The girl of wolves escrita por Katherine


Capítulo 14
Capitulo 14


Notas iniciais do capítulo

Boa noite, amores.
Quero agradecer ao pessoal que tem comentado, e as meninas que marcaram a história como favorito. Muito obrigado!
Boa leitura.



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Katherine C. Black.

A noite foi horrível. Eu ao menos sei explicar o porque. Sabe quando você simplesmente não cabe dentro de si? Com sentimentos estranhos, preocupações e aquele terrível aperto no peito que não passava de forma nenhuma.

Me sentia culpada por ter discutido com meus pais e Edward pelo fato ocorrido durante o dia anterior. Queria ligar e me desculpar, mas infelizmente não seria possível. Eu era orgulhosa demais para me deixar levar. Algo que herdei de Jacob.

O relógio marcava quatro e meia da manhã, quando ouvi risadas vindo do jardim, graças a audição vampiresca. Lembrar disso me fez perceber o quando eu tinha de agradecer ao vampirismo. Era imortal, de certa forma. Jamais envelheceria, sempre parada aos dezessete, assim como toda a minha família. Que outra adolescente não iria querer tudo isso?

Resolvi descer, já que ficar parada naquele quarto não me ajudaria em nada.

No andar de baixo, Alice e Jasper jogavam xadrez contra Dean e a irmã. Meus avós e minha mãe assistiam a cena sorrindo.

Perguntei-me onde estava meu pai naquele momento. Será que teria trago Paul de volta a La Push? Talvez ele ainda estivesse bastante chateado comigo pra ligar. Ou então o orgulho o impedia, assim como a mim.

– Tudo bem?

Virei-me rapidamente, dando um leve pulo. Dean estava atrás de mim, tão perto que eu podia sentir sua respiração. Ele era ainda mais bonito durante a noite. Parei para notar algo que até agora não havia reparado. Seus olhos eram vermelhos, levemente dourados. Isso significava que ele caçava sangue humano. Não que eu me importasse, mas perguntei-me se eles eram os responsáveis pelas tais mortes.

– Katherine, tudo bem? – repetiu, segurando o meu braço com delicadeza.

A minha temperatura não era muito fria, e também não muito quente. Mas, o suficiente para me fazer arrepiar com seu toque gelado. Era a primeira vez em que nos encostávamos. Ele percebeu o quanto aquilo havia mexido comigo, e sorriu de lado, para piorar a situação.

– Estou. – garanti, dando um passo pra trás.

– Tem certeza? – perguntou.

Pensei por um momento. Não existia ninguém além dele com que eu pudesse desabafar toda a angustia que estava sentido. Conversar com alguém da minha família seria estranho, mesmo que fosse Alice. E agora ela parecia realmente ocupada com a nova amiguinha.

– Não. – respondi por fim, fazendo uma careta. Ele soltou uma risada abafada.

– Quer conversar?

– Não. Quero falar, tudo bem? – ele assentiu.

– Será um prazer escuta-la. – fez uma rápida reverencia, rindo.

– Para com isso. – empurrei ele de leve. – Podemos conversar em outro lugar? Super-audição, leitor de mentes, sabe como é.

– Existe uma floresta inteirinha bem na nossas frente – suspirou. – O que não falta é lugar pra conversar.

Seguimos floresta a dentro sem trocar uma palavra, eu o guiava, de certa forma. Parei quando vi um grande tronco jogado no chão. Não estava muito no clima para ficar escalando arvores. Sentei-me, dando sinal para que ele fizesse o mesmo.

– Desembucha, vampirinha. – disse rindo.

– Cala a boca, Dean – rebati, rindo. – Aquela nossa conversa de mais cedo mexeu comigo. – admiti.

– Não foi a minha intenção – desculpou-se.

– Sei disso. Mas, foi bom. Me fez pensar no que eu quero daqui pra frente.

– E o que você quer?

– Lutar – ele sorriu. – Quer dizer, vou lutar para não me tornar um cachorro gigante. Não quero isso pra mim.

– Seu pai é um cachorro gigante – ele riu.

– Eu sei. Não diga à ele o que acho sobre isso – rimos. – Definitivamente não é o que eu quero.

– E o que vai fazer? – perguntou.

– Conhece algum hibrido metade vampiro e metade lobo? – ele negou.

– Na realidade, tem algo que me intriga nessa historia. E aposto que não é só a mim.

– O que quer dizer com isso? – me aproximei.

– É uma teoria minha, okay? – assenti. – Tudo bem. Metade de você é vampira, desde que nasceu, e outra metade um transformo. Mas, isso ainda não foi ativado – assenti novamente, já roendo as unhas. Certamente me mataria por isso depois. – Eu imagino, como você vai lidar com tudo isso depois que for transformada.

– Como assim?

– Não conhecemos ninguém da sua espécie, você é única, Katherine – suspirou pesadamente. – Carrega consigo duas partes, inimigas por natureza. Me pergunto como sua mente reagirá à isso.

Levantei-me rapidamente.

– Eu vou enlouquecer? Essa é a sua teoria?

– É apenas uma teoria, calma – ele segurou-me, na tentativa de me acalmar.

– E vou esperar até que aconteça pra saber se está certo? – perguntei, em desespero.

– Katherine, calma!

Ouvi um rosnado alto, e próximo. Virei-me em poucos segundos dando de cara com quem eu menos queria ver no momento.

Paul Lahote, em sua forma de lobo.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam da teoria do nosso vampiro-magia?
Se querem saber, existe grande possibilidade de ele estar certo.
rs.
Comentem, beijos.