Ally: Jogo de Amor escrita por Ella
Domingo, 02 de Agosto. (Continuação)
Após o efeito do encanto cessar Ally escova os dentes ao lado de Nick e vai para o quarto se arrumar. Na parte da manhã todos terminam de guardar as coisas que trouxeram dentro das malas e ajeitar os quartos. No almoço Sophie e Ana preparam algo simples para não dar trabalho, e assim que acabam de comer se organizam para irem embora. Ally coloca Luna dentro de um transporte de gatos cor de rosa e vai o carro onde todo mundo já se encontra:
- Temos 5 lugares para 7 pessoas, duas vão ter que ir no colo. - Sophie diz planejando.
- Eu vou no colo de Nick! - Felícia sugere atrevida - E Ally vai no colo de Victor!
- Jamais! Depois do que aconteceu na primeira semana que estávamos aqui, Victor não encosta na Ally! - Ressalta.
- Tia, eu estava fora de si! - Victor reclama chateado.
- Mesmo assim! Bem, Felícia você vai no colo do seu irmão e Ally no colo de Nick! - Acentua esperta. - Tudo bem para você querida? - Pergunta para Ally.
- Hã... Sim! - Responde receosa.
Nick a olha um tanto malicioso:
- Ok. Coloque a Luna nos seus pés! - Conclui.
- Okay! - Exclama meiga
Nick entra no carro primeiro e senta no canto perto da janela, Ally entra tensa e se senta no colo dele com o coração disparado, encaixa Luna nos pés enquanto todo mundo se ajeita. Os dois estão no canto, Ana no meio, Felícia e Victor perto da porta, Sophie dirige e Nane está no banco do carona. O percurso começa calmo, sem perturbações, porém com duas horas de viagem eles pegam um trânsito ruim, e ficam parados por uma hora:
- Está tudo bem? - Ally pergunta doce para Nick por estar sentada em suas pernas durante muito tempo.
Ela recebe a resposta com um sorriso bobo:
- Está... Está sim! - Diz com um ar de malícia.
Felícia e Victor observam os dois calados. Finalmente o trânsito acaba e seguem caminho:
- O que acham de pararmos um pouco para esticar as pernas e comer algo? - Sophie pergunta olhando pelo retrovisor.
- Pode ser! - Os cinco falam juntos, e se olham com a situação.
Sophie para em um restaurante rústico, onde sua especialidade é carnes:
- Não se preocupe Ally, eles tem pratos especialmente para vegetarianos! - Diz abrindo a porta do estabelecimento.
- Está bem! - Tranquiliza.
Enquanto todos comem churrasco e costela com molho Ally lancha delicadamente uma torta de legumes com palmito e orégano. A refeição acaba e Nane chama o garçom para pedir a conta:
- Eu volto já! - Ally diz se levantando.
- Está bem querida! - Exclama Nane.
O tempo passa e ela demora a voltar, na TV a previsão do tempo preocupa Sophie e ela pede a Nick para chamá-la:
- Filho, você pode chamar a Ally para mim? - Pede. - Estamos indo para o carro!
- Ok. - Diz sério e vai até o banheiro.
Ao chegar na porta vê uma mulher saindo:
- Com licença, tem uma moça de cabelo roxo dentro deste banheiro? - Pergunta educado para ela.
- Não sei meu filho, me dê licença! - Diz grossa e sai.
- Aish! - Reclama e entra no banheiro.
- Moço, este é o banheiro feminino! - Uma mulher exclama assustada.
— Sim, eu sei. - Ressalta. - Allyson? Allyson? - Chama.
- Nick!? O que faz aqui? - Indaga tensa dentro de uma divisória.
- Precisamos ir embora, está vindo uma tempestade de neve e temos que sair antes dela chegar! - Explica.
- Eu... Eu já vou... - Gagueja constrangida. - Me espere lá fora.
- Ok. - Caminha para sair. - Droga, cadê minhas chaves? - Resmunga passando a mão no bolso. - AFF! - Volta para o banheiro e achá-as no chão.
Guardando o chaveiro com as chaves dentro do bolso ele escuta Ally resmungando no divisório, já sem ninguém no banheiro:
- Aff, será que eu não posso pensar em paz?! Garoto irritante! - Cochicha.
Sério ele sai e fecha a porta. Encostado na parede antes do corredor do banheiro ele percebe que ela demora já tendo passado um certo tempo e decide voltar. Ally não consegue sair do corredor por ter um rapaz na sua frente a importunando:
- Me deixe passar! - Pede.
- Não antes de me dar seu telefone. - Diz entrando na frente dela.
- Não! - Frisa.
- Ora, por que não!? Você está sozinha, eu estou sozinho, nós dois somos charmosos, o que custa nos conhecermos? - Indaga. - Vamos sair e conversar um pouco!
- Desculpe, não estou afim. - Ressalta séria. - Agora, por favor me deixe passar!
- Daqui você não sai! - Entra bruscamente na frente dela.
- Com licença, a deixe passar! - Nick pede com a voz firme atrás dele.
- E quem é você? - Questiona estúpido.
- Deixe a minha namorada passar, por favor! - Frisa olhando para ela.
O rapaz abre espaço:
- Venha! - Pega a mão dela sério.
Ally está confusa e inibida:
- Ela disse que não tem namorado! - O rapaz grita os vendo sair.
- Ela mente! - Ressalta andando.
Já saindo do restaurante Nick a solta a mão:
- Não se preocupe, só falei aquilo para ele te deixar em paz sem confusão! - Esclarece sem olhar para ela.
- Você mentiu! - Acentua surpresa.
- Não, eu não menti. - Assegura.
- Mentiu sim! - Insiste.
- Não. - A para e encara. - Eu omiti. Me diz Ally, o que nós dois temos?! Somos amigos? Não. Somos namorados? Não. O que temos não tem nome, é inominável. Eu falei uma verdade retorcida. - Explica ríspido.- Agora vamos! - Caminha para o carro.
Ela fica parada, sente como se toda a esperança e alegria momentânea ao qual sentiu estivessem morrido:
- Anda! - Grita frio.
Voltam todos para dentro do carro e partem para casa. O silêncio prospera até que o celular de Ally toca, ela o pega e resmunga:
- Quem é querida? - Nane questiona vendo sua expressão.
- É um garoto da minha turma, acho que quer saber sobre o começo das aulas. - Responde. - Ele já ligou antes.
- E por que não atende?
- Porque ele fica puxando assunto, ele é irritante, adora me atormentar! - Explica.
Nick sorri relembrando do banheiro:
- Eu falo com ele! - Pega o celular da mão dela.
- Mas... - Resmunga.
- Alô. - Atende.
— Este é o celular da Ally? — Pergunta.
- É sim, o que quer? - Indaga sério.
— Quero saber quando começam as aulas.— Diz tenso.
- É amanhã Rodrigo, aula normal. - Afirma.
— Ok, obrigado.
- De nada. - Desliga o celular. - Pegue!
- Obrigada! - Ela agradece boba.
Um sorriso leve recebe de volta como dizendo 'Por nada'. Já perto de chegar, faltando uma hora de viagem o clima muda e trás o frio de uma tempestade que se aproxima rápido:
- Está frio. - Sophie diz ligando o aquecedor. - E este aquecedor não resolve nada! - Reclama.
- Sim, e meu casaco está dentro da mala. - Ally comunica vendo que todos estão agasalhados.
- E não deixou fora por quê? - Felícia questiona aquecida no colo de Victor.
- Não imaginei que fosse esfriar assim. - Explica doce.
- É uma tonta mesmo! - Debocha rindo.
Um vento frio entra pela brecha da janela e ela treme, como imediato sente algo a apertando, olha para baixo e vê os braços de Nick a abraçando, ele a encara sedutor:
- Está melhor assim? - Pergunta.
- Está. Mas não precisa me apertar tanto! - Reclama.
De propósito ele a cola mais com os braços envolta de sua cintura:
- É melhor você sentar no meio. - Sugere.
- O quê? - Entende que é para trocar de lugar com Ana.
- Sentar no meio Ally. - Abre as pernas e ela cai entre as pernas dele. - Assim!
- Mas...
- Pare de reclamar! - Diz atraente.
Ally encosta a cabeça no peito de Nick, ele a abraça forte e por seu corpo estar quente e agasalhado ela se aquece rápido. Sophie sorri vitoriosa vendo a cena pelo retrovisor. Eles passam uma hora assim, e ao chegar em casa a tempestade aparece forte, Felícia e Victor vão para casa rápido pois sua mãe os vem buscar ligeiro, porém Ally fica na casa Blacker:
- Falou com sua mãe Ally? - Nane pergunta.
- Sim, ela deixou eu passar a noite aqui. - Responde meiga.
- Melhor assim, a tempestade está forte! - Exclama.
- Sim. Bem, vou levar minhas coisas para o quarto de hóspedes, amanhã levo para casa. - Informa.
- Ok.
Subindo as escadas ela tropeça em um degrau:
- Eu ajudo você! - Nick diz chegando atrás dela.
- Obrigada. - Sussurra.
Para o jantar Sophie pede pizza, de chocolate, vegetariana, quatro queijos, margherita e a tradicional de muçarela, para não ter trabalho com a louça. Em seguida todos se banham e se arrumam para dormir. Nick encontra sua mãe na cozinha quando vai beber água:
- Eu vou dormir agora querido! - Diz para ele. - Boa noite! - Beija sua testa.
- Boa noite mãe. Durma bem! - Diz doce.
- Você também querido. Ah, veja se a Ally vai dormir agora, se não for, faça companhia à ela! - Pede.
- Ok.
Caminhando até a sala ele encontra Ally no sofá, ela adormecera sentada:
- Menina tonta! - Resmunga sorrindo bobo. - Parece que faz de propósito, apenas para eu levá-la e sentir seu corpo. - Insinua a pegando no colo.
O corpo dela está quente e coberto com um grande moletom de Nick. Lentamente ele abre a porta do quarto de hóspedes e a põe na cama; fica sentado ao lado dela admirando sua beleza enquanto dorme:
- Você é tão linda! - Cochicha enamorado acariciando seu cabelo. - Eu não sei quanto tempo mais vou aguentar... Estes sentimentos explodindo dentro de mim! - Suspira.
Ele passa a mão pelo rosto dela e vê uma pequena cicatriz na testa, relembra o acidente com Philippe:
"Por favor! Fique comigo, abra os olhos! Por favor, por favor!"
- Eu tive tanto medo de te perder! - Resmunga. - Fiquei apavorado... Eu nunca senti algo assim por alguém. Você está me transformando por completo! - Aproxima o rosto e a beija doce tocando os lábios suavemente. - Me deixe lhe mostrar que estou diferente! - Pede encantado com a testa encostada na dela e se levanta.
Nick sai, fecha a porta e vai dormir, sem sucesso.
Às aulas começam normalmente e a rotina sem nada especial volta, com isto a primeira semana após às férias se passa.
Domingo, 09 de Agosto.
Na casa Blacker Ally chega para passar o dia ao lado de Sophie e Nane (e Nick). Para o almoço ela e sua parceira Sophie fazem algo novo, com sucesso. Por todos terem criado laços com Ally as refeições ficaram diferentes, mais saudáveis, variadas e leves, porém de vez enquanto comem as suculentas carnes.
De tarde na sala Nick vê TV sentado no sofá ao lado de Ally, quando a campainha toca e ele vai abrir a porta por Ana estar afastada pelo fato de Sophie ainda estar pensando na situação dela.
- E aí cara?!
Ally escuta na sala:
- Como você está? - Ouve voz feminina.
Se levanta ao ver as pessoas que chegam. Douglas e Carina aparecem na sala, ele está com o braço sobre o pescoço da namorada:
- Ally, estes dois pombinhos vieram passar a tarde conosco! - Nick diz chegando atrás deles com as mãos nos bolsos.
Ela caminha até eles:
- Olá! - Diz doce.
- Oii! - Carina responde sorridente.
- Então... finalmente vou conhecer de verdade a interessante Ally! - Douglas ressalta a encarando. - Já estava na hora!
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