Disse Damon assim que toquei a maçaneta. A Empregada estava atrás dele, empurrando a sua cadeira, e Giuseppe ao seu lado com as mãos no rosto como se estivesse chorando. — Ou eu vou manda-lá para a cadeia, você, e a Caroline.

Meu sangue ferveu mais ainda. Cansei das ameaças dele. Girei a maçaneta abrindo a porta. Tinha uma mulher parada quase apertando a campanhia, ela tinha uma mochila nas costa, era claramente mais nova que eu, talvez uns 19 anos, seu cabelo era loiro e ia até abaixo dos seios e seus olhos eram castanhos.

— Olá? — Disse, tinha mais 3 seguranças atrás dela. — Você é Elena Gilbert?

— Sim, sim! É a Titia Lena — Olhei para baixo vendo Chris, ele estava lindo. Sorri me abaixando e o pegando no colo, o dando um abraço apertando.

— Oi meu amor — Disse beijando a sua bochecha.

— Eu posso entrar Senhora? — Perguntou a moça na porta. Olhei para trás, Lily e Giuseppe estavam com expressões frias no rosto, Damon olhava fixamente para Chris.

— Oi Titio Simon! — Ele acenou para Damon, e pela primeira vez desde que voltou eu vi o meu ex-marido sorri. — Porque o Senhor esta sentado nessa cadeira?

— Eu sofri um acidente — Chris saiu do meu colo e correu até Damon, eu mandei a moça entrar.

— Eu sou a babá do Chris, será que eu posso conversa com a Senhora em particular? — Perguntou e eu assenti. Entreguei Chris a Lily e fui com Damon e a garota até o escritorio. — É que eu não sei o que fazer! O Senhor Alef foi levar o corpo da falecida Maya para...

— Falecida Maya? — Perguntei chocada.

— Sim, ela morreu tem mais de uma semana! — Minha boca abriu em um "O" perfeito — O Senhor Grimmes foi levar o corpo dela para a Horlanda no dia 23 — Arregalei os olhos foi exatamente no dia em que eu surtei e descobri toda a verdade.

— E Onde esta o Alef agora? — Perguntou Damon impaciente. Como ele pode ser tão incenssivel? Ok que eu e a Maya não nos demos bem, mas, mesmo assim...Ela era a mãe do Chris. Oh meu Deus! Aquela pobre criança.

A garota começou a chorar e a soluçar.

— Eu não sabia a uns três dias atrás, ele sumiu, não voltou mais, nem mesmo ligou para saber como o filho estava, eu não denunciei porque não queria incomoda até porque a esposa dele morreu. Mas isso não é a cara do Sr.Grimmers, eu cuido do Chris a 3 anos, e ele nunca deixo de ligar pra pergunta do filho! — Ela estava se tremendo, meu coração gelou — Eu liguei para denunciar, ai ontem uns homem dos governo veio dizer que o avião em que o Sr.Grimmers estava caiu no mar!!!

— ELE MORREU? — Perguntou Damon incrédulo.

— Essa é a questão, foi impossivel fazer o reconhecimento do DNA! Mas pela contagens dos corpos...O gorverno o colocou como uma pessoa morta — Minha visão estava turva — A Senhora esta bem? — Ela perguntou, Damon olhou para mim.

— Elena — Ele me chamou.

Eu desmaiei.

Isso já é tão repetitivo que já acordei revirando os olhos, e para o meu não-desespero, eu estava no quarto, e não em um hospital com médicos para todos os lados tirando o meu sangue. Quando olhei para o lado encontrei Damon, ele estava virado de costa, olhando pela janela. Me sentei na cama e senti a minha cabeça rodar levemente

— Sente-se melhor? — Perguntou.

— Não, cadê o Alef eu preciso falar com ele — Damon virou-se na sua cadeira de rodar.

— Ele está morto Elena, já foi oficializado! — Minha respiração se tornou mais dificil e complicada

— Você esta mentindo — Coloquei a mão na boca me sentando na cama e começando a chorar, minha mão foi discretamente até a barriga — Porfavor diga que é mentira, diga que é mentira, Damon!

— Deve ser horrivel perde o amante né, Lena? — Perguntou debochado — Pare de choramingar e faça algo de últil pela criança que precisa de uma nova familia no andar de baixo!

— O que esta tentando dizer Damon?!

— Eu vou adotar o Chris, Elena, vou ser o pai dele de todas as formas possiveis — Ele se aproximou mais ainda — Mas ele também vai precisar de uma mãe, e quero saber se você está dispostar a ser. Então, Elena, topa passar por isso comigo?