Ally: Jogo de Amor escrita por Ella


Capítulo 39
Atos




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/654966/chapter/39

Sábado, 22 de Agosto. (Continuação)
Thomás agarra Ally segurando seu pescoço e cintura forte, ela bate nele com socos nos ombros mas ele não a solta, mesmo diante da dor que ela causa. Nick a espera ao lado Baby:
  - A Ly está demorando não é? - Questiona.

  - Sim. - Resmunga.

  - Nick! - Matheus exclama ao vê-lo. - E aí cara?! 

  - E aí?! - Se cumprimentam. - Tudo bem?

  - Sim, tudo. - Olha para Baby. - E quem é esta?

  - Sou a melhor amiga da Ally. - Diz séria. 

  - Huum! - Morde a boca. 

  - Estamos esperando ela voltar. E você? Está aqui com quem? - Pergunta.

  - Com o Robert e Thomás! - Conta. 

  - Thomás? - Fica tenso. - Matheus, onde ele está?! - Indaga. 

  - Olha, boa pergunta. - Olha ao redor. - Ele sumiu! 

  - Droga! - Exclama.

Nick sai correndo em disparada:
  - Nick! Aonde vai? - Baby corre atrás dele.  

Ao alcançá-lo tenta saber o que acontece:
  - O que está havendo? Este, este Thomás, é aquele?! - Questiona.

Eles chegam ao estacionamento e vêem Ally desesperada:
  - Oh meu Deus! - Baby exclama vendo a cena.

  - É. É ele! - Diz enfurecido.

Com fúria nas veias ele anda até Ally e puxa Thomás com força:
  - Seu imbecil! - Grita forte.

Enraivecido Nick o dá um soco nos olhos, acerta seu estômago duas vezes, o puxa pela camisa e acerta seu rosto com três repentinos socos, depois o joga vendo sua boca sangrar. Se impulsiona andar até Ally, e Baby o alerta:
  - Cuidado! - Grita. 

Ela dá um chute vigoroso nas costas de Thomás e ele tomba sem força:
  - Bom trabalho! - Nick a parabeniza.

  - Eu sei! - Se gaba.

  - Seus idiotas! - Thomás grita vindo na direção deles.

Por impulso Nick puxa Baby para trás dele e acerta o nariz de Thomás em cheio, ele cambaleia de tontura. Nick o soca descontrolado, por último chuta seu estômago e ele cai no chão sangrando:
  - Vai embora daqui Thomás, antes que eu te mate ! SOME! - Grita de fúria.

  - Eu vou. - Cospe sangue e se levanta. - Mas isso ainda não acabou!

  - Não. Eu ainda vou lhe dar a surra que merece! - Nick informa frio.

Thomás sai mancando e sangrando enquanto aperta o estômago, o clima muda fazendo Nick e Baby se lembrarem de Ally:
  - Ally! - Ele recorda e vai até ela. - Está bem? - A vê paralisada.

Ally olha para ele e corre para abraçar Baby:
  - Está tudo bem meu amor! - Baby a conforta. 

  - Sim. - Ela resmunga. 

Nick a vê nos braços de Baby e sente algo estranho dentro do peito, pensa no porquê de ela não ter o abraçado, o porquê de Ally ter procurado conforto em outro colo, mesmo que sendo o da melhor amiga, aquilo o deixa encabulado.
  - Vamos para casa! - Comunica receoso.

  - Okay! - Ally olha ainda pálida.

No caminho de volta Ally senta com Baby no banco do passageiro e Nick vai dirigindo em silêncio:
  - Ele tentou algo com você? - Baby a pergunta preocupada.

  - Não. - Responde constrangida.

  - Sua boca está vermelha. - Nick informa sério olhando pelo retrovisor.

  - Ele lhe mordeu? - Baby continua a interrogá-la.

  - Hã... Sim, mas, acho que isso foi na hora que o Nick o puxou. Na hora o Thomás me mordeu forte e quando o Nick puxou ele não soltou, arrastou os dentes no meu lábio. - Diz envergonhada e tensa.

  - Miserável! - Baby reclama enraivecida. - Ele fez mais alguma coisa? 

  - Ele segurou meu pescoço e cintura com força, muita força! - Frisa.

  - O pescoço? - Levanta o cabelo dela. - Caramba! - Olha para Nick. - Está vermelho e machucado! - Engole seco.  

Nick tenta se controlar e manter a calma diante da fúria que tem dentro de si. Ele as leva para a casa Blacker pois acha melhor Ally se distrair com Nane e Sophie, e também assim ele a vê por mais tempo:
  - O que aconteceu? - Sophie pergunta vendo as expressões deles.

  - Foi o Thomás. - Diz frio. - Cuide da Ally, por favor!

  - Como assim? O que ele fez? - Fica confusa.

  - Ele me agarrou! - Ally exclama.

  - O quê? - Indaga.

  - Vou explicar! - Ally vai para a cozinha com Sophie. 

Baby e Nick os acompanham e vêem Sophie cuidar dos ferimentos dela:
  - Ai, está ardendo! - Resmunga.

  - Desculpa querida, precisa passar álcool, pode arder um pouco mais ainda! - Explica.

  - Está bem. - Tenta sorrir. - Aauh!

O ódio se estampa no rosto de Nick, ele sai e vai para a sala, Baby o segue:
  - Eu devia ter o matado! - Resmunga insensível para ela.

  - Não fale bobagem, matar alguém é algo muito sério, pense na Ally, pense em como ela se sentiria! - Ressalta.

  - É exatamente por isso que eu digo que devia ter o matado, porque estou pensando nela! - Se senta no sofá.

  - Como assim? - Senta ao lado dele.

  - O Thomás não vai parar, ele não vai parar enquanto não conseguir o que quer com a Ally. Ele vai tentar até o fim! - Informa preocupado.

  - E o que ele quer? - Pergunta receosa.

  - Ele quer o corpo dela, quer transar com ela, quer dar prazer e lamber o corpo, diz ser o homem que vai fazer ela gemer. Ele já começou, a agarrou e não teria parado. - Diz frio. - Ele quer acabar com ela mas eu não vou deixar! - Grita se levantando. - Eu não vou deixar! 

Ally aparece doce na sala, os dois a olham:
  - Como está? - Baby a pergunta.

  - Melhor. Foi só o susto! - Diz modesta.

Nick respira fundo diante da doçura dela.
Por estarem cansadas as duas escolhem ir para casa logo, ele as deixa em casa como previsto:
  - Tchau, até amanhã Nick! - Ally diz fofa.

  - Tchau Ally! - Sente o coração apertado.

  - Tchau! - Baby diz já na varanda.

Ele acena para ela e vai embora:
  - Ele não costuma fazer isso! - Ally exclama.

  - O que? 

  - Sair antes de eu entrar em casa. - A olha.

  - Ah, deve ser porque estou aqui! - Sorri.

Já na hora de dormir as duas conversam deitadas na cama, Baby dorme ao lado dela por costume:
  - Ly! - Sussurra.

  - Sim Baby? - Sussurra de volta.

  - Por que você não abraçou o Nick, na hora que fomos te ajudar? - Indaga.

  - Uma vez falei a ele que seu gosto é de vômito quando na verdade é ao contrário! - Relembra. 

  - Sim. Eu sei. - Cochicha.

  - Se eu o abraçasse ia me sentir horrível. Como pude comparar o gosto doce do Nick com o de alguém como o Thomás!? Ele é repugnante, já o Nick. - Sorri. - Ele é... O Nick! 

As duas riem e dormem abraçadas. As pirralhas de 5 anos crescem mais a cada dia que passa, porém a amizade não é abalada pelo tempo, e sim, fortalecida, pelo sentimento verdadeiro, o amor!

Domingo, 23 de Agosto.
Baby procura por Ally pela casa, a hora de ir embora está chegando:
  - Ly? Ly? Onde você está? - Olha nos cantos. - Ly! - Exclama. - O que faz ai?

Ally está sentada no canto do armário na cozinha:
  - Eu... - Chora.

  - Oh Ly! - Senta ao lado dela.

  - Vamos nos ver só no seu aniversário agora!  - Lamenta. 

  - Sim, mas não está tão longe. Temos nossos celulares para nos falarmos 24 horas e temos nossos sonhos para nos encontrarmos. Está bem? - Tenta ser otimista.

  - Está bem! - Sorri leve.

  - E tem uma coisa que você pode fazer que vai me deixar muito feliz lá longe! - Informa.

  - O que? - Indaga.

  - Se declarar para o Nick! - Sugere.

  - Aish! - Revira os olhos.

  - Eu sei que você consegue! - Acaricia seu cabelo. 

Escuta uma buzina:
  - Olha, por falar nele, chegou! - Baby exclama e se levanta. - Venha! - Estende a mão.

  - Okay! - Pega a mão dela e se põe em pé.

Nick as leva para o aeroporto, espera ao lado das duas a hora do voo, até que chega:
  - Tchau minha bebê! - Se abraçam forte. - Eu te amo muito, muito! - Baby chora.

  - Eu também te amo meu amor ! - Ally a admira e beija a testa.

— Tchau Nick, obrigada por tudo! - Baby agradece.

  - Tchau, disponha por tudo. Boa viagem! - Deseja. 

Ela acena para os dois  e embarca:
  - Agora voltou! - Ally resmunga olhando para o portão de embarque.

  - O que? - Questiona.

  - A rotina! - O olha.

Ele sorri leve:
  - Vamos! - Anda.

  - Sim, vamos. - Olha uma última vez o portão e se vira caminhando.

Durante o caminho de volta ela fica em silêncio, Nick deduz que é pensando em Baby e na saudade que já sente.
  - Chegamos! - Para o carro. 

Ally não expressa emoção, fica parada:
  - Quer que eu fique um pouco com você? - Pergunta preocupado.

  - Aham! - Resmunga o olhando.

  - Vamos ficar respirando ar puro então.

Eles saem do carro e se sentam na escada para subir na varanda da casa de Ally:
  - Sua mãe está em casa? - Vê luz acesa.

  - Hã... Não. Esqueci a luz acesa mesmo. - Sorri leve.

  - Ally, não fique assim! - Coloca seu cabelo atrás da orelha. - Vocês duas irão se ver logo! 

  - E se eu não conseguir ir para o aniversário de 18 anos dela? - Questiona.

  - Vai conseguir, sei que vai! - Diz otimista.

  - Por que tem esta certeza?

  - Porque você é Ally Fllower! Não vai se render, não diante do seu amor por ela! - Ressalta.

Ela sorri:
  - O que achou da Baby? Gostou dela? - O encara.

  - Sim, você está certa, é impossível não gostar dela. Conversamos bastante! - Acentua.

  - Sim, eu vi vocês conversando! - Impulsiona se levantar.

Ele a segura:
  - Ficou com ciúmes? - A senta. 

  - Hã?

  - Você ficou com ciúmes! - Exclama. - Me diga, ciúmes da Baby ou de mim? 

  - Não fale bobagem Nick! - Puxa o braço.  

  - Ally, eu jamais teria algo com a Baby, antes de ela ser uma mulher, ela é sua melhor amiga, sua irmã! Eu só estava sendo gentil, não queria que ela ficasse com uma má impressão de mim, quer dizer, queria que a má impressão que ela já tinha de mim mudasse, foi só isso. Seu ciúmes é muito fofo sabia?! - Acaricia o cabelo dela.

  - Você é muito iludido achando que tenho ciúmes de você Nick! - Ressalta. - Seja mais realista!

  - Tem razão, eu devia me matar. - Brinca sério.

  - O quê? - Indaga assustada.

  - Eu devia sumir, afinal minha existência não é nada, existem bilhares de vidas neste mundo, por que a minha existência seria algo importante? Afinal, o que eu ainda estou fazendo vivo? - Indaga filósofo brincando com ela.

  - Do que você está falando? -  Questiona confusa.

  - Eu vou te tirar da minha deplorável e indesejável presença. Vou me juntar às infinitas estrelas do universo. Vou ser realista, ninguém gosta de mim, eu vou me tirar deste mundo cruel! - Grita. - Eu vou arrancar meu espírito, vou sair da sua vida Ally...

Ela o puxa e o beija, cansada das fúteis lamentações dele:
  - Por que fez isso? - Pergunta quando ela o solta. 

  - Para você parar de falar besteiras! - Informa.

  - Hum. - Morde a boca. - Mas agora eu quero mais! 

Ally o olha, Nick se aproxima e encosta os lábios ao dela com os olhos abertos a olhando, porém logo os fecha ao sentir o gosto doce de chocolate com morango dela. Os dois se rendem à um adoçado e caloroso beijo, ao qual é regado pela leve chuva que cai do céu e escorre pelos corpos enamorados.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Ally: Jogo de Amor" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.