Dutch Love escrita por AfilhadaDeApolo
POV Amy
Ao aceitar o convite de Reagan para acompanhá-la até a pista de dança, em menos de dez minutos já estávamos dançando e rindo animadamente, em sintonia com todos ali presentes.
– Tudo com você é tão leve... – Soltei o comentário não planejado, me arrependendo no segundo seguinte por tê-lo feito.
– Posso dizer o mesmo a seu respeito. – Ela sorriu.
Dançamos por mais um tempo até que ambas ficamos com todas as nossas energias esgotadas, precisando recuperá-las com uma bebida. Reagan me acompanhou até o bar e nós pedimos coquetéis com mais álcool do que o primeiro que eu havia tomado.
– Estou adorando conhecer esses drinks novos. – Comentei, após bebericar em minha taça mais uma vez.
– Como pode ver, eu sou uma caixinha de surpresas. – Reagan respondeu, rindo.
Não sei por qual motivo, mas senti minhas bochechas corarem, então apenas sorri, envergonhada. Abaixei um pouco minha cabeça em seguida, fitando o líquido colorido em minha taça.
– Ei... – Senti as mãos macias em meu queixo, levantando-o para cima em um movimento suave. - Seu sorriso é muito lindo para ficar escondido.
Tal comentário me deixou ainda mais sem graça, mas eu não tive tempo de expressar nenhuma reação, pois Reagan aproximou o rosto do meu e eu permiti que nossos lábios se tocassem. O selinho foi longo e intenso e, assim que ela se afastou, eu apenas sorri e a puxei para mais perto de mim, fazendo com que nossos lábios se tocassem novamente. Abri minha boca devagar e Reagan fez o mesmo, permitindo assim que nossas línguas se encontrassem e dançassem em sintonia. O gosto de seu beijo era doce e suave, sem pressa, fazendo com que ambas aproveitássemos o momento ao máximo. Após alguns minutos, nos afastamos novamente e, assim que nossos olhares se encontraram, ambas rimos, satisfeitas.
– Você também é uma caixinha de surpresas, Amy. – Reagan comentou, sorrindo.
– Podemos dizer que eu tenho algumas habilidades secretas. – Falei, tentando me "exibir" um pouco.
– Que eu mal posso esperar para conhecer. – Ela completou a frase, segurando minha mão.
Contudo, nosso momento foi interrompido por um som familiar me chamando.
– Hey, Amy! - Ouvi Karma gritar o meu nome ao longe.
– Eu já volto. - Disse à Reagan, dando-lhe um último selinho rápido e indo ao encontro de minha amiga.
– O que você quer? - Comentei, ao me aproximar da ruiva.
– Nossa... Nada de mais... – Ela disse, surpresa com a minha reação – Estava atrapalhando alguma coisa? - Ela arqueou a sombrancelha esquerda.
– Não... - Menti, não querendo ser rude ou ríspida com ela. - Mas afinal, o que foi?
– Só te chamei porque achei que talvez você reconhecesse essa música, assim como eu o fiz. - Ao ouvi-la dizer isto, voltei minha atenção para a música animada que começara a tocar há um tempo.
– A música da nossa "Noite do Terror!" - Exclamei, rindo.
– Essa mesma! Que ouvimos depois de morrer de medo daquele filme bizarro. - Karma também riu. - Me concede essa dança? - Ela falou, simulando uma voz de stripper, o que me fez rir um pouco.
– Mas é claro. - Estendi minha mão elegantemente, a qual Karma pegou e me conduziu até a pista de dança.
Dançamos a “nossa música” e mais duas que se seguiram, até que concordamos que precisávamos descansar um pouco daquela “maratona”.
– Sua dança me surpreendeu, srta. Raudenfeld. – Karma zombou de mim, enquanto caminhávamos até o bar.
– Sem comentários pra você, Ashcroft. – Falei, rindo.
Ao nos sentarmos nos banquinhos do bar, notei que Reagan conversava com Shane animadamente. Sorri ao ver a cena; era bom saber que os meus amigos estavam se dando bem uns com os outros.
– Mas e aí, Aimes... – A voz de Karma me chamou a atenção. – Algo rolando entre você e Reagan? – Ela perguntou, maliciosa.
– É... Eu não sei. – Respondi, um pouco envergonhada. – Nós estávamos dançando e quando voltamos pra cá, ela... – Abaixei o tom de voz para que somente Karma me escutasse. – Ela me beijou.
– Uauuu... – Ela parecia fingir empolgação. – Impressionante, hein?
– Se importa se eu for ali com os dois? – Perguntei, um pouco receosa da resposta que eu poderia receber.
A ruiva acenou negativamente com a cabeça e eu então me levantei e fui até os dois.
– AAAAAAAAAAAMY! – Shane exclamou, ao me ver chegando perto dele. Estava visivelmente bêbado. – A garota mais inteligente dos Estados Unidos! – Ele falou, enquanto me abraçava.
Ri com a cena, mas logo foquei os meus olhos em Reagan, que estava sorrindo pra mim. Me aproximei dela e a morena, sentada, abraçou-me pela cintura.
– AAAAWNN. – Shane comentou, deixando nós duas um pouco envergonhadas. – Vou deixar o casal de pombinhos em paz e procurar o meu bofe.
– Mas já encontrou um bofe, Shane? – Perguntei, fingindo estar surpresa com o fato.
– O papai aqui é rápido. – Ele respondeu, piscando pra mim. – Até já, garotas. – Se levantou e foi para um canto da sala, onde o careca com o qual anteriormente dançava, estava conversando com uma loira baixinha.
Após alguns segundos em silêncio, Reagan se levantou e ficou de frente para mim.
– Tudo bem se eu te beijar de novo? – Ela perguntou, com as bochechas levemente coradas.
Eu sorri e assenti. A morena se aproximou de mim e colocou uma de suas mãos em meu rosto, aproximando-o do seu e encostando nossos lábios. O beijo aconteceu na mesma simplicidade que acontecera da primeira vez, só que agora ele continha uma urgência maior, não era calmo e tranquilo como antes.
– Nossa... – Comentei, quando nossas bocas se separaram, permitindo que recuperássemos o fôlego.
– Como o Shane diria... A mamãe aqui sabe das coisas. – Reagan disse, me fazendo rir. Logo, voltamos a nos beijar.
POV Karma
Assim que Amy se afastou de mim para ir conversar com Shane e Reagan, eu pensei em fazer o mesmo, mas não queria ter que a ver com a morena novamente. Porém, isso foi inevitável. Quando Shane se retirou para, pelo visto, procurar alguém e deixar as duas sozinhas, elas se abraçaram e começaram a se beijar, de novo.
“Por quê eu estou me sentindo mal com isso?” – Perguntei para mim mesma, enquanto observava a cena. “Droga, droga, droga!” – Pensei, me dando conta de que talvez estivesse surgindo um tipo se sentimento diferente pela Amy dentro de mim. Sem saber como agir, saí do ambiente e fui para fora da mansão, indo sentar no meio-fio da calçada. Apoiei a minha cabeça nas mãos e fitei a rua, com um olhar melancólico.
– Moça, você está bem? – Ouvi uma voz masculina se aproximando de mim. Voltei-me para o lugar da onde o som vinha e percebi a presença de um garoto loiro.
– Ah, olá. Não muito. – Respondi, cabisbaixa. O garoto se sentou ao meu lado e tocou levemente a minha coxa.
– Algo que eu possa fazer para ajudar? – Ele indagou-me, carregando uma preocupação verdadeira em seu tom de voz. – Me chamo Félix, a propósito.
– Não... – Falei, olhando para ele. – E eu sou Karma. – Forcei um sorriso.
– Nome legal. – Ele comentou, também sorrindo.
– Obrigada.
– Quer voltar lá pra dentro? – Ela me perguntou, apontando para a mansão.
– Na verdade, não... – Suspirei. – Podemos ir à algum outro lugar?
– Mas é claro. – Ele se levantou, estendendo a sua mão para mim. Aceitei-a de bom grado e fiquei de pé. – Aonde quer ir?
– Qualquer lugar longe daqui. – Respondi.
O loiro apenas sorriu e começou a caminhar em direção a um táxi ali estacionado.
– Já sabe para onde vamos? – Perguntei, assim que entramos no veículo.
– Confie em mim.
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Entrando em 2016 com tudo! Hahahaha. Até semana que vem, amores.