Diário de Caroline escrita por Wraquel Quity


Capítulo 7
Espectro


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, pois esse é o mistério real da fanfic.



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Stefan escrevia, em seu diário, sobre o desaparecimento de Caroline enquanto Damon aproveitava-se da visita de Bonnie no andar de baixo, ele parecia feliz por todas as palavras malucas que a pobre garota falava da boca para fora, porém jurava mentalmente a si mesmo que nunca mais a deixaria sozinha, que não a deixaria nas mãos de um ser tão cruel como Kai novamente. Stefan voltou ao seu universo pessoal quando pela porta da frente de sua casa passara o tão abominável Malakai, o fazendo se perder novamente em seus garranchos corriqueiros.

Fazia algum tempo em que Stefan não escrever, a não ser quando algum estranho passava por ele e o fazia lembrar Caroline.

Numa noite passada Stefan tive um flashback quando estava dirigindo seu carro, ele quase atropelou uma garota que andava perto do meio fio. Sempre era a mesma lembrança, porém nunca entendia ao certo o que a moça que estava de costas para ele queria lhe dizer, ela sempre sussurrava algo que causavam-lhe dores no tímpanos:

"Doveva morire".

Sempre com a mesma frieza, com a mesma dor de que ele não a entendesse, mas naquela manhã, na manhã em que Stefan não suportava a felicidade do irmão ela o vigiava com um feitiço de invisibilidade a espera de uma frecha para lhe propôr um acordo com a tal La Poule Noire.

****

A casa dos Salvatore nunca se encontrou tão vazia como naquele dia, as pessoas apareciam e desapareciam como se todos fossem beija flores, mas sempre traziam consigo um ânimo eminente que matava todos as esperanças de Stefan, todas as pequenas vontades que ele tinha sobre ir atrás de Caroline.

Todos já haviam ido embora, no entanto Stefan ainda estava lá e preparava um drinque de Bourbon com uma pitada de sangue quando aquele que o vigiava mostrou-se a ele:

— Olá queridinho? - a garota era estupidamente bonita e magra, mostrava suas belas curvas por baixo do pobre vestido a farrapos.

— Como entrou aqui? - Stefan se assustou jogando longe seu copo cheio.

— Pergunta errada Stefan - ele olhava o chão e se perguntava como os pés dela não os tocavam, como ela conseguia flutuar no ar sem cair, se perguntava que tipo de espécie ela seria e como sabia seu nome.

— Quem é você?

Ela agora sorria para o garoto mítico a espera do reconhecimento de anos.

— Até que enfim uma pergunta correta para o momento... - ela deu uma pausa esperando seu nome ser pronunciado, mas como não houve êxito ela continuou - Sou eu Stefan.

— Você? Nunca te vi na vida, nunca falei com um ser que flutuasse - ele zombava dela e sentia medo ao mesmo tempo.

Stefan se dirigia a porta como um meio de escapatória.

— O que você quer de mim? - seu olhar que estava harmônico minutos antes se transformara em chamas, as cortinas na janelas se agitavam como em uma noite tempestuoso.

— Pensei que isso seria diferente, mas vejo que você não quer que seja assim, "tão civil", então irei diretamente ao assunto. Você tem duas, vou repetir, duas semanas para me trazer o grimório La Poule Noire, antes que eu...

— Para que quer isso?

— Phenex, só isso que posso lhe dizer antes que eu mate sua querida Caroline.

Porque matar Caroline? O que ela havia feito de tão grave?

— O que? Você não irá matá-la. Porque quer isso?

— Caroline é mais forte do que você pensa Stefan, ela é o meu outro eu, ela é algo a mais do que eu, e preciso detê-la  antes que ela acabe com todos nós - Stefan não entendia se quer uma palavra, só pensava na segurança de Caroline.

— Duas semanas né? Eu farei o possível para trazê-lo a você - disse ele pegando o pequeno globo de neve que deu a Caroline - Mas me diga, qual o seu nome?

Ela não abriu a boca, apenas sussurrou pelo eco do quarto, "Logo suas lembranças voltaram, e você se lembrara de meu próprio nome".

Seu olhar malicioso encarava o rosto de Stefan que corria para pegar as chaves do carro de Elena enquanto a própria desaparecia no ar.

Descendo as escadas como um foguete ele esbarrou no irmão que o fitava preocupado.

— Damon, você se lembra de uma garota loira dos olhos verdes, magra... Parecida demais com...

Damon não dera tempo para que o irmão terminasse.

— Maninho eu conheci muitas garotas assim.

— Ah vamos ver, ela se parece com a Caroline, e usa roupas da nossa época.

— Henriette? Como ela está viva?

— Quem é ela Damon?

Damon o olhava confuso e pensava como Stefan esqueceria uma moça tão bela e boa como Henriette.

— Ela foi sua melhor amiga Stefan, quero dizer, você a queria como algo diferente que amiga. Rie deve ter lhe posto um feitiço como fizeram com você daquela vez.

Olhando o chão uma lágrima lhe descia ao rosto.

— Ela a ameaçou... A Caroline pode morrer Damon, mesmo que eu procure o que ela quer eu não poderia salvá-la.

O irmão via nos olhos de Stefan que ele falava a verdade, que ele tinha medo de perder sua garota loira, de não poder encontrar outra pessoa para substitui-la, Damon estava disposto a fazer de tudo para ajuda-lo, para que não o visse novamente no fundo do posso, e desta vez não seria apenas ele e o irmão no mundo, mas,  também, a namorada e amiga bruxa.

— Eu te ajudarei — os dois se abraçavam — nós te ajudaremos — Damon sentia o medo do irmão em sua própria respiração.

Stefan o soltou relembrando o pesadelo da noite anterior.

[...]

— Você está apenas reiniciando sua vida, mas agora é hora de ir.

O motor do carro esquentava a meia hora.

Minha mente se encontrava perdida, nunca pensei que aquele dia chegaria, que teria que deixa-la.

—Nós sabíamos que este dia chegaria - afirmou Stefan com tristeza, olhando os belos olhos de Caroline.

— Eu nunca soube - tudo era tão assustador, Care se tornaria tão distante, assim como as nuvens no céu. 

Pensei comigo mesmo que aquelas não seriam as minhas últimas lembranças, pois eu as levarei junto a mim seja lá para onde for.

Queria dizer a ela que mesmo estando a milhas de distância, eu a veria no lindo horizonte azul, que meu coração estaria ligado ao dela e quando ela sentisse dor eu sentiria junto.

A olhei fixamente e disse baixinho para que ninguém pudesse  ouvissem.

— Eu vou sempre estar ouvindo o seu sorriso, vendo o seu sorriso, mas nunca suas lágrimas. E assim que eu puder lhe abraçar novamente, eu juro que não desistirei de você nunca mais.

[...]

Voltando a si ele olhu a estante dos Salvatore, visualizando milhares de arquivos, talvez...

— Bonnie, já ouvira falar algo sobre o grimório La Poule Noire?

Bonnie estava prestes a surtar.

— Não sei, para que quer saber?

— Você conhece eu sei disso. Eu vejo nos teus olhos - Stefan tinha um dom de ver as verdades não ditas através dos olhares.

A essa altura ele não acreditava em mais ninguém.

"No momento certo você se lembrara", ele começava a entender o que ela queria dizer.

— É ela Damon, eu a namorei, antes mesmo da...

— Como? - o irmão o olhava confuso.

Elena e Bonnie se encaravam tentando desvendar o que falavam.

— Quem?

— Henriette.

Bonnie já ouvira falar naquele nome, mas não estava certa de que seria a mesma. Ela fazia sinais de círculo na região do pescoço, como se tivesse algo preso ali.

— Sim - Stefan afirmava com a cabeça..

— As bruxas me disseram uma vez que do pequeno romance de Silas e Ketsia foi gerado um filho, e que seu nome era Henriette, com habilidades incríveis, bruxaria e vampirismo em um só. Eu acreditava que fosse mito, mas agora que o Stefan disse que a viu...

—Não é, não pode ser - disse Damon sorrindo para sua pequena bruxa - Mas porque ela quer o tal grimório.

— O grimório poderá a levar a uma relíquia, onde está preso Phenex, que tem mais de mil seguidores mortais.

— E quem seriam esses seguidores? - a primeira frase que Elena falou desde que pegou Bonnie e Damon presos no quarto dela conversando o mais próximo possível.

— São demônios Elena, os piores da espécie sobrenatural.

— Mas porque ela quer Caroline? — Stefan tentava entender juntando todas as peças do quebra-cabeça, mas ainda não compreendia, não conseguia desvendar todo o mistério.

— Essa parte eu ainda não se... - Stefan jogava algo no ar que não sabia ao certo a quem atingiria.

"Ela morrerá".

Uma voz soou rápida e eficaz deixando no ar uma sensação de mistério e medo, principalmente em Elena que se agarrou a  jaqueta de couro de Damon.

Elena não sabia, mas havia algo se tornando entre Kai e Damon, nada afetivo, algo mais como uma briga. Uma disputa por atenção, por território e até mesmo por amor, algo que ela teria que enfrentar de cabeça erguida, sem lágrimas e drama, um obstáculo enorme foi construído entre eles.

— Bonnie será que você poderia fazer um feitiço localizador para encontrar Caroline? Eu preciso avisa-la - Stefan tentava ligar para a amiga.

— Mesmo que Bonnie consiga você não pode fazer nada, ela desligou, porque ela acreditaria em você - Elena falava a verdade.

— Mesmo que não dê certo, eu tentei.

— O que será que nossa Barbie Forbes  está fazendo agora.

Stefan tentava não pensar nisso e focar no plano que Bonnie escrevia num papel sobre a mesa.

Não havia se quer preparação básica sobre o que enfrentariam, mas por um amigo eles iriam juntos aonde quer que fosse...

"Intimamente juntos".


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, comentem e favoritem.
Klaroline próximo capítulo.



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