Ally: Jogo de Amor escrita por Ella


Capítulo 14
Café da Manhã




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Nick chega na escola segunda-feira um tanto aéreo, não assisti os primeiros horários pois fica no telhado sozinho esperando o intervalo. Assim que toca ele desce e vai conversar com Douglas:
– Você veio, achei que tinha faltado. - Acentua Douglas o vendo no refeitório.

– Preciso falar com você. - Nick exclama.

– Está bem.

Os dois vão para um lugar afastado na área verde:
– O que você fez agora? - Douglas questiona.

– Sabe aquela festa do Robert? Ao qual menores de 18 sem dinheiro não podem entrar? - Ele pergunta.

– Sim. Não me diga que você.

– Eu fui nela. Ontem quando cheguei em casa minha avó me deu uma bronca e eu estava sentindo minha cabeça apertando, peguei o carro e fui lá. Tinha música, bebidas, mulheres. - Ele conta.

– Nick, você transou com alguma mulher? - Douglas endurece a voz.

– Sim.

– Mais que droga Nick. Por que fez isso? - Indaga.

– Eu estava sem lucidez alguma, Ally vinha na minha cabeça direto, eu só queria voltar à si, mas... Agora me sinto culpado, arrependido, desorientado. - Ele se senta com a mão na cabeça. - Eu não sei o que fazer, essa garota não sai da minha mente. - Ele vai aumentando a voz e se levanta. - Olhe para ela. - Ele aponta para Ally sentada na grama lendo. - Essa garota está me atormentando, o cheiro dela está no meu quarto, na sala, na cozinha, no banheiro, no quintal, no armário; eu fiquei com várias garotas ontem porém... - Suspira. - O gosto dela não sai da minha boca, um gosto doce, bom, como o de chocolate, caramelo e morango, eu poderia beijá-la infinitamente, os lábios dela são suaves e delicados, é quase irresistível, e como ela te beija e morde não tem como negar, ou não retribuir; eu ainda sinto o corpo dela, quente e ofegante, cada curva, detalhe, simetria, como é macio e brando. Eu, não consigo tirar a sensação de beijá-la da minha boca, eu não sei o que está acontecendo, porque por mais que eu queira tirar ela da cabeça eu também quero poder ajudá-la, foi por tal motivo que eu fui na casa dela, mas também por ter ido quase aconteceu uma grande besteira.

– Besteira, burrice, mancada. Nick, por mais idiota que você seja, é a primeira vez que você quer ajudar alguém sem ser sua avó ou sua mãe, e isso me deixa feliz, até se abrindo mais para mim você está, antes não me contaria tais coisas. Agora, preste atenção, você não vai conseguir ajudar a Ally se toda vez que for fazer companhia a ela levá-la pra cama ou a agarrar dessa maneira. Sei que o seu desejo por ela é grande, e que mal consegue se controlar, ainda mais agora que já sabe qual gosto ela tem, vai ficar querendo mais, porém, se quiser mesmo fazer algo bom por aquela garota... - Ele aponta para Ally que enxuga o rosto. - Triste, solitária e forte, vai ter que aprender a ter muito autocontrole. Quando conheci Carina tive que aprender, foi bem difícil mas o fato de eu a querer do meu lado me incentivou. Você quer mesmo ajudar a Ally?

– Por mais estranho que pareça, sim eu quero. Ela está corroendo meu cérebro, meu sistema nervoso e minha mente, mas, por mais que me assuste dizer isso, é a verdade. Quero ajudá-la.

– Então para de ser esse garoto ridículo, você já tem 19 anos e fica agindo como um pré-adolescente, descubra o que quer da sua vida, para de ser infantil, para de ser cara de pau, sem vergonha, e para de sair beijando milhares de garotas, isso pode ser prazeroso porém nunca ajudou, e não vai ajudar agora, só vai piorar tudo. Existe uma garota ao qual está te mudando, deixe ela fazer isso em você, não percebe mas já não é tão insolente assim, estude e prove para si mesmo que consegue acabar o ensino médio e ir para uma universidade. Nick, te conheço há anos, sei que sempre foi assim, mas faz uns dias que está diferente, isso é bom, e espero que não tenha uma recaída. Está se preocupando com uma garota, isso é um milagre, mas para ajudá-la de verdade tem que se controlar e deixar de ser ridículo; tenha autocontrole, guarde o seu desejo dentro de você, esse é o ponto essencial e principal

– Eu tentei fazer isso mas fracassei, eu simplesmente não consigo, meu desejo aumenta cada vez mais. - Nick explica.

– Bem, ficaria mais fácil se controlar se você admitisse para si mesmo que está gostando da Ally, mesmo sendo cedo pra isso.

– O quê? - Ele resmunga.

– Está na sua cara, admita isso para si mesmo e ficará mais fácil, pois terá dois sentimentos dentro de você, um controlando o outro. Já falou com ela depois daquilo?

– Não, tenho a observado desde que cheguei mas não falei com ela ainda. - Responde.

– Pois fale, e peça desculpa. Nick, por mais que tenha feito uma burrada ontem, estou orgulhoso de você, não me desaponte.

– Está bem.

– Nos falamos depois. - Douglas se despede.

– Ok.

Nick fica sozinho, se senta num banco e observa Ally. Ela fecha o livro e abaixa a cabeça, quando levanta passa a mão pelos olhos. Ele respira fundo e solta o ar resmungando.

A semana vai passando e sexta-feira chega rápido. A avó de Nick ainda um pouco chateada com ele pergunta sobre Ally no café da manhã já que ele não diz nada sobre:
– Você falou com Ally algum desses dias?

– Não. Todas às vezes que tentei falar com ela, assim que estava me aproximando, ela saia. Não sei se era me evitando, ou se simplesmente não me via. - Ele responde.

– Não fale no passado, ainda tem um dia. Fale com ela hoje, a chame para vim aqui em casa amanhã.

– Por que?

– Porque eu quero que ela passe o dia aqui, falei com sua mãe e ela adorou a idéia. E também quero saber como ela está, depois de TUDO. - Ela frisa o 'tudo'. - Será que pode fazer isso, ou falar com ela é demais?

– Não. Eu falo com ela.

– Ótimo. - Sua avó responde e sai.

Na escola Ally permanece a mesma, afastada de todos com livros nas mãos. Lendo sentada num banco ao redor de uma árvore na área verde, seu celular toca:
– Oi Baby! - Atende.

– Olá Ly! - Exclama Baby. - Como está?

– Estou bem, o máximo que consigo ficar.
– Sua voz está opaca, estava chorando? - Questiona Baby.

– Não. Só estou com sono, não tenho dormido muito bem esses dias. - Ela esclarece.

– Por que?

– Insônia. Baby. Cenas de domingo ficam aparecendo na minha mente enquanto durmo. Acordo no meio da noite, e não consigo mais dormir. - Ela diz envergonhada.

– Ly, não se preocupe, vocês não chegaram tão longe, pararam à tempo. Relaxe, Okay? - Baby tenta confortá-la.

– Okay!

– E como você está indo na escola? - Baby pergunta tentando mudar o assunto.

– Baby! Baby! Baby! - Ally exclama ligeiro.

– O que foi!? - Indaga.

– O Nick... Está vindo na minha direção! - Sublinha assustada.

– O quê?! - Baby resmunga surpresa.

– Eu... Eu vou desligar. - Ela diz com ele chegando perto.

– O quê!? Não! Ally, não! - Baby se desespera.

Ally desliga o celular. Nick já está na sua frente a olhando fixo:
– Minha avó e minha mãe querem que você vá lá em casa amanhã. Querem que almoce lá, então chegue às 13h00, minha vó vai aproveitar para conversar com você. - Ele informa calmo com as mãos nos bolsos.

– Eu, eu não sei se posso ir. - Ela gagueja um pouco.

– Okay. Foi convidada. - Ele diz e sai.

Finalmente amanhece sábado, um dia claro e muito frio, com previsão de neve ao entardecer, Nick acorda às 8h00 e desce para a cozinha, no caminho passando pela sala dá de cara com Ally e se surpreende:
– Ally! Você. Você chegou cedo. - Gagueja.
– Eu liguei para ela e pedi pra vim mais cedo, para passar o dia todo conosco. - Diz sua avó chegando atrás dela.

– Você tem o telefone dela? - Ele pergunta confuso.

– Agora tenho! - Acentua. - A Ally me disse enquanto estávamos conversando que não tomou café da manhã e como você também não tomou, faça algo para vocês dois. Entendeu?!

Nick balança a cabeça em sinal de sim:
– Vá com ele querida! - Vovó diz a Ally.

Os dois vão para a cozinha:
– Senta! - Nick afirma para ela.

Ally se senta na mesa e o observa tímida fazer tudo; ele se sente incomodado:
– Corta essas frutas e coloca nesses pratos. - Ele tenta distraí-la.

Com tudo pronto os dois se sentam na mesa. A mãe dele aparece e vendo o silêncio vai conversar com eles:
– Está tudo bem querida?

– Está sim. - Ally responde doce.

– Ótimo, qualquer coisa é só falar. Fique à vontade.

– Está bem. Obrigada - Ela sorri leve.

– Querido, eu achei essa pulseira nas suas roupas. Já estou cansada de achar essas coisas. Não vai me dizer que é de alguma daquelas suas "amigas" de novo. - Sra. Blacker diz um pouco zangada.

– Não é. - Ele responde sério.

– Estava preso na sua calça Nick! De quem é!?

– É da Ally! - Exclama.

Ally que estava distraída cospe o suco nele surpresa com a resposta, ele fica todo sujo de suco de laranja com manga.


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