DAMON POV: 5 horas antes...

Preciso sair daqui, com a Elena. O mais rápido possivel. Antes que o Nickolai apareça aqui, mas, como me livrar de Senhor de idade que esta sempre a 10 passos a sua frente? Vê? Não tem como. Que tal um país diferente? Itália, não, não muito obvio. E a Salvatore Tecnology tem muitos negócios pela maioria da Europa! Ah, já sei, Austrália, a ST ainda esta se ampliando na Oceania.

Liguei para o meu agente de viajem e pedi 2 passagens em classe econômica, quanto menos atenção chamar, melhor. Dispensei todas as empregadas e alguns seguranças nada confiaveis. Eu "Dançava" pelo quarto de uma forma desengonçada, fazendo a minha mala e de Elena, quando minha esposa entrou no quarto e me olhou indignada.

— Damon, calma, porque toda essa correria pra viajar? — Perguntou cruzando os braços e franzindo o censo.

— É porque o meu jatinho esta com defeito e eu tive que comprar passagens de avião na classe econô...

— Você comprou passagens de avião na classe econômica? Você é louco Damon? Porque não comprou um jatinho novo ou pegou o do seu pai emprestado?

— Elena, nós vamos para a Austrália! — Disse com uma falsa empolgação.

— Nós já estivemos já Austrália.

— É, mas já tem uns 3 anos! — Fechei a mala, a puxando para mais perto. Andei até Elena — Vai ser especial dessa vez, porque estamos juntos, será a nossa primeira lua de mel. E ela será maravilhosa. Nós nunca tivemos uma de verdade.

— Damon, eu não caio nessa! — Ela deu alguns passos para trás — Ou você me explica o que esta acontecendo, ou eu vou ligar para o Giuseppe! Então, me diz o que está acontecendo agora!

— Oh querido Neto não se dê ao trabalho — Levantei a cabeça rapidamente, olhando para a porta, onde Nickolai estava. A Sua voz fria, ecoou pela sala em tom de ameaça — Iam mesmo viajar sem se despedi de mim? — Ele esticou os lábios. E começou a entrar no cômodo, andando em circulos, como se quissesse invadir os nossos pensamentos.

— Nickolai o que faz aqui tão tarde? — Questionou Elena.

— Oh Bela, Elena! — Ele suspirou — Eu ouvi uma coisa que me deixou extremamente indignado, me disseram que você estavam fugindo, de mim. Ohh não! Eu fiquei tão puto que mandei arrancarem a lingua do fofoqueiro. Mas, ao chegar aqui, confirmei e fiquei tão decepcionado — Ele pôs a mão no peito. — Ah coisa é simples minha querida, eu fiz um acordo com o seu marido, para que ele saísse do castigo, exigir uma única coisa, um herdeiro, mas nem pra isso, esse inútil serve, dei a este parvo — Ele apontou para mim — um prazo de 3 meses para te engravidar, só que ele não cumpriu, e eu, sendo altamente caridoso, dei mais algumas semanas. Só quero saber do meu herdeiro agendado! É crime agora? Agora, não me alongando mais...Elena, você esta grávida? — Perguntou cheio de espectativa.

— VOCÊ ME USOU COMO MOEDA DE TROCA, DAMON? — Perguntou Elena se virando para mim, estava furiosa!

— Creio que vocês já planejaram o meu herdeiro, estou certo? — Lena franziu o censo. E Nickolai deu um sorriso.

— Sim, mas já está tarde, acho melhor o Senhor ir embora — Minha voz saiu surpreendentemente firme.

— Mais que droga! Acabem logo com esse mistério todo, aqui não é Pretty Litlle Liars! — Ela cruzou os braços inflando o peito.

— Até porque se fosse, Damon seria a Alison!

Elena olhou pra ele incrédula.

— Você assiste Pretty Little Liars?

— Claro que sim! Porque? Algum problema?

— É que você é velho — DIsse Elena desconfiada.

— O Ezra também é, mas isso não impede de um bando de adolescente querer transar com ele, estou certo? — Jogou a cabeça para o lado. Tá, agora estou confuso, que porra é essa? Elena e Nickolai estão mesmo conversando sobre uma série de meninas malvadas?

— Vocês me fizeram de trouxa? — Aquilo era uma pergunta/Confirmação

— Você já deveria esta acostumada, casada com o Damon e fã de Pretty Little Liars, até eu tô com pena de você agora — O rosto da minha esposa estava inchado e vermelho. Eu queria socá-lo, demais, até perde a cor.

— Sai da minha casa! — Elena apontou para a porta.

— Eu só saio daqui com o Damon! — Meus olhos se voltaram para o homem ali parado perto da estante, do lado de duas malas.

— Ótimo, já estava na hora de por o lixo pra fora. — Eu a encarei magoado. Nickolai murmurou um "Ohhh" no fundo da sala.

— Então, chega de enrolar, — Nickolai se virou indo até a porta — Damon.

— Elena, por favor, não deixe-o me levar, você pode me fazer ficar!

— Espero que se diverta no Inferno — Nickolai abriu a boca resmungando e me arrastando para fora.

(...)

ELENA POV:

A cada fungar parecia que uma costela minha estava se quebrando. Minha cabeça rodava, eu preciso sair desse lugar. Eu não posso mais ficar aqui. Eu, eu...Ok, Elena, calma respira! Está tudo bem. Esta tudo bem. Minhas pernas tremiam mas mesmo assim, eu continuei. Corria pelo quarto, guardando todas as roupas que via pela frente em uma mala preta que estava no fundo do closset.

— Senhora Salvatore...— Levantei a cabeça depressa, enxugando o rosto na manga da minha blusa. Não, não pôde ser. É, só pressão psicologica. Ouvi passos. Meu coração gelou. Puxei a mala, escondendo-a atrás de uma cortina. — Ola, tem alguém em casa?

Eu andei em passos firmes, seguindo a voz. Estava no topo da escada, olhando para baixo. Para onde Eda estava, com um sorriso debochado no rosto. Ela estava com o cabelo preso em um rabo de cavalo, sua pele estava bem mais palida e tinha pequenas cicatrizes logo abaixo do nariz. Sua roupa era bem simples, um vestidinho cinza. Ela se virou, cruzando os braços.

— Nossa, você está pessima! Isso tudo é preocupação com o seu maridinho? — Desci alguns degraus, segurando firmemente o corrimão, com medo de que ela assoprasse eu caísse.

— O que faz na minha casa? — Eu sentia o meu rosto queimar.

— Vim busca o meu seguro salarial — Ela passou o dedo sobre um abaju que estava ao seu lado. Me lembrem de tocar fogo nele.

— Você é uma descarada! Como pode ter coragem de entrar na minha casa depois de tudo o que fez?! — Desci mais dois degraus — Dormi com o meu marido...!

— Ah, Elena — Ela bateu o pé no chão — Você era bem mais esperta! Eu não obriguei o Damon a nada! Ele transou comigo porque quis!

— E valeu a pena? Afinal, vocês pagaram caro por isso não? Damon esta pagando agora mesmo! — Ela suspirou.

— Você é muito sortuda, Elena. Consegue imaginar se o Damon morrer? Você se torna a viúva mais rica da america, e ainda foge de ter que explicar para a familia e para os tabloides como conseguiu engravidar de um homem esteril — Franzi o censo balançando a cabeça. Eda lançou um olhar sugestivo pra cima da mesinha de centro que tinha alguns papeis.

Desci o resto dos degrais e andei até a mesinha, pegando os papeis. Era do hospital Memory's Gray, o qual Damon vai a todo mês tomar soro pra controlar o açuca!

— A mais de 15 anos atrás quando o Damon começou a ter as suas desventuras sexuais, Lily temendo que o mesmo acabasse engravidando alguém, assinou um termo que mandava o hospital colocar altas doses de Anticonsepsional masculino no soro que regulava o açuca do filho, ela provavelmente nem se lembra disso, e é bem provavel que Damon também não saiba. Sendo mais especifica, você esta segurando um bastardo.

— Você acha mesmo que eu acredito nisso? — Apertei os papeis com força.

— Pode ligar pro hospital se quiser, ele podem comprovar — Meu sangue ferveu — Agora me diz Elena, onde foi que você engravidou? No carro do seu amantezinho escroto? Ou no elevador daquela sua ONG? Humm, o Damon é tão estúpido, largou tudo, matou a amante grávida por você, e agora, vai ter o que merece.

— Você é louca! Do que está falando e...?

— Ah, é, me esqueci, você também não sabe sobre a Jessica, a irmã da Bonnie Bennet aquela menina magricela que trabalha pra você na ONG, bom, o Damon era amante da irmã dela e ele a engravidou, só que ele já estava tão obcecado por você, que ficou com medo de ser recusado, então, o que ele faz? Leva a doce Jessi para o Nickolai, e ele a mata!

— Damon pode ter os seus defeitos, mas ele nunca mataria uma criança, ainda mais, o seu próprio filho...

— Ele era um bastardo Elena! — Ela passou a lingua nos lábios — Assim como o seu, e você sabe o que acontece com bastardos não é? — Ela virou de costas e parou olhando fixamente para um quadro de Henrick Salvatore, um homem da familia que viveu no século XV — Eles morrem.

Engoli seco.

— Você já deveria ter aprendido isso Elena, — Ela sorriu baixinho — O Seu primeiro bastardinho nem chegou a nascer lembra? Isso que dar, se envolver com homens que nunca iram te pertencer.

Foi rápido demais, eu não estava conseguindo raciocinar direito. Uma hora eu estava pegando um jarro que estava em cima da mesinha, na outra eu estava em cima de Eda, batendo o jarro repetidas vezes em sua cabeça. Eu não via nada, mas sentia. E eu estava amando tudo isso. Eu sentia o gosto de sangue em minha boca.

Minha mãe doía, quando abri os olhos, vi que o jarro já estava quebrado e a minha mão estava cortada. Minha cabeça girou, e eu cambaleei pro lado, saindo de cima de Eda. Tinha um caco de vidro enorme dentro de seu olho direito, e o esquerdo estava arregalado, a parte esquerda da sua cabeça estava amassada e com cacos de vidros. Virei a cabeça para o lado, vômitando.

— Eda — A sacudi, minhas mãos ficaram mais encharcadas de sangue. O seu vestido cinza estava...Oh meu Deus! — Eda!!! — A Balancei com mais força ainda. Deitei a minha cabeça no seu peito, sentindo o cheiro forte de sangue e minha orelha ficou molhada — Eda levante-se, isso não tem graça!

Minhas mãos estavam tremendo, eu tentei sentir seu pulso, mas eu não conseguia. Oh! Eu a matei! Eu a matei! Levantei andando pela sala, minha barriga doeu, e eu acabei vômitando mais ainda. Olhei para o cômodo, estava um estrago. Tinha sangue pra todo lado e cacos de vidros. Eu sentei no sofá me acabando de chorar. Eu a matei! Eu sou uma assassina.

O quê eu fiz? Não, não! A culpa não é minha. Eu agir em um momento de raiva, Eda me provocou! Ela queria isso. Eu não posso pagar por isso. Nervosa, eu me levantei, andei até a barra do tapete Italiano a qual ela estava no morta bem no meio e comecei a enrolar-ló. Tive um pouco de trabalho para impedi que o corpo morto dela caisse para os lados.

Corri até a aréa de serviço pegando pano e detergente, eu andei até a sala e comecei a esfregar ele em toda a sala, tirando todos os requincios possiveis de sangue. Quando estava tudo limpo, eu arrastei o corpo para a varanda da mansão. Não tinha nenhum segurança a vista! Eu tive que usar um aparelho estranho de jardinagem para ergue o corpo da morta e colocar ele dentro de uma caminhonete.

Eu não sabia pra onde ir. Eu não ouvia nada, só dirigia. Até que cheguei um matagal. Abri a porta do fundo da caminhote e arrastei o corpo enrolado no tapete por uns 19 metros. Meus braços doíam horrores. Eu andei até meus pés começarem a sangra. Eu achei uma especie de rochedo e eu só faltei agradecer a Deus quando empurrei o corpo dela nele, o vendo cair em contato com a água.

Eu voltei no carro sem derramar uma lágrima, não tinha mais nada dentro de mim. Eu sou uma assassina. Fim de papo. Quando entrei na caminhonete eu comecei a procurar qualquer coisa, dinheiro, uma bêbida, mas achei um telefone. Meus dedos apertaram a teclas de botões, digitando um número não muito antigo.

LIGAÇÃO (ON):

— Alef — Meus olhos estavam fixos na estrada, não tinha nada, e nem ninguém.

— Elena? Elena é você? — A sua voz tinha um tom de preocupação.

— Sim, sou eu. — Funguei. Preendendo as lágrimas — Onde você está? Eu preciso te ver! Por favor, Alef. Eu preciso muito de você agora.

— Elena eu não posso te ver agora, estou ocupado com a Ma...

— Com a Maya — Completei — Ela é sua EX, ALEF, SUA EX, PORQUE AINDA SE PREOCUPA COM ELA? ELA É UMA COBRA, ESTA SE FAZENDO DE COITADINHA. ELA É UMA VACA QUE ESTA TENTANDO TE PRENDER. EU ESTOU PRECISANDO DE VOCÊ AGORA, E SE VOCÊ REALMENTE ME AMA COMO DIZ ME AMAR, POR FAVOR, VENHA FICAR COMIGO PORQUE EU TE GARANTO QUE ESTOU PRECISANDO MAIS DE VOCÊ DO QUE ELA!

— Desculpe Elena. Adeus.

LIGAÇÃO (OFF):

Ele desligou, na minha cara. Ele desligou. Ele me abandonou. Estou sozinha agora.

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