Ally: Jogo de Amor escrita por Ella
Quarta, 26 de Agosto.
Às 16h30 Ally sai de casa, pega o metrô para ir a casa Blacker. Como muitas vezes usa um vestido, este é azul marinho até o joelho, usa uma touca amarela e uma sandália de couro com detalhes, carrega uma bolsa de franjinha marrom de lado e usa os óculos de leitura por sua vista estar um pouco cansada. Chega na hora prevista e toca a campainha:
- Pois não?! - Uma moça atende a porta.
- Olá, sou a Ally. - Cumprimenta doce.
- Ah, sim. Entre senhorita! - Exclama.
- Você foi contratada pela Sophie? - Pergunta já dentro da casa.
- Sim, a Sra. Blacker me contratou. Sou a Doris. - Comunica educada.
Ally sorri:
- Vou chamar a Sra. Blacker e Sra.Clarisse! - Diz caminhando.
- Não precisa, eu vou até elas. Onde estão? - Informa e pergunta.
- Ah, claro! Estão na piscina. - Responde.
- Está bem. Obrigada! - Sorri.
- De nada senhorita! - Reverencia e sai.
Ally vai até a piscina e encontra Sophie tomando sol enquanto Nane lê sentada ao lado dela nas espreguiçadeiras:
- Olá Ally! - Sophie exclama. - Junte-se a nós!
- Não trouxe roupa de banho! - Lamenta colocando a bolsa na mesa.
- Ora, a Sophie lhe empresta um maiô. - Nane diz.
- Sim, sim. Se importa de usar maiô? - Sophie a questiona.
- Não, de forma alguma! - Ressalta.
- Então vá no meu quarto, pegue um e vista. Estão na segunda gaveta do meu guarda-roupa branco. - Informa.
- Está bem! - Caminha.
- Pode pegar qualquer um! - Sophie grita por último.
Enquanto isto no quarto Nick briga com o pai no telefone, os dois não se falam desde às férias:
- Você não pode mandar na minha vida! Nunca me controlou e não vai fazer isto agora! - Nick grita alterado.
- Você é meu filho, vai fazer o que eu quero. Sempre foi irresponsável e estúpido! - O pai dele responde.
- Agora está me chamando de filho?! Nunca se interessou por mim, não venha querer me dar lição de moral. Estou mais diferente do que imagina, minha cabeça está no lugar e estou tentando me encaixar na porra deste mundo! - Grita enraivecido.
- Estou vendo, sua alteração está bem diferente, parece até outra pessoa! - Exclama irônico. - Ora Nicolas, você está cada vez pior, não para de xingar e gritar, moleque grosso. Tenho certeza que está assim por causa dessa garota, não é!? Sua mãe me falou que está gostando de alguém. Ela está lhe levando ainda mais para a perdição! - Assegura com voz grossa.
- NÃO FALE MAL DA ALLYSON!— Se altera fortemente.- Você não a conhece, não sabe nada sobre ela, cale a droga da sua boca! Fique longe de mim, você não faz parte desta família. Você nunca teve três filhos, porque você nunca foi o meu pai. Eu não tenho pai! DESAPAREÇA!— Acentua enfurecido e joga o celular na parece o quebrando em várias partes.
Ele abre a porta tremendo de raiva e vê Ally parada perto da escada com expressão assustada:
- O que está fazendo aqui? - Pergunta frio.
- Eu... Eu só vim trocar de roupa. - Aponta para o banheiro receosa.
Ela desce a escada tensa:
- Allyson! - Chama grosso a vendo já no meio da escada.
- Sim... Nick? - Gagueja.
- Não tente ouvir a minha conversa outra vez. Entendeu? - Ressalta intimidador e frio.
- Sim. - Engole seco. - Desculpe! - Desce os degraus correndo.
Na piscina fica tudo tranquilo até Nick aparecer, Ally fica inibida com a presença dele, seu corpo está amostra, coberto apenas com um maiô preto:
- Entre na piscina também filho! - Sophie chama ao lado de Ally.
- OK. - Olha para Ally sério.
Ele tira a camisa e os sapatos, entra na piscina e se junta a elas:
- Vamos jogar um pouco de vôlei. Eu e mamãe, contra você e Ally. - Propõe.
- Feito. - Aceita.
- Eu... Eu não sei jogar! - Ela gagueja tensa.
- Vai ter que aprender. - A puxa. - Se perdemos você vai ser castigada. - Diz ríspido.
- O quê?! - Indaga confusa.
- Começou! - Sophie grita.
O jogo é desastroso, Ally perde todas as bolas, esbarra e empurra Nick várias vezes, perde o equilíbrio e escorrega mergulhando sem querer, bate as costas na beira da piscina, leva bolada na cabeça e dá um mal jeito no braço tentando acertar o saque:
- Estamos empatados filho! - Sophie destaca.
- Isto porque estou jogando praticamente sozinho! - Ressalta. - Olha para a bola Ally. Se perdermos! - Diz rancoroso e corta a garganta com o dedo.
- Okay. - Engole extremamente seco.
Sophie joga a bola, Ally tenta bater mais escorrega e puxa o braço dele fazendo os dois perderem o equilíbrio, a jogada marca ponto e eles perdem:
- Ganhamos! - Nane exclama alegre.
- O que houve querido? Cadê a disposição de jovem de vocês dois? - Sua mãe debocha.
- Está vendo. É por isso que não podíamos perder Ally. - Informa grosso.
- Mas... - Resmunga.
- Fique quieta! - Ele mergulha a cabeça dela dentro da água. - Sua tonta! - A solta.
- Por... Por que fez isso? - Pergunta tossindo sufocada.
- Porque merece! - Sai da piscina e some.
Ally o vê sair e senta na grama cansada:
- O que esse garoto tem hoje? - Resmunga distraída. - Estávamos tão bem, na escola está agradável e domingo foi... Aish, ele é um idiota!
- Quem querida? - Nane indaga de surpresa.
- Hã... Ninguém, é bobagem minha! - Sorri.
- O que foi isto nas suas costas? Está vermelho! - Detalha preocupada.
- Eu bati algumas vezes na beira da piscina! - Acentua. - Dá para ver?
- Sim, as pancadas foram bem na parte aberta do maiô. - Detalha. - Vá na cozinha passar gelo, para não ficar roxo!
- Está bem. - Se levanta e caminha.
Na cozinha Nick bebe água e se lembra das coisas que o pai disse, com raiva joga o copo na parede. Ele quebra perto da porta na hora que Ally aparece, ela o olha assustada e vê os cacos no chão:
- Você quase me acertou! - Ressalta espantada.
- Mas não acertei! - Caminha até ela. - Saia dai, deixe eu pegar estes cacos! - A empurra
Tensa ela sai, abre o frezzer, pega uns cubos de gelo e coloca dentro de uma vasilha:
- O que está fazendo? - Ele pergunta a vendo esticar o braço para passar o gelo nas costas.
- Estou tentando passar o gelo nesta parte vermelha. - Responde torcendo a boca.
Ele joga os cacos do copo no lixo e vai até ela:
- Eu faço isto. - Pega o gelo da mão dela.
- Hã? - Se assusta. - Ah, obrigada!
Lentamente ele tira o cabelo dela das costas e passa o gelo. O clima fica estranho, o silêncio predomina e as respirações deles mudam de ritmo, ficam oscilantes. Nick admira as belas costas de Ally, e sua boca começa a formigar, ele abaixa discretamente as alças do maiô sem ela perceber, morde os lábios e passa a língua entre a boca. Beija as costas dela subindo até o pescoço:
- Nick, o que está fazendo? - Sente o subir mais. - Nick! - Se vira assustada. - O que tem hoje?! Está muito estranho! - Destaca.
- Eu estou normal Ally! - Morde a boca.
- É isto que a raiva faz com você? Te deixa fora de si e excitado?! - Pergunta receosa.
Ele ri malicioso:
— Por que você está tão assustada?! - Caminha devagar fazendo-a se esquivar. - Eu já vi o seu corpo nu, eu já toquei seu corpo nu! - Frisa.
- Disse que não pensou malícia! - Relembra constrangida.
- Não pensei. - Sublinha. - Mas a imagem está na minha mente, e agora, estou malicioso! - A puxa colando a seu corpo.
- Nick me solte, sua mãe e sua avó estão ai! - O empurra, mas ele a segura forte.
- E elas não vão ver nada de diferente! - A coloca em cima do balcão.
- Nick, isso de novo não. - Se esquiva.
- Não tenta fugir de mim! - Avisa.
Ele morde a boca desejando seu beijo ardentemente:
- Está me assustando. Primeiro estava frio e agora está fora de si. Por acaso está drogado? - Questiona séria.
Com um olhar frio e sedutor ele a paralisa, lentamente beija seu pescoço e morde sua orelha, desce a mão pelas costas entrando dentro do maiô:
- Nick para! - O empurra e desce. - Está descontrolado, eu não sou seu objeto sexual Nicolas, eu não sou!— Frisa grossa.
- Tem certeza? Você me deixa fazer tudo o que eu quero em você! Aquele dia só não transamos porque seria um grande erro. Mas quantas vezes já te beijei, alisei e mordi Ally? Você gosta quando a toco e te dou falta de ar, vai me deixar te levar para cama um dia desses, eu sei que vai. Você é como as outras, gosta de prazer! - Acentua insensível.
- Seu idiota! - Impulsiona o dar um tapa.
Com força Nick segura a mão dela:
- Você nunca mais vai me bater! - Diz grosso.
Ela gela e puxa a mão:
- Estúpido! - Exclama e sai.
Ally sobe para o banheiro, se troca, depois fala com Nane e Sophie e sai para ir embora:
- Aonde vai Allyson? - Nick grita grosso a vendo sair pelo portão.
Ela não responde, coloca a touca e caminha rápido:
- Ally! - Grita. - Está bem, se quer ir de metrô vá, sua estúpida! - Bate a porta da sala com força.
No caminho ela pensa na conversa que teve com Carina e Baby, as falas delas ficam repassando na mente:
"Um dos dois precisa criar coragem e fazer isto!" "Porque você acha que ele te olha com os olhos brilhantes e sorriso bobo? Isso não é reação do desejo!" "O Nick está louco, louco por você!"
- Ele estava estranho demais hoje! Aquilo não é paixão, aquilo é desejo... Ou não?! - Resmunga confusa. - Aff, não sei de mais nada!
Caminhando devagar na rua ela vê um carro preto parado na porta de casa:
- Não pode ser! - Exclama tensa.
Então a porta do motorista abre e Nick desce, está vestindo uma camisa preta e calça Jeans escuro; com expressão séria a encara chegar mais perto:
- Ally, podemos conversar? - Pergunta neutro.
- Fale. - Diz impulsionando subir a escada.
Ele fica tenso:
- Quer que eu te beije? Sempre é melhor assim. - A puxa.
- Não! - Se esquiva.
- Por que!? É sempre isto que acontece. Nós brigamos e depois eu te beijo, então você se rende à mim e ficamos bem. Por que seria diferente agora? Você é fraca e tonta, se entrega à mim, e vai ser assim que vamos acabar na cama, é assim que vai ser! - Ressalta.
- Me acha uma idiota não é? - Questiona tremendo.
- Sim, acho! Você é a garota mais idiota que eu já conheci, sua besta! - Acentua insensível.
Ela o fuzila com o olhar e sobe para entrar em casa:
- Droga! - Resmunga e corre até ela. - Ally, você não entendeu. Eu...
- Não Nick, quem não entendeu foi você. Já chega de você me ver como uma babaca. - Puxa o braço e abre a porta.
- Eu estava sendo irônico! - Detalha a vendo bater a porta.
- Se mate Nick, se mate! - Ela grita subindo a escada para o quarto correndo.
- Eu só queria pedir desculpa caramba! - Grita na rua. - É por isso que não faço isto. É por isso que não peço desculpa, porque só acaba piorando tudo!
Ela escuta os gritos no corredor e volta até a sala, levanta uma parte da cortina e o vê chutando o carro com raiva:
- Me desculpe Ally! - Ele grita alto.
Ally o vê pegar o celular e discar um número, corre para o quarto e procura pelo celular, o acha na cama, e espera, mas ele não toca, desce para a sala, olha pela janela e vê que ele já foi embora, aperta o celular que está na mão e sobe para o quarto novamente. Sentada na cama, com a cabeça baixa enquanto segura forte entre as mãos o celular ela se martela quase chorando:
- Era só pedir desculpa, era só falar. Por que não pediu? Por que não tentou falar sem rodeios? Por que me insultou mais ainda? Por que? - Resmunga.
O celular apita, abre o WhatsApp e vê uma mensagem de Nick:
"Nick:
Me desculpe."
Ela começa a chorar sobre a mensagem. Suas lágrimas não são de alegria, conquista, realização ou perdão, suas lágrimas são de dor e angústia:
- Eu tinha criado coragem, eu ia te falar dos meus sentimentos hoje Nick. Eu ia... Eu ia te contar que estou apaixonada por você! - Soluça chorando forte.
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