Diário de Caroline escrita por Wraquel Quity


Capítulo 8
Sentimentos Fracos


Notas iniciais do capítulo

Demorou mais saiu, espero que gostem.



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Quando Caroline viu a intimidade de Klaus e Hayley ela sentiu vontade de mata-los, e nunca mais ter que se apaixonar novamente por pessoas complicadas.

Por mais que ele quisesse uma rainha,  ele não conseguiria sempre ter tempo o suficiente apenas para Caroline.

Ainda que surgissem outras ele ainda ficaria balançado quando a visse novamente, ele ainda tentaria fazê-la de sua mulher.

[...]

Será que houve felicidade quando ele me viu? Será que ele ainda se lembra de mim?

Se aproximando de mim com seus olhos lacrimejados ele fixou-os aos meus:

— O que veio fazer aqui? — Klaus apertava as mãos para distribuir sua raiva em si mesmo.

— É dessa forma que você trata as pessoas Niklaus? —  minha mão se ergueu batendo do lado direito de seu rosto a deixando vermelha.

A raiva subiu-me a cabeça em poucos segundos, como um raio que se choca ao chão e causa estragos.

Sinceramente eu esperava que ele me correspondesse adequadamente como todas as outras vezes que pronunciara meu nome.

Um sorriso, era tudo o que eu esperava daquele dia, algo que lhe proporcionasse êxtase e me proporcionasse sentimento, mas como ele não conseguiu tentei disfarçar toda a minha vergonha. Eu não tinha ideia para onde ir, para quem eu lamentaria todas as minhas decepções desde que cheguei naquela cidade.

Caminhei diretamente para fora respirando o ar que lá dentro eu não conseguia ter, havia dor e raiva, tudo o que talvez eu não sentiria se ainda tivesse em Mystic Falls, Klaus me trazia toda a sensação que eu tentava reprimir, todos os meus pequenos pesadelos pareciam reais quando ele ficava perto de mim. Talvez aquilo tenha sio um erro.

Eu senti ele atrás de mim.

O salto machucava-me muito, mas eu não desistiria, caminhei rumo ao sul tentando pensar em algo desnecessário para que eu desaparecesse de perto nele. Klaus voltou para sua casa, ele havia feito a sua escolha, ele havia me deixado por aquela loba biscate, que não tem nada pra fazer da vida a não ser furar o olho daqueles que o amam de verdade... Meu Deus eu estava ficando realmente louca falando que o amava, Klaus se arrependerá de ter me renegado, de ter me feito senti-lo.

[...]

Naquela noite eu roubei um carro, e matei três pessoas, algo em mim fervia e eu não entendia o porque daquilo, fui para um hotel no final de New Orleans não tão badalado como os do centro, lá eu bebi de cair aos pedaços, literalmente.

No começo da madrugada eu já havia acabado com metade dos móveis do quarto os que não estavam quebrados flutuavam, eu não sei ao certo se era coisa de meu pensamento ou influência de um pó que encontrei no quarto, mas elas realmente pareciam voar.

Eu já estava no fundo do poço,  mas com aquilo eu tinha me afundando inteiramente de cabeça nele.

Minha mente só conseguia repetir uma única coisa.

— O primeiro amor passou, o segundo amor me deixou, e o terceiro amor ainda continua.

A noite passou, e aquelas palavras voaram por dentro de minhas memórias, resgatando o final de minha formatura. Eu não vi a madrugada terminar, eu apenas via a tarde dando um bom dia atrasado para mim.

Minha roupa estava amarrotada, suja e fedida, eu a tirei procurando meu celular por baixo dos cacos do que um dia foi um whisky, após tê-lo achado fui atualizar as redes sociais, porém eu desisti quando na tela de notificações eu encontrei um par de mensagens de Klaus.

"Caroline preciso esclarecer algumas coisas, por favor me conta aonde você está?"

Eu apenas li aquela mensagem, não tive ânimos para continuar, meu banho seria mil vezes melhor do que tenta-lo entender.

Redirecionei-me diretamente para o banheiro, todavia quando passei por perto da porta principal me deparei com uma sombra esquisita, que me fez questionar se havia alguém me espionando. Aproximando-se o mais rápido possível eu cheguei mais perto do trinco o pressionando entre os dedos, eu já tinha preparado minhas presas para o bote quando me deparei com um bilhete encostado na porta pelo lado de fora.

— Acho que foi engano - eu a olhei curiosa - Não custa nada dar uma olhadinha.

Abrindo o envelope com bastante cuidado eu reconheci a caligrafia,  e as belas palavras.

"Eu sou quem anda perdido, não tenho asas, nem abrigo, cadê você? Cai, as folhas mortas sobre a minha dor e eu sinto tanto a sua falta amor. Cadê você?"

Algo sussurrou em meu ouvido me fazendo arrepiar, será que o efeito do álcool não passou? Ou eu estava ficando louca? Eu diria que seria a segunda opção se não fosse pelo susto que levei ao ver que Klaus estava dentro de meu quarto. Ele não sorriu, apenas olhou para baixo e depois diretamente para mim.

— O que faz aqui, ontem não foi o bastaste? - eu pegava uma toalha para ir tomar meu banho — Agora não dá pra conversar tenho que tomar banho, ainda vou atrás de trabalho.

Sorrindo de canto ele disse:

— Você veio pra ficar? Ou só veio fazer com que eu ficasse com um gostinho de quero mais?

— Chega de papo furado, tenho mais o que fazer.

Olhei para traz tentando desviar o meu olhar, buscando algo distrativo.

Pegando em minha mão ele a apalpou com toda a sua carícia, me fazendo sentir por alguns segundos.

— Me desculpe! Eu sei que você esperava que eu te recebesse de braços abertos, mas, amor, Nova Orleans não é o lugar mais seguro para você.

— E desde quando você tenta salvar minha vida? Sabe Klaus eu estou cheia dessa história de que você me ama, que quer ser o meu último amor, você não sabe o que é essa palavra...

Ele a olhou percebendo uma pequena mudança em seu jeito autoritário:

— Porque você desligou? - ele me soltou a espera de uma resposta.

— Minha mãe morreu - Caroline deu um sorriso de lado tentando esconder tal constrangimento - Não me olhe assim, isso não é tão ruim, tantas pessoas morrem todos os dias, ela só é mais uma entre eles.

Klaus não a reconhecia, mesmo que ele procurasse algum traço antigo, ela não era mais sua antiga Caroline, sua perdição, sua perfeição e sua salvação, agora ela era apenas mais uma.

— Eu não sabia, foi por isso que você veio ara cá? - seus olhos se enchiam d'agua por vê-la sofrer da pior maneira possível.

— Sinceramente, você não é a única pessoa nesse mundo... - ele não a deixou terminar.

Klaus queria provar a Caroline que ela estava totalmente enganada, que ela ainda sentia e que ele conseguiria a fazer ligar novamente a humanidade.

— Caroline... - ele falava jogando seu ar quente em direção a minha boca — Diz pra mim... Porque você ainda tem isso então? — pegando em meu braço esquerdo ele visualizou uma corda brilhante, não qualquer uma, mas, sim, o bracelete que ele me deu junto a um belíssimo vestido azul.

Eu havia esquecido daquele pobre adereço, mesmo não querendo me desprender do único presente de Niklaus eu tinha que provar que não me importava mais.

Estendendo a mão eu o olhei e dei mais uma olhada no pingente brilhante.

— Pegue! Agora me esqueça e vai embora.

Ela entrou no banheiro colocando o chuveiro na temperatura mais quente tentando esconder suas memórias mais perversas, Caroline sabia que se fosse hipnotizada pelo Klaus não haveria escapatória sobre seus sentimentos, talvez ela se entregasse a ele ou simplesmente saísse de perto dele e retornasse a Mystic Falls. 

Terminando de se enxugar ela pegou a toalha esperando o seu quarto vazio, mas um barulho a deixou desconfiada, ela pensou em uma terrível tempestade, mas algo maior lhe bateu na cabeça:

"Só o que me faltava, eu de toalha e um ladrão no meu apartamento".

Saindo pela porta lembrei-me de Stefan quando ele me encontrou só de toalha, será que ele conseguira me rastrear?

Olhei o corredor vazio, buscando algum movimento brusco, mas ao chegar em meu quarto vi que havia um gato em cima de minha penteadeira, ele estava com medo.

— Calminha gatinho! Não tenha medo a Super Caroline irá te proteger de qualquer coisa - Não consegui esconder meu sorriso ao vê-lo ali, tão inofensivo e sensível.

Me virei para ir em direção ao meu guarda-roupa quando o vi com seu olhar safado olhando um pedaço de minha perna que a toalha não tampava.

— O que ainda faz aqui? Não te mandei embora!

Ele sorriu ironicamente:

— Esqueci-me de algumas coisas.

— Então ande logo tenho que me trocar.

Klaus sussurrou algo que até mesmo o gato que ali estava escutou.

— Não se incomode. Eu só vim te pergunta duas coisinhas.

Eu o olhei com desejo, talvez ele me quisesse de uma maneira mais agradável, talvez ele dissesse tudo o que eu desejava escutar de alguém.

— Gostou do meu presente?- disse ele apontando para o gato de coloração meio ruiva e de olhos castanhos assim como os do próprio dono.

— Isso? - ri o olhando - Inútil, se você acha que isso vai me fazer mudar de ideia sobre o que você me fez está muito enganado.

— Não foi o que me pareceu minutos atrás.

— Claro, pelo menos ele é agradável  - o olhei novamente da cabeça aos pés tentando desvendar seus pensamentos — pode andar logo com a próxima questão?

Ele andou pelo quarto pegando alguns objetos e os colocando logo em seguida cada um deles em seus devidos lugares, Klaus queria que eu desvendasse seu joguinho, mas ele não sabia que eu estava em puro tédio e que a qualquer momento poderia o matar.

— A última questão, é um pouco mais difícil, talvez você ainda não esteja preparada para ela - ele andou até a porta a abrindo e saindo pela mesma - outro dia eu te conto.

Eu queria correr para pedir que ele ficasse mais e convidá-lo para um passeio, mas minha parte sem humanidade não me deixou fazer isto, então eu apenas disse:

— Klaus? Espere! — ele se virou e olhou em meus olhos me intimidando — Você não fez a pergunta, mas eu tenho uma pra você.

Levando as sobrancelhas ele fez um sinal de positivo.

— Você ainda gosta de mim? — fiquei com medo da resposta, da reação dele e do que ele talvez faria comigo, mas eu perguntei.

"Meu corpo fervia, minhas mãos soavam ansiosas pela resposta, e a cada minuto que ele estendia minha vontade era de dizer o quanto eu me sinto bem na presença dele. Klaus mexia com a boca a abrindo e fechando, eu sabia que ele buscava as palavras certas, mas aquilo estava me deixando ainda mais angustiada, em mais um movimento rápido de seus lábios ele mostrou seu sorriso mais fascinante e saiu andando me deixando só e sem a resposta, eu já não sabia se aquilo era um sim ou não, se era um sinal bom ou negativo".


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Notas finais do capítulo

Eu sei que as Klaroline's piram...
Se gostou comenta ai.



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