Ally: Jogo de Amor escrita por Ella


Capítulo 11
Aquecida




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Parada na janela vendo a neve cair Ally anda até Nick que conversa com a vovó na sala:
– Eu tenho que ir embora! - Exclama em direção a eles.

Os dois viram e olham espantados para ela:
– Embora? - Indaga Nick.

– Querida, sinto muito mas não tem como você ir embora nessa situação. - Diz a avó dele.

– Por que? - Pergunta confusa.

– Ally, está tendo uma tempestade de neve lá fora, e aparentemente vai piorar. Marca negativo e todas as ruas e rodovias estão fechadas, nenhum táxi, trem, ônibus ou qualquer outro meio de locomoção está ativo. Está tudo parado, não tem como você ir embora. - Ele explica.

– Eu vou a pé. - Ela afirma.

– Ally! - Nick ressalta.

– Querida. - A mãe dele aparece. - É melhor você passar a noite aqui, ainda não se recuperou totalmente e o ar gelado pode fazer você ter uma recaída. Então durma aqui, onde vai estar aquecida e segura, e amanhã quando essa tempestade já estiver acabado você vai para a sua casa.

– Eu não sei. - Ela diz sem saber o que fazer.

– Faça assim, jante conosco, espere até certa hora e se o tempo não melhorar você dorme aqui, porém se a neve amenizar Nick te leva para casa. - Diz a mãe dele.

– Eu? - Nick pergunta surpreso.

– Sim. - Sua mãe afirma.

Ally suspira e responde:
– Está bem. Só tenho que avisar a mamãe. - Diz.

– Tudo bem querida, fique à vontade.

Ela liga para sua mãe, que entende perfeitamente a circunstância. O telefone da casa de Nick toca e a mãe dele atende:
– Querido, é seu pai. - Ela o avisa.

– Vou atender no meu quarto. - Nick sobe as escadas.

Olhando ele subir distraída Ally é interrompida pela vovó:
– Ally.

– Sim Sra. Clarisse. - Ela comprimenta.

– Me chame de Nane querida.

– Está bem. - Ela sorri.

– Podemos conversar enquanto o jantar é preparado? - Sra. Clarisse pergunta.

– Sim. - Sorri.

As duas conversam em particular, Nick fica em seu quarto e Sra. Blacker ajuda na preparação do jantar, até ficar tudo pronto. Pratos, copos, talheres, guardanapos, comida, suco; quando tudo está à postos ela os chama.
Rodeados na mesa, Ally observa a comida; costela ao molho francês, almôndegas suecas, torta de frango com ricota, bolinhos de picanha e cebola e salada verde com tomate cereja:
– Está tudo bem querida? - Pergunta a vovó.

Nick abaixa a cabeça e resmunga sério:
– Droga, esqueci de avisar. - Diz baixo.

Ally olha para ela e fica desconcertada:
– Bem, é que...

– Ela é vegetariana. - Nick ressalta.

Ally o olha séria:
– Verdade? - Indaga Sra. Blacker. - Você é vegetariana querida?

– Hã... Sim, sou. - Responde sem jeito.

– Bem, sendo assim você não pode comer isso. Eu vou preparar algo para você. - Ela diz se levantando.

– Oh não. Não precisa, por favor, eu como isso mesmo, tudo parece ótimo. - Ally a pede.

– Não, não vou deixar você comer isso. Eu preparo algo bem rápido para você. Fique aí.

– Sra. Blacker, por favor, não quero que tenha esse trabalho.

– Não é trabalho algum querida.

– É sim, já dei tando trabalho à vocês, não quero que tenham mais.

– Ora, não fale assim, será um prazer fazer seu jantar Ally. - Exclama Sra. Blacker.

– Por favor! - Pede Ally.

Vendo àquela situação Nick levanta rápido da cadeira, olha para as duas frio e sai. Diante daquilo elas se sentam, e começam a comer; apenas salada pousa no prato de Ally, ela come um folha de cada vez, até que 10 minutos depois ele reaparece com um prato na mão, coloca sobre a mesa na frente dela:
– Foi isso que você comeu na chácara, não foi? - Pergunta.

Ela olha e vê macarrão com pedaços de queijo e tomate:
– Foi sim. - Responde no automático.

– Ok, bom apetite. - Ele a deseja e senta.

Durante a refeição Sra. Blacker questiona:
– Querida, você sabe como acabou naquela situação na rua? Sem casaco ou cachecol!?

– Bem, quando eu sai da escola minha mãe ligou avisando que o velório do vovô é amanhã. Eu perdi a lucidez e entrei em ruas erradas, acho que roubaram meus agasalhos... Só me recordo disso. Eu não sei o que teria acontecido se o... o Nick não tivesse aparecido. - Ally diz.

– Não pense nisso agora, está tudo bem! - Exclama.

Acabado o jantar, Ally senta perto da lareira e fica folheando uma revista, Nick surge atrás dela suspeito:
– O que quer? - Ela pergunta vendo sua sombra.

– Quero saber como se sente. - Diz após sorrir de lado.

– Estou bem. - Ela responde. - A propósito, que horas são?

Ele olha no relógio em seu pulso:
– 20h30. - Diz.

– Tenho que ir para casa! - Ela frisa se levantando assustada.

Sem entender muito a situação Nick fica parado vendo ela sair correndo da sala. Do lado de fora a vê conversando com sua mãe e vai até elas:
– O que houve? - Pergunta.

– Querido, Ally quer ir para casa agora e como a tempestade cessou um pouco então eu concordei. Pegue meu carro e a leve em segurança. - Informa sua mãe.

– O quê? - Indaga. - Eu vou levá-la?

– Sim, e em segurança. - Ela diz e beija sua testa.

Os dois ficam se olhando, porém o olhar dele é de indignação por ela ir embora:
– Por que você quer ir embora? Disse que está cansada daquela casa, que não aguenta mais a solidão que a ocupa. - Ele adverte.

– Amanhã cedo é o velório do meu avô Nick, eu não posso me atrasar. Por favor entenda. - Ela realça.

Calado ele balança a cabeça, e vai buscar o carro. Ally se despede de todos e agradece:
– Tchau querida, qualquer coisa pode me chamar. - Avisa a vovó.

– Obrigada Nane.

Ela as abraça e entra no carro. Eles ficam calados todo o caminho, até que chegam na casa dela. Quietos; em silêncio Ally fica o observando:
– O que foi!? Por que está me olhando assim? - Ele questiona.

– Nada, é que... Você está diferente. - Detalha.

– Diferente? - Ele dirige o olhar para ela.

Sorrindo malicioso, ele impulsiona se aproximar, ela tosse seco duas vezes e aperta a garganta rodeada com o cachecol, então Nick para e sua expressão muda. Com seus lábios quentes ele beija a sua bochecha não tão longe da boca, fazendo Ally travar:
– É melhor você entrar, parece estar começando a ficar doente. - Diz olhando nos olhos dela.

Assim que ela repara nos olhos verdes brilhantes, seu coração para em transe:
– Está bem. - Balança a cabeça.

– Não esqueça de se aquecer. - Ele ressalta enquanto ela sai do carro.

Observando Ally entrar, ele sai logo após ela fechar a porta de casa. Caminhando lentamente, ela passa pela cozinha seguindo até o quarto, se senta perto da janela onde admira a neve caindo junto à Luna. Ainda paralisada ela coloca a mão no peito, onde sente seu coração disparado; suspira e deita no chão de uma só vez.


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