Na casa dos Blacker tudo segue regularmente após Ally ir embora, os dias passam trazendo a terça-feira. Sophie chama por seu filho depois de desligar o telefone:
– Nick! Nick! - Ela bate na porta do seu quarto.

– O que foi mãe? - Ele a pergunta assim que abre a porta. Está sem camisa e com o cabelo desarrumado, estava deitado mexendo no notebook.

– Filho, você falou com Ally hoje? - Ela trás um tom estranho na voz.

– Não. Eu não falo com ela desde sábado. - Ele responde. - Aconteceu alguma coisa? - Indaga.

– A mãe dela acabou de ligar, disse que ela saiu às 8h00 da manhã e até agora não chegou, já são quase 21h00 da noite. Você não tem ideia onde ela possa estar?

– A mãe dela não disse para onde ela foi? - Questiona.

– Ela disse que Ally ia se encontrar com umas amigas, avisou que ia demorar mas não tanto assim. Estou preocupada. - Diz apertando a corrente no pescoço.

– Não se preocupe, ela deve estar bem. - Ele diz receoso, porém quer acalmar a mãe.

Nick fecha a porta e Sophie desce, minutos depois ele aparace já arrumado:
– Aonde vai? - Pergunta sua mãe.

– Vou tentar achar Ally, qualquer coisa aviso. - Ele diz e sai.

Nick vai para a biblioteca porém não a encontra, pega o celular e disca um número:
– Alô? Emilly?

– Oi, sou eu. Quem é? - Ela pergunta confusa.

– É o Nick, da sua sala. Emilly por acaso você viu a Ally hoje? - Interroga ela.

– Nick!? Nossa! Bem, eu a vi sim. - Responde.

– Onde?! - Frisa forte.

– No B & W Club, ela estava com a Gaby e a Jessy.

– Ela ainda está lá?

– Bem, eu vim embora faz uns 20 minutos e ela ainda estava lá sim. Mais o que foi? Aconteceu alguma coisa?

– OK. Obrigado. - Ele desliga o celular.

Dirige rápido e logo chega no clube, entra e vê muita gente na área aberta, caminha para lá olhando em volta a procurando. Muitas barracas estão espalhadas pelo espaço, tem um palco no centro e decorações com fitas e flores pelo local. Passando a vista em todos vê uma garota com cabelo longo e roxo, volta a visão, e é Ally; vai até ela:
– Ally! - A chama já perto.

– Nick! - Ela exclama surpresa. - O que faz aqui?

– Ora Ally, sua mãe, a minha mãe, a vovó, estão todas preocupadas com você, saiu cedo e até agora não voltou. Por que não avisou que iria chegar tarde? - Diz grosso com as mãos nos bolsos.

– Eu estou sem celular. Avisei a mamãe quando sai mais acho que realmente devia ter falado que o tarde ao qual me referi é tarde de verdade. - Explica se sentindo culpada.

– Está sem celular?

– Sim, eu fui assaltada domingo. Estava voltando da biblioteca central e um ladrão roubou minha bolsa. Levou meu celular, meu dinheiro, as chaves de casa e meus documentos. Eu já consegui fazer meus documentos e as chaves, 50 euros não é nada, mas ainda não tenho como comprar um celular, estou usando apenas o telefone fixo de casa. Você não sabia disso? Eu falei para Nane, caso ela ligasse para mim e eu não atendesse. - Ela parece um tanto indiferente.

– Não, não sabia. Já que eu a encontrei, vou levar você para casa. - Ele diz.

– Eu não vou embora agora Nick. - Informa.

Ele para:
– É você que está nessa barraca? - Pergunta um rapaz para Ally.

– Sim, sou eu. - Ela responde.

Nick olha para cima e vê escrito 'barraca do beijo', ele fica atordoado e na hora que o rapaz ia a beijar ele o puxa e entra na sua frente:
– O que é isso? Barraca do beijo Ally? - Questiona imprudente.

– Sim, para ajudar a arrecadar dinheiro. - Conta.

– Estão pagando para te beijar?! - Indaga.

– Bem, todas as barracas que estão aqui hoje e todos os eventos estão arrecadando dinheiro para doar as crianças carentes da instituição Parker & Flowers. As meninas tiveram a ideia de fazer a barraca do beijo porque acharam que daria muito dinheiro, e estavam certas, já temos um bom valor.

– Há quanto tempo você está aqui Ally? - Pergunta sério.

– Na barraca estou há pouco tempo, faz uns 5 minutos, antes eu estava ajudando Megan com os bombons, só que a Gaby pediu pra mim ficar aqui até ela voltar.

– E aonde ela foi?

– Acho que comer alguma coisa e ver as outras barracas. Eu já fiz isso, então está tudo bem pra mim. - Ela diz.

– Ally, você tem que ir embora. - Afirma.

– Agora que você veio aqui pode dizer a minha mãe que estou bem e que vou chegar mais tarde. Não vou embora agora, tenho muito dinheiro para arrecadar ainda. Você pode ir e avise à todos, eu pego um táxi quando for. - Ela avisa.

– Ally! - Ele exclama frio.

– Nick, tem milhares de barracas aqui, umas vendendo comida, outras flores, outras bijuterias, outras tem jogos com prêmios, está é a barraca do beijo, estou aqui pelo mesmo motivo de todos os outros. Eu não vou embora agora, vou beijar, quer dizer, dar um selinho em todos os rapazes que aparecerem aqui até a Gaby voltar. - Ela assegura grossa.

– Ok, mais eu não vou embora! - Ele diz e sai.

Perto de umas árvores mais ainda com Ally ao alcance da vista ele fica a observando. Megan o vê e comenta sobre:
– O Nick não vai embora?

– Parece que não. - Responde Ally.

– Ele vai ficar vendo você beijar os garotos?

– Eu acho que sim. - Concorda.

Um primeiro rapaz chega e a beija, Nick permanece calmo, porém conforme o terceiro chega ele fica sério, se senta num banco e vê uma fila de dez rapazes dar um selinho nela.
Na barraca notam o seu olhar frio:
– Aquele garoto parece nervoso! - Jessy exclama. - Espera, é o Nick! O que ele faz aqui?

– Ele veio atrás da Ally. - Responde Megan.

– Ally, o que está acontecendo entre vocês? Ele parece nervoso e um pouco enciumado. - Comunica Jessy.

– Ele não tem motivo para ficar assim, nós não temos nada. - Responde.

"Ele não tem motivo para ficar com ciúmes, Nick não fica com ciúmes, muito menos de mim, afinal de contas ele é insensível e sem empatia."
Ela pensa enquanto beija os rapazes.
Ele vai ficando enraivecido, foca em cada beijo que ela dá e sua raiva aumenta gradativamente. Vigésimo terceiro, vigésimo quinto, vigésimo nono, ele se levanta, aperta as mãos, bagunça o cabelo; os lábios distintos que tocam o dela o frustam rapidamente.
– Caramba, não dá pra deixar de reparar em como o Nick está enraivecido. - Frisa Jessy.

– Por que ele está assim?! - Indaga Megan.

– Eu não sei! Mais eu vou descobrir. - Ela sorri.

– O que pretende?

Ally as olha e levanta a sobrancelha:
– Ei, não tente provocar ele, é perigoso! - Diz Megan preocupada.

– Sei disso. - Conclui.

"Ally está fazendo isso para ajudar as crianças carentes como os outros".
Ele pensa e se senta novamente, tenta manter o controle, até que um rapaz a morde a boca após o selinho, o fato de ela estar sorrindo e passando a mão na boca o deixa mais furioso, se levanta e fixa a visão na boca dela, cada selinho que ela dá seguinte àquele o enraivece mais, sua mão formiga e seu corpo treme de raiva e ciúmes.
Ele conversa com Douglas:

"Douglas:
Tente manter a calma Nick."

"Nick:
Eu não consigo ver esses homens beijando a boca dela. É agoniante imaginar que estão sentindo o seu gosto."

"Douglas:
É só um selinho, e é por uma boa causa, controle esse ciúmes ridículo."

"Nick:
Eu não sinto ciúmes Douglas"

"Douglas:
OK."

"Nick:
Meu sangue está fervendo."

1h00 se passa, os olhos de Nick não piscam de raiva. Gaby aparece, Ally sai e some no meio das pessoas, ele vai até a barraca:
– Aonde Ally foi? - Ele pergunta completamente sério.

– Ela vai se apresentar agora. - Gaby responde.

– Se apresentar?! - Ele franze a testa e vai até o palco.

Chegando a vê com umas garotas prontas para dançar. Ally o olha e sorri de lado, Nick percebe o sorriso dela. A música começa, If You Do do GOT7, ele logo percebe que ela o olha enquanto dança. Ela o provoca, o encarando e sorrindo, sua coreografia é sensual e envolvente; ele fica sério, sua raiva aumenta pois sabe que ela está fazendo de propósito, como se move e alisa seu corpo, está provocando os homens ao redor, e isso o enfurece. Ally passa a mão descendo do busto até a cintura, mexe o cabelo, expõe as pernas, atraente, sensual e provocante; Nick respira com ódio, morde a boca ofegante, sente o corpo arder de fúria, ele transborda ciúmes.
– Tenha calma! Sua namorada só está dançando! - Exclama um homem do lado dele por o ver tão nervoso.

Nick fumaça de raiva, insensível e ríspido sua expressão assusta de tão fria:
– Ela não é minha namorada!

– Ah, mas ela está te provocando muito para ser só uma amiga. - Assegura o homem.

– Ela não é minha amiga. - Diz frio.