Ally: Jogo de Amor escrita por Ella


Capítulo 59
Proteção




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Sexta, 02 de Outubro.
Nick espera Ally guardar o material na bolsa. A admira cauteloso:
  - Eu acho melhor avisar para seu pai que vai chegar mais tarde. - Caminham.

  - Eu vou? - O encara chegando perto do carro. 

  - Sim. Vamos comprar aquele livro que quer tanto. - Sorri abrindo a porta. 

  - Não precisa fazer isso. A única livraria que o tem é a do shopping no oeste. É muito longe! - Exclama parada de um lado do carro e ele do outro. 

  - Eu sei. - Entra. - Melhor entrar para irmos logo. 

  Ela sorri, revira os olhos e entra:
  - Ligue para ele. - Dirige para fora da escola.

  - Vou ligar. - Pega o celular. 

Chegando no shopping eles compram sorvete indo para a livraria:
  - Estou todo sujo. Vou me limpar e já venho. - Avisa. 

  - Okay. Também vou, nos encontramos nesse mesmo lugar. - Sugere. 

  - Ok. 

No banheiro Ally lava as mãos e a boca. Passando a mão na boca ela começa a se examinar, puxa os lábios, arregala os olhos, estica a bochecha, avalia as mãos:
  - O que eu tenho que fez o Thomás ficar tão paranoico? - Pensa e suspira forte lamentando. 

Se encontram no lugar marcado. Na livraria ela corre atrás de seu livro, o agarra sorridente:

  - É este? - A pergunta.
 
  - Sim. Sim. - Mostra sua alegria espontânea.

  - Ok. Vou pagá-lo. - Diz bobo a vendo alegre.

  - Okay. - Entrega à ele. 

  - Veja se quer mais alguma coisa. Venho já. - Informa querendo agradá-la. 

  - Está bem. - Não consegue esconder a felicidade que sente. 

Enquanto Nick fica na fila para pagar seu livro, (o que ele faz com muito gosto), ela olha as prateleiras com as novas publicações de autores não muito conhecidos. São várias seções, numa grande e extensa livraria. Procurando um livro ao qual ouviu falar, decide subir para o segundo andar, lá vê grandes pilhas com livros antigos, onde se posiciona olhando tudo. Ao virar se assusta:
  - Vamos? 

  - Que susto! - Cola a mão no peito. - Pagou rápido. 

  - Sim. Vai querer mais algo? 

  - Não. Não, podemos ir. - Sorri novamente. 

  - Então vamos. - Retribui o sorriso, tudo automático. 

Chegando em casa ela desce do carro, e o abraça:
  - Obrigada. - Agradece baixo com a cabeça em seu ombro. 

  - De nada, minha garota. - Beija sua bochecha. 

Com um leve sorriso ela se afasta, mas para com alguns passos dados. Vira, vai até ele e o beija, o fazendo paralisar. Seu coração acelera, e a segura na cintura colocando seus corpos mais colados, tornando o beijo mais caloroso. Eles param devagar, Nick a morde o lábio, finalizam com um selinho. Suas testas ficam coladas, e suas respirações entram em sincronia, eles afastam o rosto devagar olhando um para a boca do outro, seguindo se encaram fixamente com os olhos cintilantes.
  - Te ligo mais tarde. - Ele diz tonto de paixão. 

  - Okay. - Sorri doce, o deixa e caminha para casa. 

Depois que a vê entrar, Nick parte para casa Blacker.

Assim que abre a porta e entra, o sorriso que está no rosto de Ally desde mais cedo, vai embora:
  - Tia Verônica. - Engole seco. 

A lembrança de sua tia cuspindo em sua cara vem na mente.
  - Filha, como sua mãe está de plantão hoje. Achei melhor chamar sua tia para me ajudar. Ser minha enfermeira. - Brinca. 

  - Ah. - Fica tensa. - Vou para meu quarto. - Se aproxima da escada de cabeça baixa. 

  - Vê se toma um banho e tira essa tinta roxa do cabelo. Coisa horrorosa! - Verônica exclama. 

  - Sim, tia. - Concorda e sai. 

  - E me trate com respeito, parece que foi criada por animais. Garota bicho. - Insulta.

  Ally para no meio da escadaria, vira e desce.

  - Papai, vou sair. Eu aviso onde estou. Beijos. - Pega a bolsa indo até a saída.

  - Filha, pelo menos pegue um casaco... - A vê sair. - Está bem então. - Grita. 

Andando pela rua às 19h45 da noite, Ally não acredita que teve coragem para fazer isso, e agradece a si mesma por ter feito mesmo assim.

Nick acaba de chegar em casa, faz um sanduíche na cozinha, se senta no sofá. A campainha toca:
  - Eu abro. - Grita para avisar.

Abre:
  - Ally! - Se surpreende. 

  - Moço...

Ela o encara e abraça passando os braços ao redor de seu peito. Sem saber o que houve ele fecha a porta:
  - Posso passar a noite aqui? - O olha.

  - Hã... Claro. - Fica confuso. - O que houve? Está gelada.

  - Tia Verônica... - Volta a abraçá-lo. 

Ao ouvir esse nome ele a pega no colo e leva até o sofá, a senta:
  - O que ela fez? Você está bem? - A examina. 

  - Estou... Foi papai. Ele a chamou para dormir lá em casa, para cuidar dele. Será que não consigo cuidar do meu pai?! - Indaga chateada. - Eu não conseguiria ouvir ela falando de mim, reclamando... Então sai logo, sem avisar para onde ia. Eu não sou a pessoa que ela fala. - Quase chora. 

  - Está tudo bem. - Alisa seu rosto. - Vou pedir para Nane ou mamãe ligar para ele e avisar que está aqui. - Coloca um casaco em seu corpo. - Vamos ver um filme, ver TV, para esquecer de tudo isso. 

  - Okay. 

  - Ainda está com frio? Melhor irmos para a sala da lareira, para se aquecer. - Sugere.

Após acender a lareira, eles se sentam no sofá. Ela se acomoda no colo dele, veem TV calados; o tempo passa devagar. Alisando o braço de Ally levemente, Nick a olha sentindo desejo por seu corpo e sua boca estarem tão perto dos dele. Ela o encara começando a se sentir afetada por aquele clima.
Chegando no auge, ele já não consegue mais se segurar. Ela assiste TV, mesmo assim beija sua bochecha andando os lábios até sua boca, quando a toca, ela o beija se entregando. Deitando-a devagar no sofá, Ally passa as pernas por seu corpo, o prendendo. Se beijam ofegantes, as mãos de Nick alisam seu corpo; passam por suas coxas, sobem até sua cintura entrando por dentro da blusa, vão subindo devagar enquanto se perdem do mundo no dançar das línguas no beijo. As mãos sentem atenciosos cada curva, não param ao chegarem em seus seios, os alisam, descem até as costas, voltam e por dentro do sutiã conseguem os sentir naturalmente. Ally se atreve a coloca as mãos por dentro da camisa dele, e tocar sem medo seu corpo bem feito.
Os corpos dos amantes fervem em altas temperaturas, em beijos, mordidas e toques. Beijando o pescoço de Ally, Nick a sente vibrar em baixo de seu corpo; começam a suar.
  - Crianças... - Sophie entra na sala e se assusta. - Wow! - Paralisa. 

Instantaneamente eles se afastam e sentam calados:
  - Desculpe, Sophie. - Ally pede tentando não se mostrar ofegante. Fica constrangida.

Nick sorri de lado:
  - É... Desculpe-nos mãe. - A olha com um sorriso de lado no rosto. 

  - Eu sei que é muito bom, crianças. Quer dizer... Crianças não são, por isso mesmo estavam desse jeito. Eu sei que é muito gostoso, mas vamos deixar para fazer coisas assim quando estivem dentro de 4 paredes, ou melhor, quando não tiverem risco de serem pegos, porque dentro de 4 paredes estão, mas ainda correm riscos. - Comenta. - Bom... Vim avisá-los que tem lanche na cozinha, acabei  de fazer com Doris, se quiserem. 

  - Está bem... Obrigada. E desculpe outra vez. - Ela reponta. 

  - Relaxem. - Sophie sorri e sai. 

  Ally respira fundo:
  - Caramba...

  - O clima estava maravilhoso. - Ele detalha. - Muito bom! - A olha e morde a boca. 

  - Estava. - Concorda. - Vamos comer!? 

  - Vamos. - A vê levantar. Sente vontade de beijá-la novamente. 

Comem bolinhos de queijo, batata frita, pão de queijo e tomam coca-cola, ele também come bacon.

Se arrumando para dormir, Ally escova os dentes, se troca e sai do banheiro, o encontra no caminho para o quarto.
  - Já vai dormir? - A pergunta enquanto examina seu corpo discreto.

  - É... Acho que sim. Vou conversar um pouco com Baby ainda. - Explica. 

  - São 22h50. - Exclama. 

  - Sim. São. Bom... Boa noite. - Gira a maçaneta da porta do quarto. 

  - Espera. - Segura seu braço sem força. - Me dá um beijo de boa noite. - Pede sedutor. 

Ela fica sem jeito:
  - Beijo? - Questiona. - Já ganhou muitos beijos hoje. - Brinca. 

Conquistador como é, Nick a segura na cintura:
  - Só mais um. - Insiste olhando bem dentro de seus olhos. 

Aproximando a boca da dela, ele a toca os lábios, e aos poucos vão transformando o selinho em beijo. Um beijo lento e demorado, diferente do que houve mais cedo. Ao pararem, respiram hipnotizados:
  - É muito bom. - Ela fala sem perceber, fica boba.
 
  - Sim. É sim. - Concorda. - Sua boca é deliciosa. - Conta. 

Ela fica envergonhada.
  - Boa noite, Nick. - Deseja fofa. 

  - Boa noite, Ally. - Deseja enamorado. 

Se despedem, e entram em seus quartos.

Sábado, 03 de Outubro.
Na cozinha Nick toma café da manhã sozinho, acorda num horário razoável.
  - Bom dia. - Ally aparece sonolenta. Se senta.

  - Bom dia, moça. - Beija sua testa e a admira. - Temos torrada, Nutella, geléia de morango, creme de amendoim, leite quente, suco de laranja, biscoitos de mel, frutas e queijo. Sirva-se!

  - Hum... - Resmunga. 

Ainda um pouco lenta, ela faz tudo calma e delicada. Ele se pega sem conseguir parar de admirá-la:
  - Você faz falta no café da manhã. Faz falta nesta casa. - Conta sincero. - É como se tivesse morado aqui sua vida inteira. 

  - Também sinto isso. É minha segunda casa. - Fala carinhosa. 

  - Vamos sair de tarde. Tem roupas suas aqui, mas se quiser mamãe disse que pode pegar alguma roupa dela. - Avisa. 

  - Está bem. - Entende. 

  - Bom dia, crianças. - Nane deseja chegando.

Os dois se olham:
  - Bom dia, Nane. - Ela deseja educada. 

  - Bom dia, vó. - Ele retribui. 

  - Preciso que alguém vá comigo fazer compras no mercado. - Os olha. 

  - Podemos ir. - Ally se oferece. - Não vamos fazer nada agora de manhã. 

  - Sim, podemos. - Concorda. 

  - Então saímos em 30 minutos. - Informa. - Não demorem queridos.

As compras no supermercado são tranquilas. Com saudades de Ally, Nane compra várias guloseimas para agradá-la.
  - Vocês estão me mimando. - Ela brinca. 

  - É bom assim, aí você nunca vai sair da nossa vida. - Nane completa. 

Eles riem.

O almoço passa, arrumam a cozinha, cuidam dos deveres da escola e começam a se arrumar:
  - Ainda não disse onde vamos. 

  - Eu não sei onde vamos. 

  - Hum... Terminar de me arrumar. - Penteia o cabelo.

  - Okay. - A deixa sozinha no quarto dela. 

Entrando no carro, eles escolhem para onde ir:
  - Temos galerias, sorveterias, clubes, museus, cinema... Ah, tem aquele shopping no centro que vai inaugurar hoje. - Lembra. 

  - Verdade. Pode ser nele. - Decide. 

  - Ok. 

Há uma festa instalada fora do shopping, com um palco para apresentações, bares, brinquedos para as crianças, espaços para dançar, e tudo mais.
  - Vamos ver se tem algo bom para comprar lá dentro e depois voltamos para a festa.  

  - Está bem. 

Vão em diversas lojas, de roupas, de sapatos, livrarias.
  - Vamos naquela doceria! - O puxa. 

  - Calma... Calma, vamos sim. - É quase arrastado por ela. 

As promoções de chocolates e doces deixam ela extasiada. Compram tudo o que é possível, e continuam andando pelo shopping.
  - Que sapato lindo! - Ally admira e se encanta por tudo que vê. - Aonde vai? - Vê Nick entrar na loja. 

  - Comprar esse sapato que gostou. - Conta. 

  - Já comprou muita coisa para mim, não acha não?! Uaau! - Se deslumbra com as sapatilhas. - Que perfeitas! 

  - Provar quais senhor? - A vendedora pergunta. 

  - Aquele sapato e essas sapatilhas..

Ally volta a si:
  - Ei! - Vai até ele. - Não me encha de presentes. 

  - Por que? Amo ver seu rosto todo sorrindo. - Declara. 

  - Ama?! - Interroga. 

  - É.. É muito bom. - Engole seco. - Já volto. Prove os sapatos.

  - Hum. Está bem. - O vê sair da loja e ir em direção aos banheiros. 

Experimentando cada par, ela escolhe um sapato florido e uma sapatilha de bolinhas. 
  - Escolheu? - Volta. 

  - Sim. Estão no caixa. - Informa. 

  - Ok. - Vou lá pagar. - Beija sua testa.

  - Certo. 

Admirando os outros calçados da loja, Ally vê cada um de cada prateleira, pega mais um, examina seus detalhes e devolve, volta o olhar para cima, quase grita. Vê Thomás logo atrás da prateleira na sua frente. Ele a encara sério.
Com a respiração forte ela paralisa apavorada:
  - Olá Ally. Tudo bem? - Cumprimenta hipócrita. 

Sem forças para falar, ela fica calada:
  - Tenha educação Ally, me responda. - Acentua. - Me cumprimente. - Se aproxima. 

  - Não. - Se afasta. - Thomás, por que faz isso?! 

Um olhar terrível se forma nos olhos dele a encarando fixamente. Ela o vê mudar de semblante, como se um demônio estivesse em sua frente. Ele segura seu braço forte, puxando com força e pavor, ela pega um sapato de salto e bate em seu rosto, é quando consegue se soltar e correr. Olha para trás e não o vê mais, vai até Nick atormentada.
— Nick... Nick. - O chama tremendo.

  - O que houve?! Ally, seu braço está vermelho, está horrível! - Exclama. - Ally!

  - Ele está aqui, temos que ir embora. Por favor! - O puxa. - Deixe esses sapatos aí e vamos embora.

  - Não acredito! - Se enche de raiva. - Vamos. - Larga os sapatos.

Eles correm para fora do shopping, com medo Ally olha todos ao redor.
  - Como ele estava? Onde ele estava? - Indaga entrando no carro. 

  - Ele apareceu no meio da loja, uma prateleira de sapatos nos separou. Ele conseguiu segurar meu braço, bati nele com uma sandália e quando olhei para trás, ele tinha sumido. - O olha. - Como isso é possível!?

  - Eu não sei Ally, não sei. - Corre para chegar em casa. - Você vai dormir na casa Blacker de novo. É mais seguro. 

Ela ainda treme, o olhar horripilante de Thomás não some de sua mente.

 

  - Precisa comer, querida. - Nane se preocupa. 

  - Vou comer, Nane. - Diz mais uma vez. 

  - Ela vai comer. - Nick surge após tomar banho. - Vamos. - A pega no colo. - Se for necessário eu enfio a comida na tua boca, mas você vai comer. 

  - Está bem... Mas me coloque no chão. Posso ir andando. - Se debate no colo dele.

  - Ok. 

Na cozinha:
  - Não estou com vontade de comer isso. - Diz batendo a cabeça na mesa.

  - E se eu fizer algo? Chocolate quente, com torradas, ou cereal com iogurte...? 

  - Aceito... O chocolate quente. 

  - Ok. Melhor que nada. Fazer bem cremoso. - Acentua. 

Ela toma tudo e realmente fica cremoso e saboroso. Atencioso até demais, Nick a faz se distrair vendo filme.

Tarde da noite, 23h55, Ally adormece no ombro dele, a coloca no colo e leva para o quarto.
  - Estava com saudades disso. - Sussurra a colocando na cama. - Tudo nessa casa me lembra você. Até o chão que piso. Às vezes é estressante, mas nunca deixa de me deixar bobo. Estava com saudade disso também. Conversar contigo enquanto dorme. - Alisa seu rosto. - Tão linda e calma. - Suspira. - Você me faz querer ser clichê, dizer coisas bobas... Como conseguiu me mudar tanto?! É incrível! 

Ele a ajeita na cama, a cobre, arruma o travesseiro, se assegura de que ela está bem. Se senta ao lado dela:
  - Você dorme como um anjo! É belíssima! - Não para de suspirar. - Eu não vou deixar aquele desgraçado te fazer mal, eu não vou. Porque eu simplesmente não posso te perder, eu não suportaria. Ally... Eu... Eu... Eu não imagino mais minha vida sem ter você nela. - Respira fundo. - Eu estou completamente apaixonado por você! - Seu coração dispara desgovernado. Ele treme. 

Docemente Nick se aproxima e a beija, a rouba um selinho.
  - Eu amo você, Allyson!


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