Behind Blue Eyes escrita por Two Lovely Girls


Capítulo 15
Save the date


Notas iniciais do capítulo

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Laura terminava de se arrumar em frente ao espelho do quarto. No corpo uma saia acompanhada de uma blusa bata e botas sem salto nos pés. No rosto juvenil a maquiagem era leve, delineando sutilmente os olhos e os cabelos resolvem deixar soltos e esvoaçantes, do jeito que gostava. Estava ansiosa pelo encontro com Gregory, como nunca tinha se sentido antes, mas sorria só de pensar que tudo isso poderia ser de fato algo bom. De repente duas batidas na porta a fizeram virar para a mesma pra ver sua mãe com um sorriso quase emocionado a encarando com afinco.

—Seu amigo acabou de chegar... – Ela disse carinhosamente fazendo Laura corar antes de rir frouxo. – Ele está com uma camisa social e uma surpresa pra você. – Completou.

—Surpresa? – Laura franziu o cenho. A mãe apenas assentiu e fez sinal para que ela fosse até a sala onde Gregory esperava. Laura a obedeceu e a seguiu para chegar no lugar e ver um Gregory estonteantemente bonito com um buquê de rosas em mãos e um sorriso que só aumentou ao vê-la como se a admirasse por completo. Ela sorriu também, mas logo lembrou-se de corar mais uma vez as bochechas quando se lembrou que os pais estavam ali. Se aproximou vagarosamente dele que continuou sorrindo.

—Você está linda. – Gregory disse fazendo-a rir. – Trouxe pra você. – Concluiu. Laura pegou o buquê em mãos e sentiu o aroma delicadamente.

—Eu adorei. – Riu frouxo.

—Não voltem tarde, tudo bem? – Disse o pai de Laura despertando-os.

—Pode deixar, senhor Parker. – Gregory disse educadamente antes de cumprimenta-lo.

—Vamos? – Perguntou Laura fazendo uma careta pros pais que apenas acenaram de longe para os dois que começaram a caminhar lado a lado em direção a porta. Laura se surpreendeu ao chegar na porta de sua casa e ver um táxi.

—Eu prometi que ia ser sem meus luxos. Vai ser um encontro como qualquer outro no mundo normal. – Gregory riu frouxo fazendo-a gargalhar.

—Eu adorei isso! – Vibrou Laura zombeteira adentrando o carro.

***

Theodore estava sentado no sofá de sua casa folheando um jornal. Apesar da tecnologia disponibilizar o mesmo em telefones celulares e outros eletrônicos ele tinha quase adoração pelo jornal impresso, e fazia questão de ler o mesmo todos os dias quando lhe restava algum tempo. No chão perto de si Joshua brincava com alguns carrinhos e Annabeth assistia a um filme distraidamente. Era noite de folga de Lisa então ele estava tentando manter sua mente calma depois dos últimos acontecimentos com Victoria. Tinha dito a Matthew que havia se decidido, mas mesmo assim não conseguia simplesmente pegar o telefone e ligar pra Victoria, tampouco ir atrás dela para dar um novo passo. A ideia o apavorava e já se questionava se estava tão decidido assim como havia dito antes, talvez tivesse sido apenas uma reação adversa após a lembrança intensa de Summer invadindo sua mente, trazendo seus medos mais obscuros e dores mais profundas.

—Papai. – Chamou Joshua. – Coloca a rodinha no lugar? – Pediu entregando o carro de brinquedo na mão do pai.

—Claro. – Theodore respondeu pegando o objeto em mãos e o ajeitando, mas logo sua atenção se voltou para a porta que recebera uma batida forte. Devolveu o brinquedo a Joshua e caminhou até a porta para abri-la e ver Matthew sorrindo fraternalmente.

—Vim em paz. – Avisou Matthew fazendo Theodore rir.

—Tio Matt! – Joshua e Annabeth vibraram quase em coro e correram em sua direção pulando em seus braços para logo serem apertados em meio a cócegas.

—Como estão os meus sobrinhos? – Perguntou ele.

—Vamos brincar de carrinho! – Gritou Joshua animado fazendo Theodore gargalhar com sua empolgação. Se sentia bem em ver os filhos assim, por isso agradecia a cada vez que Nick, Rose e Matt apareceriam, ou então que Lisa estivesse em casa, pois quando eram apenas eles os filhos não costumavam se divertir tanto.

—Não, tio, vamos ver o filme do Pinóquio! – Pediu Annabeth.

—Eu vou brincar com os dois, prometo, mas antes preciso conversar com seu pai. – Avisou fazendo os dois suspirarem antes de voltarem para suas respectivas brincadeiras um tanto decepcionados. Matthew adentrou a casa e caminhou ao lado de Theodore até o balcão da cozinha onde ele se sentou, esperando um copo de uísque servido por Theodore que logo chegou em suas mãos. O irmão se sentou ao seu lado e eles se encararam.

—O que houve? – Perguntou.

—Bom quando nos falamos você disse que estava decidido, mas não recebi nenhum comunicado depois disso, então vim pessoalmente me certificar de que estava tudo bem. – Matthew sorriu.

—Eu não consegui fazer nada ainda... – Theodore suspirou antes de dar uma longa golada em seu copo.

—Você não precisa fazer nada se não quiser. – Respondeu o irmão.

—Eu sei. – Disse curto. – Eu não sei o que tá acontecendo comigo, Matt, de verdade. Toda vez que eu olho pra Elisabeth parece que um pedaço de mim vai junto com ela e eu fico completamente desajustado e fora dos eixos que sempre consegui me manter ao lado da Victoria. – Suspirou.

—Elisabeth é uma mulher linda e incrível, e qual é, Theo, a seguimos num encontro com o Logan e os dois ainda se falam todos os dias, eu não sei mesmo como ainda não estão juntos, então tem que se decidir, porque se a quiser a hora é agora, ou então outro chegará na frente. – Matthew tagarelou fazendo Theodore rolar os olhos.

—Eles ainda se falam tanto assim? – Perguntou curioso. – Como sabe disso? – Questionou.

—Ela conta as coisas para a Rose e a Rose me conta. – Matthew riu. – Elas só não esperavam que eu contasse a você. – Completou fazendo-o rir.

—Eu não vou fazer nada em relação a isso, Matt, ela é a babá e só. – Disse. – Eu me blindei há anos pra não sentir nada parecido de novo e não é ela que pode mudar isso. – Explicou.

—É, meu irmão, mas eu acho que ela já mudou mesmo que sem o seu consentimento, senhor Stormfield. – Disse zombeteiro.

—O que acha que eu devo fazer? – Perguntou Theodore.

—Se dá uma chance, tenta passar um tempo a sós com ela, longe das crianças e de todos e veja o que sente, quem sabe assim não consiga se decidir de uma vez. – Sugeriu.

—Eu prometo pensar nisso. – Respondeu.

****

A sessão de cinema estava prestes a começar. O filme pouco importava pra ambos, afinal estavam muito mais interessados na conversa animada que entoavam lado a lado. Gregory estava radiante de felicidade por ter Laura ali ao seu lado, afinal, ele teve que ralar muito para o tão maravilhoso sim, vindo da menina. Enquanto ela falava sobre algumas coisas da escola, Gregory se pegou analisando o delicado rosto da mesma. A pele morena estava levemente corada. Ela tinha um sorriso lindo no rosto enquanto falava e ele achou que poderia enfartar a qualquer momento se ela lhe lançasse mais um sorrisos daquele.

— Você está me escutando? – questionou a garota o encarando com atenção.

— Hãn? Oi? Desculpa – pediu ele, desconcertado. – Eu estava distraído enquanto olhava pra você.

Uma careta desconcertada tomou conta de Laura e a mesma lhe mostrou a língua antes de voltar sua atenção para o filme. Embora o file fosse o que Greg estava esperando há muito tempo, ele não conseguia prestar atenção no mesmo. Suas mãos estavam inquietas e suadas e ele podia jurar que seu coração saltaria do seu peito em qualquer momento. Ele queria muito beijá-la. Mas não era o momento... Ainda. Ele tinha medo de estragar tudo e não poder tê-la por perto. Por fim, ele decidiu manter-se quieto e tentar assistir o filme.

...

Um pouco depois do cinema, ambos decidiram caminhar um pouco pela praça que tinha ali perto. O pôr do sol já era visível e muitas pessoas estavam sentadas para poder apreciar aquele momento com mais calma. Greg e Laura fizeram o mesmo. Ambos se sentaram e ficaram em silêncio enquanto sol se escondia. Aos poucos, Greg foi aproximando sua mão até a mão de Laura que finalmente entendeu o recado e o encarou.

— Você está linda hoje. – confessou ele, a encarando seriamente.

— Obrigada, Greg – ela sorriu timidamente – você é muito genti...

Laura iria terminar de falar, porém o rapaz não aguentou e lhe beijou, deixando a garota surpresa e sem reação. Após o beijo, ele se afastou e a olhou com cautela.

— Me perdoe, mas eu não estava mais aguentando. Eu gosto de você Laura. – admitiu, enquanto a olhava intensamente.

A mesma corou e o encarou por um tempo até finalmente sorrir, o que fez Greg soltar a respiração.

— Greg, eu não quero apressar as coisas. Eu também gosto de você, mas tenho medo de ser apenas afobação. – ela segurou sua mão e o encarou. – Vamos com calma.

— Eu tenho certeza do que estou sentindo, mas eu respeito seu pedido. – concordou e deu um casto beijo na mão da garota.

Eles mal perceberam quando o sol foi embora. Estava na hora de leva-la pra casa. Ele se levantou primeiro e esticou a mão para ajuda-la também. O motorista já estava a espera deles e logo os dois se viram dentro do carro em direção a casa da morena. Ao chegarem lá, Greg a encarou e depois desceu do carro para abrir a porta como um perfeito cavalheiro. Laura riu ao sair do veículo e por fim lhe deu um casto beijo na bochecha.

— Nos vemos depois. – ela se despediu.

— Sim. Nos vemos depois.

Em silêncio ele a observou caminhar em direção a porta de entrada e então se virou para entrar no carro. Porém a voz dela lhe chamando o parou e o mesmo quando ia virar para ver o que tinha acontecido ficou surpreso em receber um beijo.

— Talvez não tenhamos que ir com tanta calma assim. – ela piscou marota antes de sair correndo para dentro de casa deixando um Greg sorrindo bobamente do lado do fora.

— É... Talvez não tenhamos mesmo. – concordou ele, falando consigo mesmo.

****

Nesse mesmo dia mais tarde, Greg adentrou a casa para fazer uma Elisabeth saltar do sofá de tanta ansiedade. Ele riu com isso. Ela então caminhou correndo até ele, como uma mãe vendo seu filho ter a primeira paixão, e Greg não podia mentir, admirava a empolgação dela, o fazia sentir querido, algo que há muito não sentia.

—Como foi? – Lisa perguntou sorridente.

—Você não deveria estar de folga na sua casa, babá? – Disse irônico fazendo-a rir.

—Eu deveria e eu estava, mas minha colega de quarto saiu e eu estava sozinha, então eu pensei "por que não ir pra lá mais cedo e ver a cara do bobão do Greg caidinho depois do primeiro encontro? " – Debochou fazendo ele gargalhar junto a ela. – Anda, me fala como foi. – Pediu puxando ele para se sentar ao seu lado.

—Foi incrível, ela tava simplemente maravilhosa e eu não sabia que ela conseguia ficar mais linda do que já era. – Corou.

—Você tá completamente apaixonado. – Lisa constatou fazendo-o rolar os olhos.

—É, eu sei. – Riu. – Eu a beijei e depois ela me beijou. – Completou.

—Então estão namorando! – Ela disse fazendo cócegas na barriga do garoto que logo se esquivou tentando não rir das palhaçadas dela, mas logo deixou escapar mais um riso.

—Ainda não, mas vamos ver como são as coisas. – Disse se levantando. – Agora eu vou pro meu quarto. – Avisou. Elisabeth apenas assentiu ainda com um sorriso maternal e orgulhoso em semblante. – Sabe, eu to preocupado com você, babá, sua vida está tão desinteressante que precisa ser telespectadora da minha? – Disse zombeteiro fazendo-a rir.

—Não consigo resistir, sua vida é emocionante demais, Stormfield! – Brincou de volta. Gregory riu mais uma vez e logo subiu as escadas correndo.

Elisabeth então se recostou sobre o sofá, deixando os músculos relaxarem, mas isso não durou muito, pois não mais que de repente um Theodore apareceu ali ficando surpreso ao vê-la, principalmente por estar sem camisa, usando apenas um short apertado, provavelmente usado para malhar. Os dois se encararam com olhos arregalados. Lisa pedia a si mesma para não corar enquanto seus olhos buscavam ignorar o peitoral musculoso dele, mas era totalmente impossível.

—Lisa, eu... – Ele disse pausadamente. – Eu não fazia ideia de que estava aqui... – Comentou.

—Eu vim sem avisar, desculpa, é que eu queria falar com o Greg, e, bom, eu posso ir embora se... – Ia dizendo, mas ele logo a interrompeu.

—Não, tudo bem, eu estava na esteira. – Riu. Ele logo buscou uma camisa em cima da bancada e vestiu sobre o corpo fazendo Lisa quase vaiar em protesto, mas isso ela não demonstrou nem de longe. – E então... – Riu. – Greg gostou de ver você? – Desconversou.

—Da maneira dele. – Elisabeth riu respondendo isso.

—Quer um café? – Perguntou.

—Ah não, não precisa se incomodar, eu já estava indo me deitar. – Disse sem graça. Não é como se não quisesse estar ali, na verdade queria e muito, mas a presença dele a desconsertava de uma maneira que ela não conseguia ao menos disfarçar e isso era prejudicial e perigoso.

—Claro, tudo bem. – Ele sorriu. – Eu vou tomar um banho e deitar também, o Joshua e a Annabeth já dormiram. – Avisou. Elisabeth assentiu e logo sorriu para começar a caminhar na direção da escadaria. Ela passou por ele fazendo-o fechar os olhos ao sentir o aroma adocicado do perfume dela, então num ato impulsivo segurou delicadamente em seu pulso fazendo-a interromper sua caminhada. Aquele toque fez todos os pelos do corpo de Lisa se arrepiarem como um sinal de alerta. O toque quente, macio e másculo era confortável e ela tinha medo do que viria a seguir. Ele delicadamente a fez retornar até ficar frente a frente com ele e então engoliu a seco pensando em seu próximo passo. – Eu só queria agradecer... – Ele sussurrou.

—Pelo que? – Ela disse após alguns minutos de silencio necessários para sua recuperação.

—Por tudo. – Ele riu frouxo. – Veio aqui só pra saber do Greg, tem feito ele se comportar e ser mais sociável. – Explicou. – Além disso, agora o Joshua obedece sem pirraças, e a Annabeth voltou a ter o brilho da infância no rosto. Você transformou esse lugar. – Sorriu.

—Eu não fiz nada. – Elisabeth corou de vergonha, mas logo soltou um riso.

—Pode desmentir o quanto quiser, mas eu vi, desde o início o poder que você tem sobre todos aqui. – Sorriu. Os dois se encaravam atentamente e estavam próximos um do outro. Os olhos azuis de ambos se encaravam fielmente e era como se todas as emoções estivessem abertas um ao outro agora com essa simples troca de olhares intensos. Theodore se aproximou um pouco, mas de repente a voz de Joshua soou atrás deles despertando-os rapidamente num susto.

—Lisa! – Ele correu para pular nos braços dela que o pegou no colo rapidamente. – Você voltou! – Ele comemorou animado fazendo Theodore e Lisa rirem.

—Eu voltei pra te colocar na cama! – Ela vibrou junto a ele.

—Conta uma história? – Pediu.

—Claro que sim. – Elisabeth sorriu começando a caminhar com ele no colo.

—Papai! – Ele chamou despertando Theodore que encarou os dois. – Você pode ajudar a Lisa a contar a história? – O sorriso infantil de Joshua fez ambos sorrirem um pro outro. Theodore assentiu e começou a caminhar junto aos dois em direção ao quarto do pequeno. Chegando lá, Lisa o colocou sobre a cama e Theodore o cobriu como se o embalasse o que o fez rir junto ao filho. Ele e Elisabeth se sentaram então lado a lado de frente para Joshua. – Quero uma história de piratas! – Pediu, e ambos rirem por saber com certeza antes mesmo dele avisar que a história teria esse tema. Theodore então engrossou a voz um pouco e começou a entoá-la.

—Era uma vez bem longe daqui uma terra chamada A Ilha de Joshua. – Disse fazendo o filho gargalhar e Lisa também.

—Lá tinha um rei muito bonito e poderoso chamado Joshua! – Elisabeth disse.

—Não! – Joshua protestou. – O nome dele é Theo. – Disse. O pai sorriu.

—Tudo bem, então havia um rei chamado Theo. – Elisabeth corrigiu. – E esse rei estava tendo muito problemas com piratas que tentavam roubar seu reino. – Disse.

—E então um dia um pirata chamado Joshua... – Theodore falou como um questionamento antes de ver o filho assentir e continuar. – Que apareceu no reino de Theo durante a noite para roubar seu tesouro. – Disse.

—E o que o Theo fez? – Joshua questionou.

—Ele ficou bravo, muito bravo e reuniu seus soldados para ir atrás dos piratas! – Elisabeth explicou. – Theo então foi até o navio chamado Barco Negro e procurou pelo pirata Joshua e os dois travaram uma batalha de espadas. – Ela encenou fazendo Joshua rir e Theodore sorrir totalmente encantado com a dedicação e o carinho dela com o filho.

—Mas então o rei Theo viu que tinha uma prisioneira no barco. – Theodore falou fazendo Lisa corar. – Era a princesa Elisabeth, e ele viu que precisa-la salvá-la, pois eles eram muito amigos. – Disse.

—Não, papai, eles dois se amam. – Joshua explicou espertamente fazendo eles se encararem sem jeito.

—Tudo bem, então.... – Theo riu. – O Rei Theo era totalmente apaixonado pela princesa Elisabeth e resolveu que só sairia daquele navio quando a salvasse. – Disse. – Ele então levantou sua espada bem alto e finalmente deu um golpe que fez a espada do capitão Joshua voar para longe dali e cair no mar. – Riu.

—E então ele correu até a princesa e a salvou. – Elisabeth completou suas palavras.

—E eles se beijaram! – Disse Joshua empolgado. Eles riram e logo se entreolharam como se soubessem que isso era o que mais queriam agora. – Boa noite, papai... – Disse despertando-os.

—Boa noite, meu filho. – Theodore falou dando um beijo sobre a testa de Joshua.

—Boa noite, mamãe. – Joshua falou fazendo ambos arregalarem os olhos. – Eu posso te chamar de mamãe, Lisa? – Perguntou.

—Ah... – Elisabeth engoliu a seco. – Meu amor, é melhor você me chamar de Lisa, tudo bem? Porque sua mamãe é a Summer. – Explicou fazendo-o assentir.

—Ta bom. – Ele disse despreocupado. – Boa noite, Lisa. – Disse e ela sorriu dando um novo beijo nele. Ela e Theodore então caminharam lado a lado para fora do quarto. Theodore parecia abatido com o que o filho acabara de dizer, o que a fez engolir a seco antes de dizer qualquer coisa, na realidade nem sabia o que deveria dizer.

—Eu sinto muito por isso... – Ela disse.

—Não... Tudo bem. – Theodore sorriu. – Ele é pequeno, sente falta de uma figura materna é totalmente compreensível. – Suspirou. – Não me surpreende que ele te veja como a mãe dele. – Sorriu.

—Ele é um menino de ouro. – Elisabeth sorriu.

—Sabe, fico feliz por ele ter você. – Theodore falou. – Princesa Elisabeth... – Completou rindo junto a ela.

—Obrigada, rei Theo. – Ela corou. – Boa noite... – Disse começando a caminhar em direção ao seu quarto. Theodore a encarava caminhar fielmente e sabia que estava sorrindo.

—Lisa... – Chamou fazendo-a virar. – O aniversário da Annabeth está chegando e eu quero fazer uma festa pra ela, então pensei se você não poderia sair comigo depois para me ajudar a escolher algo pra ela. – Disse sem jeito. Elisabeth sorriu encantada.

—Claro, eu vou amar ajudar. – Respondeu. Theo sorriu de volta. Os dois assentiram e ela logo se virou novamente para caminhar até seu quarto. Theodore suspirou, seus pés o levaram direto para a sala onde se jogou no sofá. Pegou o celular e discou o número do irmão que demorou um pouco a atender.

—Eu te atrapalhei? – Questionou Theodore.

—Não quer saber o que eu estava quase fazendo. – Matthew brincou fazendo-o rir. – Tudo bem? – Perguntou.

—Tinha razão. – Theodore respondeu. - Eu preciso entender o que sinto por ela e dar uma chance a isso. – Completou.

—Fico muito feliz por ouvir isso, Theo. – Matt sorriu. – Eu realmente espero que faça o que é melhor pra você. – Falou.

—Eu vou passar mais tempo a sós com ela, na verdade isso é tudo o que eu mais quero fazer, Matt. – Riu frouxo.

—Então vai fundo, irmão. – Respondeu ele do outro lado da linha.

—Obrigado por me apoiar... – Theodore disse.

—Obrigado você por voltar a se permitir a ter sentimentos, você merece isso e nada me faz mais feliz do que saber que meu irmão está voltando a viver. – Disse.

—Eu te amo, irmão. – Theodore falou carinhoso para o caçula.

—Eu também, Theo. – Matt riu. – Agora deixa eu voltar para minha atividade com minha namorada? – Perguntou fazendo o irmão gargalhar.

—Até amanhã. – Disse.

—Até. – Se despediu Matt. 


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