Nickolai Pov:

Peguei o meu isqueiro no bolso do terno, apertando o botãozinho e acendendo o meu bom e velho Stradavarius. Encostei a minha cabeça contra o pequeno encoxoado do carro, olhando para a paisagem. Ele vem. Tem que vim. É um garoto esperto, ambicioso. Sorri para mim mesmo com esse pensamento, e ainda mais quando vi de longe um homem de cabelos castanhos e olhos verdes se aproximar com um guarda-chuva preto.

A porta se abriu e o jovem Stefan entrou, bagunçando mais o seu cabelo que estava um pouco molhado: — Senhor Nickolai — Cumprimentou-me. Eu balancei a cabeça levemente assentindo para ele — Porque me chamou aqui?

— Você sabe o porquê — Sou muito bom em leitura corporal e percebi que o mesmo estava nervoso. Em uma pausa de 8 segundos, Stefan passou nervosamente as suas mãos sobre a sua calça jeans azul marinhos umas 3 vezes.

— Porque eu sou um Salvatore?

— Sim, porque você é um Salvatore.

Damon Pov:

— Mãe?!? — Pisquei os meus olhos algumas vezes ainda absorvendo o que acabou de acontecer. Elena correu para os braços de Liz a abraçando de forma terna e protetora.

— Senhora Elizabeth Forbes não esperava pela sua visita. Porque não avisou a mim e a Elena? Assim a buscariamos no aeroporto — Forcei um sorriso. Parece que esta virando hábito pessoas desnecessárias, aparecendo para foder mais com a minha vida pessoal, que já não esta nada boa ultimamente.

— Eu não quis atrapalhar Damon — Mas já atrapalhou...— Só queria fazer uma surpresa para as minhas meninas.

— Humm. Eu senti muito a sua falta Liz, mesmo querendo fazer surpresa, você poderia me avisar...Assim poderia ir buscá-la — Disse minha esposa a abraçando novamente. — Podemos organizar uma festa de boas-vindas.

— Oh não por favor. Sem festas de boas-vindas. — Ela sorriu bem-humorada — É um milagre a Caroline não esta mais aqui, assim podemos bolar uma surpresa para ela amanhã não acha?

Olhei para as malas encostadas na parede.

— Oh Damon. Vou ficar hospedada aqui por alguns dias ok? Enquanto não arranjo um apartamento para morar.

— Sem problemas Liz, ficou muito feliz pela preferência. Caroline ficará uma fera. Mais você sempre será bem-vinda — Contive a irônia no voz. — Vejo que o seu tratamento deu certo não? Já estava mais do que na hora.

— É — Um Pigarro soou por toda a sala atraindo a atenção. Eu já tinha até me esquecido da presença desse rato. Virei a minha cabeça o fitando com total indiferença, ele parecia constrangido por estragar o momento — Eu encontrei o Alef na entrada. O reconheci. Mas os seguranças pareciam não querer deixa-ló entrar. Então eu o convidei. Achei que não teria problemas.

— Pois é, Liz. Mas você achou errado. Sem querer parecer grosso, mas, por favor, nunca mais quebre uma regra minha, ainda mais uma regra dada aos meus seguranças — Ela encolheu de forma desconfortavel os ombros

— Quase não reconheci essas suas carrancas Damon, a mesma coisa de sempre, arrogante e orgulhoso. Acho que esta mais do que na hora de você mudar essas típicas e tristes caracteristicas. Elas estão começando a transparecer nesse seu rostinho bonito.

— Só que debaixo do meu teto, você não tem que achar nada...

— Damon! — Elena me repreendeu chocada — Ela é a minha mãe.

— Va para o seu quarto, e a leve junto — Disse com aquela cara. Elena engoliu seco nervosa, mas, mantive o meu olhar firme. Ela é minha esposa, deve me obdecer.

— Eu...

— Elena, vá para o seu quarto.

Minha esposa, pegou o braço se sua mãe adotiva e a puxou, subindo correndo as escadas. Quando Elena sumiu em meio aos corredores eu me virei para Alef que estava encostado na parede em posição de defesa.

— O que te faz achar que pode vim na minha casa? Da em cima da minha esposa?! — Perguntei com raiva.

— Eu não vim aqui dar em cima da sua esposa Senhor Salvatore e sim ver como ela estava. Elena é uma grande amiga minha e vamos deixar a farça de lado? Eu sei que ela não te ama. — Quando ele disse aquilo, uma raiva incomum se apossou do meu corpo de forma extremamente impulsive. Avancei em cima do Alef o jogando no chão e começando a soca-lo, na posição que eu estava, era desfavorável para ele.

— Se ela não me amasse, não estaria esperando um filho meu! — Menti. Socando mais forte ainda.

O Desgraçado pegou impulso e me chutou naquele lugar me fazendo recuar para trás. Ele veio para cima de mim, eu tentei me levantar mas perdi o equilibrio e cai no chão, levando junto uma escrivâninha de vidro que ao se espatifar no chão, cortou de leve a minha mão. Fiquei com mais raiva ainda, me levantando correndo mas quando estava a menos de 40 centimentros de Alef, senti alguém segura os meus braços, me arrastando para tras.

— Damon pare! — Gritou Elena. Ela pareceu no meio da sala acompanhada de Liz e com mais 4 seguranças. — Seguranças levem o Senhor Grimmes para fora e o Senhor Salvatore para o nosso quarto.

Três seguranças tiveram que se unir para me levar para o quarto, meu corpo fervia em raiva e nojo. Eu vou mata-ló. Vou matar esse desgraçado. Coloca-lo em uma caixa de madeira e joga-ló no fundo do mar, caso ele saisse da caixa, seria devorado por tubarões, ou piranhas, caso não saia, morrerá afogado.

Me joguei na cama sentindo uma leve ardencia no braço. Local que ficou em contato com o vidro quebrado. Eu estava um pouco dolorido. Ouvi o ranger da porta, informando de que a mesma foi aberta, mas não virei o rosto. Sabia quem era.

— Você se superou Damon!

— Não venha me repreender Elena. Você começou com isso tudo! Dando em cima e liberdade o suficiente para aquele rato entrar na nossa casa. Você quer transar com ele? E não minta para mim.

— Sim eu quero. Mas não vou.  Porque eu estaria sendo desonesta comigo mesma.

— Humm — Me sentei na cama, aproximando-me mais dela. Minha esposa encolheu os olhos — Você não precisa querer fazer sexo com ele, você tem a mim e te garanto que sou bem melhor — Falei pegando o seu rosto entre as minhas mãos e a enxendo de selinhos.