Diário de Caroline escrita por Wraquel Quity


Capítulo 6
Desligada


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, eu tinha perdido minha conta, se eu fosse você relia os capitulos anteriores, pois mudei totalmente eles.



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Stefan possuía um jeito doce, E a cada palavra que ele pronunciava sua postura tendia a ficar da maneira como sempre ficava quando tentava demonstrar algo que não sabia explicar direito.

Prometi a mim mesma que não diria a verdade, que não mostraria como eu estava por dentro.

Eu apenas esperava uma desculpa para que ele me mante-se em Mystic Falls, mas confesso que fiquei surpresa ao descobrir que Stefan já havia me conhecido antes.

— Você o que? - murmurei para ele.

— Lembro-me como se fosse hoje, eram dez para as três da tarde, um bebê de 3kg havia nascido, e ele era você. Juro que naquele dia eu descobri o quão vivo eu era, mesmo não estando. Tive uma sorte grande em ver o teu nascimento, pois eu estava tão preocupada com as vítimas daquela noite que nem notei a importância que eu dava a você.

— Como teve a coragem de me esconder isso? - eu o olhava na pior expressão possível pedindo para que me desse uma resposta.

— Sua mãe teve problemas para engravidar, e ficou com tanto medo de te perder - ela estava zangada, porém emotiva — que abriria mão de sua própria vida para te salvar. Eu senti tanta inveja de você Caroline, pois você tinha uma família, enquanto eu não tinha ninguém, nem mesmo meu irmão.

Eram tantas perguntas em minha cabeça que nem mesmo ele as respondendo eu conseguiria entender.

— Eu voltei a Mystic umas três vezes, e em uma destas vezes eu a encontrei perdida no meio de um evento na cidade, segurei sua mão, e a atravessei rumo ao outro lado da rua. Você estava tão perdida, chorava por sua mãe, mas ela não a ouvia e nem a achava, porém eu estava lá e pude te ajudar, levei-a próximo a xerife e a hipnotizei para que se esquecesse de mim...

— Como eu não me lembro disso? - eu duvidava de suas próprias palavras olhando o vago bosque as suas costas.

— Você era apenas uma criança, você era pequena, deve ser por isso. Eu só parei de ir atrás de você quando você se mudou totalmente, sua juventude acabou com a sua doçura de criança.

— Eu o que? Você está louco? Eu sei muito bem porque você parou. Se não fosse pela existência da Elena iss...

Eu me virei de costas olhando novamente o amanhecer. Tentei de todos os modos controlar minhas emoções para que as lágrimas não invadissem meu rosto.

— Sabe Care, eu me encarava todas as noite no pequeno espelho, do meu quarto, e me perguntava quem seria o meu próximo interesse amoroso? Quem você seria para mim?

Já era tarde de mais, eu tinha feito e não havia mais volta, e com certeza não me arrependeria de ter desligado.

— Mas a cada dia eu te amava mais e eu não queria que isso acontecesse, pois eu estaria perdendo uma amiga e eu não a teria quando precisasse, mas percebi depois de um tempo que também estaria ganhando uma outra espécie de amiga, a qual acordaria todos os dias dizendo-me um "Eu te amo". Me senti culpado por sentir algo afetivo por uma garotinha de três anos que era pura e que não tinha pleno conhecimento do que fazia, foi por isso que me afastei de você.

Eu não tinha mais a atenção voltado para ele, mas, sim, ao belo reflexo do amanhecer. Baixei meus braços, mostrando que havia desistido de lutar.

As vezes a vida fica difícil demais, mas logo é possível ver o mundo clarear e ver aquela névoa que te cobria indo em embora.

Stefan tentava a comunicar mentalmente: "Você não precisa ter medo, pois somos todos iguais, e sabemos que as vezes o universo se torna insuportável..."

Precisava de uma nova história, algo que estivesse escondido no fundo de mim, algo que saísse de meu peito, pois minha vida era entediante, porque eu sentia que necessitava confessar, eu precisava disso.

Stefan havia parado de falar e começava a se mover para mais próximo de mim, seus passos eram curtos, porém barulhentos, eu sentia todas as folhas sobre seus pés, e naquele momento percebi que tudo era real, eu sentia sua respiração, seus doces lábios se movendo em direção aos meus, vi meu corpo ficar rígido, sem reação alguma.

Stefan nunca havia me dito que esse era o segundo reencontro de nossas vidas, ele escondia, coisas de mim que eu fielmente nunca esconderia dele.

Meu novos extintos me pediam doentiamente para que eu quebrasse seu pescoço e fosse embora logo em seguida, mas algo em mim lutava e relutava várias vezes para que ele não saísse machucado dali.

Eu tentei, mas minhas mãos se movimentaram em direção ao pescoço de Stefan para saqueá-lo, no entanto ao me beijar perdi toda a concentração e então retribui lentamente.

— Por favor! - ele acariciava meus lábios com o polegar em uma parada para respirar - Não vá...

Sem me dar escolhas quebrei seu pescoço e logo em seguida comecei a caminhar diretamente para o sul, sem saber ao certo para onde iria. Caminharia até que eu encontrasse uma vítima, para que eu pudesse tomar seu veículo e estocar um pouco de seu sangue, para por fim descobrir o que a vida ainda não mostrou.

***

O sol já havia surgido há algumas horas, talvez cinco, sinceramente eu não sabia,  apenas estava preocupada com as bolhas em meu pé e na possibilidade de não encontrar alguém vivo. Após alguns minutos avistei de longe um posto de gasolina.

Fiz o mínimo de barulho possível para abocanhar pessoa que abastecia seu carro.

— Olá! Posso ajuda-la?

Se sobressaltando ela olhou para mim:

— Eu só estava tentando por gasolina.

Seus batimentos estavam se estabilizando. Tudo aquilo era emocionante.

— Vou te ajudar, pode abrir o compartimento da gasolina?

No instante em que ela deu as costas a mim eu a peguei com muita força, a fazendo gritar. Precisava ir embora antes que outras pessoas chegassem e tentassem ligar para a polícia.

Eu a joguei no banco do carona, espalhando sangue todo lado.

Tive que parar de pensar, pois o carro estava começando a andar e a minha companhia chorava me incomodando.

Virei a olhando fixamente nos olhos:

— Cala a boca! - Ela parecia um coelho sendo hipnotizado por uma cobra.

Encostando-se ao banco ela trancou sua boca com sete cadeados e não deu nenhum pio se quer durante horas.

Dirigimos por muito tempo, quero dizer, eu dirigi, e a estrada nunca parecia ter um fim. Desejava apenas que meu estoque não morresse, pois minha intenção não era machucar nenhuma pessoa a mais.

Meu único objetivo de horas, era encontrar Klaus, mas ninguém sabia me dizer ao certo sua localização.

Ao pegar meu celular notei que haviam diversas mensagens  eletrônicas, na caixa de lixo, todas antigas, assim como uma que roubou totalmente a minha atenção levantando um pouco do meu humor.

— Alô? Caroline, Stefan me disse que você foi embora da cidade. Liguei para avisar que temos uma boa notícia e espero que você volte logo, de sei lá aonde você está, para possa te contar.

Não dei muito tempo para repensar na mensagem e fui direto para a próxima:

— Olá loirinha, Stefan me pediu para confiscar se você ainda está viva, então se você não me ligar de volta vou entender o porque, a... Elena não queria que eu te contasse, mas conseguimos trazer a Bonnie de volta, acho que elas ficariam feliz se você estivesse aqui, então é isso, se cuida tá!

Eu havia ficado pasma, não por Damon ter ligado, mas com a volta de Bonnie:

— Bonnie? Aquela miserável está viva, essa daí não morre mais.

E por último tínhamos...

— Oi sou eu, Stefan, eu acabei de acordar, e por sorte nenhum carro passou por cima de mim, ou algo parecido, sei que isso não te importa, mas pra mim sim... Eu, eu... Aonde você está? Eu preciso de... Sua voz pra esquecer tudo, eu preciso de você Caroline... Eu necessito, eu tenho que...

Não o deixei concluir, pois uma outra mensagem me deixou um tanco curiosa:

— Caroline, eu vou ficar em um dos meus lugares favoritos no mundo, cercado de comida, música, arte, cultura e eu só consigo pensar em como eu gostaria de mostrar ele para você, talvez um dia você me deixe.

Rastreamento via satélite cairia muito bem numa situação daquelas, mas como eu não tinha... Me lembrei de quando Rebekah foi embora de Mystic Falls, acho que Stefan me disse algo relacionado a Nova Orleans, talvez ela tenha se reunido a família.

***

Horas? Não, foram dois dias consecutivos para que eu chegasse na tão luminosa cidade do hemisfério... Seria norte ou sul?

Lá estava eu, em uma noite fria e sombria, em meio a milhares de sons ao meu arredor, rangidos tomavam completamente os meus ouvidos. Janelas abriam e se fechavam, galhos eram dilacerados pelo forte vento. A mansão da morte, era desse modo que muitos habitantes que ali viviam a chamavam, por que eu sabia? Alguns informantes estavam secretamente infiltrados naquele ninho de animais.

Me perguntaram o motivo pelo qual eu estaria a procura daquela casa, isso era simples de ser respondido, apenas para encontrar Klaus Mikaelson, o filho da mãe que transou comigo em troca da minha liberdade, ou seja, o psicopata atraente que me prometeu todo o mundo.

Eu pisei o primeiro degrau com a maior classe possível, encarando o trinco da ponta e escutando uma discussão terrível entre ele e alguém:

— Não posso fazer nada, não sou você, Klaus, mas se soubesse usar seu charme conseguiria alguma informação com qualquer um - tive que concordar com ela.

— Não sou seu boneco meu bem, mas tenho certeza que nenhum estranho entrara por aquela porta e a arrancara de meus braços, então fique tranquila.

Seus lábios se fecharam para observa-la atentamente, Klaus via que Hayley encarava algo a sua costas:

— Você? - ela estava espantada.

Klaus se virou o mais lento possível escondendo seus olhos lacrimejados de falsa esperança:

— Caroline - sua expressão era de um alivio terrível.

Ele não estava feliz, nem entusiasmado com a surpresa de Caroline, só pensava que necessitava arrumar uma forma de segurança melhor para todos, para sua filha e Hayley...

"Não havia tempo para se preocupar com sua rainha, ou talvez era isso que pensava".


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Notas finais do capítulo

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