Ally: Jogo de Amor escrita por Ella
Sábado, 22 de Agosto. (Continuação)
Thomás agarra Ally segurando seu pescoço e cintura forte, ela bate nele com socos nos ombros mas ele não a solta, mesmo diante da dor que ela causa. Nick a espera ao lado Baby:
- A Ly está demorando não é? - Questiona.
- Sim. - Resmunga.
- Nick! - Matheus exclama ao vê-lo. - E aí cara?!
- E aí?! - Se cumprimentam. - Tudo bem?
- Sim, tudo. - Olha para Baby. - E quem é esta?
- Sou a melhor amiga da Ally. - Diz séria.
- Huum! - Morde a boca.
- Estamos esperando ela voltar. E você? Está aqui com quem? - Pergunta.
- Com o Robert e Thomás! - Conta.
- Thomás? - Fica tenso. - Matheus, onde ele está?! - Indaga.
- Olha, boa pergunta. - Olha ao redor. - Ele sumiu!
- Droga! - Exclama.
Nick sai correndo em disparada:
- Nick! Aonde vai? - Baby corre atrás dele.
Ao alcançá-lo tenta saber o que acontece:
- O que está havendo? Este, este Thomás, é aquele?! - Questiona.
Eles chegam ao estacionamento e vêem Ally desesperada:
- Oh meu Deus! - Baby exclama vendo a cena.
- É. É ele! - Diz enfurecido.
Com fúria nas veias ele anda até Ally e puxa Thomás com força:
- Seu imbecil! - Grita forte.
Enraivecido Nick o dá um soco nos olhos, acerta seu estômago duas vezes, o puxa pela camisa e acerta seu rosto com três repentinos socos, depois o joga vendo sua boca sangrar. Se impulsiona andar até Ally, e Baby o alerta:
- Cuidado! - Grita.
Ela dá um chute vigoroso nas costas de Thomás e ele tomba sem força:
- Bom trabalho! - Nick a parabeniza.
- Eu sei! - Se gaba.
- Seus idiotas! - Thomás grita vindo na direção deles.
Por impulso Nick puxa Baby para trás dele e acerta o nariz de Thomás em cheio, ele cambaleia de tontura. Nick o soca descontrolado, por último chuta seu estômago e ele cai no chão sangrando:
- Vai embora daqui Thomás, antes que eu te mate ! SOME! - Grita de fúria.
- Eu vou. - Cospe sangue e se levanta. - Mas isso ainda não acabou!
- Não. Eu ainda vou lhe dar a surra que merece! - Nick informa frio.
Thomás sai mancando e sangrando enquanto aperta o estômago, o clima muda fazendo Nick e Baby se lembrarem de Ally:
- Ally! - Ele recorda e vai até ela. - Está bem? - A vê paralisada.
Ally olha para ele e corre para abraçar Baby:
- Está tudo bem meu amor! - Baby a conforta.
- Sim. - Ela resmunga.
Nick a vê nos braços de Baby e sente algo estranho dentro do peito, pensa no porquê de ela não ter o abraçado, o porquê de Ally ter procurado conforto em outro colo, mesmo que sendo o da melhor amiga, aquilo o deixa encabulado.
- Vamos para casa! - Comunica receoso.
- Okay! - Ally olha ainda pálida.
No caminho de volta Ally senta com Baby no banco do passageiro e Nick vai dirigindo em silêncio:
- Ele tentou algo com você? - Baby a pergunta preocupada.
- Não. - Responde constrangida.
- Sua boca está vermelha. - Nick informa sério olhando pelo retrovisor.
- Ele lhe mordeu? - Baby continua a interrogá-la.
- Hã... Sim, mas, acho que isso foi na hora que o Nick o puxou. Na hora o Thomás me mordeu forte e quando o Nick puxou ele não soltou, arrastou os dentes no meu lábio. - Diz envergonhada e tensa.
- Miserável! - Baby reclama enraivecida. - Ele fez mais alguma coisa?
- Ele segurou meu pescoço e cintura com força, muita força! - Frisa.
- O pescoço? - Levanta o cabelo dela. - Caramba! - Olha para Nick. - Está vermelho e machucado! - Engole seco.
Nick tenta se controlar e manter a calma diante da fúria que tem dentro de si. Ele as leva para a casa Blacker pois acha melhor Ally se distrair com Nane e Sophie, e também assim ele a vê por mais tempo:
- O que aconteceu? - Sophie pergunta vendo as expressões deles.
- Foi o Thomás. - Diz frio. - Cuide da Ally, por favor!
- Como assim? O que ele fez? - Fica confusa.
- Ele me agarrou! - Ally exclama.
- O quê? - Indaga.
- Vou explicar! - Ally vai para a cozinha com Sophie.
Baby e Nick os acompanham e vêem Sophie cuidar dos ferimentos dela:
- Ai, está ardendo! - Resmunga.
- Desculpa querida, precisa passar álcool, pode arder um pouco mais ainda! - Explica.
- Está bem. - Tenta sorrir. - Aauh!
O ódio se estampa no rosto de Nick, ele sai e vai para a sala, Baby o segue:
- Eu devia ter o matado! - Resmunga insensível para ela.
- Não fale bobagem, matar alguém é algo muito sério, pense na Ally, pense em como ela se sentiria! - Ressalta.
- É exatamente por isso que eu digo que devia ter o matado, porque estou pensando nela! - Se senta no sofá.
- Como assim? - Senta ao lado dele.
- O Thomás não vai parar, ele não vai parar enquanto não conseguir o que quer com a Ally. Ele vai tentar até o fim! - Informa preocupado.
- E o que ele quer? - Pergunta receosa.
- Ele quer o corpo dela, quer transar com ela, quer dar prazer e lamber o corpo, diz ser o homem que vai fazer ela gemer. Ele já começou, a agarrou e não teria parado. - Diz frio. - Ele quer acabar com ela mas eu não vou deixar! - Grita se levantando. - Eu não vou deixar!
Ally aparece doce na sala, os dois a olham:
- Como está? - Baby a pergunta.
- Melhor. Foi só o susto! - Diz modesta.
Nick respira fundo diante da doçura dela.
Por estarem cansadas as duas escolhem ir para casa logo, ele as deixa em casa como previsto:
- Tchau, até amanhã Nick! - Ally diz fofa.
- Tchau Ally! - Sente o coração apertado.
- Tchau! - Baby diz já na varanda.
Ele acena para ela e vai embora:
- Ele não costuma fazer isso! - Ally exclama.
- O que?
- Sair antes de eu entrar em casa. - A olha.
- Ah, deve ser porque estou aqui! - Sorri.
Já na hora de dormir as duas conversam deitadas na cama, Baby dorme ao lado dela por costume:
- Ly! - Sussurra.
- Sim Baby? - Sussurra de volta.
- Por que você não abraçou o Nick, na hora que fomos te ajudar? - Indaga.
- Uma vez falei a ele que seu gosto é de vômito quando na verdade é ao contrário! - Relembra.
- Sim. Eu sei. - Cochicha.
- Se eu o abraçasse ia me sentir horrível. Como pude comparar o gosto doce do Nick com o de alguém como o Thomás!? Ele é repugnante, já o Nick. - Sorri. - Ele é... O Nick!
As duas riem e dormem abraçadas. As pirralhas de 5 anos crescem mais a cada dia que passa, porém a amizade não é abalada pelo tempo, e sim, fortalecida, pelo sentimento verdadeiro, o amor!
Domingo, 23 de Agosto.
Baby procura por Ally pela casa, a hora de ir embora está chegando:
- Ly? Ly? Onde você está? - Olha nos cantos. - Ly! - Exclama. - O que faz ai?
Ally está sentada no canto do armário na cozinha:
- Eu... - Chora.
- Oh Ly! - Senta ao lado dela.
- Vamos nos ver só no seu aniversário agora! - Lamenta.
- Sim, mas não está tão longe. Temos nossos celulares para nos falarmos 24 horas e temos nossos sonhos para nos encontrarmos. Está bem? - Tenta ser otimista.
- Está bem! - Sorri leve.
- E tem uma coisa que você pode fazer que vai me deixar muito feliz lá longe! - Informa.
- O que? - Indaga.
- Se declarar para o Nick! - Sugere.
- Aish! - Revira os olhos.
- Eu sei que você consegue! - Acaricia seu cabelo.
Escuta uma buzina:
- Olha, por falar nele, chegou! - Baby exclama e se levanta. - Venha! - Estende a mão.
- Okay! - Pega a mão dela e se põe em pé.
Nick as leva para o aeroporto, espera ao lado das duas a hora do voo, até que chega:
- Tchau minha bebê! - Se abraçam forte. - Eu te amo muito, muito! - Baby chora.
- Eu também te amo meu amor ! - Ally a admira e beija a testa.
— Tchau Nick, obrigada por tudo! - Baby agradece.
- Tchau, disponha por tudo. Boa viagem! - Deseja.
Ela acena para os dois e embarca:
- Agora voltou! - Ally resmunga olhando para o portão de embarque.
- O que? - Questiona.
- A rotina! - O olha.
Ele sorri leve:
- Vamos! - Anda.
- Sim, vamos. - Olha uma última vez o portão e se vira caminhando.
Durante o caminho de volta ela fica em silêncio, Nick deduz que é pensando em Baby e na saudade que já sente.
- Chegamos! - Para o carro.
Ally não expressa emoção, fica parada:
- Quer que eu fique um pouco com você? - Pergunta preocupado.
- Aham! - Resmunga o olhando.
- Vamos ficar respirando ar puro então.
Eles saem do carro e se sentam na escada para subir na varanda da casa de Ally:
- Sua mãe está em casa? - Vê luz acesa.
- Hã... Não. Esqueci a luz acesa mesmo. - Sorri leve.
- Ally, não fique assim! - Coloca seu cabelo atrás da orelha. - Vocês duas irão se ver logo!
- E se eu não conseguir ir para o aniversário de 18 anos dela? - Questiona.
- Vai conseguir, sei que vai! - Diz otimista.
- Por que tem esta certeza?
- Porque você é Ally Fllower! Não vai se render, não diante do seu amor por ela! - Ressalta.
Ela sorri:
- O que achou da Baby? Gostou dela? - O encara.
- Sim, você está certa, é impossível não gostar dela. Conversamos bastante! - Acentua.
- Sim, eu vi vocês conversando! - Impulsiona se levantar.
Ele a segura:
- Ficou com ciúmes? - A senta.
- Hã?
- Você ficou com ciúmes! - Exclama. - Me diga, ciúmes da Baby ou de mim?
- Não fale bobagem Nick! - Puxa o braço.
- Ally, eu jamais teria algo com a Baby, antes de ela ser uma mulher, ela é sua melhor amiga, sua irmã! Eu só estava sendo gentil, não queria que ela ficasse com uma má impressão de mim, quer dizer, queria que a má impressão que ela já tinha de mim mudasse, foi só isso. Seu ciúmes é muito fofo sabia?! - Acaricia o cabelo dela.
- Você é muito iludido achando que tenho ciúmes de você Nick! - Ressalta. - Seja mais realista!
- Tem razão, eu devia me matar. - Brinca sério.
- O quê? - Indaga assustada.
- Eu devia sumir, afinal minha existência não é nada, existem bilhares de vidas neste mundo, por que a minha existência seria algo importante? Afinal, o que eu ainda estou fazendo vivo? - Indaga filósofo brincando com ela.
- Do que você está falando? - Questiona confusa.
- Eu vou te tirar da minha deplorável e indesejável presença. Vou me juntar às infinitas estrelas do universo. Vou ser realista, ninguém gosta de mim, eu vou me tirar deste mundo cruel! - Grita. - Eu vou arrancar meu espírito, vou sair da sua vida Ally...
Ela o puxa e o beija, cansada das fúteis lamentações dele:
- Por que fez isso? - Pergunta quando ela o solta.
- Para você parar de falar besteiras! - Informa.
- Hum. - Morde a boca. - Mas agora eu quero mais!
Ally o olha, Nick se aproxima e encosta os lábios ao dela com os olhos abertos a olhando, porém logo os fecha ao sentir o gosto doce de chocolate com morango dela. Os dois se rendem à um adoçado e caloroso beijo, ao qual é regado pela leve chuva que cai do céu e escorre pelos corpos enamorados.
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